Módulo 14
48. Os marinheiros tentam abandonar o navio,
mas Paulo os impede - Durante a décima quarta noite, enquanto o navio era
arrastado pelo Adriático, por volta da meia-noite os marinheiros suspeitaram de
que estavam perto de terra firme. Lançando uma sonda, verificaram que a
profundidade era de vinte braças; logo depois tornaram a lançá-la e mediram
quinze braças. Com medo de bater contra os recifes, eles jogaram as quatro
âncoras da popa, suspirando ansiosamente pelo clarear do dia. Nesse momento, os
marinheiros resolveram abandonar o navio, e, fingindo que iam jogar as âncoras
da proa, já estavam baixando ao mar o bote salva-vidas, quando Paulo disse ao
oficial e seus soldados: “Se eles não ficarem a bordo, não haverá salvação para
vós”. Os soldados cortaram, então, as amarras do bote e o deixaram cair no mar.
Decidiu-se esperar, desse modo, o dia clarear, enquanto Paulo recomendou a
todos que tomassem algum alimento, dizendo-lhes: “Hoje completais quatorze dias
de expectativa em completo jejum e ainda não provastes nada. Eu vos aconselho
comer alguma coisa, pois isto é para a vossa salvação. Nenhum de vós perderá um
só cabelo da cabeça”. Dito isto, tomou um pão, deu graças a Deus na presença de
todos, partiu e começou a comer. Vendo-o, todos se animaram e comeram também.
(Atos, 27:27 a 27:36.)
49. O navio encalha e todos são acolhidos na ilha de Malta - Logo de manhã, os marinheiros soltaram as âncoras e as deixaram cair no mar, pondo o navio em direção de uma enseada que eles divisaram em local próximo. O navio deslizou, mas, de súbito, bateu num banco de areia e encalhou. A proa ficou fincada e presa, e a popa passou a sofrer com a violência das ondas, desconjuntando-se. O navio estava, desse modo, irremediavelmente perdido. Os soldados decidiram, então, matar os prisioneiros para não fugirem a nado, mas o oficial, querendo salvar a Paulo, impediu-os de realizarem tal intento. Em seguida, ordenou que os que sabiam nadar fossem os primeiros a saltar na água e chegar à terra, enquanto os demais os seguiram, alguns sobre tábuas, outros sobre os destroços do navio, de forma que todos chegaram à praia sãos e salvos. Sem o saber, eles se encontravam numa ilha chamada Malta, onde os nativos os trataram com extraordinária boa vontade. (Atos, 27:40 a 28:2.)
50. Em Roma, Paulo é recebido por seus irmãos
e se reanima - Paulo e seus companheiros de viagem ficaram na ilha de Malta por
três meses, até que embarcaram em um navio de Alexandria que passara ali o
inverno. Na chegada a Roma, os irmãos da cidade, informados a respeito da vinda
do Apóstolo dos gentios, foram ao seu encontro até o fórum de Ápio e as Três
Tavernas. Vendo os, Paulo deu graças a Deus e se reanimou. Uma vez na capital
do império, Paulo recebeu licença para morar em domicílio próprio com um soldado
para o guardar, permanecendo na cidade por dois anos. (Em nota colocada
em sua edição do Novo Testamento, a Edições Loyola informa que a expressão por
dois anos significa que Paulo ficou em Roma provavelmente até o ano 63. Lucas
termina assim, nesse ponto, a sua narrativa, deixando de revelar o que
aconteceu com Paulo depois disso. Através de outras fontes, diz a referida
Editora, Paulo teria sido solto e feito ainda algumas excursões missionárias,
sendo depois novamente preso e, por fim, decapitado, pelo ano 67, sob o reinado
de Nero.) (Atos, 28:11 a 28:31.)
Questões
propostas
1. Como se chamava o príncipe da ilha onde os náufragos
foram recolhidos?
Seu nome era Públio. (Atos, 28:1 a 28:7.)
2. Como Paulo agiu para curar o pai do príncipe que
estava enfermo?
Paulo foi vê-lo e, havendo orado, pôs as mãos
sobre ele, e o curou. (Atos, 28:8.)
3. Que consequências teve a cura do pai de Públio?
Logo que a notícia da cura se espalhou,
vieram ter com ele as demais pessoas que na ilha tinham enfermidades, e elas
sararam. Paulo foi então distinguido com muitas honras e, tendo de navegar,
recebeu dos locais as provisões necessárias para a viagem. (Atos, 28:9 e
28:10.)
4. Ao chegar a Roma, onde ficou Paulo aprisionado?
Logo que chegou a Roma, o centurião entregou
os presos ao capitão da guarda; mas permitiu a Paulo morar por sua conta à
parte, com o soldado que o guardava. (Atos, 28:11 a 28:16.)
5. Quantos anos ficou Paulo em Roma? E que ele fez ali
durante esse tempo?
Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria
habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo, pregando o reino
de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor
Jesus Cristo, sem impedimento algum. (Atos, 28:17 a 28:31.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário