Obras básicas do Espiritismo

Denominam-se obras fundamentais do Espiritismo, também referidas como Codificação Espírita, os cinco livros publicados pelo pedagogo francês Hippolyte León Denizard Rivail sob o pseudônimo de Allan Kardec, entre 1857 e 1868.

1857 - O Livro dos Espíritos - obra em que se estabelecem os princípios da Doutrina Espírita.

1861 - O Livro dos Médiuns - versa sobre o caráter experimental e investigativo do Espiritismo, visto como ferramenta teórico-metodológica para se compreender uma "nova ordem de fenômenos", até então jamais considerada pelo conhecimento científico: os fenômenos ditos espíritas ou mediúnicos, que teriam como causa a intervenção de espíritos na realidade física.

1864 - O Evangelho segundo o Espiritismo - obra de cunho essencialmente moral, em que Kardec seleciona os Evangelhos canônicos da Bíblia como ponto de partida para a inferência de fundamentos morais comuns a todos os "grandes sistemas religiosos", fundamentos esses cuja consonância com o espiritismo procura ser demonstrada por ele.

1865 - O Céu e o Inferno - obra composta de duas partes: na primeira, Kardec realiza um exame crítico da doutrina católica sobre a transcendência, procurando apontar contradições filosóficas e incoerências com o conhecimento científico superáveis, segundo ele, mediante o paradigma espírita da fé raciocinada. Na segunda, constam dezenas de diálogos que teriam sido estabelecidos entre Kardec e diversos espíritos, nos quais estes narram as impressões trazidas da existência transcendente.

1868 - A Gênese - obra composta de três partes. A primeira parte trata da Gênese, isto é, da formação dos mundos e da criação dos seres animados e inanimados. A segunda parte, dos milagres, onde se discute sobre o que pode ser considerado milagre, e se explica, à luz da doutrina espírita os muitos milagres feitos por Jesus. A terceira parte explica como e por que pode haver previsões de coisas futuras, pressentimentos e coisas afins.




O Espírito da Verdade

O Espírito da Verdade ou o Espírito de Verdade é um espírito citado nas obras de Allan Kardec. A citação ocorre, primeiramente, em O Livro dos Espíritos, no último parágrafo dos prolegômenos, onde os participantes ativos da obra  são apresentados.

“...Lembra-te de que os Bons Espíritos só dispensam assistência aos que servem a Deus com humildade e desinteresse e que repudiam a todo aquele que busca na senda do Céu um degrau para conquistar as coisas da Terra; que se afastam do orgulhoso e do ambicioso. O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira erguida entre o homem e Deus. São um véu lançado sobre as claridades celestes, e Deus não pode servir-se do cego para fazer perceptível a luz.
São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc.”


Muitos sustentam que o Espírito da Verdade seria de fato o Espírito guia (mentor espiritual) de uma falange de espíritos ou a própria falange de Espíritos que firmaram os conceitos da codificação espírita; enquanto outros afirmam que ele seria o próprio Jesus Cristo. Este teria usado o pseudônimo “O Espírito da Verdade” para autografar as mensagens psicografadas nas obras básicas do Espiritismo. Para corroborar essa afirmação, dizem que O Espírito da Verdade teria se manifestado isoladamente em várias comunicações contidas no O Evangelho Segundo o Espiritismo. Em outras tantas comunicações os espíritos presentes não se identificavam como O Espírito da Verdade e sim como nomes de grandes personalidades históricas, mensageiros de Jesus. A tomar como exemplo Santo Agostinho, São Luiz, Fénelon, entre outros...

O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Evangelho segundo o Espiritismo (em língua francesa L'Évangile Selon le Spiritisme) é um livro espírita francês. De autoria de Allan Kardec, foi publicado em Paris em 15 de abril de 1864. É uma das obras básicas do espiritismo, e dentre elas a que dá maior enfoque a questões religiosas, éticas e comportamentais do ser humano.

Publicação de 
O Evangelho segundo o Espiritismo
em Paris
Nela são abordados os Evangelhos canônicos sob a óptica da Doutrina Espírita, tratando com atenção especial a aplicação dos princípios da moral cristã e de questões de ordem religiosa como a da prece e da caridade.

Na introdução da obra, Kardec divide didaticamente os relatos contidos nos Evangelhos canônicos em cinco partes: os atos ordinários da vida de Jesus, os milagres, as predições, as palavras que serviram de base aos dogmas, e os ensinamentos morais. Segundo Kardec, se as quatro primeiras foram, ao longo da história, objeto de grandes controvérsias, a última tem sido ponto pacífico para a maior parte dos estudiosos.

Assim, é especificamente sobre essa parte que Kardec lança o olhar espírita. Longe de pretender criar uma "Bíblia espírita" ou mesmo de objetivar uma reinterpretação espírita desse livro sagrado, Kardec se empenha em extrair dos Evangelhos princípios de ordem ético-moral universais, e em demonstrar sua consonância com aqueles defendidos pelo espiritismo. Utiliza-se, na maior parte da obra, da célebre tradução francesa de Lemaistre de Sacy (1613-1684). Eventualmente, para solucionar divergências, Kardec recorreu ao grego e ao hebraico.

