PREFÁCIO
Prezado Leitor,
É possível consideres
chocante o título deste livro, escrito com a finalidade de satisfazer às
solicitações de numerosos amigos.
Não temos, porém, aqui
quaisquer indicações para a conquista do dinheiro fácil, nem mapa capaz de
localizar determinada maneira de fortuna.
Existem livros e livros,
orientando os serviços diversos, indispensáveis à administração da moeda que
surge, em todas as regiões do mundo, por símbolo do poder aquisitivo, entretanto,
o nosso volume despretensioso se refere unicamente à aplicação dos recursos financeiros,
no câmbio do amor ao próximo.
Pedimos vênia para
reportar-nos ao dinheiro que se faz dínamo do trabalho e da beneficência.
Não desconhecemos que na
base do dinheiro é que se fazem os aviões e os arranha-céus, no entanto, é
igualmente com ele que se consegue o lençol para o doente desamparado ou a
xícara de leite para a criança desvalida.
Para quantos procurem
compreender o assunto em foco, trocando a moeda pelo pão destinado a socorrer
as vítimas da penúria ou permutando-a pelo frasco de remédio para aliviar o
enfermo estirado nos catres de ninguém, reconhecerão todos eles que o dinheiro também
é de Deus. EMMANUEL
Uberaba, 15 de janeiro de
1986.
1 - Dinheiro
O dinheiro não compra o Céu,
mas pode gerar a simpatia na Terra, quando utilizado nas tarefas do Bem.
Não paga a boa vontade, entretanto, semeia o benefício e o contentamento de viver, se nossa alma permanece voltada para a Divina Inspiração.
Não tem valor para o câmbio,
depois da morte, contudo, é sustentáculo do progresso geral, se nosso espírito
está centralizado nos objetivos de elevação.
Não é fator absoluto de
alegria ou de felicidade, mas pode ser o remédio ao doente, a gota de leite à
criancinha desamparada, o teto ao velhinho relegado ao frio da noite, o socorro
silencioso ao peregrino sem lar.
Não é gerador de luz,
entretanto, pode estender a fonte de ideias de consolação e de amor, em que
muitas almas sequiosas de paz se dessedentam.
Não é a base da harmonia,
mas, em muitas ocasiões, consegue devolver a tranquilidade a corações paternos
desalentados e a ninhos domésticos infelizes, toda vez que os nossos
sentimentos se inclinam parara a verdadeira solidariedade.
Não permitas que o dinheiro
te tome o coração, usando-te a vida, qual despótico senhor e sim conduzamo-lo,
através da utilidade, do entendimento e da cooperação, sob os imperativos da
lei de fraternidade que nos reúne.
Não nos esqueçamos de que
Jesus abençoou o vintém da viúva, no tesouro público do Templo e, empregando o
dinheiro para o bem, convertamo-lo em colaborador do Céu em todas as situações
e dificuldades da Terra.
2 - ESTUDANDO O DINHEIRO
Não é a autoridade que
solapa a elevação da alma . É o abuso do poder Não é a inteligência que destila
o veneno intelectual. É a maldade com que a mobilizamos.
Não é o tesouro verbalístico
que abre feridas naqueles que nos ouvem. É o modo com que arremessamos o
estilete da palavra.
Não é a beleza da forma que
gera o fel do desencanto. É a vaidade com que malbaratamos no desequilíbrio.
Assim também não é o
dinheiro que nos condena aos processos da angústia. É a nossa maneira de
empregá-lo, quando nos esquecemos de facilitar a corrente do progresso, através
da ação diligente na fraternidade e do devotamento ao bem, com que nos cabe colaborar
no engrandecimento do trabalho e da vida.
O ouro com Jesus é bálsamo
na úlcera do enfermo, é gota de leite à criança desvalida, é remédio ao doente,
é agasalho aos que tremem de frio, é socorro no lar sitiado pelo infortúnio, é
assistência aos braços que suplicam atividade digna, é amparo aos animais e proteção
à natureza.
O cofre forte nas garras da
sovinice é metal enferrujado, suscitando a penúria, mas um vintém no serviço de
Jesus pode converter-se em promissora sementeira de paz e felicidade.
Não amaldiçoes o dinheiro,
instrumento passivo em tuas mãos. Faze-o servir contigo, sob a inspiração do
Cristo, e todas as tuas possibilidades financeiras serão valiosos talentos em
teu caminho, cooperando com teu esforço, na edificação do Reino de Deus.
3 - ESTUDANDO A RIQUEZA
Não é somente o Rico da
Parábola o grande devedor diante da vida.
A fortuna amoedada é, por
vezes, simples cárcere.
Há outros avarentos que
devemos recordar em nossa viagem para a Luz Maior.
