Judas Iscariotes, o apóstolo

Ele foi um dos 12 apóstolos que Jesus escolheu para o acompanhar na pregação do Evangelho. Além disso, ao ser escolhido, Judas ficou encarregado de guardar a bolsa que continha o dinheiro usado para as despesas do grupo. Algumas pessoas podem se perguntar o motivo de Jesus ter escolhido alguém com caráter de ladrão e que ainda o trairia lá na frente.

Desde sempre o Senhor conhecia as intenções do coração de cada apóstolo, mas tudo o que ocorreu foi para que as Escrituras se cumprissem (leia Atos 1:16,17). A má índole de Judas no passado nos mostra algumas situações que podem nos ajudar a sermos cristãos melhores hoje.






Ocupação: desconhecida.
Principal característica: traiçoeiro e ambicioso.
Principal evento em sua vida: tornou-se um dos discípulos de Jesus; traiu o Mestre e suicidou-se.
O que Jesus disse a seu respeito: chamou-o de “demônio”; disse que ele o trairia.
Lição chave de sua vida: não basta conhecer os ensinamentos de Jesus; seus verdadeiros seguidores amam-no e lhe obedecem.

O LADRÃO

Judas andava lado a lado com o próprio Deus, em forma de homem. Tinha a responsabilidade de ser uma espécie de tesoureiro do grupo de Jesus, mas continha algo que o sujava: o apego ao dinheiro. Quando Maria tomou um perfume valiosíssimo e derramou nos pés de Jesus, Judas se revoltou, considerando que aquele ato era um desperdício: “Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?” João 12.5

A reação de Judas não era uma preocupação com os pobres e sim “porque era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava” (João 12.6).

Maria Madalena

Os Evangelhos nos fornecem poucos dados sobre Maria Madalena. Lucas 8.2 diz-nos que, entre as mulheres que seguiam Jesus e o assistiam com seus bens, estava Maria Madalena, ou seja, uma mulher chamada Maria, que era originária de Migdal NunayahTariquea em grego, uma pequena povoação junto ao lago da Galiléia, a 5,5 km ao norte de Tiberíades. Dela Jesus havia expulsado sete demônios: “E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios." Marcos 16:9; "E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios."
Lucas 8:2, o que equivale dizer “todos os demônios”.




A expressão pode ser entendida tanto como uma possessão diabólica quanto como uma doença do corpo ou do espírito. Os Evangelhos sinópticos a mencionam como a primeira de um grupo de mulheres que contemplou, de longe, a crucificação de Jesus ("E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé; As quais também o seguiam, e o serviam, quando estava na Galiléia; e muitas outras, que tinham subido com ele a Jerusalém." Marcos 15:40-41) e que permaneceu sentada em frente ao sepulcro ("E estavam ali Maria Madalena e a outra Maria, assentadas defronte do sepulcro." Mateus 27:61), enquanto sepultavam Jesus ("E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o punham." Marcos 15:47). Assinalam que, na madrugada do dia depois do sábado, Maria Madalena e outras mulheres voltaram ao sepulcro para ungir o corpo com os perfumes que haviam comprado ("E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, fo
ram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol. E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande. E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas. Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse." Marcos 16:1-7); é, então, que um anjo lhes comunica que Jesus havia ressuscitado e as encarrega de levarem a notícia aos discípulos. São João apresenta os mesmos fatos com pequenas variações.

Religiões no Brasil

A religião no Brasil é muito diversificada e caracteriza-se pelo sincretismo. A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um Estado laico. A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância, sendo a prática religiosa geralmente livre no país. Segundo o Relatório Internacional de Liberdade Religiosa de 2005, elaborado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, a "relação geralmente amigável entre religiões contribui para a liberdade religiosa" no Brasil. O Brasil é um país religiosamente diverso, com a tendência de mobilidade entre as religiões e o sincretismo religioso.

Estatísticas


A população brasileira é majoritariamente cristã (87%), sendo sua maior parte católico-romana (64,4%). Herança da colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico. Também estão presentes os movimentos básicos do protestantismo: adventismo, batistas, evangelicalismo, luteranos, metodismo e presbiterianismo. No entanto, existem muitas outras denominações religiosas no Brasil, algumas dessas igrejas são: pentecostais, episcopais, restauracionistas, entre outras. Há mais de três milhões e meio de espíritas (ou kardecistas) que seguem a doutrina espírita, codificada por Allan Kardec. O animismo também é forte dividindo-se em candomblé, umbanda, esoterismo, santo daime e tradições indígenas. Existe também uma minoria de muçulmanos, budistas, judeus e neopagãos. 8% da população (cerca de 15 milhões de pessoas) declarou-se sem religião no último censo, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas.