A obra traz ainda um estudo sobre o papel de precursores do cristianismo e do espiritismo, como por exemplo Sócrates e Platão, analisando diversas passagens legadas por estes filósofos que demonstrariam claramente essa condição.

A edição da FEESP

No Brasil destacou-se pela polêmica uma edição da obra que veio a público em julho de 1974 pela Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP). Esta inseria-se em "um plano de completa e total revisão de toda a Codificação Doutrinária de Allan Kardec" posto em prática pelo Departamento do Livro da instituição, e vendeu cerca de 30.000 exemplares à época. A edição foi refutada por José Herculano Pires e depois por Francisco Cândido Xavier, pela obra Na Hora do Testemunho, que veio a público em 1977.

Questão 54 - O Livro dos Espíritos

LIVRO PRIMEIRO - AS CAUSAS PRIMEIRAS
CAPÍTULO III - CRIAÇÃO

DIVERSIDADE DAS RAÇAS HUMANAS

Comentário do Espírito Miramez
54. Pelo fato de não proceder de um só indivíduo a espécie humana, devem os homens deixar de considerar-se irmãos?
Todos os homens são irmãos em Deus, porque são animados pelo espírito e tendem para o mesmo fim. Estais sempre inclinados a tomar as palavras na sua significação literal.

FONTE UNIVERSAL
Somos todos filhos do mesmo Pai, Deus, única força reconhecidamente livre e poderosa, que criou e assiste todas as coisas geradas no Seu seio. Ninguém vive à parte do Criador.

Se, porventura, alguma alma fosse desligada da fonte universal, ela pereceria, porque vivemos e nos alimentamos nela. As variações de raças que existem não impedem a nossa irmandade e nos favorecem numa tônica altamente grandiosa, por constatarmos a grande inteligência d'Aquele que nos fez.

Todos os homens são irmãos em Deus, certamente que o somos, e são esses laços de originalidade que nos levam a amar aos nossos semelhantes, depois que o nosso amor já provou a gratidão ao nosso Pai que está nos céus. Além da afinidade profunda com os nossos semelhantes, a palavra irmão não se aplica somente no reino dos homens; ela avança e domina todos os reinos da natureza, naquele aconchego eterno, porque entre os homens e eles se processa uma troca interminável de valores, que amplia cada vez mais as forças que nos sustentam a todos. E saindo da faixa em que vivem, os homens podem regalar-se, por serem, igualmente irmãos dos anjos, agentes divinos do Senhor, que trabalham e alimentam a vida em todas as direções do infinito.

A humanidade atual está ansiosa para conhecer o desconhecido. Na verdade, terá sempre o desconhecido pela frente, porém, devemos trabalhar para desvendar os segredos da Divindade, sem deixar a porta de entrada mais próxima e verdadeira, para buscar entradas distantes e ilusórias. A ciência exterior é de grande valor e deve ser pesquisada, mas, a porta de ouro por onde deves entrar, na senda da busca, não está fora, mas dentro de cada criatura; não está longe, mas ao toque das mãos. Deus colocou a g ema da vida vibrando em cada criatura, com a perfeição das Suas próprias mãos; nunca fez algo imperfeito, por ser Deus.

Todas as divisões que existem na casa maior partem da mesma fonte, nasceram de um só elemento primitivo, que o cinetismo cósmico faz transformar em espécies diferentes, para que o belo se expresse com todo vigor, em nuances indescritíveis, na lavoura do Senhor. Eis aí a igualdade de tudo que vive e se manifesta no universo. No esquema divino ninguém está perto ou longe; todos estamos na eternidade juntos, vivendo e desfrutando da vida do grande Foco Universal, como filhos da Luz.

A lei de amor nos prova o quanto temos em comum com os nossos semelhantes, como as necessidades que temos das vidas dos outros, na Terra e nos Céus. Onde se vive melhor é onde existem mais Espíritos reunidos e despertos para o bem da coletividade. A separação nos traz a carência de muitos valores e o egoísmo nos atrofia, o orgulho nos cega, e o ódio nos faz esquecer a esperança no futuro. Precisamos e temos necessidade de viver juntos, e desse encontro com os nossos semelhantes, se processa uma troca de experiência, que abre nossos caminhos ao alcance da paz. Somente a ignorância induz a criatura à separação.

A vida exterior é de grande importância para todos nós, onde quer que estejamos na escala de ascensão, todavia, se não passarmos pelos caminhos interiores, cheios de obstáculos e carregados de espinhos, não vamos ter olhos para ver o belo na feição do todo. Devemos repetir, quantas vezes nos convier, que todos somos irmãos em Cristo, filhos de Deus.

