“Sou o grande médico das
almas e venho trazer-vos o remédio que vos há de curar. Os fracos, os enfermos
são os meus filhos prediletos.
“Sou o grande médico das
almas e venho trazer-vos o remédio que vos há de curar. Os fracos, os enfermos
são os meus filhos prediletos.
Fácil verificar que se temos
caminhos agrestes, nas vastidões do campo, surpreendemos religiões primitivas
em paragens remotas da Terra; se contamos com estradas particulares, unicamente
abertas aos que jazem segregados no critério de elite, identificamos sistemas
de fé somente acessíveis aos que se comprazem na ideia exclusivista do
privilégio; se dispomos de trilhas improvisadas, absolutamente distantes de
qualquer sentido de estabilidade ou de ordem, valendo por estreitos esboço de
rodovias futuras, encontramos veredas religiosas, fundamentalmente presas à
interpretação individual, carecentes de organização e de lógica, simbolizando
simples esforços isolado que servirão, de algum modo, á consolidação da verdade
no porvir.
Senhor!
Enquanto as melodias do Natal
nos enternecem, recordamos também, ante o céu iluminado, a estrela divina que te
assinalou o berço na palha singela!...
De novo, alcançam-nos os ouvidos
as vozes angélicas:
Isso, entretanto, não lhe
tolheu a disposição de exumar o pensamento de Moisés e dos Profetas dos
arquivos que o tempo lhe expôs à consideração, estruturando os princípios e
plasmando os exemplos com que rearticulou estatus e instruções.
O Espiritismo pela voz de
Allan Kardec igualmente afirmou:
Num belo apólogo, conta
Radindranath Tagore que um lavrador, a caminho de casa, com a colheita do dia,
notou que, em sentido contrário, vinha suntuosa carruagem, revestida de
estrelas. Contemplando-a, fascinado, viu-a estacar, junto dele, e,
semiestarrecido, reconheceu a presença do Senhor do Mundo, que saiu dela e
estendeu-lhe a mão a pedir-lhe esmolas...
O quê? - refletiu, espantado
- o Senhor da Vida a rogar-me auxílio, a mim, que nunca passei de mísero
escravo, na aspereza do solo?
Senhor Jesus!
Temos neste 1965, que
transcorre em paz, o primeiro centenário da Primeira Sociedade Espírita do
Brasil, oficialmente instalada na Capital da Bahia, cidade do Salvador.
Falar sobre a vida de
Cornélio Pires, se não é em presa das mais arrojadas, é, contudo, das mais
difíceis à face da riqueza de fatos que lhe pontilharam o jornadear de
autêntico homem do povo, poeta, folclorista, conferencista, cinegrafista,
radialista, jornalista, contista - um mestre do humorismo brasileiro, daquele
humorismo sadio e bem nacional, com características inconfundíveis.
Levantam-se educandários em
toda a Terra.
Estabelecimentos para a
instrução primária, universidades para o ensino superior. Ao lado, porém, das
instituições que visam à especialização profissional e científica, na
atualidade, encontramos no templo espírita a escola da alma, ensinando a viver.
Semelhante trabalho de
burilamento do espírito, porém, não é novo.
Senhor!
No dia de Pentecoste, quando
quiseste reafirmar as boas novas do intercâmbio, entre o Mundo dos Homens e o
Mundo dos Espíritos, deliberaste agir de público, sem que ministros ou líderes
humanos estivessem superintendendo a reunião.
Organizando, porém, a presente seleta de cunho eminente popular, como que enfeixada por minúsculos corações do povo - as Trovas -, consideramos a importunidade de semelhante análise neste breve antelóquio, vinculado que nos achamos ao simples propósito de oferecer ao leitor nada mais que sucinta nota elucidativa para a devida apresentação desta obra, novo livro que entregamos aos amigos da Verdade e da Beleza,
Tomando tal modelo, nossa
saudosa irmã Esmeralda Campos Bittencourt organizou este livro com copiosos
exemplos no emprego de mais de mil verbetes, alguns muito longos, com numerosas
frases colhidas de dezenas de Autores amados, já libertos da matéria, que
escreveram pelo lápis mágico do médium Francisco Cândido Xavier os 13 livros
listados mais adiante.