Nas últimas décadas, tem havido um grande aumento de igrejas neopentecostais, o que diminuiu o número de membros tanto da Igreja Católica quanto das religiões afro-brasileiras. Cerca de noventa por cento dos brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa no último censo realizado.

Religião

Religião é um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo. As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana.


A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou sistema de crença, mas a religião difere da crença privada na medida em que tem um aspecto público. A maioria das religiões têm comportamentos organizados, incluindo hierarquias clericais, uma definição do que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos, reuniões regulares ou serviços para fins de veneração ou adoração de uma divindade ou para a oração, lugares (naturais ou arquitetônicos) e/ou escrituras sagradas para seus praticantes. A prática de uma religião pode também incluir sermões, comemoração das atividades de um deus ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte, dança, ou outros aspectos religiosos da cultura humana.
História das categorias religiosas

Em culturas ao redor do mundo, tem existido, tradicionalmente, muitos grupos de crenças religiosas diferentes. Na cultura indiana, as diferentes filosofias religiosas eram tradicionalmente respeitadas como diferenças acadêmicas em busca de uma mesma verdade. No islamismo, o Alcorão menciona três categorias diferentes: os muçulmanos, os
adeptos do Livro e os adoradores de ídolos. Inicialmente , os cristãos tinham uma visão de uma simples dicotomia de crenças mundiais: a civilidade cristã contra a heresia ou a barbárie estrangeira. No século XVIII, foi esclarecido que "heresia" foi um termo criado para se referir ao judaísmo e ao islamismo, além do paganismo, isso criou uma classificação de quatro categoria que gerou obras como Nazarenus, or Jewish, Gentile, and Mahometan Christianity, de John Toland, que representou a três religiões abraâmicas como diferentes "nações" ou seitas dentro de uma mesma religião: o "verdadeiro monoteísmo".

Páscoa

Páscoa ou Domingo da Ressurreição é um festividade religiosa e um feriado que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida três dias depois da sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento. É a principal celebração do ano litúrgico cristão e também a mais antiga e importante festa cristã. A data da Páscoa determina todas as demais datas das festas móveis cristãs, exceto as relacionadas ao Advento. O domingo de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, um período de quarenta dias de jejum, orações e penitências.




O termo "Páscoa" deriva, através do latim Pascha e do grego bíblico Πάσχα Paskha, do hebraico פֶּסַח (Pesaḥ ou Pesach), a Páscoa judaica.

A última semana da Quaresma é chamada de Semana Santa, que contém o chamado Tríduo Pascal, incluindo a Quinta-Feira Santa, que comemora a Última Ceia e a cerimônia do Lava pés que a precedeu e também a Sexta-Feira Santa, que relembra a crucificação e morte de Jesus. A Páscoa é seguida por um período de cinquenta dias chamado Época da Páscoa que se estende até o Domingo de Pentecostes.

A Páscoa é uma festa móvel, o que significa que sua data não é fixa em relação ao calendário civil. O Primeiro Concílio de Niceia (325) estabeleceu a data da Páscoa como sendo o primeiro domingo depois da lua cheia após o início do equinócio vernal (a chamada lua cheia pascal). Do ponto de vista eclesiástico, o equinócio vernal acontece em 21 de março (embora ocorra no dia 20 de março na maioria dos anos do ponto de vista astronômico) e a "lua cheia" não ocorre necessariamente na data correta astronômica. Por isso, a data da Páscoa varia entre 22 de março e 25 de abril (inclusive). Os cristãos orientais baseiam seus cálculos no calendário Juliano, cuja data de 21 de março corresponde, no século XXI, ao dia 3 de abril no calendário gregoriano utilizado no ocidente. Por conseguinte, a Páscoa no oriente varia entre 4 de abril e 8 de maio inclusive.

A Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica pela data e também por muitos dos seus simbolismos centrais. Ao contrário do inglês, que tem duas palavras distintas para as duas festas (Easter e Passover respectivamente), em português e em muitas outras línguas as duas são chamadas pelo mesmo nome ou nomes muito similares. Os costumes pascais variam bastante entre os cristãos do mundo inteiro e incluem missas matinais, a troca do cumprimento pascal e de ovos de Páscoa, que eram, originalmente, um símbolo do túmulo vazio. Muitos outros costumes passaram a ser associados à Páscoa e são observados por cristãos e não cristãos, como a caça aos ovos, o coelho da Páscoa e a Parada da Páscoa. Há também uma grande quantidade de pratos típicos ligados à Páscoa e que variam de região para região.