Questão 53 - O Livro dos Espíritos


LIVRO PRIMEIRO - AS CAUSAS PRIMEIRAS
CAPÍTULO III - CRIAÇÃO

DIVERSIDADE DAS RAÇAS HUMANAS

53. O homem surgiu em muitos pontos do globo?
Sim e em épocas várias, o que também constitui uma das causas da diversidade das raças. Depois, dispersando-se os homens por climas diversos e aliando-se os de uma aos de outras raças, novos tipos se formaram.

a) Estas diferenças constituem espécies distintas?
Certamente que não; todos são da mesma família. Porventura as múltiplas variedades de um mesmo fruto são motivo para que elas deixem de formar uma só espécie?

Comentário do Espírito Miramez 
NASCIMENTO DO HOMEM
A raça humana surgiu em diferentes pontos da Terra e, em épocas variadas, invadiu o solo terreno em busca de lugares adequados para a sua sustentação biológica, bem como para se apresentar sob diferentes forMas, mas sendo o mesmo homem, com a função primordial de subir despertando seus talentos em estado de sono, no centro d'alma. Observa a filogenia das espécies e notarás as variações das coisas e dos seres viventes, na procura do mais perfeito, que a razão te dará a resposta. Tudo é movido para a frente; tudo empreende jornada procurando a luz e melhorando as próprias condições físicas, morais e espirituais. Esta é a lei que sustenta a harmonia da criação e, certamente, é vontade de Deus.


As raças surgiram por afinidade a determinadas regiões, e ali trabalharam e cresceram, entretanto, nunca uma raça foi entregue ao seu próprio destino, como se fossem o espaço e o tempo que cuidassem das suas necessidades. Deus é Pai bondoso e santo! Todas as raças, desde o princípio, foram tuteladas por falanges de Espíritos angélicos, que cuidaram e cuidam das suas ascensões. Eles são os benfeitores que não se esquecem dos seus tutelados, que dão mais assistência aos homens do que estes possam imaginar. Procuram por todos os meios para colocá-los nas escolas, onde poderão ser educados e instruídos e se empenham, com todos os esforços, para que a humanidade reconheça a sua filiação espiritual.

Ninguém está só nos caminhos do mundo. Em quaisquer circunstâncias, estás acompanhado por entidades espirituais, de acordo com tuas intenções, porém, mesmo que os sentimentos atraiam companhias inferiores, o comando da Luz não te perde de vista, e na hora exata te chama à realidade, induzindo-te para diretrizes elevadas, por meios que eles conhecem serem os melhores. Mesmo que a marcha seja árdua, ninguém se perde. Todos, algum dia, aquecerão no peito o sol do entendimento, onde nascerá o Cristo dizendo: A paz seja convosco! E encontraremos Deus dentro de nós.

As diferenciações das raças não fazem espécies distintas, como as diferenciações de nomes e sabores das laranjas não fazem com que elas percam a designação de laranja. As raças foram feitas para se mesclarem, e essa disposição foi entregue aos homens. É pois, a tua parte. E nesse cruzamento surge a fraternidade e o respeito entre todos, como também o perdão e o amor.

O comércio, que hoje se estende por todas as nações da Terra, é para que os homens se confraternizem e sintam o mesmo valor em outras raças, aquele direito por que lutam, a fim de o preservarem, em benefício próprio. É bom que vejamos que a natureza não se esqueceu de guardar valores na superfície e no seio do solo de uma nação, que não outra não existe; que propiciou faculdades de trabalho a determinadas raças, coisa que outras encontram dificuldades de execução. Pelo princípio do assunto que tocamos, podes deduzir outras coisas. E tudo isso, para que se processassem as trocas, muito comuns entre os povos, e com isso, a convivência altamente necessária ao despertamento do amor ao próximo, tão falado no Evangelho e necessário à paz das nações!

O homem nasceu em diversos pontos do globo; todavia, são todos irmãos, filhos do mesmo Deus. Não podemos nem devemos fugir do nosso dever para com os nossos semelhantes, porque não podemos viver sem eles. Façamos qual o ar e as águas que servem todas as nações do mundo com o mesmo interesse de ser útil, repetindo quantas vezes forem necessárias, esse ato de caridade. Assim deve ser o nosso empenho.


Questão 52 - O Livro dos Espíritos


LIVRO PRIMEIRO - AS CAUSAS PRIMEIRAS
CAPÍTULO III - CRIAÇÃO

DIVERSIDADE DAS RAÇAS HUMANAS

52. Donde provêm as diferenças físicas e morais que distinguem as raças humanas na Terra?
Do clima, da vida e dos costumes. Dá-se aí o que se dá com dois filhos de uma mesma mãe que, educados longe um do outro e de modos diferentes, em nada se assemelharão, quanto ao moral.

