Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 1

Módulo 1

1. O livro de Atos dos Apóstolos - Lucas é, sem qualquer dúvida, o autor dos Atos dos Apóstolos, bem como do Evangelho que traz o seu nome. Parece que um dos principais intentos que teve, quando os escreveu, foi opor esta genuína e verdadeira história das ações de Pedro e Paulo aos Atos dos Apóstolos que circulavam, naquele tempo, fingidos e inventados pela malícia de outros, em descrédito da religião cristã. O livro, escrito em Roma no ano 60 de nossa era, apresenta-nos um quadro diáfano da primitiva Igreja. Seu estilo singelo, restrito aos fatos, iluminado por uma chama interior de fervor apostólico, faz dele uma leitura deliciosa. (As próprias editoras católicas divergem com relação à época de composição deste livro. Segundo Edições Loyola, a data mais provável seria entre os anos 75 e 90. Não existe dúvida, porém, a respeito de seu verdadeiro autor: Lucas, discípulo de Paulo de Tarso. A referida Editora diz, ainda, que o objetivo de Lucas, ao escrever este livro, foi reanimar os cristãos, evocando o amor fervoroso das primitivas igrejas, para que cressem na ação do Paráclito, numa época em que parecia que esfriava o ardor inicial.) (“A Bíblia Sagrada”, edição de Livros do Brasil S.A., volume I, pág. XXX)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 2

Módulo 2

6. Surge no meio dos cristãos o levita Barnabé - Como os seguidores de Jesus viviam em comunidade, não havia necessitados entre eles. Todos os que possuíam terras ou casas vendiam tudo e levavam o dinheiro, e o entregavam aos apóstolos. A distribuição era feita de acordo com as necessidades de cada um. Assim é que José, um levita, nascido em Chipre e apelidado pelos apóstolos de ‘Barnabé’ (que significa ‘filho da consolação’), vendeu o campo que possuía e foi entregar o dinheiro aos apóstolos. (Atos, 4:34 a 4:37.)

7. Os apóstolos decidem admitir sete auxiliares em seus serviços - Naquela época, o número dos discípulos aumentava e os que falavam grego começaram a se queixar contra os que falavam hebraico, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de auxílios. Por esse motivo, os doze apóstolos convocaram a assembleia de todos os discípulos e disseram: “Não está certo deixarmos a pregação da palavra de Deus pelo serviço das mesas. Por isso, irmãos, deveis escolher dentre vós sete homens bem conceituados, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa função. Quanto a nós, continuaremos a nos dedicar todo o tempo à oração e ao serviço da Palavra”. A proposta agradou a toda a assembleia e assim se fez.(Atos, 6:1 a 6:5.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 3

Módulo 3

10. Muitos prodígios e curas são obtidos pelos discípulos - Os discípulos que tinham sido dispersados iam de lugar em lugar anunciando o Evangelho. Foi assim que Filipe desceu a uma cidade da Samaria, onde anunciou o Cristo e fez muitos prodígios que o povo considerava milagres: Espíritos impuros saíam de muitos possessos, paralíticos voltavam a andar, coxos ficavam curados. (Em nota posta por Edições Loyola em sua edição do Novo Testamento, diz-se que esse Filipe não era um dos doze apóstolos, mas sim um dos sete auxiliares escolhidos pelos discípulos, mencionado logo depois de Estêvão na lista constante do capítulo 6, versículo 5, do livro de Atos.) (Atos, 8:4 a 8:7.)

