Alcoolismo e obsessão

O alcoolismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde uma doença incurável, mas pode ser tratado com sucesso com o apoio da terapia espírita.

O alcoolismo e a medicina

Esteve em agosto de 1999 no Rio de Janeiro, para participar do 13ºo Congresso Brasileiro de Alcoolismo, o psiquiatra americano George Vaillant, autor do livro A História Natural do Alcoolismo Revisitada, fruto da maior pesquisa feita até hoje sobre o alcoolismo, em que pesquisadores da Universidade de Harvard acompanharam a vida de 600 homens.

Em sua obra e na entrevista que concedeu a uma publicação brasileira, Dr. Vaillant afirma que, ao contrário do que muitos pensam, não existe o gene do alcoolismo, mas sim um conjunto de genes que tornam o indivíduo vulnerável à dependência do álcool. O alcoolismo é, na verdade, uma doença provocada por múltiplos fatores e condições sociais e que, segundo a Organização Mundial de Saúde, é incurável, progressiva e quase sempre fatal.

 Eis, de forma sintética, as principais informações e esclarecimentos dados por George Vaillant:

Família espiritual


“... Os laços de sangue não estabelecem, necessariamente, os laços entre os Espíritos...”

“Os verdadeiros laços de família não são, pois, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos que unem os Espíritos antes, durante e após a sua encarnação...” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 8.)

Quando vemos tanto abando no, tanto desinteresse afetivo grassando, quando muitos procuram os bens materiais como os maiores tesouros, deixando os afetos, que são os verdadeiros tesouros, é gratificante vermos os laços de amor vencendo. Um dia desses fomos visitar uma família dessas em que o amor impera. A mulher, já em idade bem avançada, está na fase final de um câncer, com metástases generaliza das. O Hospital de Câncer havia receitado uma medicação para dor cuja caixa de comprimidos custava 40 reais e durava apenas três dias. O marido, também de idade avançada, catador de papel, não descansava mas não a deixava sem o remédio.

Jerônimo Mendonça Ribeiro

Jerônimo nasceu em Ituiutaba (MG) no dia 1º de novembro de 1939. Filho de Altíno Mendonça e Antonia Olímpia de Jesus, sendo nono filho de uma irmandade de dez filhos, teve uma infância pobre cheia de privação e seus pais eram muito pobres, analfabetos, lutavam arduamente pela sobrevivência: a mãe lavando roupa para fora e o pai fazendo “bicos” pelas fazendas. Com treze anos foi levado a conhecer a Igreja Presbiteriana, que professou até os 15 anos.

 Após a desencarnação de sua avó, começou a se debater mentalmente no problema cruciante da morte e do destino da alma. Dotado de um espírito indagador, não se sujeitou aos horizontes estreitos da igreja no que tange à crença em Deus, ao conceito de uma vida única e de uma salvação limitada.

 A amizade com um espírita fê-lo converter-se à doutrina espírita. O amigo esclareceu-lhe suas dúvidas sobre a vida além-túmulo e conseguiu acalmá-lo. Já na puberdade, Jerônimo começou a sentir dores nas articulações, especialmente nos joelhos e tornozelos. Esses pontos de seu corpo passaram a “inchar” e já aos dezoito anos andava com dificuldade. Teve vários empregos, porém as dores se agravaram, não lhe deram trégua e o impediram de permanecer por muito tempo num mesmo trabalho, em que foi balconista, entregador de jornal, redator-chefe de uma revista e professor. Seu passatempo preferido era ir ao cinema. 

Nossas amizades


“- Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?

- “Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem ou suscetíveis de progredir; os Espíritos inferiores, com os homens viciosos ou que podem viciar-se...” (Questão 484, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec).

Os Espíritos somos nós mesmos fora do corpo material, então, da mesma forma que nos afeiçoamos às pessoas que compartilham conosco das mesmas sensações, desejos e vontades aqui na Terra, os seres desencarnados se ligam àqueles que mantêm o mesmo padrão de vida, nisso não há novidade alguma.

O bem sempre teve sintonia com o bem e o mal sempre esteve atraído pelo mal, ninguém em sã consciência poderá negar tal assertiva. Portanto, cabe a cada criatura decidir, dentro da liberdade de ação que tem, pelos caminhos que deve trilhar, pois a semeadura é livre, mas a colheita, invariavelmente, será obrigatória.

Saibamos cooperar

“Porque sem mim nada podeis fazer.” Jesus. (João, 15:5.)

O divino poder do Cristo, como representante de Deus, permanece latente em todas as criaturas. Todos os homens receberam dele sagrados dons, ainda que muitos se mantenham afastados do campo religioso.

Referimo-nos aqui, porém, aos cultivadores da fé, que iniciam o esforço laborioso e longo da descoberta dos valores sublimes que vibram em si mesmos.

Grande parte suspira por espetaculares demonstrações de Jesus em seus caminhos, e companheiros incontáveis acreditam que apenas cooperam com o Senhor os que se encontram no ministério da palavra, no altar ou na tribuna de variadas confissões religiosas.

Urge, entretanto, retificar esse erro interpretativo.

