Mateus, o apóstolo

Ocupação: cobrador de impostos.
Principal característica: despreparado e proscrito por causa de sua corrupta profissão.
Principal evento em sua vida: abandonou a profissão financeiramente proveitosa para seguir a Jesus; convidou o Mestre e os discípulos para uma festa em sua casa; escreveu o Evangelho de Mateus.
O que Jesus disse a seu respeito: chamou-o para ser um discípulo.
Lição chave de sua vida: o cristianismo não se destina às pessoas que se consideram justas; destina-se àquelas que estão conscientes de que fracassaram e precisam de ajuda.

O Império Romano se expande cada vez mais e já chegou ao povo judeu – uma ocupação iniciada por volta de 63 antes de Cristo (a.C.).

É característico desse exército não destruir a população local conquistada, ao invés disso, eles cobram impostos. Por isso, cada judeu deve cumprir a sua obrigação de pagar os tributos devidos para os romanos.

Caminhando por Cafarnaum, Jesus viu na coletoria de impostos o cobrador Mateus, também chamado Levi. O rapaz era judeu, mas trabalhava para os romanos de maneira indireta.

A sua escolha o fazia repudiado pelo seu povo – e Jesus sabia disso. Os demais judeus abominavam aqueles que enriqueciam com impostos e estavam associados aos romanos.

Pelo cargo que Mateus possuía, muitos estudiosos concordam que ele teria sido uma pessoa instruída e alfabetizada. A maioria das pessoas na época não sabia ler e escrever.

O CHAMADO PARA LEVAR A PALAVRA DE DEUS A TODA CRIATURA

Voltando-se para o cobrador, Jesus simplesmente pediu a ele para que o seguisse. Foi o que Mateus fez.

Então, Mateus o convidou para um banquete em sua casa. Os escribas e fariseus falaram mal do Senhor Jesus, pelo fato de Ele se aproximar de um coletor de impostos. Mas Jesus respondeu dizendo: “Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.” Lucas 5.32

Depois desse acontecimento, nenhum outro momento da história de Mateus é relatado – nem mesmo em seu próprio evangelho. Por descrever em detalhes a jornada de Cristo, seu livro trás muitas passagens sobre ensinamentos transmitidos pelo Senhor Jesus às pessoas da época.

Também não se tem uma versão conclusiva sobre a morte do apóstolo. Algumas tradições cristãs dizem que ele teria morrido pelo tempo, outras que ele teria sido martirizado na Etiópia, onde pregou por muitos anos a Palavra de Deus. Além da Etiópia, Mateus passou pela Judeia e pela Pérsia.

O MINISTÉRIO DE MATEUS

O ministério de Mateus no Novo Testamento é bastante complexo de atestar. Quando ele é mencionado, é geralmente junto com Tomé. Como discípulo, ele seguiu Cristo e foi uma das testemunhas da Ressurreição e da Ascensão. Depois, Mateus, Maria, Tiago e outros seguidores próximos a Jesus se recolheram ao cenáculo em Jerusalém. Na mesma época, Tiago sucedeu a Jesus como líder da igreja de Jerusalém.


Eles permaneceram nas redondezas de Jerusalém e proclamaram que Jesus, filho presuntivo do carpinteiro José, era o Messias prometido nas profecias. Acredita-se que estes primeiros cristãos judeus eram chamados de nazarenos. É quase certo que Mateus era um deles, uma vez que tanto o Novo Testamento quanto o Talmud assim atestam.


Mateus pregou por quinze anos o Evangelho em hebraico para a comunidade judaica na Judeia. Mais tarde, ele viajaria pelas nações gentias (presumivelmente seguindo o ordenamento de Jesus em Mateus 28:16-20) e espalhou os ensinamentos de Jesus entre os etíopes, macedonianos, persas e partos. Tanto a Igreja Católica quanto a Ortodoxa sustentam a crença tradicional de que ele tenha morrido mártir na Etiópia.

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