11. Simão, o feiticeiro, oferece dinheiro em troca do dom revelado por Pedro e João - Havia em Samaria um feiticeiro profissional, chamado Simão, que, vendo as curas promovidas por Filipe, ficou maravilhado e chegou até a ser batizado. Quando Pedro e João impuseram as mãos sobre alguns samaritanos e estes receberam o Espírito Santo, o feiticeiro ofereceu dinheiro aos apóstolos, dizendo: “Dai-me esse poder a mim também, para que recebam o Espírito Santo as pessoas sobre quem eu impuser as mãos”. Pedro lhe respondeu: “Que sejas condenado tu com o teu dinheiro, porque achaste que podias comprar o dom de Deus com dinheiro! De modo algum terás parte nesse poder, porque teu coração não está bem intencionado diante de Deus. Muda de ideia sobre esta tua maldade e pede perdão ao Senhor. Talvez Ele perdoe esse pensamento que alimentaste dentro de ti. Vejo que estás cheio de inveja 8 amarga como o fel, e preso nos laços da maldade”. Simão, arrependido com o que dissera, suplicou-lhe: “Pedi por mim ao Senhor, para que não me aconteça nada do que acabais de dizer”. (Dessa oferta indecorosa de Simão originou-se a palavra simonia.) (Atos, 8:9 a 8:13; 8:17 a 8:25.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 4

Módulo 4

14. Tabita volta a viver, com a ajuda de Pedro - Em Jope havia uma discípula do Senhor chamada Tabita, nome que significa “Gazela”. Além de generosa nas esmolas que dava, Tabita praticava boas ações e era, por isso, estimada em sua cidade. Aconteceu então que ela ficou doente e veio a falecer de modo repentino. Como Lida ficava perto de Jope, os discípulos ouviram dizer que Pedro se encontrava lá e resolveram chamá-lo, dizendo-lhe: “Não demores em vir até nós”. Pedro, logo que recebeu o chamado, partiu. Chegado à casa de Tabita, ele foi conduzido até o andar superior, onde se encontrava o cadáver. Muitas viúvas, chorando, aproximaram-se dele, mostrando-lhe os vestidos e outras roupas que Tabita fazia quando estava com elas. Pedro pediu-lhes que se retirassem do recinto e, uma vez só, ajoelhou-se e rezou. Depois voltou-se para o cadáver, dizendo: “Tabita, levanta-te”. Ela abriu os olhos e, fixando-os em Pedro, sentou-se no leito. Pedro estendeu-lhe a mão e ajudou-a a levantar se. Depois, chamou aqueles que estavam próximos e a apresentou viva! A notícia correu por toda Jope e muitos acreditaram no Senhor, permanecendo Pedro durante muito tempo em Jope, na casa de um curtidor de couros chamado Simão. (Atos, 9:36 a 9:43.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 5

Módulo 5

18. Barnabé convida Saulo a trabalhar na Igreja de Antioquia - Aqueles que se dispersaram depois da perseguição iniciada contra os seguidores de Jesus chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, onde anunciavam a palavra só aos judeus. Havia, porém, entre eles alguns discípulos oriundos de Chipre e Cirene que, pregando em Antioquia, se dirigiam também aos fiéis de origem grega, anunciando-lhes a Boa Nova. O poder do Senhor os ajudava, tanto assim que foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram. Barnabé foi, então, enviado a Antioquia pela Igreja de Jerusalém. Um número considerável de pessoas aderiu ao Senhor e Barnabé dirigiu-se à cidade de Tarso, à procura de Saulo, que foi por ele levado a Antioquia, onde permaneceram trabalhando juntos pelo período de um ano, instruindo a numerosa e crescente multidão de discípulos. Foi em Antioquia que os discípulos de Jesus foram, pela primeira vez, chamados “cristãos”. (Atos, 11:19 a 11:26.)

