O trabalho é fator indispensável ao
progresso
1. Como já vimos no capítulo anterior, o trabalho se apresenta ao homem como importante meio de elevação, porquanto sem o trabalho o homem, com certeza, permaneceria na infância primitiva.
O trabalho é fator indispensável ao
progresso
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
350. Uma vez unido ao corpo
da criança e quando já lhe não é possível voltar atrás, sucede alguma vez deplorar
o Espírito a escolha que fez?
“Perguntas
se, como homem, se queixa da vida que tem? Se desejara que outra fosse ela?
Sim. Se se arrepende da escolha que fez? Não, pois não sabe ter sido sua
escolha. Depois de encarnado, não pode o Espírito lastimar uma escolha de que
não tem consciência. Pode, entretanto, achar pesada demais a carga e considerá-la
superior às suas forças. É quando isso acontece que recorre ao suicídio.”
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
351. No intervalo que medeia
da concepção ao nascimento, goza o Espírito de todas as suas faculdades?
“Mais
ou menos, conforme o ponto, em que se ache, dessa fase, porquanto ainda não
está encarnado, mas apenas ligado. A partir do instante da concepção, começa o
Espírito tomado de perturbação, que o adverte de que lhe soou o momento de
começar nova existência corpórea. Essa perturbação cresce de contínuo até ao
nascimento, Nesse intervalo, seu estado é quase idêntico ao de um Espírito
encarnado durante o sono. À medida que a hora do nascimento se aproxima, suas ideias
se apagam, assim como a lembrança do passado, do qual deixa de ter consciência
na condição, de homem, logo que entra na vida. Essa lembrança, porém, lhe volta
pouco a pouco ao retornar ao estado de Espírito.”
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
352. Imediatamente ao nascer
recobra o Espírito a plenitude das suas faculdades?
“Não,
elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. O Espírito se acha numa
existência nova; preciso é que aprenda a servir-se dos instrumentos de que
dispõe. As ideias lhe voltam pouco a pouco, como a uma pessoa que desperta e se
vê em situação diversa da que ocupava na véspera.”
Recobrando as faculdades
O Espírito não recobra suas
faculdades imediatamente ao nascer. Ele ainda não se encontra em completo
domínio sobre seu corpo. O seu instrumento de carne não lhe fornece meios para
tal empreendimento.
MUNDO
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CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
353. Não sendo completa a
união do Espírito ao corpo, não estando definitivamente consumada, senão depois
do nascimento, poder-se-á considerar o feto como dotado de alma?
“O
Espírito que o vai animar existe, de certo modo, fora dele. O feto não tem
pois, propriamente falando, uma alma, visto que a encarnação está apenas em via
de operar-se. Acha-se, entretanto, ligado à alma que virá a possuir.”
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
354. Como se explica a vida intrauterina?
“É a
da planta que vegeta. A criança vive vida animal. O homem tem a vida vegetal e
a vida animal que, pelo seu nascimento, se completam com a vida espiritual.”
Vida intrauterina
O útero da mulher é uma
câmara sensível, na qualidade de ninho, onde tem todas as qualidades
necessárias para a geração da criança, fenômeno humano, mas que tem feição
divina. No encontro do óvulo com o espermatozoide, se dá o casamento interno de
duas forças, que são envolvidas por energias imponderáveis, na formação de uma
consciência instintiva, que passa a comandar como se fosse um computador altamente
condicionado, porém, no qual brilha, nas suas irradiações de luz, a presença de
Deus.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
355. Há, de fato, como o
indica a Ciência, crianças que já no seio materno não são vitais? Com que fim
ocorre isso?
“Frequentemente
isso se dá e Deus o permite como prova, quer para os pais do nascituro, quer
para o Espírito designado a tomar lugar entre os vivos.”
Criança não vital
Esse fenômeno das crianças
não vitais pode ocorrer com frequência; de qualquer modo, existe um Espírito
que fornece elementos para a formação do corpo em gestação. Nada se perde no
universo de Deus; são experiências necessárias à evolução dos Espíritos envolvidos.
