A vida escreve

Autor espiritual: Hilário Silva

Ano: 1960

Prefácio:

Novo Servidor

Incorporando-se ao trabalho que nos foi concedido, Hilário, desde o princípio da tarefa, compreendeu o imperativo de renovação, portas a dentro de nossa atividade espiritual.

Observou que a Doutrina Espírita, alcançado a mente popular, exige novas formas de pensamento para a transformação justa da vida.

Reconheceu que, sem ideias claras, os hábitos não se regeneram e as atitudes não se definem.

Evocar o espírito de um animal


36. Pode-se evocar o Espírito de um animal?

— O princípio inteligente que animava o animal fica em estado latente após sua morte. Os Espíritos encarregados desse trabalho imediatamente o utilizam para animar outros seres, através dos quais continuará o processo da sua elaboração. Assim, no mundo dos Espíritos não há Espíritos errantes de animais, mas somente Espíritos humanos. Isto responde a vossa pergunta.

O presidente frustrado

A primeira sessão espírita no lar dos Xavier realizou-se em maio de 1927. 

Em junho do mesmo ano, os companheiros dessa reunião cogitavam de fundar um núcleo doutrinário. Era preciso fundar um Centro — diziam. 

E, certa noite, num velho cômodo junto à venda de José Felizardo, onde o Chico era empregado, o assunto voltou a debate. 

Na assembleia, estavam apenas dois companheiros espíritas, contudo, junto deles, umas dez pessoas, sentadas, bebiam e comiam animadamente. 

A primeira sessão

De princípios de 1920 a 1927, Chico não mais conseguiu avistar-se pessoalmente com o Espírito de Dona Maria João de Deus. 

Carmem e José Hermínio Perácio

Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões. 

Temporária separação

Continuando os desequilíbrios do Chico, em janeiro de 1920, João Cândido Xavier, seu pai, pediu ao padre que fosse mais exigente com a criança, no confessionário. 


O sacerdote concordou com a sugestão... 

Quando o vigário lhe ouvia as referências sobre as rápidas entrevistas com Dona Maria João de Deus, desencarnada desde 1915, falou-lhe francamente: 

A lição da obediência

De novo reunido à família, Chico Xavier, fosse por que tivesse retornado à tranqüilidade ou por que houvesse ingressado na escola, não mais viu o Espírito da mãezinha desencarnada. 


Entretanto, passou a ter sonhos. À noite, no repouso, agitado, levantava-se do leito, conversava com interlocutores invisíveis e, muitas vezes, despertava pela manhã, trazendo notícias de parentes mortos, contando peripécias ou narrando sucesso que ninguém podia compreender. 

A história da chave

Com a saída do chefe da casa e dos filhos mais velhos para o trabalho e com a ausência das crianças na escola, Dona Cidália era obrigada, por vezes, a deixar a casa, a sós, porque devia buscar lenha, à distância.


Aí começou uma dificuldade. 

Certa vizinha, vendo a casa fechada, ia ao quintal e colhia as verduras. 

A horta educativa

Quando Dona Cidália reuniu os filhos menores de Dona Maria João de Deus, observou que eles precisavam do grupo escolar. 

O Sr. Cândido Xavier, pai da numerosa família, foi consultado. 

Entretanto, a situação era difícil. 1918, a época a que nos referimos, marcara a passagem da gripe espanhola. 

Tudo era crise, embaraço. 

E o salário, no fim de mês, dava escassamente para o necessário. Não havia dinheiro para cadernos, lápis e livros. 

A madrasta, alma generosa e amiga, chamou o enteado e lembrou: 

— Chico, vocês precisam ir à escola. E como não há recurso para isso, vamos plantar uma horta.

O anjo bom

A família de Chico Xavier. Pedro Leopoldo, MG. Chico, o terceiro a partir da esquerda, ao lado do pai.
Foto fornecida por Jhon Harley M. Marques.

Dois anos de surras incessantes. 

Dois anos vivera o Chico junto da madrinha. 

Conselho materno

D. Rita de Cássia criava em sua casa, como filho adotivo, um sobrinho de nome Moacir, menino de onze a doze anos de idade. 

Moacir trazia larga ferida na perna, quando a dona da casa mandou chamar D. Ana Batista, antiga benzedeira da localidade denominada Matuto, hoje Santo Antonio da Barra, nos arredores de Pedro Leopoldo. 

D. Ana examinou a úlcera e informou: 

— Aqui só uma “simpatia” dará resultado. 

O livro dos espíritos. Questão 437

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Sonambulismo

437. Posto que o que se dá, nos fenômenos sonambúlicos, é que a alma se transporta, como pode o sonâmbulo experimentar no corpo as sensações do frio e do calor existentes no lugar onde se acha sua alma, muitas vezes bem distante do seu invólucro?