Temos conosco, os sovinas da
inteligência, que se ocultam nas floridas trincheiras da inércia; os abastados
da saúde que desamparam os aflitos e os doentes; os privilegiados da alegria que
cerram as portas aos tristes, isolando-se no oásis de prazer; os felizes da fé
que procuram a solidão, a pretexto de se preservarem contra o pecado; os
expoentes da mocidade que menosprezam a velhice; os favorecidos da família
terrestre, que olvidam os andarilhos da penúria que vagueiam sem lar.
Todos esses ricos da
experiência comum contraem pesados débitos para com a Humanidade.
Lembremo-nos de que o
Tesouro Real da Vida está em nosso coração.
Quem não pode doar algo de
si mesmo, na boa vontade, no sorriso fraterno ou na palavra sincera de bondade
e encorajamento, debalde estenderá as mãos recheadas de ouro, porque só o amor
abre as portas da plenitude espiritual e semeia na Terra a luz da verdadeira
caridade, que extingue o mal e dissipa as trevas.
A pobreza é mera ficção.
Todos temos algo.
Todos podemos auxiliar.
Todos podemos servir.
E, consoante a palavra do
Mestre, ‘o maior na vida será sempre aquele que se fizer o devotado servidor de
todos.’
4 - OBSERVEMOS
Não te detenhas no poder
aquisitivo do ouro terrestre para fazer o bem.
Anota a riqueza dos teus
conhecimentos e não menosprezes o companheiro ainda enleado no espinheiro da
ignorância.
Considera o tesouro da fé
que te enriquece o entendimento e aprende a desculpar o irmão em dificuldade
que talvez se encontre no precipício da negação.
Medite sobre a luz que te
brilha na compreensão e não reproves o infeliz que ainda tateia nas trevas.
Analisa o patrimônio de amor
que te vivifica a existência e auxilia as vítimas do ódio que não souberam
edificar para si mesmas senão o reduto do sofrimento.
Examina tuas conquistas de
segurança pessoal e não passes de largo, à frente dos caídos em desânimo ou
desesperação.
Relaciona os valores da
saúde que te consolidam o relativo equilíbrio na Terra e não perca a serenidade
e a paciência com os enfermos que te reclamam devotamento e carinho.
Mentaliza a riqueza de tuas
horas, de tuas palavras, de teus movimentos livres.
Reflete no acervo de bênçãos
amontoadas em teus olhos que vêm, em teus ouvidos que ouvem, em teus pés que
andam e em tuas mãos que trabalham.
Quem será mais rico de
verdadeira felicidade, o homem que agoniza sobre um monte de ouro ou aquele que
pode respirar os perfumes do vale, entre a paz do trabalho e a misericórdia da
luz?
Não admitas que a caridade
seja tarefa exclusiva dos que acumularam o dinheiro do mundo. Ao invés disso,
compadece-te do irmão que se faz sovina, aferrolhando o próprio coração, entre
as duras paredes de um cofre forte.
Recordemos o Divino Doador
de Vida Imperecível.
Cristo, sem monumentalizar o
amor em obras de metal ou de pedra, com um simples berço de palha e com uma
cruz de sacrifício a lhe emoldurarem o ministério de fraternidade, espalhou a
beleza e a paz, o otimismo e a compreensão em todos os escaninhos do mundo, a
benefício de todas as gerações.
Em matéria de auxiliar,
dividamos a nossa própria alma, na prestação do serviço infatigável da boa
vontade para com todos.
E, com semelhante
investimento, estejamos convencidos de que toda a penúria do nosso passado não
nos subtrairá o tesouro de bênçãos que acumularemos, nos altos caminhos da
vida, a brilhar perenemente em nosso grande futuro.
5 - NO TEMPLO DO BEM
Elogiável se te fará a
beneficência nas atitudes, despendendo somas consideráveis, em favor dos
necessitados, mas se buscares pessoalmente os irmãos infelizes, oferecendo-lhes
o abraço de solidariedade e bom ânimo, brilhar-te-á no coração a bondade pura.
Cooperarás com expressiva
parcela amoedada na obra assistencial aos doentes e serás, com isso, o credor
de alegria e reconhecimento de muitos beneficiários na Terra, entretanto, se
além disso, te confiares ao esforço de auxiliar ao enfermo e ao desvalido, com
as próprias mãos, contarás com a ternura e com o agradecimento de outras muitas
criaturas na Vida Maior.
Serás estimado por muita
gente ao ceder as sobras de tua casa no socorro aos famintos e aos nus, no
entanto, se renunciares um tanto, à satisfação dos próprios desejos, procurando
os filhos do infortúnio, para reconforta-los, serás louvado além do mundo.
Ensinarás o bem, escalando
os galarins da popularidade, pelo verbo fácil que te fulgura na boca e serás,
em razão disso, o favorito das multidões, durante algum tempo, mas se praticares
a virtude que apregoas, sacrificando-te com sinceridade e devotamento, em auxílio
dos que te rodeiam, iluminarás o caminho terrestre e viverás em longas filas de
corações agradecidos.