Tudo é aproveitado como lições, para que no futuro se aproveite o melhor que se
possa processar, para a beleza da própria vida.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
356. Entre os natimortos
alguns haverá que não tenham sido destinados à encarnação de Espíritos?
“Alguns
há, efetivamente, a cujos corpos nunca nenhum Espírito esteve destinado. Nada
tinha que se efetuar para eles. Tais crianças então só vêm por seus pais.”
a) - Pode chegar a termo de
nascimento um ser dessa natureza?
“Algumas
vezes; mas não vive.”
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
357. Que consequências tem
para o Espírito o aborto?
“É
uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar.”
O aborto
Na última mensagem deste
singelo livro vamos tratar de um crime contra a vida, que se expande na
atualidade: o aborto. Verdadeiramente, o aborto não é uma existência nula
porque, como já dissemos, tudo carrega consigo uma lição valiosa. A natureza é
Deus, e Deus não perde tempo, que foi Ele mesmo quem fez.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
358. Constitui crime a
provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
“Há
crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja,
cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento,
por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de
instrumento o corpo que se estava formando.”
Transgressão da lei
A amblose constitui um
crime, por subtrair-se da lei de Deus. É querer desarranjar a ordem do
universo, intenção pela qual a criatura responderá por suas consequências
funestas.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
359. Dado o caso que o
nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em
sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
“Preferível
é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.”
Preferência
Quando a criança em gestação
põe em perigo a vida da mãe, é preferível que se sacrifique a vida do nascituro,
mesmo que o coração dos pais entre em estado de depressão. A mãe quase sempre
tem mais filhos, que estão sob sua tutela e que precisam da sua assistência com
exemplos de crescimento e de confiança.
Provável não consigas ser feliz, de imediato, no entanto, não menosprezes a paz que, desde agora, podes usufruir.
*
Agitação e barulho talvez te cerquem, por todos os lados,
entretanto, ainda assim, se o desejas, consegues ser a ilha da tranquilidade,
onde possas recolher as mais nobres inspirações da Vida Superior.
*
Simplifica os próprios hábitos, a fim de liquidar as
inquietações.
*
Sem deixar as atividades que te competem, ama o lugar que
a Divina Providência te concedeu para servir, sem ambicionar o degrau dos
outros.
Em nome de Deus, o homem recebe a caridade das células que lhe formam o corpo; do berço que se lhe erige em estação de refazimento; do colo materno a recolhê-lo por ninho santo;
da benção paternal que o assiste;
dos sentidos diversos que o ajudam a orientar-se;
do lar que o asila;
da escola que o instrui;
da terra que o sustenta;
do sol que lhe garante a visão e a energia;
Senhor Jesus!
Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos
servir melhor, já que, somente assim, as bênçãos que nos concedes podem fluir,
através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham
a existência.
Induze-nos à prática do entendimento que nos fará
observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de
propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no
amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.
E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as
oportunidade de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos
semelhantes, especialmente na doação de nó mesmos, naquilo que sejamos ou
naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem,
permanecendo em ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.
Usa a bondade para com todos os irmãos de experiência e caminho, no entanto, empenha-te a despender mais atenção para com todos aqueles que te pareçam menos compreensíveis.
*
É natural possuas na cúpula familiar parentes que amas e
que te amam, porém, se aparece entre eles algum que te cause inquietações e
prejuízos, esse é aquele credor de existências já transcorridas, a definir-se
por teste constante da tua capacidade de tolerar e desculpar.
*
Justo retenhas filhos amados que se te aninham no
coração, mas, se com o tempo, algum deles te surge excessivamente agressivo ou
delinquente, esse é aquele companheiro que volve contigo do pretérito, a
cobrar-te determinadas contas que deixaste à distancia, na contabilidade dos
dias.
Existem tribulações e tribulações.
Para extinguir aquelas que conturbam a vida, comecemos a
cooperar na construção da paz onde estivermos.
Necessitamos, porém, conhecer as farpas que entretecem as
inquietações que nos predispõem ao desequilíbrio e ao sofrimento.
Vejamos algumas:
a queixa contra alguém;
a reclamação agressiva;
o palavrão desatado pela cólera;
Conquanto as agitações que assinalam o mundo, recorda que podes seguir o próprio caminho, conservando-te em paz.