Sábado de Aleluia

Sábado de Aleluia (em latim: Sabbatum Sanctum), conhecido também como Sábado Santo, Sábado Negro e Véspera da Páscoa, é o dia seguinte à Sexta-Feira Santa e anterior à Páscoa. É o último dia da Semana Santa, na qual os cristãos se preparam para a celebração da Páscoa. Nele se comemora o dia que o corpo de Jesus Cristo permaneceu sepultado no túmulo.




Ele também é por vezes chamado de Sábado de Páscoa, embora este título seja mais apropriado, no contexto do calendário religioso, para o Sábado da Semana de Páscoa.

Para alguns cristãos, particularmente os católicos, foi neste dia que a Virgem Maria, como Nossa Senhora das Dores, recebeu o título de "Nossa Senhora da Solidão", uma referência ao profundo sentimento de solidão associado ao seu luto e tristeza.

Práticas Ocidentais

Nas igrejas católicas romanas, todo o coro (inclusive o altar) permanece sem decoração nenhuma (a partir da missa da Quinta-Feira Santa) e a administração dos sacramentos é
bastante limitada. A Eucaristia depois do serviço litúrgico da Sexta-Feira Santa é dada apenas aos moribundos (viático). Batismos, confissões e a Unção dos Enfermos também podem ser administradas por que eles, como o viático, asseguram a salvação dos que estão para morrer.

As missas são limitadas e nenhuma é realizada na liturgia normal neste dia, embora a missa possa ser dita numa Sexta-Feira Santa ou no Sábado de Aleluia em casos extremamente graves ou numa situação solene com a autorização da Santa Sé ou do bispo local. Muitas igrejas da Comunhão Anglicana assim como diversas Luteranas, Metodistas e mais algumas outras denominações cristãs também segue estes costumes; porém, seus altares podem ser cobertos com panos negros ao invés de terem a decoração retirada.

Sexta-feira Santa

Sexta-feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão é uma festa religiosa cristã que relembra a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário. O feriado é observado sempre na sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa, o sexto dia da Semana Santa no cristianismo ocidental e o sétimo no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É o primeiro dia (que começa na noite da celebração da Missa da Ceia do Senhor) do Tríduo Pascal e pode coincidir com a data da Páscoa judaica.

Este dia é considerado um feriado nacional em muitos países pelo mundo todo e em grande parte do ocidente, especialmente as nações de maioria católica.





Narrativa Bíblica

De acordo com os relatos nos evangelhos, os guardas do templo, guiados pelo apóstolo Judas Iscariotes, prenderam Jesus no Getsêmani. Depois de beijar Jesus, o sinal combinado com os guardas para demonstrar que era o líder do grupo, Judas
recebeu trinta moedas de prata (Mateus 26:14-16) como recompensa. Depois da prisão, Jesus foi levado à casa de Anás, o sogro do sumo-sacerdote dos judeus, Caifás. Sem revelar nada durante seu interrogatório, Jesus foi enviado para Caifás, que tinha consigo o Sinédrio reunido (João 18:1-24).

Muitas testemunhas apareceram para acusar Jesus, mas seus relatos conflitavam entre si e Jesus manteve-se em silêncio. Finalmente, o sumo-sacerdote desafiou Jesus dizendo: “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.” (Mateus 26:63). A resposta de Jesus foi: “Tu o disseste; contudo vos declaro que vereis mais tarde o Filho do homem sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.” (Mateus 26:64.) Por conta disto, Caifás condenou Jesus por blasfêmia e o Sinédrio concordou em sentenciá-lo à morte (Mateus 26:57-66). Pedro, que esperava no pátio, negou Jesus por três vezes enquanto o interrogatório se desenrolava, exatamente como Jesus havia previsto.

Quinta-feira Santa

Quinta-feira Santa, Quinta-feira de Endoenças ou Grande e Sagrada Quinta-feira é a quinta-feira que antecede a celebração da morte e ressurreição de Jesus. É o quinto dia da Semana Santa no cristianismo ocidental e o sexto no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É neste dia que se comemora o lava-pés e a Última Ceia de Jesus com seus apóstolos segundo o relato dos evangelhos canônicos.

A liturgia utilizada na noite da Quinta-feira Santa encerra a Quaresma e dá início ao chamado Tríduo Pascal, o período que comemora a paixão, morte e ressurreição de Cristo e inclui ainda a Sexta-feira Santa, o Sábado de Aleluia e termina no Domingo de Páscoa. A missa neste dia é geralmente celebrada no final da tarde, o início da sexta de acordo com a tradição judaica, e relembra o fato de Última Ceia ter sido uma refeição da Páscoa judaica ("Sêder").