Procuremos o bem,
difundindo-o, exaltando-o e destacando-o, através de todas as oportunidades ao
nosso dispor, entretanto, diligenciemos honrá-lo, com a nossa integração em
seus fundamentos e apelos.
Caridade ensinada melhora os
ouvidos.
Caridade praticada aprimora
os corações.
Dividir conscienciosamente
os bens que retemos é sustentar a respeitabilidade humana.
Renunciar, a benefício do
próximo, será sempre elevar-se.
Derramando os valores da
própria alma, Jesus legou ao mundo os tesouros da Compreensão e da Paz.
Além de espalhar as
possibilidades com que a Providência Divina nos abençoa a vida, forneçamos, no
auxílio aos outros, algo de nosso tempo, de nosso suor, de nosso carinho e de
nossos braços, na mobilização de nós mesmos, e estaremos transformando a própria
existência num poema de luz e amor que possa acrescentar amor e a luz sobre os quais
Cristo, entre os homens, vem construindo o Reino de Deus.
6 - O TALENTO DE TODOS
Na abastança ou na carência,
na direção ou na subalternidade, não menosprezes agir e servir, porque o
trabalho, nas concessões do espaço e do tempo, é o talento comum a todos, pelo
uso do qual o espírito se engrandece, no rumo das Esferas Superiores a que se
destina.
Por ele, as forças mais
simples da natureza se movimentam na senda evolutiva, escalando os degraus do
progresso para a subida aos cimos da experiência.
Com ele, o verme se agita e
fecunda o seio da terra.
Através dele, esforça-se a
semente e transforma-se na planta útil, a erigir-se em abençoada garantia do
pão.
Aproveitando-o, a abelha se
faz operária laboriosa, fabricando a excelência do mel.
Atendendo-lhe a inspiração,
o manancial se desloca e, crescendo em possibilidades sempre mais vastas,
converte-se no grande rio que apoia a civilização em torno do próprio sulco.
Tudo na paisagem que nos
cerca é a exaltação desse talento realmente divino.
É por isso que dinheiro e
saúde, cultura e inteligência, tanto quanto os números recursos que rodeiam o
homem na Terra, subordinam-se ao trabalho, a fim de se agigantarem na produção
e na multiplicação dos benefícios que lhes dizem respeito.
Não te deixes vencer pelas
considerações negativas da tristeza, da revolta, do pessimismo ou da
indisciplina, que estão sempre condicionando a ação que lhes é própria à
exigência de remuneração.
Responde ao Senhor que te
serve por intermédio do trabalho incessante da natureza com o trabalho
infatigável de teu pensamento e de teus braços, de teu cérebro e de teu coração,
para que te eleves à comunhão com o Amor Infinito.
Sem trabalho, a fé se resume
à adoração sem proveito, a esperança não passa de flor incapaz de frutescência
e a própria caridade se circunscreve a um jogo de palavras brilhantes, em torno
do qual, os nus e os famintos, os necessitados e os enfermos costumam parecer,
pronunciando maldições.
Trabalhe e vive.
Não admitas que a fortuna do
tempo, emprestada a todos pela Bondade de Deus se dissipe em tuas mãos
congelada no ideal inoperante.
Realmente, muitos desastres
nos perseguem o caminho das experiências necessárias, em forma de falhas e
fraquezas de nossas almas, à frente das Leis de Deus, mas de todos eles, o
maior de todos é a preguiça, porque a preguiça é a protetora da ignorância e da
penúria e, através da penúria e da ignorância, poderemos descer aos mais
estranhos desequilíbrios do mal.
7 - BENEFICÊNCIA E CARIDADE
A beneficência alivia a
provação.
A caridade extingue o mal.
A beneficência auxilia.
A caridade soluciona.
Distribuirás a mancheias
algo do ouro que se te derrama da bolsa, entretanto, se nesse algo não puseres
a luz de teu amor, em forma de respeito e carinho, ante as chagas do semelhante,
não terás construído nele a compreensão que o fará reconciliar-se consigo próprio.
Oferecerás de tua
inteligência preciosos recursos aos que desesperam na ignorância, mas, se
furtas à lição a benção da simpatia, não estenderás ao companheiro que o sofrimento
enceguece a claridade precisa.
Não é dádiva de tua abastança
ou o valor de tua cultura que importam no serviço de elevação e aprimoramento
da paisagem que te rodeia.
É o modo com que passas a
exprimi-los, cedendo de ti mesmo naquilo que o Senhor te emprestou para
distribuir, porquanto a atitude é o fator de fixação desse ou daquele sentimento
no vasto caminho humano.
Vale mais o exemplo vivo de
compaixão que a frase adornada de exaltação à virtude pronunciada tão-somente
com a boca e aparece com mais beleza o gesto de fraternidade que a esmola
reconfortante suscetível de ser espalhada por ti simplesmente com o esforço
mecânico do braço.