*
Segue com serenidade e coragem, ao encontro dos deveres
que te competem.
*
Renteando contigo, é possível escutes os impropérios dos
inconformados.
Adiante, talvez registres as reclamações dos que se
entregam ao desespero.
E das margens da senda que a vida te compele a trilhar,
surgem convites à perturbação, nascidos de muitos companheiros que se acolhem
ao pessimismo e à descrença.
Conserva a fé em Deus e em ti mesmo.
*
Age servindo.
*
Constrói o bem que se nos mostre o alcance.
*
Recusa qualquer ideia de desânimo e trabalha sempre.
*
Aceita o fracasso por base de recomeço.
*
Admite os outros, tais quais são.
Quando a aflição te bata à porta, é natural te preocupes, no entanto, pensa igualmente naqueles que te rodeiam.
Todos eles te aguardam a coragem para que se lhes garanta
a resistência.
*
Ninguém te pede a indiferença da estátua.
Roga-te a serenidade daquele que se dispõe a ser útil.
*
Quando a provação se te apresente nas características do
inevitável, é que determinadas manifestações da lei de causa e feito estão em
andamento, reclamando-nos adaptação à realidade que, por vezes, somente muito
depois, reconheceremos como sendo aquilo de melhor que a vida nos podia
oferecer.
Deus nos assegura a compreensão para que compreendamos os outros, amparando, tanto quanto possível, aos irmãos incompreendidos.
Deus nos concede possibilidades, um tanto maiores do que
aquelas de que tenhamos necessidade, a fim de que possamos socorrer aos
companheiros sem recursos.
*
Deus nos concede o privilégio de trabalhar, a fim de agir
por nós mesmos e para que tenhamos a bênção de substituir aqueles que ainda não
entendem a felicidade de trabalhar.
*
Deus nos sustenta de pé, aguardando a nossa cooperação
destinada a reerguer os irmãos caídos.
Pela bênção de trabalhar;
Pelo dom de servir;
Pela fé que nos guarda;
Pela crise que nos instrui;
Pelo erro que nos descobre;
Pela dor que nos corrige;
Pela esperança que nos alenta;
Pela coragem que nos fortalece;
Pela prova que nos define;
Pelo esforço de aceitar-nos;
Praticas cultos diversos em casa, de maneira imperceptível.
O culto da limpeza.
O culto do pão.
O culto do carinho.
O culto da segurança.
O culto do bem-estar.
A higiene externa, entretanto, pode não incluir a pureza
dos pensamentos.
Estômago farto nem sempre é conforto do espírito.
Carinho, em muitas circunstâncias, exprime apego sem ser
amor.
Segurança financeira não é fortaleza intrínseca.
Meimei
Encorajada pelo esposo, Dona Zilda, naquele belo domingo
de abril, colocou sobre a mesa a melhor toalha de que dispunha.
Alinhou dois livros carinhosamente tratados – um exemplar
do Novo Testamento e outro de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Em seguida, trouxe pequeno vaso com água pura.
Soaram seis horas da tarde.
O senhor Veloso, chefe da família, entrou no aposento
acompanhado de Lina e Cláudio, filhinhos do casal, quase meninos, e de Marta,
jovem servidora que parecia ter mais de vinte anos de idade.
Dona Zilda perguntou pela filha mais velha, Silvia, e por
Dona Júlia, a irmã viúva que residia junto deles, na mesma casa.
Meimei
No domingo imediato, à mesma hora, Dona Zilda preparou a
mesma para o culto evangélico; entretanto, havia um problema a considerar.
Chovia muito e Dona Romualda com a filhinha Milota,
menina-moça, achava-se em cada, de visita, e, em razão do temporal, adiavam o
“até logo”.
Ouvido no assunto Veloso ponderou que o horário não devia
ser modificado.
E alegrou, sensato:
-É sempre distinto estender aos amigos um lanche ou um
café... Por que não lhe proporcionar a bênção da oração?
Dona Zilda sorriu e, no instante preciso, Dona Romualda e
Milota, consultadas, aceitaram alegremente o ensejo que se lhes oferecia.