“A alma, em tais casos, não tem deixado inteiramente o corpo; conserva-se-lhe presa pelo laço que os liga e que então desempenha o papel de condutor das sensações. Quando duas pessoas se comunicam de uma cidade para outra, por meio da eletricidade, esta constitui o laço que lhes liga os pensamentos. Daí vem que confabulam como se estivessem ao lado uma da outra.”

O livro dos espíritos. Questão 438

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Sonambulismo

438. O uso que um sonâmbulo faz da sua faculdade influi no estado do seu Espírito depois da morte?

“Muito, como o bom ou mau uso que o homem faz de todas as faculdades com que Deus o dotou.”

Uso das faculdades

O uso das faculdades com que Deus dotou o Espírito influi muito na sua vida depois da morte; são as nossas ações que nos abrem ou fecham os caminhos, direcionando a nossa libertação ou prisão. É nesta assertiva que o Espiritismo vem acordar os que dormem e instruir os ignorantes, de modo a saber fazer uso de sua mediunidade em todos os rumos.

O livro dos espíritos. Questão 439

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Êxtase

439. Que diferença há entre êxtase e o sonambulismo?

“O êxtase é um sonambulismo mais apurado. A alma do extático ainda é mais independente.”

Êxtase e sonambulismo

O êxtase é verdadeiramente um sonambulismo mais profundo. O Espírito, nesse transe, é mais independente, por isso pode ver com mais segurança e ouvir com mais perfeição as coisas de Deus. Podemos analisar a vida dos grandes sábios e numerosos místicos que ficavam em êxtase com facilidade, entrando assim em comunicação perfeita com os benfeitores espirituais.

O livro dos espíritos. Questão 440

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Êxtase

440. O Espírito do extático penetra realmente nos mundos superiores?

“Vê esses mundos e compreende a felicidade dos que os habitam, donde lhe nasce o desejo de lá permanecer. Há, porém, mundos inacessíveis aos Espíritos que ainda não estão bastante purificados.”

Visão dos mundos elevados

O Espírito do extático vê mundos adiantados e sente a vontade de neles habitar, e seu desejo é tão grande que ele poderia desencarnar, se não fosse a assistência dos benfeitores espirituais que o atendem, pelos compromissos assumidos desde o início da sua

O livro dos espíritos. Questão 441

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Êxtase

441. Quando o extático manifesta o desejo de deixar a Terra, fala sinceramente, não o retém o instinto de conservação?

“Isso depende do grau de purificação do Espírito. Se verifica que a sua futura situação será melhor do que a sua vida presente, esforça-se por desatar os laços que o prendem à Terra.”

Desejo de deixar a terra

O extático pode manifestar o desejo de desencarnar, no momento do transe, porque, às vezes, contempla mundos felizes. Se ele passa na Terra por certas provas, respirando o

O livro dos espíritos. Questão 442

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Êxtase

442. Se se deixasse o extático entregue a si mesmo, poderia sua alma abandonar definitivamente o corpo?

“Perfeitamente, poderia morrer. Por isso é que preciso se torna chamá-lo a voltar, apelando para tudo o que o prende a este mundo, fazendo-lhe sobretudo compreender que a maneira mais certa de não ficar lá, onde vê que seria feliz, consistiria em partir a cadeia que o tem preso ao planeta terreno.”

Abandono definitivo

O Espírito em transe extático poderia, desejando fortemente, abandonar definitivamente o corpo, porém, se for evoluído, ele não pensará dessa forma, por conhecer as leis naturais formuladas por Deus para a harmonia da criação.

O livro dos espíritos. Questão 443

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Êxtase

443. Pretendendo que lhe é dado ver coisas que evidentemente são produto de uma imaginação que as crenças e prejuízos terrestres impressionaram, não será justo concluir-se que nem tudo o que o extático vê é real?

“O que o extático vê é real para ele. Mas, como seu Espírito se conserva sempre debaixo da influência das ideias terrenas, pode acontecer que veja a seu modo, ou melhor, que exprima o que vê numa linguagem moldada pelos preconceitos e ideias de que se acha imbuído, ou, então, pelos vossos preconceitos e ideias, a fim de ser mais compreendido. Neste sentido, principalmente, é que lhe sucede errar.”

O valor da oração


A madrinha do Chico, por vezes, passava tempos entregue a obsessão. 

Assim é que, nessas fases, a exasperação dela era mais forte. 

Em algumas ocasiões, por isso, condenava o menino a vários dias de fome. 

Tenha paciência, meu filho!

Quando Dona Maria João de Deus desencarnou, em 29 de setembro de 1915, Chico Xavier, um de seus nove filhos, foi entregue aos cuidados de Dona Rita de Cássia, velha amiga e madrinha da criança. 