Cristianismo ocidental

A Quinta-feira Santa é notável por ser o dia no qual a Missa do Crisma (ou "Missa da
Unidade") é celebrada em todas as dioceses da Igreja Católica Romana. Geralmente celebrada na catedral da diocese, nesta missa o santos óleos são abençoados pelo bispo para serem utilizados na crisma, na unção dos enfermos e como óleo dos catecúmenos. O primeiro e o último serão utilizados no Sábado de Aleluia, durante a Vigília Pascal, para batizar e confirmar os que entram para a igreja.


Quarta-feira Santa

Quarta-feira Santa ou Grande e Sagrada Quarta-feira é a quarta-feira que antecede a celebração da morte e ressurreição de Jesus. É o quarto dia da Semana Santa no cristianismo ocidental e o quinto no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos).

Logo depois dos eventos do Domingo de Ramos, o Sinédrio se reuniu e planejou matar Jesus antes da festa da Páscoa judaica (relatos em Mateus 26:3-5, Marcos 14:1-2 e Lucas 22:1-2). Na quarta-feira antes de sua morte, Jesus estava em Betânia, hospedado na casa de Simão, o leproso. Enquanto jantavam, uma mulher chamada Maria ungiu a cabeça e os pés de Jesus com um caro óleo de nardo (Mateus 26:8-9, João 12:5 e Marcos 14:4-5). Mas Judas Iscariotes, que cuidava do dinheiro do grupo de Jesus, queria ter utilizado o dinheiro para dar aos pobres (ou para si mesmo, segundo João 12:6). Logo depois do evento, Judas foi até o Sinédrio e ofereceu-se para entregar Jesus em troca de dinheiro e, a partir daí, só lhe faltava encontrar a oportunidade ideal (Mateus 26:14-16, Marcos 14:10-12 e Lucas 22:3-6).

Cristianismo ocidental

Embora também seja frequentemente celebrada na Quinta ou na Sexta-feira Santa o Ofício das Trevas ("tenebrae") acontece nesta data. A palavra "tenebrae" vem do latim e significa "escuridão". Neste serviço, todas as velas da mesa do altar são apagadas gradativamente até que todo a igreja fique escura. Neste momento de trevas, um grande barulho simboliza a morte de Jesus. O "strepitus", como é conhecido o som, provavelmente relembra também o terremoto que se seguiu à morte de Jesus (descrito em Mateus 27:51).

Cristianismo oriental


Terça-feira Santa

Terça-feira Santa ou Grande e Sagrada Terça-feira é a terça-feira que antecede a celebração da morte e ressurreição de Jesus. É o terceiro dia da Semana Santa no cristianismo ocidental e o quarto no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos).


Cristianismo ocidental

Na Igreja Católica Romana, as leituras para este dia são Isaías 49:1-6, o Salmo 71, 1 Coríntios 1:18-31, João 13:21-33 e João 13:36-38.

Cristianismo oriental

Na Igreja Ortodoxa e nas Igrejas Católicas Orientais de rito bizantino, este dia é chamado de "Grande e Sagrada Terça-feira" ou "Grande Terça-feira". Neste dia são comemoradas a Parábola das Dez Virgens (Mateus 25:1-13), que trata de um dos temas importantes para os três primeiros dias da Semana Santa, a vigilância, e também "Cristo como Noivo". A câmara nupcial é utilizada como um símbolo não apenas para o túmulo de Cristo, mas também para o estado de graça dos que forem salvos no Juízo Final. O tema da Parábola dos Talentos (Mateus 25:14-30) também aparece, mas nos hinos do dia.

Segunda-feira Santa

Segunda-feira Santa ou Grande e Sagrada Segunda-feira é a segunda-feira que precede a comemoração da morte e ressurreição de Jesus. É o segundo dia da Semana Santa no cristianismo ocidental, depois do Domingo de Ramos, e o terceiro no cristianismo oriental, depois do Sábado de Lázaro e do Domingo de Ramos.

Narrativa bíblica

Os evangelhos contam alguns dos eventos que tradicionalmente se acredita terem ocorrido na segunda-feira antes da morte de Jesus. Um dos mais famosos e conhecidos deles é Jesus amaldiçoando a figueira (Mateus 21:18-22 e Marcos 11:20-26), Jesus limpando o Templo e diversas parábolas.


Cristianismo ocidental

Na Igreja Católica Romana, a leitura do Evangelho durante a missa é João 12:1-9, um evento que, cronologicamente, ocorreu antes da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, descrita em João 12:12-19. As outras leituras do dia são Isaías 42:1-7 e o Salmo 27.

Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos é a comemoração litúrgica que recorda a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém onde Ele iria celebrar a Páscoa judaica com seus discípulos.