O Senhor está conosco em todas as posições da vida. Nada poderíamos realizar sem o influxo de sua vontade soberana.

O raio da morte

Em toda parte onde a criatura não se vigia, ei-lo que surge, como que arremessado pelos abismos da sombra.

É o raio da morte que extermina, implacável, todas as sementeiras do bem.

Na maternidade — é a força imponderável que provoca o desastre do aborto ou que fulmina pobres anjos recém-natos a sugá-la por veneno sutil, à flor do materno seio.

Na paternidade — é a frustração das mais preciosas esperanças endereçadas pelo Céu em socorro à família.

No lar — é o espinho magnético, alimentando o sofrimento naqueles que mais amamos.

No templo — é o assalto das trevas às promessas da luz.

Na caridade — é o golpe da violência colocando o vinagre do desencanto e o fel da revolta no prato da ingratidão.

Na escola — é a ofensa à dignidade do ensino.

Ódio e amor: antônimos?

“Tudo é amor. Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.” (Chico Xavier)

Pode ser até paradoxal, mas é possível que entre o ódio e o amor esteja circunscrito todo um percurso evolucional.

Um dia o generoso já foi egoísta ao extremo; o agora compreensivo já foi o maior dos intolerantes; o hoje atencioso já foi só indiferença; quem era só desprezo é hoje devotamento… Por isso afirmo que, embora pareça contradição ou disparate, há todo um roteiro amoroso de transformação no caminho do ódio ao amor, ou de todo um séquito que representa o mal até a corte amorosa do bem.

A indiferença, o egoísmo, o desprezo, a intolerância… que alguém demonstra hoje é exatamente a sua melhor e muito pessoal forma de amar. Ou representa na atualidade precisamente a quantidade e forma de amor que possui.

São muitas as restrições do espírito

Quando ouvimos algo a respeito daqueles que já partiram, no sentido de terem total liberdade para volitarem de um lado a outro no ambiente terreno ou mesmo escreverem ou falarem o que querem, é preciso ter muita cautela ao falar da expansão dessa liberdade.

O livre-arbítrio que os benfeitores se referem aos Espíritos é amplo e disso não se tem a menor dúvida, mas com restrições, que vão de ambientes que pretendem visitar a personagens de outras esferas que desejariam ver. Há espaços e limites que lhes são destinados por permissão ou impedidos por razões óbvias, dentre os quais citam-se: grau de elevação, comportamento, interdição temporária, confinamento para efeito de reajustes etc.

Da mesma forma insere-se nesse contexto a disciplina de comunicação entre os planos físico e espiritual. Muitos ainda pensam que esse critério fica à disposição do próprio Espírito, que se manifesta quando quiser. Quando quiser sim, mas a liberdade que existe é restrita para os Espíritos e assistida, frequentemente, sem o que teríamos verdadeiras loucuras de interferências e informações, com prejuízo até de serem bem compreendidas.

O homem, a violência e a guerra

A violência e a guerra de hoje são a repetição do que o homem fez nas diversas épocas da Humanidade. Isso sem contar as brigas e querelas que, ao longo do tempo, acontecem no dia a dia.

Por que tanta briga, tanta confusão? Por que homens engravatados, que cursaram escolas, faculdades, colocam-se orgulhosamente num pedestal e ordenam a matança desenfreada de seus semelhantes, destruindo seus lares, suas famílias?

Mudam-se os palcos, mas não os atores. As causas das guerras e da violência atuais são exatamente as mesmas que fizeram detonar as guerras e a violência passadas: ódio, intransigência, primitivismo.

E por que não o diálogo?

Allan Kardec, na questão 742 de O Livro dos Espíritos, pergunta:

A família é mais que um cadinho depurador


A família é a instituição social mais importante para a realização do ser como indivíduo capaz de fazer novos relacionamentos. A importância dos pais na existência do filho, ao serem reconhecidos como o vínculo determinante de todo o desenvolvimento psíquico do ser, deve ser meditada por todos os participantes do núcleo familiar para orientar o conjunto na busca da sublimação.

Mas... como estamos distantes de aceitar tal projeto de elevação espiritual! Ou melhor, a grande maioria de nós aceitou tal projeto quando das escolhas que serviram de base para a programação reencarnatória. Contudo, uma vez na carne, o esquecimento do passado conjugado com a obliteração da intuição nos faz esquecer os compromissos assumidos, resvalando para a busca inconsciente da satisfação de desejos menos dignos.

Homenageando os mortos

Um dia de novembro foi convencionado pela humanidade como o dia dos finados - comemoração dos mortos. O termo "finado” para o Espiritismo é usado de forma equivocada, pois a doutrina ensina que não há fim da vida. A morte é apenas do corpo físico, com o retorno do espírito para o mundo espiritual que é o seu mundo original.

Assim, podemos afirmar como Charles Richet, em carta dirigida a Cairbar Schutel: "A morte é a porta da vida".

A respeito do assunto vejamos o que nos ensina O Livro dos Espíritos, obra básica da doutrina na questão 320, onde Kardec questiona os Espíritos perguntando:

Os Espíritos são sensíveis à saudade dos que os amaram na Terra?