Comentário do Espírito Miramez
DIVERSIDADE DAS RAÇAS E DAS COISAS
A diversidade em toda a criação de Deus é mostra de Sua inteligência soberana. A beleza que constitui as coisas do Senhor está nas variações sem perda da harmonia, que sublimam todos os ritmos. Tudo muda, de segundo para segundo, embelezando cada vez mais a natureza, nas linhas a que fomos chamados a servir. Um dia não é igual ao outro. O Céu que se contempla da Terra mostra diferenças dia a dia e noite a noite. As pessoas têm suas mudanças e reações variadas. Os animais e os pássaros, a flora e a fauna se alteram constantemente. Todas as formas se integram e desintegram com freqüência, pela força do progresso. Se assim podemos dizer, tudo que existe está em contínua modificação. Esta é uma lei cósmica que opera em toda a criação. Não há somente diversidade nas raças humanas, mas variedades em todas as coisas que Deus criou e nós, na profundidade das nossas consciências, gostamos de variações. Sentimos um prazer indefinível nas mutações.

Em se falando do Espírito encarnado, as diferenças físicas vêm da vontade do Criador, que certamente achou melhor que assim fosse, para a nossa própria alegria. Entretanto, estabeleceu leis que pudessem regular essas mudanças, como sendo um aprendizado para determinada faixa evolutiva das criaturas e dos próprios animais, vegetais e minerais. Primeiro, uma raça humana desceu para a carne, com certo preparo no mundo espiritual, para esse ou aquele continente, trazendo as características adequadas ao lugar onde iriam nascer. Depois, foram reforçados os caracteres próprios do local aonde foram chamados a viver.

O corpo de carne é, pois, obediente às leis físicas, bem como atende às heranças do empréstimo biológico. Tudo que existe na Terra foi idealizado nos planos do Espírito por engenheiros siderais, que copiam e entendem a lei de Deus, executando sempre a Sua vontade. Se existe diversidade no mundo físico, muito mais no mundo moral de cada criatura. Se no mundo moral há diversidade em tudo, no mundo espiritual muito mais. Existe uma infinidade de divisões, sem que a natureza se mostre aflita ou deixe faltar alguma coisa para a sua própria segurança.

Bastou que o mundo dos Espíritos preparasse um casal de seres de cor, para que reinasse uma prole enorme na região escolhida. Assim ocorreu com todas as raças de todos os viventes que existem na Terra. Bastou que os benfeitores espirituais, em nome de Deus, materializassem uma semente de uma determinada espécie, para que ela enchesse a Terra com infinitos descendentes. Assim sucede em todos os reinos. Aí está a chave da diversidade das coisas, de tudo que existe no mundo e nos mundos.

O Senhor assegurou para tais diversidades os climas correspondentes, criando a lei da afinidade para sustentar assim aquilo que deveria ser. Deixou para o homem alguma coisa a ser feita, no sentido de que ele pudesse cooperar nessas mudanças, formando novos tipos de acasalamento de raças diferentes, como também animais e plantas, dando novas cores às belezas já estabelecidas pela Divindade.

Deves estudar mais a natureza, no livro da vida que se abre nas páginas do tempo, que ele te dirá algo mais daquilo que não podemos dizer. A consciência de quem estuda despertará em sua plenitude, pela observação sincera de filho de Deus, porque ela guarda todos os mistérios da vida, com a capacidade de revelar gradativamente as leis, na sequencia das necessidades. Isto é Deus em nós, operando em nós!


Questão 51 - O Livro dos Espíritos


LIVRO PRIMEIRO - AS CAUSAS PRIMEIRAS
CAPÍTULO III - CRIAÇÃO

POVOAMENTO DA TERRA. ADÃO

51. Poderemos saber em que época viveu Adão?
Mais ou menos na que lhe assinais: cerca de 4.000 anos antes do Cristo.

Comentário de Allan Kardec
O homem, cuja tradição se conservou sob o nome de Adão, foi dos que sobreviveram, em certa região, a alguns dos grandes cataclismos que revolveram em diversas épocas a superfície do globo, e se constituiu tronco de uma das raças que atualmente o povoam. As leis da Natureza se opõem a que os progressos da Humanidade, comprovados muito tempo antes do Cristo, se tenham realizado em alguns séculos, como houvera sucedido se o homem não existisse na Terra senão a partir da época indicada para a existência de Adão. Muitos, com mais razão, consideram Adão um mito ou uma alegoria que personifica as primeiras idades do mundo.

Comentário do Espírito Miramez
TRONCO DE RAÇA
Espalhou-se como um raio dentre as comunidades terrestres a idéia que Adão foi o primeiro homem da Terra, e isso serviu para explicar aos ansiosos por notícias, a genealogia das criaturas, mesmo porque a verdade não seria bem entendida, dada à capacidade das pessoas da época. Ainda hoje, nos dias em que estamos escrevendo, onde o progresso já atingiu alturas quase inconcebíveis, não se pode dar certas notícias sobre os segredos da natureza e, certamente, sobre o princípio das coisas, nos seus mínimos detalhes. Se falta preparo mesmo entre os conhecidos como sábios na Terra, o que dizer há milênios?