Leitor amigo
Este livro, gravitando em
torno de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cujas consolações e raciocínios
pretende palidamente refletir, não tem outro objetivo senão convidar-nos ao
estudo das sempre novas palavras de Cristo.
De início
Devotado amigo espiritual
costuma dizer-nos que há livros-revelações, livros-tesouros, livros-bálsamos,
livros-refeições, livros-venenos, livros-bombas.
Autor espiritual: André Luiz
Ano: 1964
Prefácio:
Um livro diferente:
"E perguntou-lhe Jesus,
dizendo: "Qual é o teu nome?" E ele disse: "Legião", porque
tinham entrado nele muitos demônios." - LUCAS, 8:30.
Atendendo ao trabalho da
desobsessão nos arredores de Gádara, vemos Jesus a conversar fraternalmente com
o obsesso que lhe era apresentado, ao mesmo tempo que se fazia ouvido pelos
desencarnados infelizes.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
400. O Espírito encarnado
permanece de bom grado no seu envoltório corporal?
“É
como se perguntasses se ao encarcerado agrada o cárcere. O Espírito encarnado
aspira constantemente à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu
invólucro, quanto mais grosseiro é este.”
O espírito encarnado
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
401. Durante o sono, a alma
repousa como o corpo?
“Não,
o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o
prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança
pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”
Durante o sono
Durante o sono do corpo, o
Espírito fica mais livre. Com o corpo em descanso, afrouxam-se os laços e a
alma sai para o espaço. A Terra é apenas o duplo das coisas espirituais. Convém
pensar nisso e procurar entender as coisas do Espírito. O Espírito não fica
inativo; ele busca a liberdade parcial, pelo sono, pois é nessas saídas que
encontramos com mais facilidade os nossos companheiros fora da carne e travamos
conversações com eles acerca dos assuntos que nos convém falar e ouvir.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
402. Como podemos julgar da
liberdade do Espírito durante o sono?
“Pelos
sonhos, Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do
que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro.
Adquire maior potencialidade e pode por-se em comunicação com os demais
Espíritos, quer deste mundo, quer do outro. Dizes frequentemente: Tive um sonho
extravagante, um sonho horrível, mas absolutamente inverossímil. Enganaste. É
amiúde uma recordação dos lugares e das coisas que viste ou que verás em outra
existência e das coisas que viste ou que verás em outra existência ou em outra
ocasião. Estando entorpecido o corpo, o Espírito trata de quebrar seus grilhões
e de investigar no passado ou no futuro.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
403. Por que não nos
lembramos sempre dos sonhos?
“Em
o que chamas sono, só há o repouso do corpo, visto que o Espírito está constantemente
em atividade. Recobra, durante o sono, um pouco da sua liberdade e se corresponde
com os que lhe são caros, quer neste mundo, quer em outros. Mas, como é pesada
e grosseira a matéria que compõe, o corpo dificilmente conserva as impressões
que o Espírito recebeu, porque a este não chegaram por intermédio dos órgãos
corporais.”
Lembranças de sonhos
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
404. Que se deve pensar das
significações atribuídas aos sonhos?
“Os
sonhos não são verdadeiros como o entendem os ledores de buena-dicha, pois fora
absurdo crer-se que sonhar com tal coisa anuncia tal outra. São verdadeiros no
sentido de que apresentam imagens que para o Espírito têm realidade, porém que,
frequentemente, nenhuma relação guardam com o que se passa na vida corporal.
São também, como atrás dissemos, um pressentimento do futuro, permitido por
Deus, ou a visão do que no momento ocorre em outro lugar a que a alma se
transporta. Não se contam por muitos os casos de pessoas que em sonho aparecem
a seus parentes e amigos, a fim de avisá-los do que a elas está acontecendo?
Que são essas aparições senão as almas ou Espíritos de tais pessoas a se
comunicarem com entes caros? Quando tendes certeza de que o que vistes
realmente se deu, não fica provado que a imaginação nenhuma parte tomou na
ocorrência, sobretudo se o que observastes não vos passava pela mente quando em
vigília?”
O significado dos sonhos
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
405. Acontece com frequência
verem-se em sonho coisas que parecem um pressentimento, que, afinal, não se
confirma. A que se deve atribuir isto?
“Pode
suceder que tais pressentimentos venham a confirmar-se apenas para o Espírito.
