Passista

Pondera-se, por vezes, que a aplicação de passes exige que o homem possua determinadas qualidades inatas, chegando-se mesmo a confundi-las com a mediunidade curativa ou com o conhecimento de certas e determinadas "orações secretas".

Assim, nem todos poderiam ministrá-lo.

Essas afirmações trazem uma verdade e um engano ao mesmo tempo.

O engano está na restrição que se queira criar, selecionando aqueles que não possuam dons especiais para ser passistas. Na realidade, qualquer pessoa pode aplicá-lo, e o aplica mesmo inconscientemente, já que os Mentores Divinos, na sua tarefa de amparo, nem sempre podem aguardar a perfeição do intermediário que se lhes oferece para só então exercer sua bênção regenerativa.

E a verdade está em que o conhecimento do mecanismo do passe e o aprimoramento moral e espiritual do homem facultam mais eficácia nos seus efeitos, criando condições básicas no paciente.

Num sentido geral, ninguém recebe uma graça ou um acréscimo especial da misericórdia divina para ser, aqui na Terra, um passista comum. E no mesmo sentido, ninguém, para essa atividade normal, traz missão especialíssima.

Por isso é que, mesmo sem nunca tê-lo praticado, qualquer um de nós, que replete o coração de confiança nos Planos Celestes e sustente pensamentos de amor e humildade, pode ensaiar as primeiras experiências de transmitir essa maravilhosa força de saúde e harmonia em favor de nossos semelhantes. E o fato de não nos julgarmos dignos ou possuidores de suficientes conhecimentos não os exime de submeter os nossos semelhantes à ação de nossos pensamentos. E esse envolvimento natural é uma das fases embrionárias em que desenvolvemos nossa vontade e que nos conduzirá, um dia, à condição de passistas espontâneos e generosos, tão logo nos empreguemos na conquista do bem.

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