A verdade é uma luz que se manifesta em seqüência, de acordo com a evolução da própria humanidade. Em particular, entretanto, há muitos homens que a conhecem com mais profundidade, recolhendo aqui e ali, em diversos pergaminhos, mesmo pelo processo sutil da intuição espiritual. É força daquela frase muito conhecida entre os iniciados: Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece, ou então, Quando o estudante está preparado, o conhecimento surge.

Se todas as fontes afirmassem, ou mesmo os Espíritos, a Allan Kardec, que verdadeiramente Adão foi o primeiro homem a aparecer na Terra, viria pela lógica outra pergunta: E como surgiu Adão? Agora, no século vinte, até o público responderia de maneira evasiva, para fugir ao problema, esquecendo as responsabilidades.

A natureza não precisa desses saltos. Se Deus o quisesse, até que poderia, mas Ele criou tudo para andar numa marcha harmoniosa, passo a passo, granjeando valores e expandindo condições, enriquecendo a consciência e desabrochando os dons espirituais sem violência. Não podemos negar as trocas de experiências de mundos a mundos, porque são todas as casas-famílias ligadas por fortes elos de amor, porém, no caso da Terra, o surgimento do homem foi evolução da espécie. Todavia, não devemos nos esquecer da assistência dos Espíritos superiores no empuxo evolutivo de tudo que existe na Terra e no universo.

O homem do futuro viajará de mundos a mundos, desde quando tenha ordens superiores para isso. Ainda falta descobrir alguns segredos, no que tange a combustíveis na expressão de fluidos que poderão colher, onde quer que seja. A mente é um dínamo poderosíssimo, que a nada se compara em se falando da ciência da Terra. Ela é força do Espírito, que pode dinamizar muitas dimensões e suspender qualquer aparelho no cosmo, sem se impressionar com tamanhos. O primeiro passo é a educação do homem, na disciplina que o leva à paz. Por enquanto, o Espírito belicoso dos seres terrestres domina os seus próprios valores, fazendo-os esquecer a fraternidade, como luz da própria felicidade.

Vamos pensar em Adão como um tronco de raça, e não como o primeiro homem surgido no globo terrestre, esquecendo a probabilidade de sermos visitados por homens extraterrestres, coisa que no amanhã poderão fazer, operar essas visitas de cordialidade e troca de valores conquistados. Mas, antes disso, desse amanhecer vitorioso, é de regra espiritual que preparemos os corações para os grandes encontros das várias famílias das casas de Deus.

A Terra está subindo, de degrau a degrau. O tempo passa e somente o que fica de pé é a verdade, que tem a força e a luz para nos clarear e libertar todos. Não importa que alguns não acreditem no progresso, ele é força de Deus que não depende dos homens. O homem primitivo não iria acreditar se alguém, na sua época, lhe falasse em transplante de órgãos, ou que a criatura poderia voar; no entanto, isso é hoje, uma realidade. O homem de hoje ainda nega, quando se fala da restauração da saúde pela harmonia mental. O homem de amanhã vai gozar dessa faculdade e sentir, cada vez mais, Deus palpitando em seu coração.

Pensemos em Adão, como nosso irmão, filho do mesmo Deus, e não como aquele que nos deu origem.


Questão 50 - O Livro dos Espíritos


LIVRO PRIMEIRO - AS CAUSAS PRIMEIRAS
CAPÍTULO III - CRIAÇÃO

POVOAMENTO DA TERRA. ADÃO

50. A espécie humana começou por um único homem?
Não; aquele a quem chamais Adão não foi o primeiro, nem o único a povoar a Terra.

Comentário do Espírito Miramez 
O PRIMEIRO HOMEM
Vamos transcrever aqui a resposta dos Espíritos a Allan Kardec: "Não, aquele a quem chamais de Adão não foi o primeiro e nem o único a povoar a Terra". Certamente que não foram Adão e Eva que geraram a humanidade. Essas duas figuras apenas simbolizaram as raízes do povoamento da Terra. Adão, como gérmen primitivo deitado nos primeiros ensaios do globo, e Eva como o elemento que chegou depois dela já resfriada, no ponto da fecundação. A Bíblia nos dá a notícia de Adão e Eva, na linguagem alegórica, de forma que o tempo pudesse trazer condições para as devidas interpretações desse texto, como agora o faz a Doutrina dos Espíritos.

O surgimento do homem no planeta ocorreu de forma coletiva, tanto assim que em todas as épocas deixaram registros de sua passagem em várias partes da Terra. Quando foram descobertas as Américas, já se encontravam nelas milhões de criaturas. De onde vieram? São segredos que se perdem no tempo. Já conheciam a flora, já faziam casas e viviam da pesca. Reuniam-se em agrupamentos e tinham leis que asseguravam a harmonia do conjunto. Eram conhecedores da justiça e tinham noção do respeito às outras tribos.