Resposta: muito mais do que podeis julgar. Essa lembrança aumenta-lhes a felicidade, se são felizes e, se são infelizes, serve-lhes de alívio.

Questão 323: A visita ao túmulo proporciona mais satisfação ao Espírito do que uma prece feita em sua intenção?

A visita ao túmulo é uma maneira de se manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a exteriorização desse fato. Eu já vos disse que é a prece que santifica o ato de se lembrar; pouco importa o lugar, se a lembrança é ditada pelo coração.

Perguntas e problemas sobre a expiação e a prova

Moulins, 8 de julho de 1863.

Senhor e venerado mestre,

Venho submeter à vossa apreciação uma questão que foi discutida em nosso pequeno grupo e não pudemos resolver por nossas próprias luzes. Os próprios Espíritos que consultamos não responderam muito categoricamente para nos tirar da dúvida.

Redigi uma pequena nota, que tomo a liberdade de vos remeter, na qual reuni os motivos de minha opinião pessoal, que difere da de vários colegas. A opinião destes últimos é que a expiação ocorre efetivamente durante a encarnação, apoiando-se no fato de que essa expressão foi empregada em muitas comunicações, e notadamente no Livro dos Espíritos.

Venho, pois, vos pedir a extrema bondade de nos dar a vossa opinião sobre essa questão. Vossa decisão para nós será lei, e de boa vontade cada um sacrificará sua maneira de ver, para colocar-se sob a bandeira que plantastes e sustentais de maneira tão firme e tão sábia.

Recebei, senhor e caro mestre, etc.

T. T.

Uma telha

(Sociedade espírita de Paris. Médium: Sra. C.)

Um homem passa pela rua. Uma telha lhe cai aos pés. Ele diz:

“Que sorte! Um passo a mais e eu teria morrido”. Em geral é o único agradecimento que ele envia a Deus. Entretanto esse mesmo homem, pouco tempo depois, adoece e morre na cama. Por que foi preservado da telha, para morrer alguns dias após, como toda gente? Foi o acaso, dirá o incrédulo, como ele próprio disse: “Que sorte!” Para que, então, lhe serviu escapar ao primeiro acidente, se sucumbiu ao segundo? Em todo o caso, se a sorte o favoreceu, o favor não durou muito.

A essa pergunta o espírita responde que a cada instante escapamos de acidentes que, como se costuma dizer, nos deixam a dois dedos da morte. Não vedes nisso um aviso do Céu, para vos provar que a vida está por um fio; que jamais temos certeza de viver amanhã e que, assim, deveis sempre estar preparados para partir?

Teoria dos sonhos

É verdadeiramente estranho que um fenômeno tão vulgar quanto o dos sonhos tenha sido objeto de tanta indiferença por parte da Ciência, e que ainda estejamos a perguntar a causa dessas visões. Dizer que são produto da imaginação não é resolver a questão; é uma dessas palavras com o auxílio das quais querem explicar o que não compreendem, mas que nada explicam. Em todo caso, a imaginação é um produto do entendimento. Ora, como não se pode admitir entendimento nem imaginação na matéria bruta, é necessário crer que a alma entre nisso por algum motivo. Se os sonhos ainda são um mistério para a Ciência, é que ela se obstinou em fechar os olhos para a causa espiritual.

Procuram a alma nas dobras do cérebro, enquanto ela se ergue a cada instante à nossa frente, livre e independente, numa porção de fenômenos inexplicáveis só pelas leis da matéria, notadamente nos sonhos, no sonambulismo natural e artificial e na dupla vista à distância, não nos fenômenos raros, excepcionais, sutis, que exigem pacientes pesquisas do sábio e do filósofo, mas nos mais vulgares. Lá está ela, que parece dizer: Olhai e ver-me-eis; estou sob vossos olhos e não me vedes; vistes-me muitas e muitas vezes; vedes-me todos os dias; os próprios meninos me veem; o sábio e o ignorante, o homem de gênio e o ignorante me veem e vós não me reconheceis.

O gênio

(Douay, 13 de março de 1867 - Médium: Sra. M...)

Pergunta. ─ O gênio é conferido a cada Espírito conforme sua conquista, ou conforme uma lei divina, em relação com as necessidades de um povo ou de uma Humanidade?

Resposta. ─ O gênio, caros filhos, é a radiação das conquistas anteriores. Essa radiação é o estado do Espírito no desprendimento ou nas encarnações superiores. Há, pois, duas distinções a fazer.

O gênio mais comum entre vós é simplesmente o estado de um Espírito, do qual uma ou duas faculdades ficaram descobertas e em estado de agir livremente; ele recebeu um corpo que permite sua expansão na plenitude adquirida. A outra espécie de gênio é o Espírito que vem dos mundos felizes e adiantados, onde a aquisição é universal sobre todos os pontos; onde todas as faculdades da alma chegaram a um grau eminente, desconhecido na Terra. Estas espécies de gênio se distinguem dos primeiros por uma excepcional aptidão para todos os talentos, para todos os estudos. Eles concebem todas as coisas por uma intuição segura que confunde a Ciência ensinada pelos mais sábios. Eles se destacam em bondade, em grandeza de alma, em verdadeira nobreza, em obras excelentes. Eles são faróis, iniciadores, exemplos, São homens de outras terras, vindos para fazer resplandecer a luz do Alto num mundo obscuro, assim como se enviam entre os bárbaros, para instruí-los, alguns sábios de uma capital civilizada. Tais foram, entre vós, os homens que em diversas épocas fizeram avançar a Humanidade, os sábios que ampliaram os limites dos conhecimentos e dissiparam as trevas da ignorância. Eles viram e pressentiram o destino terrestre, por mais longe que estivessem da realização desse destino. Todos lançaram os fundamentos de alguma ciência, ou foram o seu ponto culminante.

