Animismo (do latim animus, "alma, vida") é a
visão de mundo em que entidades não humanas (animais, plantas, objetos
inanimados ou fenômenos) possuem uma essência espiritual.
O animismo é usado na antropologia da religião como um
termo para o sistema de crenças de alguns povos tribais indígenas, especialmente antes do desenvolvimento de religiões organizadas. Apesar de
cada cultura ter suas próprias mitologias e rituais diferentes, o
"animismo" é um termo usado para descrever o segmento mais comum e
fundacional das perspectivas "espirituais" ou
"sobrenaturais" dos povos indígenas. A perspectiva animística é tão
fundamental, mundana e diária que os povos indígenas mais animistas sequer têm
uma palavra em seus idiomas que corresponda a "animismo" (ou mesmo a
"religião"); o termo é uma construção antropológica, e não uma designação
dada pelos próprios povos.
Em grande parte devido a essas discrepâncias
etnolinguísticos e culturais, existe um debate sobre se o animismo refere-se a
uma ampla crença religiosa ou a uma religião de pleno direito. A definição
atualmente aceita de animismo só foi desenvolvida no final do século XIX por
sir Edward Tylor, que criou-o como "um dos primeiros conceitos da
antropologia, se não o primeiro".
O animismo abrange a crença de que não há separação entre
o mundo espiritual e físico (ou material) e de que existem almas ou espíritos,
não só em seres humanos, mas também em alguns outros animais, plantas, rochas,
características geográficas (como montanhas ou rios) ou de outras entidades do
meio ambiente natural, como o trovão, o vento e as sombras. O animismo rejeita,
assim, o dualismo cartesiano. Exemplos de animismo podem ser encontrados em
formas de xintoísmo, serer, o hinduísmo, o budismo, a cientologia, jainismo,
paganismo, e neopaganismo. Alguns membros do mundo não tribal também se
consideram animistas (como autor Daniel Quinn, o escultor Lawson Oyekan e
muitos neopagãos).
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