Ele é o portal de entrada da Semana Santa. É no Domingo de Ramos que se inicia a Semana da Paixão. É o dia em que a Igreja lembra a história e a cronologia desses acontecimentos para dele tirarmos uma lição.

Jesus entra na cidade montando um jumento


Já desde a entrada da cidade, os filhos dos hebreus portavam ramos de oliveiras e alegres acenavam com eles, estendiam mantos no chão para Jesus passar sobre eles. Jesus entrou na cidade como Rei!

Até parece que era um desejo dele que fosse assim, pois, a cena em que tudo transcorre reproduz a profecia de Zacarias: “o rei dos judeus virá. Exulta de alegria, filha de Sião, solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei, justo e vitorioso; ele é simples e vem montado num jumento, no potro de uma jumenta.” (Zc 9:9)

Embora Jesus montasse um simples jumento, o cortejo caminhava alegre e digno. Na expectativa de estar ali o Messias prometido, Jerusalém transformou-se, era uma cidade em clima de festa.

Semana Santa

A Semana Santa é uma tradição religiosa católica que celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, que ocorre no domingo de Páscoa.



Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

Jesus é recebido em Jerusalém como um rei, mas os mesmos que o receberam com festa o condenaram à morte. Jesus é recebido com ramos de palmeiras. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração. Segundo os evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os discípulos e entrou na cidade como um rei, mas sentado num jumentinho - o simbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias, o rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!" Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição. A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo. 
Segunda-Feira Santa

É o segundo dia que vem depois de Domingo de Ramos onde se recorda a prisão de Jesus Cristo. 

Terça-Feira Santa

Via-Sacra

A devoção da Via-Sacra consiste na oração mental de acompanhar o Senhor Jesus em seus sofrimentos conhecidos como a paixão de Nosso Senhor, a partir do tribunal de Pilatos até o Monte Calvário. 

Esta maneira de meditar teve origem no tempo das Cruzadas (século X). Os fiéis que peregrinavam na Terra Santa e visitavam os lugares sagrados da paixão de Jesus, continuaram recordando os passos da via dolorosa de Jerusalém. Em suas pátrias, compartilharam esta devoção à paixão. O número de 14 estações fixou-se no século XVI.

Há muitas meditações da Via-Sacra. Aqui oferecemos uma das versões do "Guia da Devoção à Misericórdia Divina", adaptada, e a nova Via-Sacra, apresentada pelo Papa João Paulo II.

Via-Sacra: "Guia da Devoção à Misericórdia Divina."

Primeira estação - Jesus é condenado à morte


Significado e importância da quaresma

Na quarta-feira de cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como simples serviço em algumas igrejas protestantes, como a anglicana e a luterana. A Igreja ortodoxa começa a quaresma a partir da segunda-feira anterior e não celebra a quarta-feira de cinzas.

A cerimônia de imposição das cinzas dá início a um período espiritual singularmente importante para todo cristão que busca se preparar para viver melhor e mais profundamente o mistério pascal, – que se reflete na Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.



Este especial tempo litúrgico busca o cumprimento da exortação evangélica essencial: "Convertei-vos", imperativo proposto a todos os fiéis mediante as palavras do rito da Quarta-feira de Cinzas: "Convertei-vos e crede no Evangelho" e na expressão "Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás", as quais recordam a inexorável finitude e a efêmera fragilidade da vida humana neste mundo, sujeita à morte.

A cerimônia das cinzas eleva o pensamento à realidade eterna, Deus; Princípio e Fim, Alfa e Ômega de toda existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Valorização esta que implica uma consciência cada vez mais clara do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a Terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.

Dons de línguas

No dia de Pentecostes Deus inverteu o que fez em Babel para mostrar que agora queria novamente que seu povo pudesse se entender. Os discípulos, cheios do Espírito Santo, falaram em diferentes idiomas, e judeus de várias nações os ouviram falar cada um em sua própria língua. Apesar de ter sido algo miraculoso, obviamente não há ali qualquer menção de um idioma angelical, pois fica claro tratar-se de idiomas humanos e há até uma lista das regiões onde esses idiomas eram falados (Atos 2), Paulo fala que alguns tem dons de variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas (1 Coríntios 12:10). 

Interpretar a língua dos Anjos? Claro que não, está claro, se trata de idiomas diferentes. De onde então o pentecostalismo tirou essa ideia, de que alguém poderia falar a língua dos anjos?