Mediunidade de vidência nas crianças

De Caen escreve um dos nossos correspondentes:

“Há alguns dias eu estava no hotel São Pedro, em Caen. Tomava um copo de cerveja, lendo um jornal. A filhinha da casa, de aproximadamente quatro anos, estava sentada na escadaria e comia cerejas. Ela não notava que eu a via, e parecia inteiramente envolvida numa conversa com seres invisíveis aos quais oferecia cerejas. Tudo o indicava: a fisionomia, os gestos, as inflexões da voz. Logo ela se voltava bruscamente dizendo:

─ Tu, tu não as terás, porque não és boazinha.

─ Eis para ti! dizia ela a uma outra.

─ Então, o que é que me atiras? perguntava a uma terceira.

Dir-se-ia que ela estava rodeada por outras crianças. Ora estendia as mãos oferecendo o que tinha, ora seus olhos seguiam objetos invisíveis para mim, que a entristeciam ou faziam gargalhar. Essa pequena cena durou mais de meia hora e a conversa só terminou quando a menina percebeu que eu a observava. Sei que muitas vezes as crianças se divertem em apartes deste gênero, mas aqui era completamente diferente; o rosto e as maneiras refletiam impressões reais que não eram as de uma representação. Eu pensava que sem dúvida se tratava de uma médium vidente em seu nascedouro, e dizia, de mim para mim, que se todas as mães de família fossem iniciadas nas leis do Espiritismo, aí colheriam numerosos casos de observação e compreenderiam muitos fatos que passam desapercebidos, cujo conhecimento lhes seria útil para a direção de seus filhos.”

Revista espírita de 1859 – Parte 1

1. Nos fenômenos espíritas agimos sobre inteligências que dispõem do livre-arbítrio e não se submetem à nossa vontade. Eis por que a ciência vulgar é incompetente para os julgar. (P. 2)

2. Um bom médium é o que simpatiza com os bons Espíritos e não recebe senão boas comunicações. (P. 3)

3. O Espiritismo é o mais poderoso auxiliar das ideias religiosas: ele dá religião aos que não a possuem; fortifica-a nos que a têm vacilante; consola pela certeza do futuro, faz suportar com paciência e resignação as tribulações desta vida e desvia o pensamento do suicídio. (P. 5)

4. O perispírito, cuja natureza é essencialmente flexível, se presta a todas as modificações que lhe queira dar o Espírito. Em seu estado normal, o invólucro etéreo tem uma forma humana. (P. 8)

5. A visão do Espírito pelo médium se realiza por uma espécie de radiação fluídica, que parte do Espírito e se dirige ao médium. (P. 10)

6. Kardec refere o caso "O duende de Bayonne", em que um Espírito com a fisionomia de menino de 10 a 12 anos aparecia para sua irmãzinha. (P. 17)

7. O Espírito de Diógenes se comunica e diz que depois de sua existência em Atenas só reencarnou em outros mundos. (P. 21)

Revista espírita de 1859 – Parte 2

26. Todos, diz Kardec, são mais ou menos médiuns, mas convencionou-se dar esse nome aos que apresentam manifestações patentes e, por assim dizer, facultativas. (P. 61)

27. De todos os gêneros de mediunidade, a mais comum e a mais fácil de adquirir pelo exercício é a psicografia. (P. 61)

28. O papel do médium intuitivo é o mesmo de um intérprete entre nós e o Espírito, e a dificuldade está em distinguir os pensamentos do médium daqueles que lhe são sugeridos. (P. 62)

29. Longe de nós, assevera São Luís, desprezar os médiuns de efeitos físicos. Têm eles a sua razão de ser e prestam incontestáveis serviços à Ciência Espírita; mas quando um médium possui uma faculdade que o põe em contato com seres superiores, não compreendemos que dela abdique, ou que deseje outras, a não ser por ignorância. (P. 64)

30. A mediunidade é uma faculdade dada para o bem. Os bons Espíritos se afastam de quem quer que pretenda transformá-la em escada para outros fins que não correspondam aos desígnios da Providência. (P. 65)

31. Em Saint-Etienne uma moça conseguia tomar os traços, a voz e os gestos de parentes mortos que nem chegou a conhecer. Evocado, São Luís explica que, na transfiguração, o corpo nunca muda, mas reveste aparências diversas e sofre uma espécie de oclusão, encoberto pelo perispírito. (P. 68)