O homem surgiu na Terra de uma escalada do progresso biológico. Foi a sábia natureza quem estruturou o corpo humano, saído da argila abençoada por Deus, que trabalhou sem tempo ou espaço, de degrau a degrau. O Cristo, no comando, traçou as diretrizes, organizou meios e determinou condições para que aparecesse o Homem, na plenitude da vida, como prêmio de todos os esforços. E o mesmo Mestre se fez homem para experimentar as condições que Ele mesmo se dispôs a realizar em benefício de bilhões de Espíritos.

A Terra é uma bênção de Deus e a reencarnação é uma misericórdia da Luz Maior, em favor daqueles que vieram da inconsciência para a luz da razão.

Os corpos humanos apareceram qual os corpos dos animais de todas as espécies, em avalanches, qual aparecem flores e frutos, como o trigo na lavoura. Não houve privilégio para que um aparecesse primeiro e dele surgissem os outros. Adão pode ser um tronco de raça com vários outros. O ponto de vida dormiu na Terra, esperando o momento propício para acordar e crescer, e foi justamente no amanhecer, porque a luz que veio de Deus fecundou a esperança na Terra, fazendo surgir o milagre da vida em muitos lugares do planeta ao mesmo momento. Há muitos segredos a desvendar na face da casa terrena e eles serão conhecidos na medida em que os homens estiverem preparados para tal.
Já que estás dotado de razão, que usas do raciocínio como instrumento para viveres melhor, usa-o para o bem-estar espiritual, respeitando as leis que nos regem a todos, que essas mesmas leis te assegurarão a paz.

Vamos procurar saber qual foi o primeiro homem, que nos ensinou os meios mais acertados para a nossa libertação, que nos ensinou a conhecer a nós mesmos. Ele está sempre em nosso meio, procurando morar em nossos corações. Ele se fez homem, como Ele mesmo diz, para nos mostrar a salvação. Ele é o incomparável Mestre dos mestres - Jesus, o Cristo de Deus. Ainda Ele é desconhecido, pelo valor que tem dentre os homens. Para que possas comparar a Sua grandeza, basta analisar o que Ele mesmo falou: Antes que a Terra fosse, eu era. Antes que fosse formada a Terra, Ele já era o Cristo, dotado de todos os poderes para nos governar. E está governando com Amor, que ainda não aprendemos a retribuir.

A nossa gratidão por Ele deve ser grande em todos os sentidos, e que Deus possa nos ajudar a compreendê-lo, pelo que dispomos de sentimentos no coração. Que Deus nos abençoe a todos.


Questão 49 - O Livro dos Espíritos


LIVRO PRIMEIRO - AS CAUSAS PRIMEIRAS

CAPÍTULO III - CRIAÇÃO

FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS


49. Se o gérmen da espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos do globo, por que não se formam espontaneamente homens, como na origem dos tempos?
O princípio das coisas está nos segredos de Deus. Entretanto, pode dizer-se que os homens, uma vez espalhados pela Terra, absorveram em si mesmos os elementos necessários à sua própria formação, para os transmitir segundo as leis da reprodução. O mesmo se deu com as diferentes espécies de seres vivos.

Comentário do Espírito Miramez 
DO GÉRMEN AO HOMEM
O aparecimento do homem na Terra não aconteceu diretamente, do gérmen a ele, sem as devidas escalas, sem as variadas formas organizadas pelas inteligências superiores. Há um progresso em tudo que existe, cuja força vem de Deus, que comanda . tudo por intermédio de seus filhos maiores, encarregados do aperfeiçoamento de todas as coisas.

Depois que os corpos, tanto dos homens quanto dos animais de todas as ramificações, tomam as posições desejadas, a forma delineada pelos engenheiros siderais, neles mesmos contém a semente da continuação da espécie, que prolifera em todas as direções. Quem acredita na evolução das espécies e estuda o assunto com profundidade, passa a entender e sentir a mão divina, em todas as nuances da vida.

Já paraste para meditar na transformação de um protozoário unicelular, pelas mãos do tempo e de Deus, a se expressar em um homem da atualidade? Já pensaste também nos caminhos percorridos? Todos os cálculos de tempo feitos estão sujeitos a reparos, porque a distância é muito grande. É um verdadeiro mistério, dentro dos mistérios maiores.

Existem leis organizadas no universo, modificadas para cada casa planetária, de acordo com a sua própria evolução, e essas leis são vigiadas pelas inteligências superiores, que as abrem em misericórdia, quando necessário, e impõem a justiça, quando é preciso. O "ninguém recebe o que não merece" é uma verdade absoluta em todas as dimensões da vida, e é neste sentido que o Evangelho nos concita ao amor e à caridade, na extensão infinita do bem, para que esse bem volte a nós enriquecido pelas fulgurações da fraternidade. Quando temos de falar de "O Livro dos Espíritos" detalhadamente, como ocorre neste caso, haveremos de repetir muitos assuntos e, nesta repetição, os valores são aflorados, como que nos favorecendo a oportunidade de um aprendizado mais seguro e um estudo mais amplo sobre os assuntos ventilados.