Dona Rita, porém, era obsidiada e, por qualquer bagatela, se destemperava, irritadiça. 

Gratidão

Chico levantara-se cedo e, ao sair de charrete para a fazenda, encontra-se no caminho com o Flaviano que lhe diz:


- Sabe quem morreu?

- Não!...

O receio da pisão

Os sustos e apreensões de Chico, no decorrer do processo Humberto de Campos, foram enormes, acrescidos pela pouca experiência no que tange à justiça terrena.


Ao receber no Rio de Janeiro, uma carta precatória convocando-o a depor, os falatórios dos moradores da sua pequena cidade a respeito de sua iminente prisão, deixam-no apavorado. Nesta hora, esqueceu-se de tudo. Pensou mesmo em “dar um jeitinho”de salvar a pele.

A caridade e a oração

“O Centro Espírita Luiz Gonzaga” ia seguindo para a frente… 


Certa feita, alguns populares chegaram à reunião pedindo socorro para um cego acidentado.

Água da Paz

Uma das histórias mais conhecidas a respeito de Chico é a da Água da Paz


Dizem que era muito comum, antes de se iniciarem as sessões no centro espírita Luiz Gonzaga, ocorrerem algumas discussões a respeito de mediunidade, especialmente provocadas por pessoas pouco esclarecidas sobre o assunto. Essa situação começou a provocar certa irritação em Chico, que tentava explicar o que acontecia, mas nem sempre era compreendido.

Duplo jejum

Se faz jejum espiritual constantemente, refreando a língua, cuidando do  pensamento, vigiando os olhos e demais sentidos, para não perder  a assistência de seus Mentores, o Chico também faz o jejum material abstendo­-se de comer o que gosta e lhe faz mal.


Um jovem obstinado

Um irmão, residente em Pedro Leopoldo, encontrava-se com o Chico, à beira do caminho da Fazenda Modelo, vez por outra. Era um obstinado. Como que procurava o Médium para lhe experimentar a paciência. Não acreditava na reencarnação. E apresentava seus argumentos ilógicos. E atrás deste, outros assuntos vinham à tona, obstinando­s e o nosso irmão nos seus pontos de vista incoerentes...


A pele do rinoceronte

Nas noites de segunda e sexta-feira, ele colocava o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, embaixo do braço e ia para o Centro Luiz Gonzaga. Seguia à risca uma instrução ditada por Emmanuel: fidelidade irrestrita a Jesus Cristo e a Kardec, o codificador da doutrina espírita. O guia do outro mundo levava tão a sério este mandamento que um dia chegou a determinar a Chico:
- Se alguma vez eu lhe der um conselho que não esteja de acordo com Jesus e Kardec, fique do lado deles e procure me esquecer.


Palavras de Chico Xavier


1. Respeito os estudos sobre o Apocalipse, mas não tenho largueza de pensamento para interpretar o Apocalipse como determinados técnicos o interpretam e situam. Mas, acima do próprio Apocalipse, eu creio na bondade eterna do Criador que nos insuflou de vida imortal. Então, acima de todos os Apocalipses, eu creio em Deus e na imortalidade humana, e essas duas realidades preponderarão em qualquer tempo da humanidade. 

A cruz de ouro e a cruz de palha

Alguns membros da Juventude Espírita do Distrito Federal e de Belo Horizonte visitavam o Chico.
Antes de começar a sessão do Luiz Gonzaga, palestravam animadamente sobre assunto de Doutrina e a tarefa destinada aos moços espíritas.


Uma jovem inteligente, desejando orientação e estímulo, colocou o Chico a par das dificuldades encontradas para vencerem o pessimismo de uns, a quietude e a incompreensão de muitos.

Um minuto com Chico Xavier


Ensina-nos Allan Kardec, num estudo sobre o Magnetismo, registrado em “O Livro dos Médiuns”, que existem três tipos de maneiras de recolhermos o benefício do passe magnético (que ele chama de mediunidade de cura).
A primeira é através do magnetismo humano, ou animal, onde o magnetizador doa de seu próprio fluido, sem a interferência da espiritualidade; o segundo é o magnetismo espiritual, onde um Espírito pode agir, sem o concurso de um médium, diretamente sobre alguém; e o terceiro, e mais comum, é o misto, onde um Espírito utiliza-se de alguém encarnado para fazer essa transferência magnética.
A história que vamos ler, narrada por Ubiratan Machado e registrada no livro “Chico Xavier por ele mesmo”, editado pela Ed. Martin Claret, de São Paulo, nos mostra Chico recebendo um auxílio dessa natureza, doado diretamente por um benfeitor, durante um desdobramento espiritual, enquanto seu corpo físico estava adormecido. Vejamos a narrativa:

Chico Xavier e a cachorrinha Boneca

Esta é uma das passagens da vida de Chico Xavier, que conta a sua relação com a cachorrinha Boneca. Chico foi um grande amigo dos animais, a quem ele chamava de nossos irmãos menores. E existem muitas histórias a esse respeito, sobre o carinho e o cuidado que ele dedicava a essas criaturas de Deus.

