MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
346. Que faz o Espírito, se
o corpo que ele escolheu morre antes de se verificar o nascimento?
“Escolhe
outro.”
a) - Qual a utilidade dessas
mortes prematuras?
“Dão-lhes
causa, as mais das vezes, as imperfeições da matéria.”
Nova escolha
Pode acontecer que o corpo
destinado a um Espírito morra antes que nasça. O viajor não tem certeza
absoluta de que passará pelas vias do nascimento sem que nada aconteça ao seu
veículo carnal. A viagem de ida e volta se encontra cheia de obstáculos
imprescindíveis.
Eis porque Jesus já dizia
para vigiarmos e orarmos.
Se o corpo escolhido não
resiste à formação, o Espírito escolhe outro, dentro das diretrizes que lhe
compete seguir, para ganhar experiências correspondentes ao seu interesse de
evoluir. Isso depende muito de qual a alma que vai tomar o corpo, se é um grande
missionário da verdade, tem muitos benfeitores espirituais, além dele próprio,
que planificam sua volta à Terra e assistem a todos os pormenores da sua vinda,
como foi o caso de Francisco de Assis. Mas, um Espírito comum tem poucos
direitos no tocante ao nascimento, e podem acontecer muitos acidentes na sua
formação, por lhe faltar merecimento, fruto das conquistas espirituais.
No caso do corpo não
suportar a vibração da alma destinada a reencarnar, o corpo apresentará certas
deficiências, que a medicina oficial chama de defeitos congênitos. A soma dos
acontecimentos é lição que o Espíritos recolhe como sendo provas por onde
passa.
Para tudo existem respostas,
mas, nem todas as respostas correspondem a tudo. No fundo de todos os
acontecimentos existem lições valiosas para a alma em caminho. Nós, no mundo
espiritual, que já nascemos para Cristo pelos caminhos da verdade, concitamos a
todos os companheiros da Terra para um preparo espiritual. Que se acheguem aos
grupos que militam em procure da verdade e busquem um entendimento maior, no
sentido de não perder tempo, porque é nessa busca que as almas sabem escolher
os corpos, vestes essas que lhes dão oportunidades maiores de subir para Deus.
Quem trabalha é digno de seu
salário, e o salário da caridade é o amor. Quando pensarmos em alguma coisa,
vejamos se os pensamentos estão à altura de ajudar os que nos rodeiam; quando
falarmos, verifiquemos a nossa fala, e vejamos se ela tem o poder de ajudar aos
que nos ouvem. Essas oportunidades são sementes que passamos a semear. Somos
responsáveis por aquilo que sai de nós. Se trabalharmos no preparo permanentemente
e, todas as nossas escolhas, na Terra e no mundo espiritual, serão bem
orientadas e assistidas na pauta do amor e da verdade.
Quem sabe escolher o bom, já
se encontra vivendo o bem. Não podemos dar ambiente para a acídia, porque ela
pode se transformar em calamidade para os nossos caminhos, na jornada a
percorrer. Procuremos transformar tudo em alegria cristã, para que essa alegria
se transmute em amor e o amor passe a iluminar os nossos corações em Cristo.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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