O mar faz como que o papel de útero da Terra. As águas foram criadas sob a supervisão de Jesus Cristo, e nelas foi colocado algo divino que, pela própria natureza, pudesse desenvolver o início da vida, para formas aperfeiçoadas no decorrer do tempo. A forma humana era a desejada, para que o Espírito encontrasse nela o instrumento para as suas grandes experiências na Terra. E eis aí, há muito tempo, em sociedades, os homens avançando e progredindo na escalada que lhes é própria, cumprindo, assim, uma determinação de Deus.

Do gérmen ao homem há uma escalada que devemos todos estudar, examinar os nossos ancestrais, mas é bom que não nos esqueçamos do fundamento das nossas vidas, que é Deus, cumprindo aquilo que Jesus nos pede: amá-Lo sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Em tudo que fizermos sem Deus, desaparece a estabilidade e os nossos esforços serão enfraquecidos. Se nós procuramos a gênese de tudo que se refere à matéria, porque não buscarmos a nossa própria genealogia, e reconhecer o Senhor como nosso Pai que está nos Céus? Ele é que nos dirige todos, a quem devemos obediência. Ser-nos-á de grande proveito entendermos as lições de Jesus e procurarmos a vivência do Seu Evangelho.

O princípio do homem está nos segredos de Deus, guardado na nossa consciência profunda. Um dia poderemos consultá-la, sem perda e gasto de tempo. Antes disso, procuremos melhorar as nossas condições morais e espirituais, aumentando a nossa resistência e alargando as nossas capacidades de trabalho e de amor, que o amor verdadeiro nos salva de todas as imprudências passageiras dos nossos caminhos. Que Jesus nos abençoe.


Questão 48 - O Livro dos Espíritos


LIVRO PRIMEIRO - AS CAUSAS PRIMEIRAS
CAPÍTULO III - CRIAÇÃO

FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS
Comentário do Espírito Miramez
48. Poderemos conhecer a época do aparecimento do homem  e dos outros seres vivos na Terra?
Não; todos os vossos cálculos são quiméricos.

APARECIMENTO DO HOMEM
Até então não podemos determinar a época em que surgiu o homem na Terra, bem como os seres vivos em geral. Essa data se perde nos arquivos da natureza. Somente é dado revelar aos homens aquilo que se lhes pode falar. A evolução é um livro que vai se abrindo aos poucos, para aqueles que crescem pela força do progresso. O que se pode fazer é uma estimativa, como sempre. A idade é como se fosse um registro humano, as barreiras se interpõem à vontade e nos perdemos nas nossas deduções.

Somente sabemos que o homem é o ser mais novo na casa terrestre. Ele é, pois, a herança de gigantescos esforços da natureza, que vem subindo de degrau a degrau, assinalando a sua posição como tipo aprimorado no laboratório da vida. Nós estamos em época de ganhar tempo e fazer crescer a fraternidade na Terra. Se nos empenharmos somente em conhecer os primórdios dos nossos ancestrais, se somente nos preocuparmos com as ciências que nos levam a conhecer o corpo somático, diminuiremos os nossos conhecimentos sobre a alma, dos quais tanto carecemos. Procuremos estudar o Espírito e, por vezes, seus corpos que lhes servem de instrumentos na grande jornada evolutiva. Que as outras ciências fiquem para depois, depois que aprendermos a amar e a reconhecer a necessidade de servir.


Quanto mais se descobrem remédios no mundo físico, mais surgem doenças e desequilíbrios. Remédios podem servir para remediar as situações, enquanto não se conhece a verdadeira fonte dos infortúnios. A medicina oficial se esqueceu e ainda não tem condições para diagnosticar as causas verdadeiras de todas as doenças, para então encontrar o remédio eficaz, de todas as enfermidades. Será que não é melhor procurar saber quando é que apareceu o ódio na Terra? Iremos assombrar-nos com a sua idade e esse medo nos levará a combatê-lo pela raiz. Assim seria com o ciúme, a inveja, a maledicência, etc.

Todos sonhamos com um paraíso terrestre e espiritual, para nós e toda a humanidade, mas esquecemos que esse paraíso haverá de ser conquistado, formado dentro de nós, para que ele se enraíze por fora. Não podemos ser felizes com a infelicidade alheia. Qualquer coisa que estivermos desperdiçando, provocará falta em algum lugar. O homem espiritualizado tem o dever de orar, pedindo na súplica a ajuda de Deus, para que ele possa fazer o que deve ser feito.