Revista espírita de 1859 – Parte 3

54. Há certas posições sociais – diz um assinante da Revue – que apresentam invencíveis obstáculos ao progresso espiritual, como os magarefes nos matadouros e os carrascos. Magarefe é sinônimo de açougueiro, carniceiro, carneador: aquele que mata e esfola reses nos matadouros. Em face disso, indaga: Qual a necessidade dessas profissões em nosso estado social? (P. 104)

55. Kardec responde dizendo que só gradativamente pode o Espírito progredir: deve ele passar sucessivamente por todos os graus, de modo que cada passo à frente seja uma base para assentar novo progresso. Ninguém pode transpor de um salto a distância entre a barbárie e a civilização. (P. 104 

56. Os empreendimentos que Deus abençoa, sejam quais forem as suas proporções, são os que correspondem aos seus desígnios, trazendo seu concurso à obra coletiva. (P. 106) 

57. Prova a experiência que a aptidão de um médium para tal ou qual trabalho depende da flexibilidade que apresenta ao Espírito. (P. 111) 

58. O conhecimento do ofício e os meios materiais de execução não constituem o talento, mas é evidente que em um médium assim encontre o Espírito menos dificuldade mecânica a vencer. (PP. 111 e 112) 

Revista espírita de 1859 – Parte 4

79. O Espiritismo está baseado na existência de um mundo invisível, formado de seres incorpóreos e que não são outra coisa senão as almas dos que viveram na Terra e em outros globos. Assim, pois, o Espiritismo pertence à Natureza e seu verdadeiro caráter é o de uma ciência. (P. 148) 

80. O Espiritismo não nega a Deus, a alma, o livre-arbítrio, as penas e recompensas futuras. Longe disso, ele prova, não pelo raciocínio, mas pelos fatos, essas bases fundamentais da religião, cujo inimigo mais perigoso é o materialismo. (P. 150) 

81. Don Fernando Guerrero, escrevendo de Lima (Peru), conta que um dia resolveu relatar algumas passagens d' O Livro dos Espíritos a uma tribo de aborígines que habitam a encosta oriental dos Andes: os indígenas compreenderam perfeitamente o que lhes foi lido e fizeram até observações muito judiciosas sobre o conteúdo da obra. A ideia de reviver na Terra lhes pareceu, por exemplo, absolutamente natural. (P. 151) 

82. Kardec diz que somos, malgrado nosso, os agentes da vontade dos Espíritos para aquilo que se passa no mundo, tanto no interesse geral, quanto no individual. (P. 153) 

83. Há pessoas que não temem a morte, mas têm medo do escuro; não receiam os ladrões, mas não vão sozinhas, à noite, ao cemitério. É que os Espíritos estão junto delas e seu contato produz-lhes uma impressão que resulta num medo inexplicável. (P. 153) 

Revista espírita de 1859 – Parte 5

101. No discurso de encerramento do ano social (em junho de 1859), Kardec disse que o número dos membros titulares da Sociedade Espírita de Paris triplicara em alguns meses e possuía ela numerosos correspondentes em dois continentes. (P. 188) 

102. Kardec lembrou na ocasião esta lição de São Luís: "Zombaram das mesas girantes, mas não zombarão jamais da filosofia, da sabedoria, da caridade que brilham nas comunicações sérias". (P. 190) 

103. Aquele que realmente quer saber – diz Kardec – deve submeter-se às condições da coisa em si, e não querer que esta se submeta às suas condições. Por isto a Sociedade não se presta a experimentações que não dariam resultado, pois sabe, por experiência, que o Espiritismo, como qualquer outra ciência, não se aprende de um jato e em poucas horas. (PP. 191 e 192) 

104. Não perdemos tempo – diz o codificador – em reproduzir os fatos que já conhecemos, do mesmo modo que um físico não se diverte em repetir as experiências que nada de novo lhe ensinam. Dirigimos nossa investigação a tudo quanto possa esclarecer a nossa marcha, preferindo as comunicações inteligentes, fonte da filosofia espírita e cujo campo ilimitado é muito mais vasto que o das manifestações puramente materiais. (P. 192) 

Revista espírita de 1859 – Parte 6

124. A Revue transcreve da Patrie de 5-6-1859 um relato concernente ao rei Bernadotte que, tocado pelas palavras de uma aparição, se submeteu ao Conselho de Estado numa questão relativa à Noruega. A aparição lhe anunciara a morte de seu filho Oscar, caso ele combatesse contra a Noruega. (P. 215) 

125. Anunciado no número de julho de 1859 o lançamento do livro "Que é o Espiritismo?", de Kardec, que o codificador entende possa servir como uma primeira iniciação ao estudo da doutrina espírita. (P. 217) 

126. A teoria das aparições se explica por uma comparação familiar, qual a do vapor que, sendo rarefeito, é completamente invisível. No primeiro grau de condensação, torna-se nebuloso; condensado mais, passa ao estado líquido e depois ao sólido. (PP. 220 e 353) 

127. Algo de semelhante se opera, pela vontade do Espírito, na substância do perispírito; mas não se infira disso que há nele uma condensação: opera-se na sua contextura uma modificação molecular. (PP. 220 e 221) 

128. Os objetos usados pelos Espíritos, como as vestimentas, joias, tabaqueira etc., são transformações da matéria eterizada. (P. 224) 