O problema é que Paulo não está dizendo ser capaz de falar a língua dos anjos. Ele está usando uma figura de linguagem e fica fácil entender isso se  lermos  os  "ainda que" usados por ele no texto: "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos..."; "Ainda que tivesse o dom de profecia..."; "Ainda que conhecesse todos os mistérios e toda a ciência..." (1 Coríntios 13:1). O foco de Paulo não está nas coisas que ele supostamente seria capaz de fazer, mas no fato de que de nada adiantaria fazer tudo isso se não tivesse amor. Ao focar na "língua dos anjos" o pentecostalismo perde o foco totalmente, como a criança que ganha um brinquedo de aniversário e prefere brincar com a caixa.

A fortaleza do atual dom de línguas está construída sobre uma errônea interpretação desse versículo. Realmente, Paulo tem em suas epístolas coisas difíceis de entender, e os que torcem podem até se perder (2 Pedro 3:15,16), Paulo não diz que a língua era desconhecida, logo então, as línguas referidas eram idiomas estrangeiros em uso por nações, mas desconhecidas aos membros da igreja de Corinto. É erro deduzir da frase 'línguas estranhas', que uma língua especial estava sendo falada pelos corintos, uma vez que o dom já havia sido chamado de 'variedade de línguas' (1 Coríntios 12:10).

A verdade sobre o dízimo

A palavra dízimo encontrado pela primeira vez na Bíblia em Gênesis 14 significa colheita, ou seifa e que foi uma atitude voluntária,  quando depois de uma guerra, Abraão ofereceu a um sacerdote chamado Melquisedeque; Jacó, seu neto, também comprometeu-se voluntariamente a dar dízimos, esse dízimo nunca foi dinheiro e sim cereais, sendo este totalmente diferente do preceito religioso estabelecido na ordem levítica da lei de Moisés que pela sua lei o dízimo significa a décima parte de algo, paga voluntariamente ou através de taxas ou impostos, para ajudar organizações religiosas judaicas segundo a lei de Moisés (Levítico 27:30-32, Malaquias 3:10; Hebreus 7:5). 


Segundo ordem levítica dízimo era dado exclusivamente aos levitas (1 Crônicas 15:2; Hebreus 7:5,11). Seu início se deu porque dentre as 12 tribos de Israel,  a mais pobre era a tribo de Levi, então as tribos mais prósperas deveriam repartir mantimentos com a tribo menos favorecida justamente porque elas tinham colheitas em abundancia e não necessitavam de tantos mantimentos, guardar tudo para elas mesmas significaria acumular tesouro o que é terminantemente proibido por Deus, a tribo de Levi por sua vez também ofertava a viúvas órfãos e necessitados (Deuteronômio 26:12) repartiam com os estrangeiros, já que Israel no passado também já foi estrangeira, significando assim amor ao próximo, lá, benção era chuva para a colheita,  maldição era seca, o devorador eram os gafanhotos, tudo isso definitivamente nada tem a ver a associação do devorador com o demônio nem benção com prosperidade financeira, como ensina o sistema religioso de hoje, em toda a Bíblia não existe uma única citação que ampare essa afirmação. Segundo a Lei apenas os levitas poderiam recolher o dízimo.

Os líderes religiosos de hoje que recolhem o dízimo, não são da tribo de Levi, não são judeus e não fazem parte da lei de Moisés. Este costume existiu de Abraão até Levi (Hebreus 7:9), nessa passagem Paulo explica que, o dízimo termina em Levi e por ser Cristo sacerdote segundo a Ordem de Melquisedeque, este ab-rogou (aboliu) o sacerdócio
levítico com todas as suas as leis, dízimos e costumes, conforme narra  Paulo na carta endereçada aos Hebreus (Hebreus 7: 1 - 28): "Com efeito, mudado que seja o sacerdócio, é necessário que se mude também a lei"  (Hebreus 7:12). E ainda: "O mandamento precedente é, na verdade, ab-rogado pela sua fraqueza e inutilidade" (Hebreus 7: 18). 
Obs.: sacerdote são líderes religiosos da tribo de Levi.

Chico Xavier

Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier (nasceu em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910 e faleceu em Uberaba (MG), no dia 30 de junho de 2002), foi um médium, filantropo e um dos mais importantes expoentes do Espiritismo. 

Seu nome de batismo, Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que psicografou os primeiros livros, mudança oficializada em abril de 1966, quando chegou da sua segunda viagem aos Estados Unidos. Chico Xavier psicografou mais de 450 livros, tendo vendido mais de 50 milhões de exemplares e sendo o escritor brasileiro de maior sucesso comercial da história, mas sempre cedeu todos os direitos autorais dos livros, em cartório, para instituições de caridade. Também psicografou cerca de dez mil cartas, nunca tendo cobrado algo ao destinatário. Seus empregos foram vendedor, tecelão e datilógrafo.