Esse desequilíbrio que notamos na economia de uma nação, e certamente na Terra, é prova evidente dos desequilíbrios das criaturas. É o c arma pesado, individual e coletivo, da humanidade. A solução é a mudança de costumes dos homens, é a transformação dos conceitos da vida, é começar na grande escola que existe e que se chama lar. Ele é, pois a célula que pode garantir a harmonia de todos os povos, se o Evangelho for vivido dentro dele. O culto do Evangelho no lar é o primeiro passo para o despertamento espiritual. Ao nascer, a criança recebe as primeiras sugestões do Amor através dos ensinamentos do Cristo, e essa criança vai crescendo envolvida na dignidade e no dever, no amor de uns para com os outros, dedicando-se à caridade por onde passar. Encontraremos, então, uma juventude esclarecida, com uma visão maior do futuro. E neste regime poderá aparecer o novo homem na Terra, o homem de luz, que desconhece as trevas. As escolas que o orientam são escolas de paz.

Depois que a Terra for transformada na esperada terra da promissão, não haverá mais guerras, nem fome, peste ou contradições entre os homens. Tudo será harmonia. A humanidade, desfrutando a felicidade, perderá essa ansiedade de querer saber o impossível. Somente desejará o que a própria evolução comportar. E o homem verdadeiro começará a surgir, desde essa época, na Terra.

Questão 47 - O Livro dos Espíritos


LIVRO PRIMEIRO - AS CAUSAS PRIMEIRAS
CAPÍTULO III - CRIAÇÃO

FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS

47. A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos contidos no globo terrestre?
Sim, e veio a seu tempo. Foi o que deu lugar a que se dissesse que o homem se formou do limo da terra.

Comentário do Espírito Miramez 
ORIGEM DO HOMEM
O corpo físico certamente é filho da Terra, como é filho do espaço cósmico, como é obra de Deus, que o estruturou pelas mãos sábias do Cristo. Nas várias mensagens falamos sempre um pouco da formação do homem-corpo, como falamos do homem-Espírito, os dois afinizando-se para uma luta em comum. Tudo evolui no grande esquema de Deus.

O corpo humano vem de priscas eras, de degrau a degrau, em uma subida indescritível no sistema de despertamento dos valores, aqueles talentos espirituais que . existem em tudo e desabrocham em todos os lugares em busca de Deus. Nada existe morto no universo, tudo vive e tudo pulsa em função de engrandecer-se. O esquema do corpo humano foi feito há bilhões de anos pelos engenheiros siderais. Foram marcados de etapa a etapa os escalões evolutivos, para que o Espírito pudesse despertar mais depressa as qualidades que lhe dormem no fundo d'alma. Tudo foi feito com a perfeição dos que construíram, faltando apenas o despertamento dos valores.


A usina humana que serve ao Espírito imortal ainda tem muito que melhorar, para que no amanhã possa servir de instrumento a Espíritos altamente evoluídos e, por vezes, tornar-se um corpo quase fluídico. Isso é trabalho do tempo, juntamente com o espaço e os esforços assinalados pelas inteligências encarnadas e desencarnadas, que trabalham na Terra.

Podemos fazer uma fraca comparação, que serve para certo esclarecimento: o espermatozoide da Terra, acasalando-se com o óvulo do espaço cósmico, foi progredindo e avançando de transformação em transformação, até chegar na marca do tempo, para nos mostrar a beleza da vida onde o Espírito pudesse ingressar para novos aprendizados, preso na vestimenta da carne. O corpo humano é uma glória da natureza, correspondendo à ambição do Espírito para que este se libertasse das condições grosseiras e abrisse os olhos à luz do sol espiritual.

O homem veio da Terra, como não? É o homem-corpo, que volta para ela, retomando à sua origem. O ser espiritual passa para o mundo que lhe é próprio, em seqüência de fazer os céticos crerem em um poder maior, que a tudo dirige na maior harmonia que se pode perceber. Essa força é o Deus de que todos falamos, e ao qual sempre pedimos as bênçãos: é o Deus do Amor.

Se o corpo veio da Terra, encontra o Espírito que veio de Deus, para uma missão grandiosa no enriquecimento dos valores que correspondem aos encontros. Para tanto, existem as reencarnações quantas forem necessárias, até o término do curso que lhes cabe fazer, envolvidos nos limites da matéria.

Concitamos a todos que estão na Terra, dependendo dela para elevar-se, que aproveitem as oportunidades. As condições de se educar são muito grandes e os meios de aprendermos são favoráveis. Principalmente no momento que atravessamos, descem dos céus chuvas de livros ao toque da música celestial, nos mostrando como aprender, como servir, como entender, e como amar, nos ajudando a libertar das peias da ignorância. Os livros espíritas são cursos espirituais, como sendo a misericórdia divina, ajudando os homens a compreenderem melhor a vida, aproveitando o tempo nas urdiduras do espaço. Lê, mas estuda, sem esquecer a aplicação no dia-a-dia. Pedimos a Jesus que abençoe os teus esforços.