Isso, porque todos
precisamos de renovação interior para o acesso aos tesouros do espírito e,
fazendo o bem, com o impulso de nossas próprias almas, valorizaremos a palavra
com que venhamos a emiti-lo, edificando a vida em nós e junto de nós, com o próximo
e conosco, realizando sempre o melhor.
8 - DIANTE DE DEUS E DE CÉSAR
Em nosso relacionamento
habitual com César – simbolizando o governo político – não nos esqueçamos de
que o mundo é de Deus e não de César, a fim de que não sejamos parasitas na
organização social em que fomos chamados a viver.
Muitos se acreditam
plenamente exonerados de quaisquer obrigações para com o poder administrativo
da Terra, simplesmente porque, certo dia, pagaram à máquina governamental que
os dirige os impostos de estilo, exigindo-lhes em troca serviços sacrificiais
por longo tempo.
É justo não olvidar que
somos de Deus e não de César e que César não dispõe de meios para substituir
junto de nós a assistência de Deus.
Por isso mesmo, a Lei,
expressando as determinações do Alto, conta com a nossa participação constante
no bem, se nos propomos alcançar a vitória com progresso real.
Examinando o assunto nestes
termos, ouçamos a voz do Senhor que nos fala na acústica da própria consciência
e procuremos a execução de nossos deveres sem esperar que César nos visite com
exigências ou aguilhões.
O trabalho é regulamento da
vida e cultivemo-lo com diligência, utilizando os recursos de que dispomos na
consolidação do melhor para todos os que nos cercam.
Auxiliar aos outros é
recomendação do Céu e em razão disso, auxiliemos sempre, seja amparando a um
companheiro infeliz, protegendo uma fonte ameaçada pela secura ou plantando uma
árvore benfeitora que amanhã falará por nós à margem do caminho.
Todos prestaremos contas à
Divina Providência quanto aos bens que nos são temporariamente emprestados e,
sem qualquer constrangimento da autoridade humana, exercitemos a compreensão e
a bondade, a paciência e a tolerância, o otimismo e a fé, apagando os incêndios
da rebelião ou da crítica onde estiverem e estimulando, em toda parte, a
plantação de valores suscetíveis de estabelecer a harmonia e a prosperidade em torno
de nós.
Não vale dar a César algumas
moedas por ano, cobrindo-o de acusações e reprovações, todos os dias.
Doemos a Deus o que é de
Deus, oferecendo o melhor de nós mesmos, em favor dos outros e, desse modo,
César estará realmente habilitado a amparar-nos e a servir-nos, hoje e sempre,
em nome do Senhor.
9 - ESTUDANDO A FELICIDADE
Observa o que desejas e o
que fazes, a fim de que ajuízes, com segurança, sobre a felicidade que procuras.
Certifiquemo-nos de que a
alegria possui igualmente diversos níveis e de que nos compete, acima de tudo,
cultivar a devoção aos valores amplos e substanciais que possam sobreviver
conosco na Vida Maior.
No mundo, a felicidade varia
com a posição das criaturas e se buscamos o Cristo por nosso mestre é
indispensável saibamos conquistar o nosso estímulo de viver no clima do Sumo
Bem.
Há pessoas que se contentam
com o exclusivo reconforto de comer, dormir e procriar, guardando assim tão
somente a felicidade que os seres mais simples cultuam nas linhas inferiores da
natureza.
Vemos espíritos atilados no
cálculo que apenas se comprazem, amontoando ouro ou utilidades, com desvantagem
para os semelhantes, estabelecendo, desse modo, para si mesmos a felicidade dos
loucos.
Anotamos companheiros da
Humanidade que somente se rejubilam com a exibição de títulos suntuários, na
ordem social ou econômica, cristalizando-se na vaidade ou no orgulho que lhes
facilitam a espetacular descida para a morte, forjando, dessa maneira, em
prejuízo deles próprios, a felicidade dos tolos.
Identificamos irmãos que
apenas se honram na crueldade, sorrindo com o alheio infortúnio e alardeando
compaixão que não sentem, construindo para si mesmos a felicidade dos que se
instalam no purgatório da própria consciência.
A felicidade cristã, no
entanto, é diferente. Nasce da alegria que venhamos a semear para os outros,
desenvolve-se no bem infatigável, frondeja no espírito de serviço, floresce na esperança
e frutifica no sacrifício daquele que se oferece para a materialização da felicidade
geral.
Não te demores no prazer que
hoje te suscita gargalhadas para cerrar-se amanhã em amargosa penitência.
Procuremos a felicidade de
Jesus, que ainda não está completamente neste mundo, para que este mundo se
levante para a felicidade perfeita.
Para isso, não desdenhes a
tua cruz, porque somente através do desempenho de nossas obrigações na prática
do bem é que encontraremos a nossa verdadeira vitória.
10 - PENÚRIA E RIQUEZA
Penúria e riqueza, na
essência, não constam dos elementos que possuímos, mas do sentimento que nos
possui.
A grandeza das concessões de
Deus pontilha a rota do homem desde a hora primeira em que se lhe estrutura o
berço no campo humano.
