Teologia

Teologia é o estudo crítico da natureza do divino, seus atributos e sua relação com os homens. Em sentido estrito, limita-se ao Cristianismo, mas em sentido amplo, aplica-se a qualquer religião. É ensinada como uma disciplina acadêmica, tipicamente em universidades, seminários e escolas de teologia.

A origem do termo nos remete à Hélade - a Grécia Antiga. O termo "teologia" aparece em Platão, mas o conceito já existia nos pré-socráticos. Platão o aplica aos mitos interpretando-os à luz crítica da filosofia considerando seu valor para a educação política. Nessa passagem do mito ao logos, trata-se de descobrir a verdade oculta nos mitos. Aristóteles, por sua vez, chama de "teólogos" os criadores dos mitos (Hesíodo, Homero, poetas que narraram os feitos dos deuses e heróis, suas origens, suas virtudes e também seus vícios e erros), e de "teologia" o estudo metafísico do ente em seu ser (considerando a metafísica ou "filosofia primeira", a mais elevada de todas as ciências).



O termo pode também referir-se a um estudo de uma doutrina ou sistema particular de crenças religiosas - tal como a teologia judaica, a teologia cristã, a teologia islâmica. Existem, portanto, a teologia hindu, a teologia judaica, a teologia budista, a teologia islâmica, a teologia cristã (incluindo a teologia católica-romana, a teologia protestante, a teologia mórmon e outras), a teologia umbandista e outras.

ETIMOLOGIA

A palavra provém do grego θεóς [theos]: precisamente divindade, mas no sentido de verdade ou essência da verdade, fé ou caminho da verdade da ou dessa ou ainda desta divindade; λóγος [logos]: palavra, no sentido preciso de estudo sistemático da palavra, por extensão, estudo, análise, consideração, discurso sobre alguma coisa ou algo que tem existência)

Evolução do termo
No cristianismo, isso se dá a partir da Bíblia. O teólogo cristão protestante suíço Karl Barth definiu a Teologia como um "falar a partir de Deus". O termo "teologia" foi usado pela primeira vez por Platão, no diálogo "A República", para referir-se à compreensão da natureza divina de forma racional, em oposição à compreensão literária própria da poesia, tal como era conduzida pelos seus conterrâneos. Mais tarde, Aristóteles empregou o termo em numerosas ocasiões, com dois significados:

Teologia como o ramo fundamental da filosofia, também chamada "filosofia primeira" ou "ciência dos primeiros princípios", mais tarde chamada de metafísica por seus seguidores; Teologia como denominação do pensamento mitológico imediatamente anterior à filosofia, com uma conotação pejorativa e, sobretudo, utilizada para referir-se aos pensadores antigos não filósofos (como Hesíodo e Ferécides de Siro).

Santo Agostinho tomou o conceito de teologia natural da obra Antiquitates rerum humanarum et divinarum, de Marco Terêncio Varrão, como a única teologia verdadeira, dentre as três apresentadas por Varrão - a mítica, a política e a natural. Acima desta, situou a teologia sobrenatural (theologia supernaturalis), baseada nos dados da revelação e, a teologia sobrenatural, situada fora do campo de ação da filosofia, não estava subordinada, mas sim acima da última, considerada como uma serva (ancilla theologiae) que ajudaria a primeira na compreensão de Deus.

Outra vertente da teologia, denominada "Via Remotionis" (ou teologia negativa), defende a incognocibilidade de Deus por meio da linguagem racional. O caminho dessa teologia é apresentar predicados opostos (tais como claro e escuro, bom e mau) e falar que Deus não é nem um lado nem o outro. Começa-se por predicados mais concretos, da realidade terrena, e prossegue-se por predicados cada vez mais abstratos. Com a sucessão dessas sentenças, procura-se passar a ideia de que Deus não está no campo do dizível (campo da linguagem), mas em uma esfera superior a essa, acessível pela experiência mística.

A morte em diferentes religiões

De maneira geral, cristãos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a ressurreição. Já os espíritas creem na reencarnação: o espírito retorna à vida material através de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou vegetal. Em algumas religiões orientais, o conceito de reencarnação ganha outro sentido: é a continuação de um processo de purificação. 
Nas diversas religiões, o homem encara a morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro.