Revista espírita de 1859 – Parte 7

148. Outro sinal da presença dos maus Espíritos é a obsessão: os bons Espíritos jamais obsidiam; os maus se impõem em todos os momentos. (P. 258)

149. Passando as comunicações espíritas pelo controle das considerações precedentes, reconheceremos facilmente a sua origem e pode-remos destruir a malícia dos Espíritos enganadores, que só se dirigem àqueles que se deixam enganar. (P. 258) 

150. Acrescente-se a tudo isso que a prece é poderoso auxílio: por ela atraímos a assistência de Deus e dos bons Espíritos, aumentando a nossa própria força. "Ajuda-te e o céu te ajudará", disse Jesus. (P. 259) 

151. Um correspondente de Boulogne envia uma comunicação de Voltaire extraída de uma obra do juiz Edmonds, publicada nos Estados Unidos. Na comunicação, Voltaire conversa com Wolsey, célebre cardeal inglês do tempo de Henrique VIII. Dois médiuns serviram para o diálogo. (P. 262) 

152. Confirmando que, por ignorância, atacara a religião cristã, Voltaire lamenta não ter conhecido em sua época o Espiritismo e o muito que poderia então ter feito. (P. 263)

Revista espírita de 1859 – Parte 8

170. Concluindo essa notícia, Kardec diz que a classe médica está dividida relativamente ao magnetismo e à homeopatia, ao tratamento do cólera, à frenologia, bem como sobre uma porção de outras coisas. (P. 290)

171. Se o magnetismo fosse uma utopia – afirma Kardec –, há muito dele não mais cogitariam, enquanto que, como o seu irmão, o Espiritismo, lança raízes por todos os lados. (P. 290)

172. O Sr. Brasseur, escrevendo no "Jornal dos Salões", diz que Kardec errou ao não admitir a existência dos médiuns inertes, como as caixas, as pranchetas, os cartões. (P. 291)

173. Kardec refutou as ideias do Sr. Brasseur, esclarecendo que as caixas, as pranchetas e os cartões são apenas apêndices da mão, e que a faculdade mediúnica reside na pessoa, não no objeto. (P. 292)

174. Se ao Espírito bastasse dispor de um instrumento qualquer – diz Kardec – veríamos cestas e pranchetas escrevendo sozinhas, o que jamais aconteceu, porque é preciso um indivíduo como médium. (P. 292)

175. O médium pode ser mecânico ou intuitivo. No médium mecânico, o Espírito age sobre a mão, que recebe o impulso inteiramente involuntário e desempenha o papel daquilo que o Sr. Brasseur chama médium inerte. (P. 293)

Revista espírita de 1859 – Parte 9

193. Pauline Roland escreve sobre os convulsionários de Saint-Médard e sobre as curas ali obtidas, atribuí-das erradamente ao Espírito do padre François Pâris, até que as autoridades fechassem o cemitério em janeiro de 1732. Evocado, o padre Pâris explica que nada teve a ver com as curas e que os fenômenos cessaram porque Deus quis que terminassem, visto que haviam degenerado em abuso e escândalo. O meio foi a ordem da autoridade. (P. 348)

194. Em resposta ao crítico Oscar Comettant, Kardec diz que os Espíritos têm um corpo, um envoltório invisível, e é por esse intermediário semimaterial que agem sobre a matéria. (P. 352)

195. Kardec diz que se a crença em Deus se arraigasse no coração de todos, nada deveriam temer uns dos outros. Foi por isto que determinado sacerdote disse, a respeito da Doutrina Espírita: "O Espiritismo conduz à crença em alguma coisa. Ora, eu prefiro aqueles que acreditam em alguma coisa aos que em nada acreditam, pois estes não creem nem mesmo na necessidade do bem". (P. 355)

196. O Espiritismo – ajunta Kardec – é a destruição do materialismo. É a prova patente e irrecusável daquilo que certas pessoas chamam futilidades, a saber: Deus, a alma, a vida futura feliz ou infeliz. (PP. 355 e 356)

Revista espírita de 1859 – Parte 10

215. O Espírito de Carlos IX, ex-rei da França e filho de Catarina de Médicis, pede que sejamos mansos e pacientes com aqueles a quem ensinarmos. Carlos informa ter reencarnado como escravo na América e diz que sua mãe, após sofrer bastante, se encontrava noutro planeta. (P. 388) 

216. O Espírito de Rembrand, criticando os sábios que pensam serem os únicos a possuir todos os segredos da Criação, mas não sabem nem de onde vêm, nem para onde irão, diz que não há na Bíblia uma única página em que não se encontrem traços de relação entre os mundos visível e invisível. (P. 389) 

217. O homem de coração reto não tem a cabeça emproada, diz um Espírito, que adverte: Há apenas um caminho que a Deus conduz – a fé e o amor aos nossos semelhantes. (P. 390) 

218. O Sr. V..., excelente médium que se distingue pela pureza de suas relações com o mundo espírita, estava sendo atormentado por um Espírito que resolveu residir no seu quarto. Antigo carreteiro, esse Espírito pertencia à mais baixa classe. Consultado por Kardec, um Espírito superior diz que há dois meios de o rapaz desembaraçar-se do perseguidor: o meio espiritual, pedindo a Deus, e o meio material, mudando de casa. (P. 392) 

219. O fato demonstra que existem realmente lugares assombrados por certos Espíritos que se ligam a determinados locais. (P. 392) 

A

Abnegar  [do latim abnegare]. 1. Ato de renunciar aos próprios interesses. 2. Abster-se, sacrificar-se.

