Módulo 13
45. O rei Agripa resolve conhecer e ouvir
Paulo - O rei Agripa, após escutar o interessante relato, disse a Festo que ele
também gostaria de ouvir Paulo. Festo respondeu: “Amanhã poderás ouvi-lo”. No
dia seguinte, estando Agripa e Berenice na sala de audiência, acompanhados de
altos oficiais e das pessoas mais importantes da cidade, Paulo foi chamado e
apresentado por Festo, que disse ao visitante e às demais pessoas as seguintes
palavras: “Rei Agripa e vós todos, cidadãos aqui presentes! Tendes diante dos
olhos esse homem, por causa do qual todos os judeus apelaram a mim, em
Jerusalém e nesta cidade, gritando que ele não mais poderia ser deixado com
vida. Mas eu estou convencido de que ele não cometeu coisa alguma que mereça a
morte. E, tendo ele apelado para César, resolvi enviá-lo. Mas não tenho nada de
concreto para escrever ao Soberano. Por isso é que eu o apresentei a vós, e
especialmente a ti, rei Agripa, para, depois dessa sessão, ter alguma coisa que
possa escrever, porque me parece absurdo enviar um prisioneiro sem indicar
claramente quais são as acusações apresentadas contra ele”. (Atos, 25:22 a
25:27.)
46. Paulo segue para Roma e Lucas vai junto - Decidido o embarque de Paulo para Roma, entregaram o Apóstolo dos gentios e mais alguns prisioneiros a um oficial, chamado Júlio, do regimento imperial. Lucas seguiu junto -- pelo menos é o que se deduz do modo como ele narra o fato. Eis seu relato: “Embarcamos num navio de Adramício, que ia partir para os portos da província da Ásia, e partimos. Acompanhava-nos Aristarco, um macedônio de Tessalônica. No segundo dia fizemos escala em Sidon. Júlio mostrou-se muito humano para com Paulo, permitindo que ficasse com os amigos e sob os seus cuidados. Depois, partindo de lá, navegamos ao norte de Chipre, porque os ventos sopravam em sentido contrário ao nosso. A seguir, atravessando o mar da Cilícia e da Panfília, chegamos a Mira, cidade da Lícia. Ali o oficial encontrou um navio de Alexandria, que estava de partida para a Itália, e nos fez embarcar nele”. (Atos, 27:1 a 27:6.)
47. A viagem torna-se muito lenta e
extremamente perigosa - Lucas diz que a viagem foi lenta e muito difícil,
porque o vento obrigou o navio a dirigir-se para o sul da ilha de Creta e foi a
custo que chegaram a um lugar denominado Bons Portos, perto da cidade de
Lasaia. Transcorrido bastante tempo, porque já tinha passado até o dia do
jejum, e tendo a navegação se tornado perigosa, Paulo chamou a atenção dos
responsáveis pelo navio, dizendo: “Senhores, vejo que a navegação está
começando a ser de grande risco e muito dano não só para o navio, mas também
para nossas vidas”. O oficial, porém, confiava mais no piloto e no dono do
navio que em Paulo. Além disso, o porto não servia para o navio passar ali o
inverno, motivo por que a maioria preferiu seguir viagem, na esperança de
chegar a Fênix e passar o inverno nessa localidade. O navio reiniciou, assim, a
viagem, costeando de bem perto a ilha de Creta. Pouco depois, porém,
desencadeou-se do lado da ilha o furacão chamado Nordeste e a embarcação foi
arrastada pelo vendaval. A tripulação fez de tudo para amenizar o perigo, mas a
tempestade foi terrível e obrigou a que, já no dia seguinte, a carga fosse
jogada ao mar. Durante dias não se viram nem o Sol, nem as estrelas, e, com o
barco à deriva, não havia mais esperança de salvação. (Atos, 27:7 a 27:20.)
Questões
propostas
1. Na presença do rei Agripa, que palavras disse Paulo em
sua defesa?
Eis as palavras de Paulo: Tenho-me por feliz,
ó rei Agripa, de que perante ti me haja hoje de defender de todas as coisas de
que sou acusado pelos judeus; mormente sabendo eu que tens conhecimento de
todos os costumes e questões que há entre os judeus; por isso te rogo que me
ouças com paciência. Quanto à minha vida, desde a mocidade, como decorreu desde
o princípio entre os da minha nação, em Jerusalém, todos os judeus a conhecem,
sabendo de mim desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a
mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu. E agora pela esperança da
promessa que por Deus foi feita a nossos pais estou aqui e sou julgado. À qual
as nossas doze tribos esperam chegar, servindo a Deus continuamente, noite e
dia. Por esta esperança, ó rei Agripa, eu sou acusado pelos judeus. Pois quê?
julga-se coisa incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos? Bem tinha eu
imaginado que contra o nome de Jesus Nazareno devia eu praticar muitos atos; o
que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido autorização dos principais dos
sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e quando os matavam eu dava
o meu voto contra eles. E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas,
os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas
cidades estranhas os persegui. Sobre o que, indo então a Damasco, com poder e
comissão dos principais dos sacerdotes, ao meio-dia, ó rei, vi no caminho uma
luz do céu, que excedia o esplendor do sol, cuja claridade me envolveu a mim e
aos que iam comigo. E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava,
e em língua hebraica dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é
recalcitrar contra os aguilhões. E disse eu: Quem és, Senhor? E ele respondeu:
Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e põe-te sobre teus pés,
porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das
coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda;
livrando-te deste povo, e dos gentios, a quem agora te envio, para lhes abrires
os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a
fim de que recebam a remissão de pecados, e herança entre os que são
santificados pela fé em mim. Por isso, ó rei Agripa, não fui desobediente à
visão celestial. Antes anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em
Jerusalém, e por toda a terra da Judeia, e aos gentios, que se emendassem e se
convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento. Por causa disto os
judeus lançaram mão de mim no templo, e procuraram matar-me. Mas, alcançando
socorro de Deus, ainda até ao dia de hoje permaneço dando testemunho tanto a
pequenos como a grandes, não dizendo nada mais do que o que os profetas e
Moisés disseram que devia acontecer, isto é, que o Cristo devia padecer, e
sendo o primeiro da ressurreição dentre os mortos, devia anunciar a luz a este
povo e aos gentios.(Atos, 26:1 a 26:23.)
2. Que reação o rei Agripa teve ao ouvir as palavras
ditas por Paulo?
O rei Agripa disse a Paulo: Por pouco me
queres persuadir a que me faça cristão! Paulo lhe respondeu: Prouvera a Deus
que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje
me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias. Em
seguida o rei levantou-se e disse a Festo: Bem podia soltar se este homem, se
não houvera apelado para César. (Atos, 26:24 a 26:32.)
3. Como se chamava o centurião incumbido de levar Paulo a
Roma?
O centurião chamava-se Júlio e pertencia à
coorte augusta. (Atos, 27:1 a 27:3.)
4. Quando todos pensavam que iriam morrer colhidos pela
tempestade, que palavras Paulo lhes disse?
Paulo lhes disse: Fora, na verdade, razoável,
ó senhores, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este
incômodo e esta perda. Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque
não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. Porque esta mesma
noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo:
Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu
todos quantos navegam contigo. Portanto, ó senhores, tende bom ânimo; porque
creio em Deus, que há de acontecer assim como a mim me foi dito. E, contudo,
necessário irmos dar numa ilha. (Atos, 27:20 a 27:26.)
5. Quantas pessoas havia no navio? Quantas morreram?
Havia no navio duzentas e setenta e seis
pessoas. Todas chegaram à terra a salvo.(Atos, 27:37 a 27:44.)
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