19. A fome assola a Judeia e os cristãos de fora enviam sua ajuda - Naqueles dias, alguns profetas desceram também de Jerusalém a Antioquia, e um deles, chamado Ágabo, tomou a palavra e, sob a ação do Espírito, anunciou que em toda a Terra haveria uma grande fome, fato que se verificou no tempo de Cláudio. Os discípulos de Jesus resolveram mandar, então, cada qual de acordo com suas posses, auxílio aos irmãos que moravam na Judeia. E assim o fizeram, mandando tudo aos anciãos por meio de Barnabé e Saulo. (Atos, 11:27 a 11:30.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 6

Módulo 6

Questões para debate 1. Que visão teve Pedro em Jope? 2. Tendo surgido em Antioquia muitos simpatizantes do Evangelho, quem foi enviado pela igreja de Jerusalém à referida cidade? 3. Em que lugar os discípulos de Jesus foram, pela primeira vez, chamados cristãos? 4. Qual foi, dentre os apóstolos de Jesus, o primeiro a morrer vitimado pelas perseguições feitas pelos judeus contra os cristãos? 5. Preso por ordem de Herodes, como Pedro escapou da prisão?

22. Barnabé e Saulo iniciam suas pregações junto aos gentios - Havia naquela época na Igreja de Antioquia diversos profetas e mestres, a saber: Barnabé; Simão, apelidado o Negro; Lúcio, o Cirineu; Manaém, irmão de leite do tetrarca Herodes; e Saulo. Certa vez, enquanto celebravam o culto do Senhor e jejuavam, o Espírito Santo lhes disse: “Reservai-me Barnabé e Saulo para fazerem o trabalho que lhes destinei”. Então, depois de jejuns e orações, impuseram as mãos sobre eles e os enviaram. Os dois discípulos desceram a Selêucia e de lá foram para Chipre. Chegando a Salamina, anunciaram ali a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Com eles seguia João Marcos, o futuro evangelista. Depois de atravessarem toda a ilha até Pafos, encontraram ali um mago, um falso profeta judeu de nome Barjesus, que mantinha boas relações com o procônsul Sérgio Paulo, a quem visitaram. (Atos, 13:1 a 13:12.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 7

Módulo 7

26. Timóteo junta-se à comitiva de Paulo, mas é antes circuncidado - Após separar-se, pela primeira vez, de Barnabé, que resolvera seguir com João Marcos para Chipre, Paulo partiu com Silas para Derbe, dirigindo-se, em seguida, a Listra, onde conheceram um discípulo de nome Timóteo, filho de mãe judia e pai grego. Os irmãos de Listra e Icônio falavam bem dele e, por isso, Paulo resolveu levá-lo em sua companhia. Antes, porém, o circuncidou, por consideração aos judeus daquelas regiões, pois todos sabiam que seu pai era grego. (Como Timóteo era filho de mãe judia, Paulo entendeu que sem a circuncisão não seria ele bem aceito entre os cristãos de origem judaica; por isso o circuncidou.) Em cada cidade por onde passavam, eles transmitiam as decisões que os apóstolos e presbíteros de Jerusalém tinham tomado e recomendavam sua observância. As Igrejas ficavam, assim, mais fortes na fé e o número de seus membros aumentava dia a dia. (Atos, 16:1 a 16:5.)

27. Estando preso, Paulo converte até o carcereiro e seus familiares - O carcereiro da prisão onde Paulo e Silas estavam retidos, tremendo, caiu de joelhos aos pés dos dois discípulos. Em seguida, conduziu-os para fora e perguntou: “Senhores, que devo fazer para me salvar?” Eles lhe responderam: “Acredita no Senhor Jesus e te salvarás com toda a tua família”. Dito isto, anunciaram a palavra do Senhor a ele e a todas as pessoas de sua casa, enquanto o carcereiro cuidava deles e lavava as suas feridas. Logo depois, o funcionário recebeu o batismo com todos os seus. Quando o dia clareou, os oficiais de justiça enviaram os soldados com a ordem de soltura de ambos. O carcereiro levou a comunicação a Paulo, que, entretanto, lhe disse: “Flagelaram a nós dois publicamente, sem julgamento prévio, embora sejamos cidadãos romanos, e nos jogaram na cadeia. Agora querem nos soltar às escondidas. De modo algum! Que eles venham pessoalmente nos libertar!” Os soldados transmitiram essas palavras aos oficiais de justiça e estes, cientes de que se tratava de cidadãos romanos, ficaram com medo. Foram então falar com os dois amigavelmente e, depois de conduzi-los para fora, pediram-lhes que abandonassem a cidade. Soltos, Paulo e Silas dirigiram-se à casa de Lídia e mais tarde partiram. (Atos, 16:29 a 16:40.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 8