Abóbada celeste - Denominação metafórica de céu, em vista da forma com que se apresenta sobre as nossas cabeças.

Abstração [do latim abstractione] - Estado em que a pessoa se encontra alheia da realidade circundante; estado de profunda meditação.

Acaso [do latim a + casu] - 1. Acontecimento imprevisível quanto às causas determinantes. 2. Para o Espiritismo, o acaso inexiste, em aplicação do axioma de que não há efeito sem causa.

Acendrar [do latim cinerare] – Apurar; purificar; acrisolar.

Acervo [do latim acervu] - 1. Em linguagem jurídica, é o conjunto dos bens que constituem a massa hereditária. 2. Acumulação, conjunto.

Acionado [do latim actionare] – Colocar em movimento, pôr em ação.

Adâmico [do latim Adam] - 1. Referente a Adão, próprio de Adão. 2. Primitivo.

B

Banir [do latim bannire] – Expulsar; excluir; afastar; degredar.

Barbárie [do latim barbarie] - Estado ou condição de bárbaro; crueldade; selvajaria.

Basilar [do francês basilaire] – 1. O que tem origem ou está situado na base. 2. Básico, essencial, fundamental.

Bem [do latim bene]- 1. Qualidade atribuída a ações e obras humanas, conferindo-lhes um caráter moral. 2. Tudo que auxilia o progresso do homem do ponto de vista moral. 3. Favor, benefício.

Benevolência [do latim benevolentia] – 1. Qualidade de benevolente. 2. Boa vontade para com alguém. 3. Estima, afeto.

Benevolente [do latim benevolente] – 1. O que faz o bem; bondoso; benfeitor. 2. Indulgente, complacente.

Benignidade [do latim benignitate] – Qualidade de benigno: Clemência; bondade.

C

Caducidade [do latim caducu + -idade] – 1. Qualidade ou estado de caduco. 2. Velhice prematura; decrepitude; decadência.

Caduco [do latim caducu] - 1. Aquele que cai ou que está prestes a cair. 2. Que perdeu as forças ou a capacidade mental; decrépito; velho; fraco; senil.

Câmara [do latim vulgar camara] – 1. Compartimento de uma casa, em especial o quarto de dormir. 2. Assembléia legislativa que pode ser de âmbito municipal, estadual ou federal. 3. O local onde se reúne tal assembléia. 4. Divisão de um tribunal para julgamento de questões de certa natureza. 5. Recinto de uma casa espírita dedicada ao tratamento fluidoterápico, através do passe – câmara de passe.

Candeia [do latim candela] – 1. Pequeno aparelho de iluminação, normalmente suspenso por um prego, abastecido com óleo, usado preferencialmente em residências pobres. 2. Vela de cera.

Cânon [do grego kánon= regra, do latim canon] - 1. Regra geral de onde se infere regras especiais. 2. Relação, catálogo, tabela. 3. Padrão, modelo, norma. 4. Lista autêntica dos livros considerados como inspirados por israelitas, católicos e protestantes, sendo o oposto de apócrifo.

D

Debilitar [do latim debilitare] - 1. Ato ou efeito de tornar fraco; tornar débil. 2. Tirar as forças a; abater.

Decrépito [do latim decrepitu] – 1. Coisa muito usada e em ruída. 2. Aquele que está muito velho; fraco; arruinado.

Decrepitude [do latim decrepitu + -de] – Estado ou condição de decrépito; caducidade; velhice extrema.

Dedução [do latim deductione] - 1. O que resulta de um raciocínio; conseqüência lógica; ilação; inferência; conclusão. 2. Processo pelo qual, com base em uma ou mais premissas, se chega a uma conclusão necessária, em virtude da correta aplicação das regras lógicas.

Deformidade [do latim deformitate] – 1. Irregularidade, anormalidade ou desproporção de forma; configuração desagradável. 2. Vício; depravação; perversão. 3. Dano estético, defeito, deformação física, aleijão.

Defumação [do latim de + fumu + -ação] – 1. Ato ou efeito de defumar. 2. Queimar ervas e raízes aromáticas, com a crença de que pode afastar malefício de alguém ou de uma casa, atraindo boa sorte. 3. O Espiritismo, por não promover ritos e quaisquer outras exteriorizações, não usa defumação.

E

Eclesiástico [do grego ekklesiastikós, pelo latim ecclesiasticu] - 1. Pertencente ou relativo à igreja tradicional. 2. Membro da organização sociológica da igreja: sacerdote, clérigo, padre. 3. No movimento espírita, tal termo é inaplicável, pois que a sua organização não obedece a qualquer hierarquia sacerdotal.