Quer dizer que este viu aquilo que desejava, foi ao seu encontro. É preciso não
esquecer que, durante o sono, a alma está mais ou menos sob a influência da
matéria e que, por conseguinte, nunca se liberta completamente de suas ideias
terrenas, donde resulta que as preocupações do estado de vigília podem dar ao
que se vê a aparência do que se deseja, ou do que se teme. A isto é que, em
verdade, cabe chamar-se efeito da imaginação. Sempre que uma ideia nos preocupa
fortemente, tudo o que vemos se nos mostra ligado a essa ideia.”
Pressentimentos e imaginação
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
406. Quando em sonho vemos
pessoas vivas, muito nossas conhecidas, a praticarem atos de que absolutamente
não cogitam, não é isso puro efeito de imaginação?
“De
que absolutamente não cogitam, dizes. Que sabes a tal respeito? Os Espíritos
dessas pessoas vêm visitar o teu como o teu os vai visitar, sem que saibas
sempre o em que eles pensam. Demais, não é raro atribuirdes, de acordo com o
que desejais, a pessoas que conheceis, o que se deu ou se está dando em outras
existências.”
Quando em sonho
Quando estamos em estado de sonho, encontramo-nos livres, mais livres do que se pensa,
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
407. É necessário o sono
completo para a emancipação do Espírito?
“Não;
basta que os sentidos entrem em torpor para que o Espírito recobre a sua
liberdade. Para se emancipar, ele se aproveita de todos os instantes de trégua
que o corpo lhe concede. Desde que haja prostração das forças vitais, o
Espírito se desprende, tornando-se tanto mais livre, quanto mais fraco for o
corpo.”
A.K.:
Assim
se explica que imagens idênticas às que vemos, em sonho, vejamos estando apenas
meio dormindo, ou em simples modorra.
Emancipação do espírito
Para a emancipação do Espírito basta o afrouxamento do corpo. Em um “relax” completo, a
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
408. E qual a razão de
ouvirmos, algumas vezes em nós mesmos, palavras pronunciadas distintamente e
que nenhum nexo têm com o que nos preocupa?
“É
fato: ouvis até mesmo frases inteiras, principalmente quando os sentidos
começam a entorpecer-se. É quase sempre, fraco eco do que diz um Espírito que
convosco se quer comunicar.”
Audição de palavras sem nexo
Qual a razão de ouvirmos palavras sem que nelas estejamos pensando? Essas palavras, às
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
409. Doutras vezes, num estado que ainda não é bem o do adormecimento, estando com os olhos fechados, vemos imagens distintas, figuras cujas mínimas particularidades percebemos. Que há aí, efeito de visão ou de imaginação?
“Estando
entorpecido o corpo, o Espírito trata de desprender-se. Transporta-se e vê. Se
já fosse completo o sono, haveria sonho.”
Imagens
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
410. Dá-se também que,
durante o sono, ou quando nos achamos apenas ligeiramente adormecidos, acodem-nos
ideias que nos parecem excelentes e que se nos apagam da memória, apesar dos
esforços que façamos para retê-las. Donde vêm essas ideias?
“Provêm
da liberdade do Espírito que se emancipa e que, emancipado, goza de suas
faculdades com maior amplitude. Também são, frequentemente, conselhos que
outros Espíritos dão.”
a) - De que servem essas ideias
e esses conselhos, desde que, pelos esquecer, não os podemos aproveitar?
“Essas
ideias, em regra, mais dizem respeito ao mundo dos Espíritos do que ao mundo
corpóreo. Pouco importa que comumente o Espírito as esqueça, quando unido ao
corpo. Na ocasião oportuna, voltar-lhe-ão como inspiração de momento.”
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
411. Estando desprendido da
matéria e atuando como Espírito, sabe o Espírito encarnado qual será a época de
sua morte?
“Acontece
pressenti-la. Também sucede ter plena consciência dessa época, o que dá lugar a
que, em estado de vigília, tenha intuição do fato. Por isso é que algumas
pessoas preveem com grande exatidão a data em que virão a morrer.”