Meimei
No primeiro domingo de maio, o grupo mostrava-se a
postos, na hora prevista.
Achavam-se presentes não apenas Dona Romualda e Milota,
que voltavam aos estudos, mas também Dona Matilde, uma senhora simpática que as
seguia.
Explicara Dona Romualda que ela e a filha; extremamente
beneficiadas na semana anterior, não hesitavam em trazer Dona Matilde às
orações, para que se reconfortasse, porquanto a estimada senhora, além de haver
perdido o único filhinho, vitimado por insidiosa moléstia, lutava imensamente
no lar, com a presença de sofredora irmã obsidiada.
PRECE
INCIAL
Ante a quietude do recinto, Veloso orou com o habitual
sentimento:
Meimei
Naquele domingo, o segundo de maio, considerado Dia das
Mães, o aposento mostrava-se adornado de flores.
Quando Dona Zilda trouxe o jarro de água pura, sorriu
imensamente feliz, percebendo que os filhos lhe haviam preparado afetuosa
surpresa.
No justo momento, Veloso penetrou no recinto, em
companhia da sogra, Dona Rosália, senhora simples e amável, que abraçava os
netos, Lina e Cláudio, a lhe apertarem as mãos.
Marta compareceu logo após, e, fosse para agradar Dona
Rosália ou para homenagear o Dia das Mães, Dona Júlia e Silvia entraram na
sala, sendo recebidas com carinho e respeito.
PRECE
INICIAL
Vindo o silêncio, Veloso orou, sensibilizado:
Meimei
No horário habitual do terceiro domingo de maio, Dona
Zilda estava a postos na preparação do ambiente.
Sobre a toalha, muito branca, que dava um tom de
tranquilidade e alegria ao aposento, achavam-se os livros e o jarro com água
pura.
Veloso e os filhinhos, juntamente de Marta, deram entrada
no recinto.
O grupo conversava, afetuosamente, mas o relógio
lembrou-lhes a obrigação em pauta, badalando as seis da tarde.
PRECE
INICIAL
O mentor do conjunto orou, reverentemente:
-Senhor Jesus; deste-nos vida dinâmica, para que seja
naturalmente vivida.
É oportunidade sagrada de reflexão íntima, percepção e contato fraterno familiar, busca de equilíbrio e a conexão com as energias superiores, maneira de partilhar da Fraternidade Universal tão desejada pelo Mestre Jesus e os Espíritos iluminados.
“A proteção da Esfera Superior é inegável para todos nós que ainda nos movimentamos na sombra. Ai de nós, todavia, se não procurarmos as bênçãos da luz…” – André Luiz
Antessala
Eles, os poetas, voltam do
País da Luz, cantando outra vez.
Muitos deles, nos escuros
labirintos de ontem, mergulhavam o tesouro da inspiração nas correntes espessas
do pessimismo e da angústia; hoje, porém, redivivos no Mundo Maior, acendem a
flama do próprio estro, clareando-nos o caminho.
Bastas vezes, agora, se
referem à dor, mas unicamente para nomeá-la por trilha ascendente no rumo da
perfeita alegria. Falam de saudade e sonho, provação lágrima,
mostrando-lhes a função de cinzéis no burilamento do espírito.
Nesta hora, em que tantos
povos têm a sua paz conturbada e inúmeros lares se debatem, desajustam e
dissolvem para agravar as aflições da humanidade, o mundo está mais do que
nunca necessitado e ansioso por um lenitivo, uma luz que brote da alma e do
coração, e não mais do cérebro frio e nebuloso. Daí a oportunidade deste livro,
cujo título condiz muito com o seu contexto, tão ameno e acolhedor que se nos
afigura um prado florido e risonho, aberto ao cansado viajor que ali busque
passar horas de descanso e reflexões.
Acode ainda a circunstância
de haverem suas linhas fluidas da pena de alguém que, tendo feito do sadio
Espiritualismo o seu sacerdócio mais sagrado, tem dedicado toda a sua vida a
aliviar as agruras morais e físicas de seus semelhantes, tanto por seus atos
como por suas palavras. Isto porque ele não é um simples teórico, mas um
praticante vivo e sempre ativo do bem.