Filosofia
A sobrevivência do espírito humano à morte do corpo físico e a crença na vida e no julgamento após a morte já era encontrada na filosofia grega, em especial em Pitágoras, Platão e Plotino. Já Sartre, filósofo francês, defendia que o indivíduo tem uma única existência. Para ele, não há vida nem antes do nascimento e nem depois da morte.

Doutrina niilista
Sendo a matéria a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo.

Doutrina panteísta
O espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal. Individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, com a morte, à massa comum.

Dogmatismo religioso
A alma, independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade após a morte. Os que morreram em 'pecado' irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso.



Budismo
O Budismo prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), de acordo com a sua própria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até que o espírito liberte-se do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei de causas e efeitos). A depender do seu carma, a pessoa pode renascer em seis mundos distintos: reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espíritos guerreiros, espíritos insaciáveis e reinos infernais. Estes determinam a Roda de Samsara, ou seja, o transmigrar incessante de um mundo a outro, ora feliz e angelical, ora sofrendo terríveis torturas, brigando e reclamando. Em qualquer um destes estágios as pessoas estão sujeitas a transformações.


De acordo com o Livro Tibetano da Morte, existem 49 etapas, ou 49 dias, após a morte. Os monges oram para que as pessoas atinjam a Terra Pura - lugar de paz, tranquilidade e sabedoria iluminada - ou renasçam em níveis superiores.

Para libertar-se do carma e alcançar a iluminação ou o Nirvana, o ciclo ignorância, sede de viver e o apego às coisas materiais deve ser abolido da mente dos homens. Para isso, a doutrina budista ensina a evitar o mal, praticar o bem e purificar o pensamento. O leigo deve praticar três virtudes: fé, moral e benevolência. Para eles, todo ser humano é iluminado, embora não tenha consciência disso.

Pessoas executadas por crucificação

Jesus‎
Santo André‎
São Pedro‎
Abdelas
Autarito
Bessos
Boz (rei)
Crátero (estratego dos cibirreotas)
Espêndio
Filipe (apóstolo)
Filipe de Jesus
Pedro Sukeyiro
Fraortes (rebelde da Média)
Aníbal Giscão
Histieu
Simeão de Jerusalém
Júlia, mártir de Cartago
Diogo Kisai
Mau ladrão
Paulo Miki
Bom ladrão
Vilgeforte



Origem: Wikipédia

Crucifixo

Crucifixo (Cruz de Cristo) é um símbolo de veneração, que foi iniciado pelos cristãos durante o período após a crucificação de Jesus Cristo. Naquele período os seguidores de Jesus se organizavam e reuniam-se às escondidas para confabularem, pois eram perseguidos, e para se identificarem como cristãos, usavam um símbolo, que era o desenho de um peixe e o crucifixo.

OBJETO

O Crucifixo é a de dupla travessa, também chamada de Cruz Episcopal ou Patriarcal, que nesta cruz na travessa superior mais curta, tem uma tabuleta que foi pregado com a inscrição I.N.R.I., que significa Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum (Jesus de Nazaré Rei dos Judeus), e referido na história do cristianismo.



HISTÓRIA

Embora a cruz seja, atualmente, o simbolo mais comum do cristianismo, no século I ela não era particularmente associada com a religião, só assumindo um lugar de destaque como tal durante o século II, até o século III a cruz seria tão estreitamente associada ao cristianismo, que Tertuliano designou os cristãos como crucis religiosi, ou seja "devotos da Cruz." De acordo com a tradição cristã, a cruz é uma referência à crucifixão de Jesus, e o crucifixo é a sua referência mais imediata.

VISÃO PROTESTANTE

Grande parte das comunidades protestantes são contra o uso do crucifixo como objeto de veneração, em vez disso, quase que todos os protestantes são a favor do uso da cruz vazia, buscando dar ênfase a Ressurreição de Jesus. O Crucifixo é também considerado um dos tantos motivos de discórdia entre protestantes e católicos. Embora o uso de crucifixo entre protestantes mais tradicionais não seja tão raro, o próprio Lutero recomendava a imagem do crucifixo como forma de nos lembrarmos de nossa culpa, já que Cristo foi crucificado por nossos pecados.


A batalha de Refidim

O acampamento israelita em Refidim foi palco da primeira batalha enfrentada pelo povo de Israel assim que se livrou do Egito. Essa batalha também foi a primeira liderada pelo jovem Josué. Ela está narrada em Êxodo 17.8-16. Nela, Deus coloca o seu povo para lutar, mas deixa bem claro que a vitória é conquistada pela intercessão ao Senhor dos Exércitos.