“Os animais têm alma e valem pelos melhores amigos”, dizia Chico. Ele também afirmava que nós estamos para eles assim como os anjos estão para nós.

Por isso, se esperamos que nossos guardiões espirituais nos auxiliem em nossa jornada evolutiva, também é certo que devemos o mesmo auxílio aos nossos amigos em evolução.

Sinais da obsessão


Algumas considerações sobre os processos obsessivos.

A obsessão espiritual é uma relação prejudicial que se estabelece entre pessoas e Espíritos que apresenta características diferenciadas, percebida por dez sinais principais relatados pela Irmã Scheilla, através da psicografia de Chico Xavier.

Obsessão no centro espírita

Felisberto era encarregado do Departamento Doutrinário da Casa Espírita em que frequentava. Assumiu esta tarefa pela indicação unânime de todos os demais colegas, os quais o consideravam um exemplo de conhecimento da Doutrina. Sempre que havia alguma dúvida nos estudos, Felisberto era solicitado. Quando o Centro se preparava para algum seminário ou outro evento, era também Felisberto que indicava os livros de referência.


O centro espírita

Se os espíritas soubessem o que é o Centro Espírita, quais são realmente a sua função e a sua significação, o Espiritismo seria hoje o mais importante movimento cultural e espiritual da Terra.

A segunda morte


A morte é compreendida como o fim da vida, causando inúmeras incertezas e medo diante do inesperado. Com os estudos sobre a Espiritualidade, passamos a encontrar respostas que preencham o vazio que a morte estabelece na nossa existência, confortando-nos com a certeza de que ela funciona somente como uma passagem para um mundo que ainda não conhecemos.


Passagem de um espírita pelo umbral

Um homem de 55 anos, espírita, sofreu um acidente e morreu de repente. Ele se viu saindo do corpo e chegando a um lugar escuro, feio, tétrico, com energias muito negativas.


Assim que começou a caminhar por aquele vale sombrio, viu três espíritos vestidos com capa preta caminhando em sua direção. Assim que chegaram, o homem perguntou:

– Que lugar é esse?

Coisas mínimas


Tens dado valor às pequenas coisas em tua vida?

“Pois se nem ainda podeis fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?” – Jesus. (Lucas, 12:26.)

O livro dos espíritos. Questão 444

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Êxtase

444. Que confiança se pode depositar nas revelações dos extáticos?

“O extático está sujeito a enganar-se muito frequentemente, sobretudo quando pretende penetrar no que deva continuar a ser mistério para o homem, porque, então, se deixa levar pela corrente das suas próprias ideias, ou se torna joguete de Espíritos mistificadores, que se aproveitam da sua exaltação para fasciná-lo.”

Confiança nas revelações

Não devemos simplesmente confiar nas revelações que nos trazem os extáticos, mas, fazer uma correção naquilo que ouvimos em caráter de revelação. Se tudo na Terra está sujeito ao erro, a razão nos diz para observarmos com critério o que vem ao nosso encontro. A nossa própria consciência tem a capacidade de discernimento bastante para selecionar o que podemos guardar do que ouvimos ou lemos.

O livro dos espíritos. Questão 445

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Êxtase

445. Que deduções se podem tirar dos fenômenos do sonambulismo e do êxtase? Não constituirão uma espécie de iniciação na vida futura?

“A bem dizer, mediante esses fenômenos, o homem entrevê a vida passada e a vida futura. Estude-os e achará o aclaramento de mais de um mistério, que a sua razão inutilmente procura devassar.”

Ante os fenômenos

Ante os fenômenos de sonambulismo e de êxtase, podemos devassar muitos segredos da natureza espiritual, compatíveis com os nossos desejos mais profundos.

O livro dos espíritos. Questão 446

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Êxtase

446. Poderiam tais fenômenos adequar-se às ideias materialistas?

“Aquele que os estudar de boa-fé e sem prevenções não poderá ser materialista, nem ateu.”

De boa fé

Se estudar os fenômenos com honestidade e boa fé, nunca a criatura será materialista nem ateia, porque esses fenômenos trazem a certeza de outra vida além do véu da carne. A filosofia espírita nos promete e apresenta novos campos de análise, com maior segurança das coisas espirituais. Em tudo o que fizermos não nos esqueçamos da honestidade, anunciando o que realmente sentimos e descobrimos nas pesquisas.