O legado do médium ultrapassa as barreiras religiosas e ele é reconhecido como o maior "líder espiritual" do Brasil, sendo uma das personalidades mais admiradas e aclamadas no país e ressaltado principalmente por um forte altruísmo.

INFÂNCIA

Nascido no seio de uma família humilde, teve nove irmãos e era filho de João Cândido Xavier, um vendedor de bilhetes de loteria, e de Maria João de Deus, uma lavadeira católica, ambos analfabetos. Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico teria se manifestado pela primeira vez aos quatro anos de idade, quando ele respondeu ao pai sobre ciências, durante conversa com uma senhora sobre gravidez. Ele dizia ver e ouvir os espíritos e conversar com eles.

OS ABUSOS DA MADRINHA

A mãe faleceu quando Francisco tinha apenas cinco anos de idade. Incapaz de criá-los, o pai distribuiu os nove filhos entre a parentela. Nos dois anos seguintes, Francisco foi criado pela madrinha e antiga amiga de sua mãe, Rita de Cássia, que logo se mostrou uma pessoa cruel, vestindo-o de menina e batendo-lhe diariamente, inicialmente por qualquer pretexto e, mais tarde, sob a alegação de que o "menino tinha o diabo no corpo".

Não se contentando em açoitá-lo com uma vara de marmelo, Rita passou a cravar-lhe garfos de cozinha no ventre, não permitindo que ele os retirasse, o que ocasionou terríveis sofrimentos ao menino. Os únicos momentos de paz que tinha consistiam nos diálogos com o espírito de sua mãe, com quem se comunicava desde os cinco anos de idade. O menino viu-a após uma prece, junto à sombra de uma bananeira no quintal da casa. Nesses contatos, o espírito da mãe recomendava-lhe "paciência, resignação e fé em Jesus".

Allan Kardec

Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em Lyon, no dia 3 de outubro de 1804 e faleceu em Paris, no dia 31 de março de 1869, foi um influente educador, autor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita. Foi discípulo do reformador educacional Johann Heinrich Pestalozzi e um dos pioneiros na pesquisa científica sobre fenômenos paranormais (mais notoriamente a mediunidade), assuntos que antes costumavam ser considerados inadequados para uma investigação do tipo.
Adotou o seu pseudônimo para uma diferenciação da Codificação Espírita em relação aos seus anteriores trabalhos pedagógicos.

A JUVENTUDE E A ATIVIDADE PEDAGÓGICA

Nascido numa antiga família de orientação católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia. Fez os seus estudos na Escola de Pestalozzi, no Castelo de Yverdon, em Yverdon-les-Bains, na Suíça (país protestante), tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo propagador de seu método, que tão grande influência teve na reforma do ensino na França e na Alemanha. Aos quatorze anos de idade já ensinava aos seus colegas menos adiantados, criando cursos gratuitos. Aos dezoito, bacharelou-se em Ciências e Letras.

Concluídos os seus estudos, o jovem Rivail retornou ao seu país natal. Profundo conhecedor da língua alemã, traduzia para este idioma diferentes obras de educação e de moral, com destaque para as obras de François Fénelon, pelas quais manifestava particular atração. Conhecia a fundo os idiomas francês, alemão, inglês e holandês, além de dominar perfeitamente os idiomas italiano e espanhol.

Sinais, gestos e símbolos da santa missa

Desde os primeiros séculos, os cristãos sentiram a necessidade de expressar seus louvores a Deus através de gestos, símbolos e sinais, que fossem também compreensíveis a todas as pessoas. Assim, com o passar dos séculos, a Liturgia da Missa se desenvolveu e se enriqueceu. Para aproveitar as inúmeras graças concedidas durante a Santa Missa, todo fiel deve tentar conhecê-la melhor e não simplesmente repetir o que os outros fazem ou dizem, sem saber o porquê. A Missa compreendida pode ser mais amada, e muito bem amada! No entanto, ninguém ama aquilo que não conhece e, dessa forma, acaba por não se beneficiar tanto quanto poderia.




Gestos, Símbolos e Sinais

Assim como toda a nossa vida, também a Missa é formada por gestos, símbolos e sinais. São meios humanos para expressar a adoração, a reparação, o agradecimento e as súplicas que podemos elevar a Deus, além de nossas intenções pessoais. Obviamente, tudo isso possui significado específico dentro da Missa, que deve ser celebrada e assistida de maneira lúcida e não de qualquer modo; em caso contrário, perdem o seu imenso, tremendo valor. Quando fazemos algo sem saber o seu significado e o seu motivo, que valor poderá ter para Aquele a quem é dirigido? Portanto, toda Liturgia é formada por estes três elementos: Sinal, Símbolo e Gesto.