Por volta de 1440 a.C., Israel escapou da escravidão do Egito e tornou-se uma nação peregrina. Segundo Números 33.1-14, o povo acampou primeiramente em Sucote, em seguida em Etã, depois retornou e acampou em Pi-Hairote. Então, os israelitas atravessaram o mar, acampando no deserto de Mara. Na sequência, acamparam em Elim. Após Elim, acamparam no deserto de Sim, depois em Dofca, em Alus, e só então chegaram em Refidim.
Após toda essa peregrinação, estavam bem próximos de chegar ao Monte Sinai, onde iriam receber as tábuas da Lei.
Tudo isso ocorreu em apenas três meses.

OS COVARDES AMALEQUITAS

Segundo Gênesis 36.12-16, os amalequitas são descendentes de Esaú (Edom), irmão de Jacó (Israel) e, portanto, primos dos 12 filhos de Israel. Amaleque era neto de Esaú, filho de Elifaz com uma concubina chamada Timna.

Os filhos de Amaleque se tornaram uma tribo beduína que vivia na região do deserto do Neguebe e de Sur, no Sul da Palestina. Essa era uma região pobre em recursos naturais. Por isso, quando viram Israel peregrinar pelos desertos, os amalequitas devem ter calculado que havia pouco oásis para muito povo. Uma hora ou outra os dois povos iriam rivalizar por água e, por isso, os primos de Israel resolveram se adiantar.

Para isso, eles utilizaram uma estratégia bastante covarde. Eles não tentaram um acordo, nem chamaram Israel para a guerra. Fizeram outra coisa. Diz assim Deuteronômio 25.17-18:

“Lembrem-se do que os amalequitas lhes fizeram no caminho, quando vocês saíram do Egito. Quando vocês estavam cansados e exaustos, eles se encontraram com vocês no caminho e eliminaram todos os que ficaram para trás; não tiveram temor de Deus. Quando o Senhor, o seu Deus, der a vocês o descanso de todos os inimigos ao seu redor na terra que ele lhes dá para dela tomar posse como herança, vocês farão que os amalequitas sejam esquecidos debaixo do céu. Não se esqueçam!”.

SURGE UM NOVO HERÓI

Como vimos, a tribo dos amalequitas sentiu-se ameaçada com a presença dos israelitas no deserto. Assim, utilizaram uma estratégia bastante covarde para atacar Israel.


Enquanto o povo peregrinava, os amalequitas arrumavam emboscadas contra os últimos da caminhada, os mais fracos e cansados, e atacavam por trás, sem serem vistos e sem enfrentamento.

Jesus carregando a cruz

Jesus carregando a cruz a caminho da sua crucificação é um episódio da vida de Jesus relatado nos quatro evangelhos canônicos e um tema muito comum na arte cristã, especialmente nas catorze estações da cruz, conjuntos que atualmente se encontram em praticamente todas as igrejas católicas. Porém, o tema aparece também em outros contextos, incluindo obras singulares e ciclos da vida de Cristo ou da Paixão de Cristo. Outros nomes são Procissão ao Calvário e Caminho do Calvário, sendo que Calvário ou Gólgota se referem ao local da crucificação, fora de Jerusalém. A verdadeira rota seguida é comumente chamada de Via Dolorosa em Jerusalém, embora o caminho específico tenha variado ao longo dos séculos e continue sendo tema de debates.

NARRATIVA BÍBLICA

O episódio é mencionado, sem muitos detalhes, nos quatro evangelhos canônicos: Mateus 27:31-33, Marcos 15:20-22, Lucas 23:26-32 e João 19:16-18. Com exceção de João, todos incluem Simão Cireneu, que foi recrutado pelos soldados romanos para ajudar a carregar a cruz. Acadêmicos modernos, baseando-se em descrições de criminosos carregando a trave horizontal da cruz feitas por Plauto e Plutarco, geralmente interpretam a descrição evangélico como relatando que Jesus - e depois Simão - carregou apenas o pesado patíbulo, a trave horizontal, até um poste (stipes), que ficava permanentemente fincado na terra no Gólgota. Porém, na iconografia cristã de Jesus e Simão, eles aparecem geralmente carregando a cruz completa.

