Pedro, o apóstolo

Ocupação: pescador.
Principal característica: impulsivo; mais tarde se mostrou corajoso ao pregar a respeito de Jesus.
Principal evento em sua vida: um dos três discípulos mais íntimos de Jesus; reconheceu Jesus como sendo o Messias; negou o Cristo e se arrependeu; pregou o sermão no dia de Pentecostes; foi um dos líderes da Igreja em Jerusalém; batizou gentios; escreveu as epístolas de 1 e 2 Pedro.
O que Jesus disse a seu respeito: Jesus primeiro chamou Simão de Pedro; quando Pedro insistiu para que Jesus rejeitasse a cruz, este o chamou de Satanás, adversário. O Senhor disse qu Pedro seria um pescador de homens; que ele receberia a revelação de Deus; que o negaria.
Lição chave de sua vida: Jesus admira e respeita a honestidade das pessoas mesmo quando, aparentemente por causa dela, as pessoas a princípio o questionem.

São Pedro ou São Pedro Apóstolo, foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento e, mais especificamente, os quatro Evangelhos. A Igreja Católica considera Pedro como o primeiro bispo de Roma e, por isso, o primeiro papa. Ele é, até hoje, o detentor do mais longo pontificado da história, cerca de trinta e sete anos.

Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Aparece ainda uma variante do seu nome original, Simão Pedro, no livro dos Atos dos Apóstolos ("E, chamando, perguntaram se Simão, que tinha por sobrenome Pedro, morava ali." Atos 10:18) e na II Epístola de Pedro (II Pedro 1:1).

No Evangelho de João ("E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro)." João 1:42), Cristo muda seu nome para Kepha (Cefas em português), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.

A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mateus 16:18 (a chamada "Confissão de Pedro"), quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha. Desta forma, Cristo foi o fundador da Igreja Católica, fundada sobre Simão Pedro e sendo-lhe concedido, por este motivo, o título de "Príncipe dos Apóstolos". Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".

Existem diversas interpretações protestantes sobre o significado deste versículo. As igrejas do protestantismo histórico argumentam que a "pedra" referida seria a confissão de fé de Pedro, isto é, que Cristo é o Messias. As igrejas pentecostais e neopentencostais argumentam recentemente que a pedra é o próprio Jesus. Em ambos os casos afirma-se que na tradução da Bíblia em grego, a palavra para pedra é "petra", que significa uma "rocha grande e maciça", a palavra usada como nome para Simão, por sua vez, é "petros", que significa uma "pedra pequena" ou "pedrinha". Porém em grego, inicialmente as palavras "petros" e "petra" eram sinônimos no primeiro século e no Evangelho segundo Mateus original em aramaico, língua falada por Jesus e pelos apóstolos, a palavra para rocha ou pedra é Kepha, enquanto a palavra para pedrinha é evna, o que Jesus disse a Simão foi “tu és Kepha e sobre esta kepha construirei minha igreja.”


DADOS BIOGRÁFICOS

Mais informações: Primeiros discípulos de Jesus
Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo André. Simão e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com Tiago, João e o pai destes, Zebedeu.

Possivelmente Pedro era casado e tinha pelo menos um filho. Sua esposa era de uma família rica e moravam numa casa própria, cuja descrição é muito semelhante a uma vila romana na cidade "romana" de Cafarnaum.

Segundo o relato em Lucas 5:1-11, no episódio conhecido como "pesca milagrosa", Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão que o queria ouvir. Pedro, que estava lavando as redes com Tiago e João, seus sócios e filhos de Zebedeu, concedeu-lhe o lugar na barca, que foi afastada um pouco da margem. "E conteceu que, apertando-o a multidão, para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré; E viu estar dois barcos junto à praia do lago; e os pescadores, havendo descido deles, estavam lavando as redes. E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão. E, quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede. E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se-lhes a rede. E fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os fossem ajudar. E foram, e encheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique. E vendo isto Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador. Pois que o espanto se apoderara dele, e de todos os que com ele estavam, por causa da pesca de peixe que haviam feito. E, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens. E, levando os barcos para terra, deixaram tudo, e o seguiram."

