A religião no Brasil é muito diversificada e caracteriza-se pelo
sincretismo. A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado
estão oficialmente separados, sendo o Brasil um Estado laico. A legislação
brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância, sendo a prática religiosa geralmente
livre no país. Segundo o Relatório Internacional de Liberdade Religiosa de
2005, elaborado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, a "relação
geralmente amigável entre religiões contribui para a liberdade religiosa"
no Brasil. O Brasil é um país religiosamente diverso, com a tendência de
mobilidade entre as religiões e o sincretismo religioso.
Estatísticas
A população brasileira é majoritariamente cristã (87%), sendo sua maior
parte católico-romana (64,4%). Herança da colonização portuguesa, o catolicismo
foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que
instituiu o Estado laico. Também estão presentes os movimentos básicos do
protestantismo: adventismo, batistas, evangelicalismo, luteranos, metodismo e
presbiterianismo. No entanto, existem muitas outras denominações religiosas no
Brasil, algumas dessas igrejas são: pentecostais, episcopais,
restauracionistas, entre outras. Há mais de três milhões e meio de espíritas
(ou kardecistas) que seguem a doutrina espírita, codificada por Allan Kardec. O
animismo também é forte dividindo-se em candomblé, umbanda, esoterismo, santo
daime e tradições indígenas. Existe também uma minoria de muçulmanos, budistas,
judeus e neopagãos. 8% da população (cerca de 15 milhões de pessoas) declarou-se
sem religião no último censo, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas.
Nas últimas décadas, tem havido um grande aumento de igrejas
neopentecostais, o que diminuiu o número de membros tanto da Igreja Católica
quanto das religiões afro-brasileiras. Cerca de noventa por cento dos
brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa no último censo
realizado.