Pressentimento da morte
O Espírito, quando está
parcialmente desligado da matéria, mesmo que seja em relaxamento profundo, por
vezes tem a intuição do dia da sua desencarnação, quando está preparado para
tal revelação. Muitos sabem até o dia certo, e mesmo a hora, do seu desenlace
espiritual. Isso acontece em todas as religiões e mesmo filosofias
espiritualistas.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
412. Pode a atividade do
Espírito, durante o repouso, ou o sono corporal, fatigar o corpo?
“Pode,
pois que o Espírito se acha preso ao corpo qual balão cativo ao poste. Assim
como as sacudiduras do balão abalam o poste, a atividade do Espírito reage
sobre o corpo e pode fatigá-lo.”
Fadiga durante o repouso
O sono é um reparador das
energias gastas nas atividades durante o dia e coloca o corpo predisposto a
receber forças cósmicas que o Espírito respira no plano da Vida Maior; no
entanto, se a alma se encontra atribulada, onde quer que seja, ela transmite
para o seu instrumento de carne essa turbulência, de forma que o corpo não
descansa. Por vezes, levanta-se pela manhã mais cansado do que quando se
deitou.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
Visitas espíritas entre pessoas vivas
413. Do princípio da
emancipação da alma parece decorrer que temos duas existências simultâneas: a
do corpo, que nos permite a vida de relação ostensivas; e a da alma, que nos
proporciona a vida de relação oculta. É assim?
“No
estado e emancipação, prima a vida da alma. Contudo, não há, verdadeiramente,
duas existências. São antes duas fases de uma só existência, porquanto o homem
não vive duplamente.”
Fases de uma existência
O homem em geral se encontra
em um estado de sono sem as articulações do Evangelho de Jesus e, igualmente,
sem a participação de muitos porta-vozes da espiritualidade superior.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
Visitas espíritas entre pessoas vivas
414. Podem duas pessoas que
se conhecem visitar-se durante o sono?
“Certo
e muitos que julgam não se conhecerem costumam reunir-se e falar-se. Podes ter,
sem que o suspeites, amigos em outro país. É tão habitual o fato de irdes
encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e
que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas.”
Durante o sono
Durante o sono, o Espírito
se encontra mais ou menos livre, e é nesse momento que ele se encontra com quem
tem mais simpatia espiritual, razão porque sonha com pessoas da sua amizade.
Quando sonha com alguém que julga desconhecer, trata-se de sintonia com personalidade
de outras vidas.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
Visitas espíritas entre pessoas vivas
415. Que utilidade podem
elas ter, se as olvidamos?
“De
ordinário, ao despertardes, guardais a intuição desse fato, do qual se originam
certas ideias que vos vêm espontaneamente, sem que possais explicar como vos
acudiram. São ideias que adquiristes nessas confabulações.”
Utilidade dos encontros espirituais
A utilidade dos
encontros espirituais na liberdade parcial do Espírito, no transe do sono, é
imensurável. As lições em Espírito têm uma dinâmica diferente das lições do
mundo, mesmo porque são usados meios que se diferenciam muito. Os humanos usam meios
mais grosseiros, devido ao ambiente em que estagiam e as próprias funções
cerebrais, para que a consciência possa guardar as anotações.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
Visitas espíritas entre pessoas vivas
416. Pode o homem, pela sua
vontade, provocar as visitas espíritas? Pode, por exemplo, dizer, quando está
para dormir: Quero esta noite encontrar-me em Espírito com Fulano, quero
falar-lhe para dizer isto?
“O
que se dá é o seguinte: Adormecendo o homem, seu Espírito desperta e, muitas
vezes, nada disposto se mostra a fazer o que o homem resolvera, porque a vida
deste pouco interessa ao seu Espírito, uma vez desprendido da matéria. Isto com
relação a homens já bastante elevados espiritualmente. Os outros passam de modo
muito diverso a fase espiritual de sua existência terrena. Entregam-se às
paixões que os escravizaram, ou se mantêm inativos. Pode, pois, suceder, tais
sejam os motivos que a isso o induzem, que o Espírito vá visitar aqueles com
quem deseja encontrar-se. Mas, não constitui razão, para que semelhante coisa
se verifique, o simples fato de ele o querer quando desperto.”
02/04/1910
- Nascimento
Nasce Francisco de Paula
Cândido, nome de batismo, o Chico Xavier, na cidade mineira de Pedro Leopoldo,
filho de João Cândido Xavier, vendedor de bilhetes de loteria, e de Maria João
de Deus.