Tudo se conta, em derredor
de seus passos, pelo diapasão da previdência constante.
Ante a melodia silenciosa da
renúncia materna, todas as circunstâncias se conjugam favoráveis à criatura
para que se desenvolva e ocupe o lugar que a Misericórdia Divina lhe marcou.
O lar e o sol, a escola e o
conhecimento, o trabalho e a amizade enriquecem-lhe todos os marcos, em demanda
à tarefa que lhe compete cumprir.
Entretanto, muitas vezes,
pela vocação da sovinice impenitente, recolhe o ouro do mundo para erigir com
ele o túmulo suntuoso em que se lhe sepulta a esperança e recebe a benção do
amor para transforma-la na algema que o encarcera, por vezes, no purgatório do
sofrimento.
Reter para si somente os
bens que a vida espalha é gerar os males reais que nos sitiam a senda e
valer-se dos males aparentes da jornada terrestre convertendo-os em valores de entendimento
e de aprendizado é criar em si próprio o bem justo que se fará o bem de todos.
Não nos fixemos na
reprovação contra os irmãos aprisionados nos enganos da fortuna passageira e
sim auxiliemo-los, sem exigência, a compreender a importância do dinheiro e do
tempo para a execução das boas obras.
Eleva a própria alma ao
trabalho constante suscetível de gerar os patrimônios mais elevados da vida e
estudando e aprendendo, auxiliando e amando, na abastança ou na carência de
recursos materiais, terás o coração a fulgir no caminho, por brilhar em ti mesmo
qual estrela da bênção.
11 - SEJAMOS RICOS EM JESUS
Quem julga pelas aparências,
quase sempre esbarra na areia móvel das transformações repentinas a lhe
solaparem o edifício das errôneas conclusões.
Existem criaturas altamente
tituladas nas convenções do mundo, que trazem consigo uma fonte viva de
humildade no coração, enquanto que há mendigos, de rosto desfigurado, que
carreiam no íntimo a névoa espessa do orgulho a empanar-lhes o entendimento.
Há ricos que são
maravilhosamente pobres de avareza e encontramos pobres lamentavelmente ricos
de sovinice.
Somos defrontados, em toda a
parte, por grandes almas que se fazem humildes, a serviço do Senhor, na pessoa
do próximo e, frequentemente, surpreendemos espíritos rasteiros envergando
túnicas de vaidade e dominação.
Jesus, louvando os ‘pobres
de espírito’, não tecia encômios à ignorância, à incultura, à insipiência ou à
nulidade, e sim exaltava os corações simples que descobrem na vida, em qualquer
ângulo da existência, um tesouro de bênçãos, com o qual é possível o enriquecimento
efetivo da alma para as alegrias da elevação.
“Pobres de espírito”, na plataforma evangélica,
significa tão-somente “pobres de fatuidade, de pretensos destaques
intelectuais, de supostos cabedais da inteligência”. É necessário nos
acautelemos contra a interpretação exagerada do texto, em suas expressões
literais, para penetrarmos o verdadeiro sentido da lição.
A pobreza e a pequenez não
existem na obra divina.
Constituem apenas posições
transitórias criadas por nós mesmos, na jornada evolutiva em que aprenderemos,
pouco a pouco, sob o patrocínio da luta e da experiência, que tudo é grande no
Universo de Deus.
Todos os seres, todas as
tarefas e todas as cousas são peças preciosas na estruturação da vida.
Onde estiveres faze-te
espontâneo para recolher a luz da compreensão.
Alijemos os farrapos
dourados da ilusão, que nos obscurecem a alma, estabelecendo a necessária
receptividade no coração, e entenderemos que todos somos infinitamente ricos de
oportunidades de trabalhar e servir, de aprender e aperfeiçoar,
infatigavelmente.
O ouro será, muitas vezes,
difícil provação e os cimos sociais na Terra, quase sempre, são amargos
purgatórios para a alma sensível, tanto quanto a carência de recursos materiais
é bendita escola de sofrimento, mas a simplicidade e o amor fraterno,
brilhando, por dentro de nosso espírito, em qualquer situação no caminho da
vida, são invariavelmente o nosso manancial de alegrias sem fim.
12 - ENTENDIMENTO
Não olvides que a obra do
entendimento, no edifício da tranquilidade comum, é assim qual alicerce nos
fundamentos do instituto doméstico, a erguer-se, acolhedor.
Efetivamente, não dispões de
arcas repletas com que atender à exigência de todos os famintos da estrada, mas
podes suportar com carinho o parente menos feliz que se socorre habitualmente
em tua casa.
Em verdade, não conseguirás
remédio bastante para todos os doentes da região em que te situas, entretanto,
não te faltam possibilidades de tolerar o vizinho enfermo que, muitas vezes, te
incomoda entre a obsessão e a necessidade.