Módulo 8

30. Em Corinto, até o chefe da sinagoga se converte ao Senhor - De Atenas Paulo foi a Corinto, onde encontrou um judeu chamado Áquila, que havia chegado da Itália com sua esposa Priscila, em razão de um decreto de Cláudio, que obrigara todos os judeus a saírem de Roma. Paulo os procurou e, como exercia o mesmo ofício, ficou trabalhando na casa deles: eram todos eles fabricantes de tendas. Aos sábados, Paulo falava na sinagoga, procurando convencer judeus e gregos a respeito de Jesus e do Evangelho. Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se exclusivamente à pregação, demonstrando sempre aos judeus que Jesus era, de fato, o Messias. Eles, porém, resistiam a essa ideia e passaram a insultá-lo. Paulo então sacudiu sua roupa e lhes disse: “Vós sois responsáveis pelo que vos acontecer! Não cabe a mim a culpa! Daqui por diante irei aos pagãos!” Saindo dali, ele foi para a companhia de um homem chamado Tício Justo, que adorava a Deus e cuja casa ficava perto da sinagoga. Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor, e com ele toda a sua família, o mesmo acontecendo a muitos coríntios que, ouvindo as pregações, acreditavam e eram batizados. (Atos, 18:1 a 18:8.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 9

Módulo 9

33. Paulo fala com toda a liberdade na sinagoga dos efésios - Em Éfeso, Paulo se apresentou na sinagoga e por três meses falou com toda a liberdade, discutindo e procurando convencer os ouvintes a respeito do Reino de Deus. Como, porém, alguns se mostrassem endurecidos em sua incredulidade, chegando a maldizer a doutrina em presença do povo, ele afastou-se deles e passou a conversar, em particular, com os discípulos, diariamente, no auditório de um certo Tirano. Isso continuou por dois anos, de modo que todos os habitantes da Ásia, judeus e gregos, puderam ali ouvir a palavra do Senhor.(Atos, 19:8 a 19:10.)

34. Um mau Espírito fere e põe os exorcistas para correr - Certa vez, alguns judeus, que eram exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os possessos, dizendo: “Eu vos exorcizo pelo Jesus que Paulo está anunciando”. Os que faziam isto eram os sete filhos de um certo Ceva, um dos sacerdotes chefes dos judeus. No entanto, o Espírito mau lhes respondeu: “Conheço Jesus e sei quem é Paulo: mas vós, quem sois?” E o homem que estava possesso atirou-se sobre eles, dominou-os e os tratou com tanta violência que, feridos e nus, tiveram de fugir daquela casa. O fato se divulgou entre os judeus e gregos que moravam em Éfeso, e o temor se apoderou de todos eles. O nome do Senhor Jesus se tornou, assim, glorioso. Muitos dos que haviam professado a fé iam confessar e revelar suas práticas supersticiosas e muitos dos que eram dados à magia juntaram seus livros e os queimaram à vista de todos. O valor dos livros queimados foi calculado em cinquenta mil moedas de prata. (Atos, 19:13 a 19:20.)