Apenas Lucas menciona as "mulheres de Jerusalém", cujo número foi depois, nas obras patrísticas e na arte cristã, expandido para incluir as Três Marias e a Virgem Maria. Este encontro é geralmente localizado nos portões da cidade, como na maioria das pinturas, que também as mostram seguindo Jesus e este virando para falar com elas. Outros episódios foram elaborados posteriormente, com o véu de Verônica aparecendo a partir do século XIII, e as quedas de Cristo, eventualmente três, aparecendo primeiro no final da Idade Média. Lucas menciona que os dois ladrões estavam também no grupo seguindo para o Gólgota, mas não diz se eles tiveram também que carregar suas cruzes e, embora seja fácil identificá-los nas representações artísticas, suas cruzes são muito raramente representadas. Algumas obras, como Il Spasimo de Rafael, a Procissão ao Calvário, de Pieter Bruegel, o Velho (em Viena), e a obra de Jacopo Bassano em Londres, mostram as duas cruzes dos ladrões já montadas no local da execução ao fundo distante.


É também importante o verso Mateus 16:24, no qual São Francisco de Assis baseou a sua primeira regra monástica, de 1221: "Então disse Jesus a seus discípulos: se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me." São Francisco também costumava ser levado com uma corda à volta do pescoço como um exercício de penitência, a corda sendo um detalhe adicionado a muitas representações de duas passagens do Antigo Testamento: “Ele foi oprimido, contudo humilhou-se a si mesmo, e não abriu a boca. Como o cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda diante dos que a tosquiam; assim não abriu ele a boca.” (Isaías 53:7) e “Mas eu era como um manso cordeiro que é levado ao matadouro.” (Jeremias 11:19), ambos muito citados nos comentários medievais. Na tipologia medieval, Isaac carregando a madeira para o seu sacrifício é o paralelo mais comum para o episódio, geralmente mostrado como uma cena complementar.

REFERÊNCIAS DEVOCIONAIS

A mais elaborada e tradicional referência ao episódio aparece nas chamadas "Estações da cruz", onde o evento está dividido em diversos incidentes que dão conta da maior parte das representações esculturais: 
  1. Pilatos condena Jesus
  2. Jesus recebe a cruz
  3. Primeira queda de Jesus
  4. Jesus encontra com sua Mãe
  5. Simão Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz
  6. Verônica enxuga o rosto de Jesus
  7. Segunda queda de Jesus
  8. Jesus se encontra com as mulheres de Jerusalém
  9. Terceira queda
  10. Jesus é despojado de suas vestes
  11. Jesus é pregado na cruz
  12. Jesus morre na cruz
  13. Jesus é descido da cruz
  14. Jesus é colocado no sepulcro
  15. Jesus vence a morte
O episódio de Jesus levando a cruz é um dos Mistérios Dolorosos do Santo Rosário e o encontro com Maria é uma das Sete Dores da Virgem. O Caminho do Calvário ainda é reapresentado em diversas procissões anuais na Sexta-feira Santa em países católicos, algumas das quais incluem atores representando os principais personagens e uma cruz. Na Via Dolorosa propriamente dita, este tipo de evento ocorre o ano inteiro.


Crucificação de Jesus - parte 2

Ano da crucificação
Embora não haja consenso sobre a data exata da crucificação, os estudiosos geralmente concordam que ela ocorreu numa sexta-feira de ou próxima da Páscoa judaica (15 de Nisan), durante o governo de Pôncio Pilatos (c. 26-36). Como o calendário hebreu era utilizado no tempo de Jesus e ele incluía a determinação dada de uma nova fase da lua e do amadurecimento da colheita da cevada, o dia - e mesmo o mês - exato da Páscoa judaica num determinado ano é tema de muita especulação. Várias abordagens já foram utilizadas para estimar o ano da crucificação, inclusive o uso dos evangelhos canônicos, a cronologia da vida de Paulo de Tarso, assim como diferentes modelos astronômicos. Estas estimativas para o ano da crucificação resultaram numa faixa entre 30 e 36 d.C. Uma data frequentemente sugerida é sexta-feira, 3 de abril de 33.
 
Crucificação vista a partir da cruz.
1886-1894. Por James Tissot, atualmente no Brooklyn Museum, em Nova Iorque.