No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira, mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam arrebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Pedro prostrou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que era um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornaria "pescador de homens".

Nos evangelhos sinóticos, o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o colégio apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista.

Outro dado interessante era a estreita amizade entre Pedro e João Evangelista, fato atestado em todos os evangelhos, como por exemplo, na última ceia, quando pergunta ao Mestre, através do discípulo amado (João), quem o haveria de trair ou quando ambos encontram o sepulcro de Cristo vazio no Domingo de Páscoa. Fato é que tal amizade perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus, como podemos constatar em Atos dos apóstolos, na cena da cura de um paralítico posto nas portas do Templo de Jerusalém.

Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana e pela Igreja Ortodoxa, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de ser milagrosamente solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e ali permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria voltado a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém. Após esta reunião, Pedro ficou em Jerusalém. Paulo, Barnabé, Judas (Barsabás) e Silas foram para Antioquia.

Depois de três anos, Paulo volta a Jerusalém para visitar Pedro e com ele fica quinze dias. Quatorze anos depois, Paulo retorna a Jerusalém e lá se encontra com Tiago, Pedro e João.

Tempos depois, por volta da metade do século I d.C, Pedro vai a Antioquia, onde ocorre uma discussão entre ele e Paulo, conhecida como o Incidente em Antioquia.

A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro haveria sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. Desde a Reforma, teólogos e historiadores protestantes afirmaram que Pedro não teria ido a Roma; esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur, da Escola de Tübingen. 


Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egito ou em Antioquia. Hoje, porém, os historiadores concordam que Pedro realmente viveu e morreu em Roma. O historiador luterano Adolf Harnack afirmou que as teses anteriores foram tendenciosas e prejudicaram o estudo sobre a vida de Pedro em Roma. Sua vida continua sendo objeto de investigação, mas o seu túmulo está localizado na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o qual foi descoberto em 1950 após anos de meticulosa investigação.

Alguns pesquisadores acreditam que, assim como Judas Iscariotes, Pedro tenha sido um zelota, grupo que teria surgido dos fariseus e constituía-se de pequenos camponeses e membros das camadas mais pobres da sociedade. Este supostamente estaria comprovado em Marcos 3:18 ("E a Judas Iscariotes, o que o entregou.") assim como em Atos 1:13 ("E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmão de Tiago." ), no entanto, o certo "Simão, o Zelote" é na realidade uma pessoa distinta dentre as nomeações descritas nas referidas citações.

O PRIMADO DE PEDRO SEGUNDO A IGREJA CATÓLICA

Toda a primeira parte do Evangelho gira em torno da identidade de Jesus. Quando perguntado, Simão foi o primeiro dos discípulos a responder essa pergunta: Jesus é o filho de Deus. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro e é conhecido como confissão de Pedro.

Encontramos o relato do evento em Mateus 16:13-19: Jesus pergunta aos seus discípulos (depois de se informar do que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou eu?".

Simão Pedro, respondendo, disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus respondeu-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim meu pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja e as portas do Hades nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado nos céus".

João 21:15-17 e Lucas 22:31 também falam a respeito do primado de Pedro dever ser exercido particularmente na ordem da fé, e que Cristo o torna chefe:

Jesus disse a Simão (Pedro): "Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?" Ele lhe respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta meus cordeiros". Segunda vez disse-lhe: "Simão filho de João, tu me amas?" - "Sim, Senhor", disse ele, "tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta minhas ovelhas". Pela terceira vez lhe disse: "Simão filho de João, tu me amas?" Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara 'Tu me amas?' e lhe disse: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta minhas ovelhas." (João 21:15-17).

“Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; Eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos.” (Lucas 22:31-32)

O APÓSTOLO PEDRO, O PRIMEIRO BISPO DE ROMA

A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67 d.C.) e, atualmente é exercida pelo Papa Francisco, eleito em 13 de março de 2013. Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho." Trata-se da Igreja de Roma. Assim também o interpretaram todos os autores desde a antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente). O termo não pode referir-se a Babilônia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilônia (Selêucia) sobre o rio Tigre, ou à Babilônia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilônia pela antiga literatura cristã.

TESTEMUNHOS HISTÓRICOS DE PEDRO EM ROMA

Os historiadores atualmente acreditam que a tradição católica esteja correta; igualmente, muitas tradições antigas corroboram a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado.

Clemente, terceiro bispo de Roma e discípulo de Pedro, por volta de (96 d.C.), em sua Epístola aos Coríntios, faz clara alusão ao martírio deste e de Paulo em Roma:
Todavia, deixando os exemplos antigos, examinemos os atletas que viveram mais próximos de nós. Tomemos os nobres exemplos de nossa geração. Foi por causa do ciúme e da inveja que as colunas mais altas e justas foram perseguidas e lutaram até a morte. 

Consideremos os bons apóstolos. Pedro, pela inveja injusta, suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar glorioso que lhe era devido. Por causa da inveja e da discórdia, Paulo mostrou o preço reservado à perseverança. Sete vezes carregando cadeias, exilado, apedrejado, tornando-se arauto no Oriente e no Ocidente, ele deu testemunho diante das autoridades, deixou o mundo e se foi para o lugar santo, tornando-se o maior modelo de perseverança.

Inácio de Antioquia, bispo, mártir e também discípulo de Pedro, em cerca de (107 d.C.., em sua Epístola aos Romanos, a qual fora dirigida à comunidade cristã lá situada, refere-se nos seguintes termos ao martírio de Pedro e Paulo em Roma:

"Não vos dou ordens como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, eu sou um condenado. Eles eram livres, e eu até agora sou um escravo".

Papias, bispo de Hierápolis, por volta de (140 d.C.), ao tratar da origem do Evangelho de Marcos, atribui o relatado a João Marcos, companheiro de Paulo e Barnabé, a partir da convivência com os que haviam estado com Jesus, em especial Pedro quando este estava em Roma:

Papias, bispo de Hierápolis, atesta a atribuição do segundo evangelho a Marcos, “intérprete” de Pedro em Roma. O livro teria sido composto em Roma, depois da morte de Pedro (prólogo antimarcionita de século II, Ireneu) ou ainda durante sua vida (segundo Clemente de Alexandria).

Quanto a Marcos, foi identificado como João Marcos, originário de Jerusalém (At 12:12), companheiro de Paulo e Barnabé (At 12:25;13:5,13;15:37-39; Cl 4:10) e, a seguir, de Pedro em “Babilônia” (isto é, provavelmente, em Roma) segundo 1Pd 5:13.

Ireneu (130 - 202), Bispo de Lião (nascido em Izmir atual Turquia) referiu:
Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos apóstolos, Pedro e Paulo "e ainda" os bem-aventurados apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado.

Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja.

Formado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:
A Igreja também dos romanos pública - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro.
Feliz Igreja, na qual os apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor.

Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na cruz.

Epifânio (315-403 d.C.), Bispo de Constância (também foi Bispo de Salamina e Metropolita do Chipre) fala da sucessão dos Bispos de Roma:
A sucessão de bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc...

OS TEXTOS ESCRITOS PELO APÓSTOLO

O Novo Testamento inclui duas epístolas cuja autoria é atribuída a Pedro: A Primeira epístola de São Pedro e a Segunda epístola de São Pedro.

Indícios arqueológicos

A partir da década de 1950, intensificaram-se as escavações no subsolo da Basílica de São Pedro, lugar tradicionalmente reconhecido como provável túmulo do apóstolo e próximo de seu martírio no muro central do Circo de Nero. Após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".

Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257 d.C.


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