35. Paulo ressuscita um jovem em Trôade - Após o grande tumulto provocado pelas reclamações do ourives Demétrio, Paulo despediu-se de seus discípulos e partiu para a Macedônia, onde encorajou os fiéis com numerosos sermões, seguindo depois para a Grécia. Aí permaneceu por três meses e, quando ia embarcar para a Síria, os judeus lhe prepararam uma emboscada, motivo pelo qual decidiu voltar pela Macedônia, acompanhados de vários discípulos, entre eles Timóteo e Lucas. Em Trôade, eles se demoraram sete dias e foi ali que ocorreu mais um fato extraordinário da vida do apóstolo. Um jovem de nome Êutico, sentado no peitoril de uma janela, adormeceu profundamente e caiu do terceiro andar. Com a queda, todos disseram que o rapaz estava morto. Paulo, que fazia na mesma hora uma exposição, desceu à rua e, abraçando o jovem, disse a todos: “Não vos assusteis, pois ele ainda está vivo”. E, de fato, o rapaz estava vivo, porque, horas mais tarde, seus amigos o levaram com vida para a sua casa. (Atos, 20:1 a 20:12.)

Questões propostas

1. Que impressão teve Paulo ao conhecer Atenas?

Chegando a Atenas, Paulo se comoveu em si mesmo por ver aquela cidade que, no entanto, apesar de sua fama no campo das artes, era tão entregue à idolatria. (Atos, 17:15 a 17:17.)

2. No Areópago, em Atenas, Paulo viu um altar em que havia curiosa inscrição. Que inscrição era essa? E que ideia esse fato suscitou na mente do Apóstolo dos gentios?

No altar referido estava escrita esta frase: AO DEUS DESCONHECIDO. Os atenienses, estranhando o que Paulo dizia, haviam-lhe perguntado: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas? Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos, pois, saber o que vem a ser isto. Paulo respondeu: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio.

Dito isso, ele falou sobre Deus lembrando-lhes que Ele, que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens, nem tampouco é servido por mãos de homens, pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas. (Atos, 17:18 a 17:31.)

3. Em Éfeso, Paulo batizou um grupo de discípulos. Como o apóstolo procedeu para batizá-los?

Primeiro, Paulo lhes perguntou: Em que sois batizados? Eles disseram: No batismo de João. Paulo, então, disse: João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo; e os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. Dito isso, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e eles falavam línguas e profetizavam. (Atos, 19:1 a 19:7.)

4. Paulo fez muitas curas?

Sim. Deus pelas mãos de Paulo fez maravilhas extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles e os Espíritos malignos saíam. (Atos, 19:11 e 19:12.)

5. Por que o ourives Demétrio e seus colegas de profissão se indignaram contra as pregações de Paulo?

Demétrio, que fazia de prata nichos de Diana, dava grande lucro aos artífices. Paulo, no entanto, havia convencido e afastado desse culto uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos. Havia, portanto, no entendimento deles, o perigo de que sua profissão caísse em descrédito. Esse, o motivo de sua indignação contra o Apóstolo dos gentios. (Atos, 19:23 a 19:41.) 

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 10

Módulo 10

36. Paulo se despede dos Efésios com palavras comoventes e eles choram - Desejoso de passar o Pentecostes em Jerusalém, Paulo, em seu retorno à Judeia, havia pedido aos presbíteros de Éfeso que se reunissem, porque desejava falar-lhes ao passar ao largo da cidade. Quando eles se apresentaram, o Apóstolo dos gentios falou-lhes sobre o seu trabalho, lembrando que ele nunca deixara de insistir com judeus e gregos para que se convertessem a Deus e cressem em Nosso Senhor Jesus. Seu pressentimento, no entanto, era que o aguardavam muitos sofrimentos em Jerusalém e, possivelmente, eles jamais o vissem outra vez. Pelo menos é isso que o Espírito Santo lhe transmitira. Afirmando que a vida para ele não tinha valor, Paulo lhes disse: “O importante é completar minha carreira e cumprir a missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho da Boa Nova da graça de Deus. Já sei, portanto, que vós todos, entre os quais andei anunciando o Reino, não tornareis a me ver. Por isso vos declaro no dia de hoje que não serei responsável pela perdição de quem quer que seja, porque nunca deixei de vos anunciar toda a vontade de Deus. Tende cuidado convosco e com todo o rebanho que o Espírito Santo vos deu para guardar, sendo assim pastores da Igreja de Deus que ele adquiriu com o sangue de seu Filho”. Na sequência, ele advertiu: “Sei que, depois da minha partida, se introduzirão no meio de vós lobos ferozes, que não pouparão o rebanho. Do vosso próprio meio surgirão homens que ensinarão doutrinas perversas, para arrastar discípulos atrás de si. Por isso vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, dia e noite, não deixei de exortar entre lágrimas a cada um de vós”. Concluindo, Paulo asseverou: “Não cobicei nem prata, nem ouro, nem roupa de quem quer que fosse. Vós mesmos sabeis como estas minhas mãos trabalharam para atender às minhas necessidades e às de meus companheiros. Sempre vos mostrei que, trabalhando assim, devemos amparar os fracos, recordando as palavras do Senhor Jesus, que disse pessoalmente: “Há mais felicidade em dar do que em receber”. Dito isto, ele ajoelhou-se com todos e rezou. E todos choravam muito, abraçando e beijando o amigo e acompanhando-o depois até o navio. (Atos, 20:13 a 20:38.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 11