Dia da semana e hora
O consenso entre os estudiosos modernos é de que os relatos do Novo Testamento representam a crucificação ocorrendo numa sexta-feira, mas datas de quinta ou quarta já foram propostas. Alguns deles propuseram a data de quinta baseadas num "duplo sabbath" causado por um sabbath de Páscoa adicional caindo entre o pôr do sol de uma quinta e a tarde de uma sexta à frente do sabbath semanal de costume. Outros argumentaram que Jesus foi crucificado numa quarta e não numa sexta, com base na menção de "três dias e três noites" em Mateus 12:40 antes de sua ressurreição, celebrada no domingo, ao que foram contestados por acadêmicos explicando que esta tese ignora o idioma judaico, no qual um "dia e noite" pode se referir a qualquer parte de um período de 24 horas, que a expressão em Mateus é idiomática e não uma afirmação de que Jesus teria passado 72 horas no túmulo e que muitas referências à ressurreição no terceiro dia não requerem literalmente três noites.

Em Marcos 15:25, afirma-se que a crucificação ocorreu na hora terceira (9 da manhã) e que a morte de Jesus ocorreu na hora nona (3 da tarde). Porém, em João 19:14, Jesus ainda está perante Pilatos na hora sexta. Os acadêmicos já apresentaram diversos argumentos para tratar desta aparente contradição, alguns sugerindo uma reconciliação, por exemplo, baseando-se na tese da utilização do sistema horário romano em João, mas não em Marcos, argumento rejeitado por outros. Diversos estudiosos notáveis argumentaram que a precisão moderna na marcação dos horários durante o dia não deve ser projetada nos relatos evangélicos, escritos numa época quando não havia a padronização dos mecanismos de contagem de tempo e nem um registro exato das horas e minutos estava disponível. Geralmente o horário era aproximado para a o período de três horas mais próximo.

Crucificação de Jesus - parte 1

A crucificação de Jesus foi um evento que ocorreu no ano 33 d.C. Jesus, que os cristãos acreditam ser o filho de Deus e também o Messias, foi preso, julgado pelo Sinédrio e condenado por Pôncio Pilatos a ser flagelado e finalmente executado na cruz. Coletivamente chamados de Paixão, o sofrimento e morte de Jesus representam aspectos centrais da teologia cristã, incluindo as doutrinas da salvação e da expiação.

Jesus na cruz entre os dois ladrões.
1619-1620. Por Rubens, atualmente no Museu Real de Belas Artes de Antuérpia, na Bélgica.

A crucificação de Jesus está descrita nos quatro evangelhos canônicos, foi atestada por outras fontes antigas e está firmemente estabelecida como um evento histórico confirmado por fontes não cristãs. Os cristãos acreditam que o sofrimento de Jesus foi previsto na Bíblia hebraica, como no salmo 22 e nos cânticos de Isaías sobre o servo sofredor. De acordo com uma harmonia evangélica, Jesus foi preso no Getsêmani após a Última Ceia com os doze apóstolos e foi julgado pelo Sinédrio, por Pilatos e por Herodes Antipas antes de ser entregue para execução. Após ter sido chicoteado, Jesus recebeu dos soldados romanos, como zombaria, o título de "Rei dos Judeus", foi vestido com um manto púrpura (a cor imperial), uma coroa de espinhos, foi surrado e cuspido. Finalmente, Jesus carregou a cruz em direção ao local de sua execução.

Uma vez no Gólgota, Jesus recebeu vinho misturado com bile para beber. Os evangelhos de Mateus e Marcos relatam que ele se recusou a beber. Ele então foi pregado à cruz, que foi erguida entre a de dois ladrões condenados. De acordo com Marcos 15:25, ele resistiu ao tormento por aproximadamente seis horas, da hora terça (aproximadamente 9 da manhã) até a sua morte (Marcos 15:34-37), na hora nona (três da tarde). Os soldados afixaram uma tabuleta acima de sua cabeça que dizia "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus" em três línguas ("INRI" em latim), dividiram entre si as suas roupas e tiraram a sorte para ver quem ficaria com o manto. Eles não quebraram as pernas de Jesus como fizeram com os outros dois crucificados (o ato acelerava a morte), pois Jesus já estava morto. Cada evangelho tem o seu próprio relato sobre as últimas palavras de Jesus (sete frases ao todo). Nos evangelhos sinóticos, vários eventos sobrenaturais acompanharam toda a crucificação, incluindo uma escuridão, um terremoto e, em Mateus, a ressurreição de santos. Após a morte de Jesus, seu corpo foi retirado da cruz por José de Arimateia com a ajuda de Nicodemos e enterrado num túmulo escavado na rocha. De acordo com os evangelhos, Jesus então voltou da morte dois dias depois (o "terceiro dia").