Indiscutivelmente não deténs
recursos para convencer aos amigos, enrijecidos na indiferença, quanto à
realidade da justiça divina e da sobrevivência da alma, no entanto, podes com
teu exemplo silencioso de bondade e renúncia, em favor deles, insuflar-lhes pensamentos
de solidariedade e compreensão, preparando-lhes a futura sementeira de fé.
Decerto, não contas com
facilidades e privilégios para remover os obstáculos à ordem pública, nem guardas
contigo o poder de evitar as calamidades do quadro social em que o Senhor te
conserva a existência, no entanto, podes auxiliar a teu filho ou a teu pai, a
teu irmão ou a teu companheiro com a palavra generosa, com o sorriso amistoso,
com a atitude compreensiva ou com a prece oculta na extinção de males
iniciantes e imprevisíveis, porquanto não ignoramos que o incêndio, quase
sempre, começa na fagulha imperceptível.
Cultiva o entendimento,
mobilizando a ti mesmo nessa jornada de amor, e acenderás entre os homens
aquela caridade que é senda de luz para a Vida Maior.
Usa o dinheiro a teu
serviço, na beneficência que te enriqueces o caminho, e movimenta o teu verbo
inflamado de cultura, no esclarecimento das almas, todavia, não te esqueças de
que somente compreendendo aos outros para melhor servi-los, segundo os padrões do
Cristo, nosso Mestre e Senhor, é que estaremos realmente, no clima nutriente daqueles
que se consagram à construção da Humanidade Melhor.
13 - TALENTOS
A pobreza não é criação do
Todo-Misericordioso. Ela existe somente em função da ignorância do homem que,
por vezes, se arroja aos precipícios da inconformação ou da ociosidade, gerando
o desequilíbrio e a penúria.
Há talentos do Senhor
distribuídos por todas as criaturas, em toda a parte.
Observa os elementos de
trabalho que a vida te conferiu e não te esqueças de que a única fonte de
origem e de sustentação da riqueza legítima é sempre o trabalho.
O ouro é talento com que se
pode ampliar o progresso.
O apuro da inteligência é
recurso de extensão da cultura.
A escassez é o processo da
aquisição de nobres qualidades para quem aprende a servir A alegria é fonte de
estímulo.
A dor para quem se consagra
à aceitação construtiva, é capaz de se transformar em manancial de humildade.
Cada qual de nós recebe na
herança congênita do pretérito, as possibilidades de serviço que nos
caracterizam as tendências no mundo, de acordo com os méritos e necessidades que
apresentemos.
Em razão disso, é
indispensável saibamos aproveitar o tempo, qual deve o tempo ser utilizado, de
vez que os dias correm sobre os dias, até que o Senhor nos tome conta dos créditos,
que generosamente nos emprestou.
Usa a compreensão que se
desmanda no egoísmo e a provação que se perde na delinquência encontram-se,
desamparadas por si mesmas, nas veredas do mundo.
Derrama o tesouro de amor
que o Pai Celestial te situou no coração, através das bênçãos de fraternidade e
simpatia, bondade e esperança para com os semelhantes e, em qualquer grupo
social no qual te vejas, serás, invariavelmente, a criatura realmente feliz, sob
as bênçãos da Terra e dos Céus.
14 - A POBREZA FELIZ
Quem se empobrece de
ambições inferiores, adquire a luz que nasce da sede de perfeição espiritual.
Quem se empobrece de
orgulho, encontra a fonte oculta da humildade vitoriosa.
Quem se empobrece de
exigências da vida física, recebe os tesouros inapreciáveis da alma.
Quem se empobrece de
aflições inúteis, em torno das posses efêmeras da Terra, surpreende a riqueza
da paz em si mesmo.
Quem se empobrece de
vaidade, amealha as bênçãos do serviço.
Quem se empobrece de
ignorância, ilumina-se com a chama da sabedoria.
Não vale amontoar ilusões
que nos enganam somente no transcurso de um dia.
Não vale sermos ricos de
mentira, no dia de hoje, para sermos indigentes da verdade, no dia de amanhã.
Ser grande, à frente dos
homens, é sempre fácil. A astúcia consegue semelhante fantasia sem qualquer
obstáculo.
Mas ser pequenino, diante
das criaturas, para servirmos realmente aos interesses do Senhor, junto da
Humanidade, é trabalho de raros.
Bem aventurada será sempre a
pobreza que sabe se enriquecer de luz para a imortalidade, porque o rico ocioso
da Terra é o indigente da Vida Mais Alta e o pobre esclarecido do mundo é o
espírito enobrecido das Esferas Superiores, que será aproveitado na extensão da
Obra de Deus.
15 - AVAREZA
O avarento dos bens
materiais é credor de reprovação, mas o avarento do amor é digno de lástima.
O primeiro se esconde num
poço dourado, o segundo mergulha-se nas sombras do coração.
O sovina da fortuna amoedada
retém pedras, metais e papéis de valor convencional, que a vida substitui na
provisão de recursos à comunidade, mas o sovina da alma retém a fonte da
felicidade e da paz, da esperança e do bom ânimo que constitui alimento indispensável
à própria vida.