Módulo 11

39. Paulo vai à presença de seus acusadores e é agredido - Ciente de que Paulo era cidadão romano e querendo saber a verdade sobre as acusações que lhe faziam os judeus, o comandante convocou os sacerdotes chefes e todo o Conselho, levando Paulo à presença deles. Encarando com firmeza o Conselho, Paulo disse: “Irmãos! foi com a melhor das consciências que tenho procedido até hoje diante de Deus!” O sumo sacerdote Ananias mandou que seus ajudantes lhe batessem na boca, ao que Paulo lhe disse: “Deus te baterá, parede caiada! Tu te sentas para julgar com a Lei e contra a Lei mandas bater em mim”. Os presentes lhe chamaram a atenção, dizendo que ele insultara o sumo sacerdote. Paulo lhes respondeu: “Irmãos, eu não sabia que era o sumo sacerdote. Porque está escrito: Não insultarás o chefe do teu povo”. (Atos, 22:29 a 23:5.)

40. Os judeus tramam a morte de Paulo e ele parte para Cesareia - O tumulto criado com o recurso adotado por Paulo perante o Conselho cresceu muito e o comandante começou a recear que ele fosse linchado. Por isso, ordenou aos soldados que o tirassem dali e o levassem de novo para dentro da fortaleza. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e lhe disse: “Coragem! Assim como deste testemunho de mim em Jerusalém, também serás minha testemunha em Roma”. Quando amanheceu, os judeus reuniram-se e se comprometeram sob juramento a não comer nem beber até matarem Paulo. Eram mais de quarenta os que assim juraram. Com esse intuito, eles pediram então aos sacerdotes chefes e aos anciãos que convencessem o comandante a trazer Paulo à presença deles, sob pretexto de examinar o seu caso com mais cuidado. Mas um sobrinho de Paulo, informado sobre a emboscada, foi à fortaleza e avisou o. De imediato, Paulo chamou um dos oficiais e pediu que levasse o moço ao comandante, porque ele tinha algo sério para comunicar. O moço foi, relatou tudo o que sabia, e o comandante decidiu então conduzir Paulo ao governador Félix, em Cesareia. (Atos, 23:10 a 23:24.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 12