Os cristãos tradicionalmente entendem a morte de Jesus na cruz como sendo um sacrifício proposital e consciente (dado que Jesus não tentou se defender em seus julgamentos), realizado por ele na figura de "agente de Deus" para redimir os pecados da humanidade e tornar a salvação possível. A maior parte dos cristãos proclamam este sacrifício através do pão e do vinho na Eucaristia, uma lembrança da Última Ceia, e muitos também comemoram o evento na Sexta-Feira Santa anualmente.

RELATOS SOBRE A CRUCIFICAÇÃO

Os estudiosos modernos consideram o batismo de Jesus e a sua crucificação como sendo dois fatos historicamente certos sobre ele.

James Dunn afirma que estes "dois fatos na vida de Jesus detém hoje uma concordância quase universal" e "figuram bem alto na escala do 'quase impossível duvidar ou negar' dos fatos históricos" que eles são geralmente os pontos de partida para o estudo do Jesus histórico.

Bart Ehrman afirma que a crucificação por ordem de Pôncio Pilatos é o elemento mais certo que sabemos sobre ele.

John Dominic Crossan afirma que a crucificação de Jesus é tão certa quanto um fato histórico pode ser.

Eddy e Boyd afirmam que está atualmente "firmemente estabelecido" que existe confirmação por fontes não cristãs sobre a crucificação de Jesus.

Craig Blomberg afirma que a maioria dos acadêmicos na terceira busca pelo Jesus histórico consideram a crucificação indisputável. Ainda que os estudiosos concordem na historicidade da crucificação, eles discordam sobre as razões e sobre o contexto em que ela se insere, por exemplo E. P. Sanders e Paula Fredriksen defendem a historicidade da crucificação, mas argumentam que ele não a teria previsto e que a sua profecia sobre sua morte é uma história cristã.

Christopher M. Tuckett afirma que, embora as razões exatas para a morte de Jesus sejam difíceis de determinar, um dos fatos inquestionáveis sobre ele é que ele foi crucificado.

Geza Vermes também entende que a crucificação é um evento histórico, mas apresenta sua própria explicação e contexto para ela.

John P. Meier enxerga a crucificação de Jesus como um fato histórico e afirma, baseado no "critério do embaraço", que os cristãos não teriam inventado uma morte sofrida do seu líder.

Meier afirma ainda que diversos outros critérios, como da "múltipla atestação" (a confirmação por mais de uma fonte), o "critério da coerência" (o evento se encaixa corretamente em outros eventos históricos) e o "critério da rejeição" (o evento não foi contestado por fontes antigas) ajudam a estabelecer a crucificação de Jesus como um evento histórico.

Embora quase todas as fontes antigas sobre a crucificação sejam literárias, a descoberta arqueológica de 1968, a nordeste de Jerusalém, do corpo de um homem crucificado no século I nos deu boas evidências confirmatórias sobre os relatos evangélicos da crucificação. O homem foi identificado como sendo Yohan Ben Ha'galgol e morreu por volta de 70 d.C., por volta da época da revolta judaica contra Roma. As análises na "Hadassah Medical School" estimaram que ele morreu com quase trinta anos. Estes estudos também mostraram que ele foi crucificado de uma forma muito similar à relatada nos evangelhos. Outra descoberta arqueológica relevante, que também data do século I, é um osso do calcanhar de uma pessoa não identificada perfurado por prego descoberto numa cova em Jerusalém, preservado pela autoridade Israelense para Antiguidades e em exposição no Museu de Israel.

O poder do perdão

Perdoar é uma atitude e uma decisão que pode ser das mais difíceis, para milhões de pessoas. Quando alguém pede perdão a outro está dizendo que reconhece o seu erro e a sua culpa, e que, por isso, põe-se na presença de quem foi atingido, por sentimentos, palavras e/ou atos que feriram a sua dignidade, propriedade ou sensibilidade. Pedir perdão é, também, uma forma de humilhar-se. Perdoar, por sua vez, é responder que reconhece a sinceridade no arrependimento daquele que vai ao seu encontro com a disposição de mudar de atitude.