Sinais – Sinal é o que nos faz lembrar ou que representa algo, seja um fato ou um fenômeno, presente, passado ou futuro. Para deixar um exemplo vulgar, quando colocamos galhos ou ramos de árvores em uma curva na estrada, alertamos aos outros carros que pode haver um acidente ou veículo parado na estrada, logo após a curva. Podemos dizer que o sinal ou figura é sempre menor que o seu significado. Um outro e melhor exemplo de sinal, dentro do ambiente cristão, é o uso da vela: a chama de uma vela acesa pode significar a Luz Divina ou claridade da vida eterna, que nunca se acaba. Observe que ambos os exemplos, mundano e sagrado, são do conhecimento universal.

Os sete pecados capitais

Os sete pecados capitais denominam-se dessa forma por originarem outros pecados. Os pecados capitais possuem base bíblica e fazem parte do ensino moral cristão. São regras de libertação e não de aprisionamento do ser humano. Afinal, qual homem pode-se dizer livre quando na verdade é prisioneiro de suas próprias inclinações? E foi justamente para sermos homens e mulheres livres que Jesus foi sacrificado.

ORIGEM

No século IV, são Gregório Magno e são João Cassiano definiram-nos como sete: orgulho, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça. Até hoje na Igreja existe um consenso doutrinal sobre essa classificação.

No cotidiano, o católico pode lembrar desses pecados no exame de consciência que faz ao preparar-se para o sacramento da confissão. Eles servem de fonte de identificação para o defeito dominante que determina os outros, chamado de pecado hegemônico.




Os pecados capitais vão além do nível individual. Iniciando no coração da pessoa, eles concentram-se em determinados ambientes, instalando-se em determinadas instituições. A corrupção nas esferas do poder público pode ser identificada com a avareza, que aniquila o interesse generoso e correto para o desenvolvimento e os cidadãos da nação, em prol de benefícios financeiros próprios. Na realidade urbana, o aumento da violência relaciona-se à ira e à gula, esta representada pelo uso de drogas.

São Pedro alerta aos primeiros cristãos: “vigiai e sede sóbrios”, fortalecendo o espírito a fim de evitar que os pecados capitais tomem conta da vida das pessoas. Estudar e entender os pecados capitais é um grande proveito para o progresso espiritual e santidade. Isso acontece quando a pessoa volta-se para práticas penitencias que levam às virtudes dos cristãos.

Sem humildade ninguém incorpora nenhuma virtude. Qualquer virtude sem humildade cai, pois fica no ar sem ter em que se prender, assim ela não cresce, tão pouco se desenvolve.


Oração da Ave Maria

A saudação que o arcanjo Gabriel dirigiu à Virgem Santíssima ecoa ao longo dos séculos. É a oração mais repetida pelos lábios dos católicos - por conta da oração do Rosário, mais do que o próprio “pai nosso", apesar de sua forma, tal como a conhecemos hoje, ser relativamente recente.

A primeira parte da oração, como se sabe, foi tirada das Sagradas Escrituras. 

Foi composta, portanto, pelo próprio Deus, tendo saído da boca de São Gabriel, “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo" (Lucas 1.28) e de Isabel, “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre" (Lucas 1.42). 

As duas frases compõem um louvor a Maria e, ao mesmo tempo, uma profissão de fé nos mistérios relacionados à sua vida. Era rezada desde os primórdios na liturgia bizantina e foi adicionada à liturgia latina por São Gregório Magno, que a manteve como antífona do ofertório.

“Bendito é o fruto do teu ventre": Isabel contrapõe Maria a Eva. Enquanto esta quis tomar para si o fruto da árvore, aquela entrega o fruto do seu ventre. O seu louvor prossegue: “Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?" O Papa Bento XVI comenta que “é o Espírito Santo que abre os olhos de Isabel e que a leva a reconhecer em Maria a verdadeira arca da aliança, a Mãe de Deus, que vem para visitá-la".

A segunda parte da oração, bem posterior, é uma súplica dos fiéis, que durante muito tempo foi rezada na oração litúrgica, pedindo à Santíssima Virgem proteção na hora da morte. Foi no século XVI que o Papa Pio V definiu o texto da oração tal como é conhecida hoje, já com o acréscimo dos nomes de Jesus e Maria.

A “Ave Maria" está muito ligada à história da ordem dos frades dominicanos. São Pio V, por exemplo, era dominicano. Ainda, de acordo com a tradição da Igreja, o Santo Rosário - ou “Saltério Mariano", como era chamado - teria sido entregue a São Domingos de Gusmão, fundador da ordem dos pregadores.