Módulo 12

42. Paulo se diz injustiçado por seus acusadores - Ouvida a acusação feita pelos judeus, Paulo, atendendo a um sinal do governador, respondeu: “Sei que já desde muitos anos és o juiz desta nação e é com plena confiança que faço minha defesa. Podes verificar: não faz mais de doze dias que subi a Jerusalém para o culto. Ninguém me encontrou no Templo discutindo com pessoa alguma, nem incitando o povo a um levante, seja nas sinagogas, seja pela cidade. Não poderão te apresentar nenhuma prova das coisas de que agora me acusam. Mas isto eu admito: segundo a Doutrina que chamam de seita, estou a serviço de Deus de nossos pais, crendo tudo o que está escrito na Lei e nos Profetas. E alimento em Deus a esperança -- e estes também o fazem -- de que haverá uma ressurreição dos justos e dos ímpios. Eis por que me esforço por conservar sempre uma consciência irrepreensível diante de Deus e dos homens. Ora, depois de vários anos, vim trazer esmolas para o meu povo e apresentar oferendas. Foi nessa ocasião que me encontraram no Templo, depois de cumprir o rito das purificações. Não havia nem ajuntamento de povo nem tumulto. Mas certos judeus da Ásia foram ter comigo. Eles deveriam comparecer diante de ti para fazer acusações, no caso de terem alguma coisa contra mim, ou, então, estes aqui presentes, digam qual o crime que acharam em mim quando compareci perante o Conselho”. Dito isto, Paulo acrescentou: “Eles só podem apresentar esta frase que eu gritei, de pé, na presença deles: É por causa da ressurreição dos mortos que hoje estou sendo julgado diante de vós”. (Atos, 24:10 a 24:21.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 13

Módulo 13

45. O rei Agripa resolve conhecer e ouvir Paulo - O rei Agripa, após escutar o interessante relato, disse a Festo que ele também gostaria de ouvir Paulo. Festo respondeu: “Amanhã poderás ouvi-lo”. No dia seguinte, estando Agripa e Berenice na sala de audiência, acompanhados de altos oficiais e das pessoas mais importantes da cidade, Paulo foi chamado e apresentado por Festo, que disse ao visitante e às demais pessoas as seguintes palavras: “Rei Agripa e vós todos, cidadãos aqui presentes! Tendes diante dos olhos esse homem, por causa do qual todos os judeus apelaram a mim, em Jerusalém e nesta cidade, gritando que ele não mais poderia ser deixado com vida. Mas eu estou convencido de que ele não cometeu coisa alguma que mereça a morte. E, tendo ele apelado para César, resolvi enviá-lo. Mas não tenho nada de concreto para escrever ao Soberano. Por isso é que eu o apresentei a vós, e especialmente a ti, rei Agripa, para, depois dessa sessão, ter alguma coisa que possa escrever, porque me parece absurdo enviar um prisioneiro sem indicar claramente quais são as acusações apresentadas contra ele”. (Atos, 25:22 a 25:27.)

Estudo do livro Atos dos Apóstolos - 14

Módulo 14

48. Os marinheiros tentam abandonar o navio, mas Paulo os impede - Durante a décima quarta noite, enquanto o navio era arrastado pelo Adriático, por volta da meia-noite os marinheiros suspeitaram de que estavam perto de terra firme. Lançando uma sonda, verificaram que a profundidade era de vinte braças; logo depois tornaram a lançá-la e mediram quinze braças. Com medo de bater contra os recifes, eles jogaram as quatro âncoras da popa, suspirando ansiosamente pelo clarear do dia. Nesse momento, os marinheiros resolveram abandonar o navio, e, fingindo que iam jogar as âncoras da proa, já estavam baixando ao mar o bote salva-vidas, quando Paulo disse ao oficial e seus soldados: “Se eles não ficarem a bordo, não haverá salvação para vós”. Os soldados cortaram, então, as amarras do bote e o deixaram cair no mar. Decidiu-se esperar, desse modo, o dia clarear, enquanto Paulo recomendou a todos que tomassem algum alimento, dizendo-lhes: “Hoje completais quatorze dias de expectativa em completo jejum e ainda não provastes nada. Eu vos aconselho comer alguma coisa, pois isto é para a vossa salvação. Nenhum de vós perderá um só cabelo da cabeça”. Dito isto, tomou um pão, deu graças a Deus na presença de todos, partiu e começou a comer. Vendo-o, todos se animaram e comeram também. (Atos, 27:27 a 27:36.)