Algo muito estranho aconteceu e vem acontecendo em nossos dias. As pessoas perderam a vergonha e o receio de pedir desculpas. Antigamente, nossos avós sentiam-se constrangidos em colocar-se diante do outro e expor-se, humilhar-se, reconhecer os próprios erros. E, à primeira vista, essa mudança de atitude pode parecer boa. Seria motivo de alegria que as pessoas tivessem se tornado menos orgulhosas e mais abertas ao próximo, mais predispostas a pedir perdão e reconhecer as próprias faltas, falhas e desvios.

Todavia não é bem assim. O problema é que agora as pessoas pronunciam as palavras desculpa e perdão com muita facilidade, mas, muitas vezes, sem pensar no que aquelas palavras implicam, no que significa realmente aquele gesto e aquela atitude. É muito fácil para qualquer pessoa extrovertida dizer: desculpe, ou, como se diz hoje: foi mal aí.... Mas a questão é que essas palavras vem sendo ditas sem reflexão, sem um real sentido de arrependimento, sem a firme e sincera disposição interior para se mudar de atitude – e não voltar a repetir o erro – a partir dali, a partir daquela decisão, assumida naquele momento. O que vem ocorrendo –, desgraçadamente –, é a banalização do gesto sagrado de se pedir perdão.

Cremação na visão do candomblé

O Culto a Babaegun está relacionado aos nossos ancestrais. Acredita-se dentro dessa cultura, que não existiria o futuro sem a presença do passado e do presente em nossas vidas. Na África existem mais de 3 milhões de pessoas, seguidoras desse culto.

É necessária a passagem do líder espiritual ou praticante do Candomblé, que passou por todos os seus rituais, inclusive o ritual de Axexê, e voltou à vida, através do culto a Babaegun.

O Babaegun é um dos Orixás tão importantes, como os Orixás que cultua no Brasil. É um dos principais Orixás dos cultos africanos.

Eguns, são todos os que desencarnaram, tiveram vida humana, em contraposição aos Orixás que são forças da natureza. Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças e Exus, são Eguns. (No Candomblé, Exu é considerado como Orixá, sendo reverenciado e cultuado desta forma).

Apesar da imensa influência da cultura e religião Yorubá no Brasil, esse culto quase não foi preservado ou difundido pelas religiões de matriz africana. Somente na Ilha de Itaparica (BA) é que se pode encontrar um terreiro onde esse ritual é preservado, seus cultos, raízes e a forte influência na cultura brasileira.

Eguns nada mais são do que os espíritos que já desencarnaram, muitas vezes confundido com os obsessores ditado pela linha espírita Kardecista, mas em linha geral deve-se creditar em apenas aquele ser que teve vida enquanto permaneceu na Terra, hoje pertence ao mundo dos espíritos.

O Homem viveu, fez passagem e volta ao mundo, através do culto a Babaegun.

Ritual de Axexê

Axexê é a cerimônia realizada após o ritual fúnebre (enterro) de uma pessoa iniciada no candomblé.Tudo começa com a morte do iniciado, chamado de última obrigação, este ritual é especial, particular e complexo, pois possibilita a desfazer o que tinha sido feito na feitura de santo, é bem semelhante com o processo iniciático chamado de sacralização, só que agora este procedimento é uma inversão chamada de dessacralização, no sentido de liberação do Orixá protetor do corpo da pessoa.

O Ritual de Axexê é um assunto bastante conhecido, mas pouco comentado e muito importante para os praticantes do candomblé e demais cultos africanos.

O ritual consiste na preparação do praticante do Candomblé na terra, quando ele faz passagem, ele passa por todo o preparo, para ir para outra vida, outra dimensão.

Segundo pesquisas, um líder espiritual que fez passagem, não pode ser cremado. Pois a cremação impede o seu retorno a terra, que é feita através dessa reencarnação e volta a terra.

Esse preparo também representa a preparação para sua volta a terra, através do culto aos babaeguns. Naturalmente volta em alguém de sua familia, para que haja realmente a reencarnação.