O primeiro teme gastar
bagatelas e arroja-se à enfermidade e à fome.
O segundo teme difundir os
conhecimentos superiores de que se enriquece e suscita a incompreensão, ao
redor dos próprios passos.
O sovina da riqueza física
encarcera-se no egoísmo.
O sovina das bênçãos da alma
gera a estagnação onde se encontra, envolvendo-se ele mesmo em nevoeiro
perturbador.
Ainda que não possuas
dinheiro com que atender ás necessidades do próximo, não olvides o tesouro de
dons espirituais que o Senhor te situou no cerne da própria alma.
Auxilia sempre.
Mais se faz útil quem mais
se dedica aos semelhantes amparando-lhes a vida.
As casas bancárias e as
bolsas repletas podem guardar a fria correção dos números sem consciência, mas
o coração daquele que ama é sol a benefício das criaturas, convertendo a
dificuldade e a dor, a desventura e a escassez em recursos prodigiosos,
destinados à humana sustentação.
16 - O VINTÉM
O grande e luminoso templo
da vida permanece de portas descerradas.
É o mundo vasto...É a Terra
prodigiosa de bênçãos e dons, ostentando cidades que são templos do progresso,
campos que são áreas de luz, fontes que representam vasos de água viva, flores
que constituem adornos espalhados no Planeta, em que nossas almas se movimentam
nas sendas da evolução.
No orbe imenso, há quem
ofereça ao progresso e ao aperfeiçoamento da Humanidade as grandes missões da
fé religiosa, da política administrativa, da ciência e da filosofia, nos fulgores
intelectuais da cultura e da inteligência; há quem ofereça ao aprimoramento do amor
a graça do lar, o carinho afetivo, o brilho da arte e a grandeza do sentimento burilado
em obras de benemerência e ternura, que fixam novos capítulos à elevação da vida.
Não podemos, no entanto,
olvidar a excelsitude da colaboração aparentemente pequenina daqueles corações
dilacerados, aflitos e anônimos, que trazem ao bem da comunidade o singelo
concurso de que podem dispor.
É o sorriso de compreensão e
de estímulo ao companheiro desconhecido.
É a palavra oportuna que
soergue o bom ânimo de um amigo arrojado ao desalento.
É a bondade oculta que
auxilia sem exigir compensação.
É a benção do concurso
fraterno que apaga o fogo da maledicência.
É a dádiva fraterna da
amizade sem egoísmo.
É a oferta do coração que
ampara sem ruído.
Temos sempre nessas
admiráveis contribuições o precioso vintém do amor e se cada um de nós
dispensar um só de semelhantes vinténs, em cada dia da vida, estejamos convencidos
de que, dentro em breve, teremos amontoado para a nossa felicidade um tesouro
infinito na Espiritualidade Maior.
17 - ELEVAÇÃO
Não te esqueças de que há
elevação, segundo o critério das convenções humanas, e há elevação, de
conformidade com as Leis Divinas.
Muitos se arrojam à grande
altura nos domínios da posse efêmera, abusando da terra e do metal que a vida
lhes oferece, por algum tempo, e acabam caídos gritando por socorro nos
escombros das próprias ilusões.
Muitos são guindados às
eminências da popularidade desfrutando largos valores da inteligência, tão só
para o culto à vaidade que lhes é própria, e descem, à inação cerebral, vitimados,
às vezes, por inibições de longo curso.
Muitos se supõem acima dos
semelhantes na própria virtude, engodados pela sombra que lhes enceguece a
visão, desmandando-se no falso julgamento do próximo e na superestimação de si
mesmos, no entanto, caem, quase sempre, de improviso, nos braços da verdade, a
fim de reconhecerem as próprias deficiências.
Lembra-te de que todos os recursos
e situações do caminho são bênçãos de Deus, convidando-te ao trabalho por
todos, no silêncio do bem.
Ninguém se elevará para
Deus, humilhando ou perturbando, no campo infeliz da discórdia e da crueldade,
ainda mesmo que o nome do Senhor lhes marque a visitação e lhes cintile na
boca.
Cultivemos o amor e a
humildade com incessante serviço, em auxílio de todos os que nos cercam e o
Senhor levantar-nos-á o espírito para os cimos da vida, de vez que somente a Infinita
Sabedoria pode determinar a verdadeira elevação de alguém para a luz da imortalidade.
18 - ENTRE O CÉU E A TERRA
Para saber pedir com
segurança, é imprescindível saber dar.
O homem não é somente o
filho de Deus no mundo, é também o cooperador de Sua obra terrestre.
É por isso que, em toda
parte vemo-lo em regime de sociedade com a Providência Divina, no qual o
Senhor, na condição de proprietário da vida e o espírito humano na posição de usufrutuário
dela, se reúnem na concessão e no concurso, na administração e na execução,
oferecendo ao trabalho quotas expressivas de recurso e de esforço, de suprimento
e proveito.