Eclodir [do francês éclodir] - 1. Vir à luz; aparecer; surgir. 2. Desabrochar; nascer; rebentar; emergir.

Ecologia [do grego oikos + log(o) + -ia] - Estudo das relações entre os seres vivos e o meio ambiente em que vivem, assim como as suas influências recíprocas.

Economia [do latim oeconomia] - 1. Arte ou ciência de bem administrar uma casa ou um estabelecimento público ou privado. 2. Poupança, moderação ou contenção nos gastos. 3. Ciência que trata da produção, distribuição, acumulação e consumo de bens materiais.

Ectoplasma [do grego e do latim, respectivamente: ektós + plasma]- 1. Biologia: parte periférica do citoplasma. 2. Parapsicologia: termo criado por Charles Richet para designar a substância visível que emana do corpo de certos médiuns. 3. Para a ciência espírita, designa a substância viscosa, esbranquiçada, quase transparente, com reflexos leitosos, evanescente sob a luz, e que tem propriedades químicas semelhantes às do corpo físico do médium, donde provém. É considerada a base dos efeitos mediúnicos chamados físicos, como a materialização, pois através dela os Espíritos podem atuar sobre a matéria.

F

Fábula [do latim fabula ou fabella,] - 1. Estória de caráter popular ou artístico. 2. Narração breve de cunho imaginário e alegórico, em que tradicionalmente animais protagonizam lições de vida.

Factual [do latim factu + -al] – 1. Relativo a, ou que se fundamenta em fatos. 2. Estudo de fatos. (Variante: fatual).

Faculdade [do latim facultate] - 1. Capacidade ou poder de fazer alguma coisa. 2. Aptidão inata; disposição, tendência, talento, dom. 3. Liberdade de ação, consentimento, licença, permissão. 3. Direito, privilégio. 4. Escola de nível superior.

Falange [do grego phálagx, pelo latim phalange] - Conjunto de Espíritos sob a mesma direção e com idênticos objetivos.

Falso [do latim falsu] - 1. Contrário à realidade. 2. Fictício, enganoso, infundado, inexato.

Fanático [do latim fanaticu] - 1. Aquele que se julga iluminado, inspirado por uma divindade. 2. Intolerante ideológico ou religioso.

G

Galhofa [do espanhol gallofa] – Gracejo, risada, brincadeira, zombaria.

Galhofeiro [do espanhol gallofa + -eiro] – Dado à galhofa; gracejador, brincalhão, zombeteiro.

Gazofilácio [do latim gazophilaciu] – Lugar no templo dos judeus, onde se guardavam os vasos e recolhiam as oferendas.

Gênese [do grego génesis, pelo latim genese] – Formação dos seres, desde sua origem; geração; criação. 2. Constituição, formação.

Gênio [do latim genius, formado do grego géinô] - 1. Homem capaz de criar ou de inventar coisas extraordinárias. 2. Na linguagem espírita, é sinônimo de Espírito. Diz-se indiferentemente: Espírito familiar e gênio familiar, bom ou mau Espírito, bom ou mau gênio.

Geocentrismo [do grego gê (o) + kentrón + -ismo] - Sistema elaborado por Ptolomeu, que apresentava a Terra como o centro do Universo.

Germe [do latim germen] - 1Estado primitivo e rudimentar de um novo ser; embrião. 2. Causa; origem; princípio.

H

Habitabilidade [do latim habitabile] - Qualidade do que é habitável, próprio para habitação.

Halo [do grego halós, pelo latim halos] - Círculo energético brilhante e/ou colorido; auréola; coroa luminosa.

Harmonia [do latim harmonia] – 1. Disposição regular, justa e equilibrada entre as partes de um todo. 2. Concordância de sentimentos entre pessoas; paz; amizade. 3. Ordem; proporção; coerência; conformidade; simetria.

Haurir [do latim haurire] – 1. Tirar para fora de lugar profundo. 2. Esvaziar; esgotar, consumir. 3. Aspirar, beber, sorver.

Hebreu [do grego hebraîos, pelo latim hebraeu] - 1. Indivíduos de raça hebraica. 2. Nome primitivo do povo semita, do qual descendem os judeus da atualidade. 3. Língua oficial de Israel – Hebraico.

I

Ideal [do latim ideale] - 1. Que existe apenas na idéia. 2. Síntese da aspiração de perfeição concebida pelo homem; aquilo a que se quer chegar. 3. Para o Espiritismo, representa a meta de perfeição relativa que o Espírito pode chegar, depurando-se das suas imperfeições através da conquista da sabedoria e da sublimação dos sentimentos.

Idealismo [do latim ideale + -ismo] - Nome genérico dos diversos sistemas filosóficos que reduzem todos os fenômenos e todas as coisas a simples representação das idéias.

Idéia fixa – O mesmo que Monoideísmo e Obsessão.

Identidade [do latim escolástico identitate] - Conjunto de elementos próprios e exclusivos que permite saber quem é ou reconhecer uma pessoa.

Ideoplastia [do grego idéa + plásso ou plátto + -ia] - 1. Modelagem da matéria pelo pensamento. 2. A materialização do pensamento, criando formas que pode ter grande durabilidade.