Fonte: www.imperiodacultura.com.br/blog/culto-aos-babaeguns-e-o-ritual-de-axexe
Acesso 12/07/17


Cremação na visão católica

Houve um tempo que, de fato, a Igreja proibiu a cremação dos corpos. Isso ocorreu logo após a Revolução Francesa quando as pessoas, descrentes da vida eterna e da ressurreição dos mortos, incineravam os cadáveres para “provar” que não haveria jeito de Deus ressuscitar ninguém.


Contudo, com o passar dos séculos, o perigo de irreligiosidade desapareceu em parte e o clima de protesto, usando a cremação como morte também. Por isso a proibição cessou. O Papa Paulo VI, em 1963, publicou a Instrução do Santo Ofício “Piam et constantem”, versando sobre o assunto. É um importante documento que esclarece muito bem o tema e que vale a pena transcrever:

A Igreja sempre quis encorajar o piedoso e constante costume cristão de sepultar os corpos dos fiéis, quer confortando-o de ritos apropriados a evidenciar o sentido simbólico e religioso da inumação, quer ameaçando com penas canônicas os que se insurgiam contra esta prática; e a Igreja fez isso sobretudo quando a oposição era inspirada pela animosidade, hostil aos costumes cristãos e à tradição eclesiástica, daqueles que, cheios de espírito sectário, procuravam substituir a inumação pela cremação em sinal de negação violenta dos dogmas cristãos, especialmente o da ressurreição dos mortos e da imortalidade da alma humana.

Esse propósito, evidentemente, era um fato subjetivo, inerente ao espírito dos que propugnavam a cremação, mas não estava ligada ao fato objetivo da cremação em si; como a incineração do corpo não atinge a alma e não impede a onipotência de Deus de restituir o corpo, ela não contém em si uma negação objetiva destes dogmas.

Não se trata, pois, de algo intrinsecamente mau ou contrário em si à religião cristã; foi o que a Igreja sempre pensou, pois de fato, em certas circunstâncias - estando seguro que a cremação dos corpos é feita com a intenção honesta e por motivos sérios, especialmente de ordem pública - ela não se opôs, como não se opõe, à incineração.

O melhoramento do estado do espírito e a repetição sempre mais frequente e manifesta, ultimamente, de circunstâncias que se opõem à inumação, explicam que numerosos pedidos foram dirigidos à Santa Sé para que fosse flexibilizada a disciplina eclesiástica relativa à cremação dos corpos, a qual hoje é solicitada, não por ódio à Igreja ou aos costumes cristãos, mas tão-somente por razões de higiene, de economia ou outros, de ordem pública ou privada.

A Santa Mãe Igreja - preocupada imediatamente com o bem espiritual dos fiéis, mas também atenta a outras necessidades - julga dever acolher essas solicitações, favoravelmente decidindo o que se segue:

1. É preciso velar cuidadosamente por manter fielmente o costume de inumar os corpos dos fiéis defuntos; por isso, os Ordinários, por instruções e advertências oportunas, cuidarão de que o povo cristão não pratique a incineração e não abandone o uso da inumação, salvo quando constrangido pela necessidade…

2. Todavia, para não aumentar mais do que o necessário as dificuldades que surgem das circunstâncias atuais e para não multiplicar os casos de dispensa das leis vigentes na matéria, pareceu-nos oportuno introduzir alguns abrandamentos nas prescrições do direito canônico relativo à incineração, de sorte que doravante as prescrições dos cânones 1203 § 2 (interdição de executar uma ordem de incineração) e 1240, § 1, 5º (recusa de sepultura eclesiástica aos que pediram que seus corpos fossem cremados) não são mais urgidas em todos os casos, mas somente quando consta que a cremação foi escolhida por negarem-se os dogmas cristãos ou no espírito sectário ou por ódio à religião católica e à Igreja.

3. Segue-se disso igualmente que os sacramentos e as orações públicas não devem ser recusados, por este fato, aos que tiverem escolhido a cremação do corpo, a não ser que seja evidente que tal escolha foi feita pelas razões acima indicadas, contrárias à vida cristã.

4. Para não enfraquecer a adesão dos fiéis à tradição eclesiástica, e para que apareça claramente que o espírito da Igreja é alheio à cremação, os ritos da sepultura eclesiástica e dos sufrágios subsequentes não poderão jamais ser celebrados no próprio lugar da cremação, nem mesmo ao acompanhar simplesmente o translado do corpo.