A certidão de nascimento possui um erro grosseiro: trocaram o nome do santo no nome da mãe de Chico. O correto é Maria de São João de Deus.
Autor espiritual: André Luiz
Ano: 1963
Prefácio:
Prece no Limiar
Pai de Infinita Bondade!
Este é um livro em que
permitiste ao nosso André Luiz traçar, em lances palpitantes da existência,
alguns conceitos da Espiritualidade Superior, em torno de sexo e destino -
fotografia verbal de nossas realidades amargas que entremeaste de esperanças
eternas.
Entregando-os aos
companheiros reencarnados no mundo, queremos recordar Jesus - o Enviado de Tua
Ilimitada Misericórdia - naquele dia de sol em Jerusalém...
Autor espiritual: Emmanuel
Ano: 1963
Prefácio:
Quanto mais se agiganta a
civilização na Terra, mais amplamente predomina o estudo na extensão do
progresso geral.
Cientistas e pesquisadores
analisam, infatigavelmente, não apenas as realizações alusivas ao domínio das
forças da natureza, mas também os poderes da alma, a escarificarem todos os
fenômenos do binômio mente-corpo, consagrando a era do pensamento racional.
Autor espiritual: Espíritos Diversos
Ano: 1963
Prefácio:
Um livro em miniatura,
solicitam-nos amigos domiciliados na esfera física, - um livro que caiba no
bolso para ser manuseado em qualquer lugar, conjunto leves de folhas simples
que veicule o pensamento espírita sem dificuldades, seja no intervalo se
serviço ou no percurso do ônibus, na excursão fortuita ou no repouso eventual,
nos momentos da sala de espera ou em breve ensejos de observação e reflexão em
locais públicos.
Desse propósito nasceu o
presente volume em que se alinham páginas e anotações despretenciosas de vários
amigos desencarnados, comentando os aspectos multifaces da Doutrina do Amor,
que nos reúne nas mesmas aspirações.
Autor espiritual: Espíritos Diversos
Ano: 1963
Prefácio:
Estultícia de nossa parte -
e o afirmamos sem pruridos de modéstia - a pretensão de prefaciar e anotar uma
obra mediúnica das proporções desta, em que poetas das principais correntes
literárias, desde a romântica à modernista, de duas literaturas - a Brasileira
e a Portuguesa -, inclusive poetas folcloristas, deixaram estereotipados a
força viva e o carisma inconfundível de seus estilos.
Natural, porém, que todo
livro de constituição nova exija explicação, perfunctória que seja, de sua
origem e finalidade, e, à vista disso, aqui nos encontramos, fiel ao
compromisso assumido com os autores espirituais, no sentido de estudar todas as
composições poéticas desta Antologia, alinhando nótulas bibliográficas e
traçando leves observações sobre a técnica poética de determinados aedos, além
de ligeiros comentários de fundo espírita, visando a clarear afirmações e
situações para os leitores menos afeitos ao trato doutrinal.
Autor
espiritual: Casimiro Cunha
Ano: 1962
Prefácio:
Vamos Ler
Meus filhos, quem faz o mal
tem o mal como lição.
Vejamos o triste caso do
pequeno Timbolão.
Casimiro Cunha
(Uberaba, 11 de agosto de
1962)
Autor
espiritual: Espíritos Diversos
Ano: 1962
Prefácio:
Carta breve:
Irmã Esmeralda
Conservastes as páginas dos
amigos espirituais, psicografados ao calor de tua presença amiga, em várias das
nossas reuniões de Pedro Leopoldo, enfeixando-as, agora, neste livro que
intitulaste “Relicário de Luz”.
Comove-nos observar o
carinho com que as reunistes no coração, qual fiandeira de bondade,
entretecendo retalhos de emoção e ternura para com eles urdir a colcha de amor,
com que te propões, hoje, socorrer pequena fração de tutelados do nosso
venerável Fabiano de Cristo.
A morte nenhum temor inspira
ao justo, porque, com a fé, ele tem a certeza do futuro; a esperança faz com
que aguarde uma vida melhor e a caridade, cuja lei praticou, dá-lhe a certeza
de que, não encontrará no mundo onde vai entrar, nenhum ser cujo olhar deva
temer.
Allan Kardec – Livro dos
Espíritos – Perg. 941