O Todo Misericordioso
concede ao lavrador a gleba indicada à produção do alimento, mas se o homem do
campo, pretende a colheita justa retribuir-lhe-á com o próprio suor; cede ao
arquiteto o material de construção, mas a casa não se levanta sem braços que a sustentem;
confere ao homem e à mulher a alegria do templo familiar, enriquecendo-os de
esperança e de amor, entretanto, se os detentores de semelhante ventura esperam
no lar a edificação da felicidade, cabe-lhes empenhar o próprio coração ao
apoio recíproco, de modo a garantirem a benção conquistada.
Não bastará converter a
confiança em rogativas ao Céu, para que o Céu nos responda com simpatia e
favor.
É necessário consultar a
nossa própria atitude junto aos valores em mão, a fim de que não estejamos
reformando debalde os empréstimos contraídos.
Muitos esperam que o
fracasso lhes reacenda a vigilância, no entanto, se cada um de nós permanece
firme no trato de responsabilidades que a vida nos delegou, consoante as nossas
próprias necessidades, sem deserções e sem dúvidas, nossa própria tarefa será uma
oração contínua ao Céu, na permanente comunhão entre a nossa vida fragmentária e
a Vida Total, transformando todas as nossas preces de exaltação ou de súplica
em cânticos silenciosos e vivos de reconhecimento e louvor.
19 - OURO E PODER
Muita gente acredita
encontrar na riqueza e no poder sinais de privilégios, quando ouro e influência
simplesmente não passam de recursos destinados à aferição do valor que nos assinala.
Lembremo-nos de que um homem
aprisionado à sombra do cárcere é sempre alguém constrangido a mostrar virtudes
que raramente possui.
Silencia por impossibilitado
de gritar a desesperação que lhe vergasta o peito e revela quietação e
tristeza, quais se fossem humildade e compreensão, porquanto, posto a ferros, é
compelido a guardar-se em reserva compulsória.
Assim também ocorre com a
enfermidade e o pauperismo, a inibição e o desvalimento na maior parte das
circunstâncias.
Segregada, dentro deles, a
alma reencarnada não dispõe de outros meios senão o de aceitá-los como preço ao
resgate das próprias dívidas.
Entretanto, qual o
sentenciado que abandona a cadeia sob exata observação, assim é a criatura que
retém os talentos da fortuna e da autoridade, do equilíbrio e da robustez.
Não se encontram aqueles que
os desfrutam na Terra contemplados por favores especiais, mas semi-libertados
pela benção do Céu, em regime de exame, nas escolas do mundo.
Dessa forma, nos momentos de
paz, segurança e alegria, muitos de nós outros apenas respiramos, à luz de
experiências novas, nas quais demonstraremos se mais não precisamos da dor e do
infortúnio, na construção da estrada de elevação para Deus.
20 - TRABALHO E RIQUEZA
O corpo terrestre é valioso
instrumento de formação da verdadeira riqueza.
Mobiliza-o em teu próprio
favor, no fecundo campo da vida.
Tens o primoroso equipamento
do cérebro.
Aprende a produzir com ele
pensamentos que te enobreçam a estrada, conquistando o apreço e a estima dos
semelhantes, em teu próprio benefício.
Possuis tesouro dos olhos.
Movimenta-o no serviço e no
estudo, provendo o próprio espírito de mais amplos valores, no setor do
conhecimento que te aprimore.
Dispões da felicidade dos
ouvidos.
Emprega-os na aquisição de
ensinamentos edificantes que te possam clarear o futuro.
Contas com a benção da
língua.
Usa-lhe as possibilidades,
emitindo o verbo sadio e fraternal, que te assegure a confiança e a simpatia
dos outros.
Reténs contigo o patrimônio
dos braços.
Aplica-o na plantação do bem
e surpreenderás abundantes colheitas de prosperidade e alegria.
Guardas contigo o escrínio
do coração.
Estende-lhe os recursos para
recolher da vida os júbilos do amor, alicerce da ventura sonhada.
Nem sempre o corpo será uma
cruz a regeneração da alma.
Na maioria das
circunstâncias, é a ferramenta com que o espírito pode talhar os mais altos
destinos.
Não te preocupes com o
problema da abastança ou da carência de utilidades materiais, porque a riqueza
e pobreza , à frente da Lei Divina, muitas vezes, apenas significam oportunidades
de aperfeiçoamento e elevação.
Somente o trabalho sentido e
vivido é capaz de gerar a verdadeira fortuna e acrescentá-la infinitamente e,
por isso, amando a tarefa que o Senhor te confiou por mais inquietante ou singela,
vale-te do tempo para enriquecer-te hoje de luz e amor, compreensão e merecimento,
a fim de que o tempo não te encontre amanhã de coração fatigado e de mãos
vazias.
Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel. Dinheiro (e-book).
Nenhum comentário:
Postar um comentário