Preito de amor
Senhor Jesus!
Em teu louvor, apóstolos de
tua causa homenageiam-te, em toda parte. E vemos, por toda a parte, os que te
ofertam :
a riqueza do exemplo;
a oficina do lar; o brilho
da cultura;
o ouro da palavra;
a luz da fé viva;
Efetivamente, a vida na
Terra assemelha-se à longa série de veículos, avançando pelas estradas do
tempo.
Por fora, nas estâncias do
mundo externo, as paisagens se caracterizam por toques sempre novos de
progresso e beleza.
Máquinas vencendo
distâncias, invenções criando facilidades técnicas incentivando a produção.
Cada cidade parece um
comboio resfolegante, destilando calor, atividade, avanço. movimento e cada lar
são um vagão constrangido a obedecer aos impulsos da frente. Por dentro, porém,
na intimidade doméstica, as lutas morais são quase as mesmas de século
passados.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
União da alma e do corpo. Aborto
360. Será racional ter-se
para com um feto as mesmas atenções que se dispensam ao corpo de uma criança que
viveu algum tempo?
“Vede
em tudo isso a vontade e a obra de Deus. Não trateis, pois, desatenciosamente,
coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, algumas
vezes incompletas por vontade do Criador? Tudo ocorre segundo os seus desígnios
e ninguém é chamado para ser juiz.”
Respeito
A palavra respeito fala
muito profundamente na alma daquele que deseja compreender os ensinamentos de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
Faculdades morais e intelectuais
361. Qual a origem das
qualidades morais, boas ou más, do homem?
“São
as do Espírito nele encarnado. Quanto mais puro é esse Espírito, tanto mais
propenso ao bem é o homem.”
a) - Seguir-se-á daí que o
homem de bem é a encarnação de um bom Espírito e o homem vicioso a de um
Espírito mau?
“Sim,
mas, dize antes que o homem vicioso é a encarnação de um Espírito imperfeito,
pois, do contrário, poderias fazer crer na existência de Espíritos sempre maus,
a que chamais demônios.”
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
Faculdades morais e intelectuais
362. Qual o caráter dos
indivíduos em que encarnam Espíritos desassisados e levianos?
“São
indivíduos estúrdios, maliciosos e, não raro, criaturas malfazejas.”
Espíritos levianos
As classes dos Espíritos são
em grande variedade e podemos observá-las pelo comportamento dos Espíritos,
tanto encarnados quanto desencarnados.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
Faculdades morais e intelectuais
363. Têm os Espíritos
paixões de que não partilhe a Humanidade?
“Não,
que, de outro modo, vo-las teriam comunicado.”
Paixões diferentes
As paixões que têm os
Espíritos que moram na Terra e que viajam com ela na sua órbita, como sendo o
seu mundo espiritual, não são diferentes das dos homens; elas são as mesmas,
porque eles se sucedem pelos processos das reencarnações. Os Espíritos são os
mesmos homens, e os homens são os mesmos Espíritos, que se entregam às mutações
como força da lei do progresso espiritual.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
Faculdades morais e intelectuais
364. O mesmo Espírito dá ao
homem as qualidades morais e as da inteligência?
“Certamente
e isso em virtude do grau de adiantamento a que se haja elevado. O homem não
tem em si dois Espíritos.”
O mesmo espírito
Certamente que tem o homem
muita coisa a conhecer em relação à sua própria vida espiritual e física, no
entanto, não se deve com isso aceitar tudo que não deve ser aceito. É justo que
acompanhemos o Evangelho, que nos diz: - “em tudo dai graças”, porque mesmo o
erro em nossos caminhos nos mostra o certo. Ele tem um trabalho a fazer em
nosso beneficio.
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
Faculdades morais e intelectuais
365. Por que é que alguns
homens muito inteligentes, o que indica acharem-se encarnados neles Espíritos
superiores, são ao mesmo tempo profundamente viciosos?
“É
que não são ainda bastante puros os Espíritos encarnados nesses homens, que,
então, e por isso, cedem à influência de outros Espíritos mais imperfeitos. O
Espírito progride em insensível marcha ascendente, mas o progresso não se
efetua simultaneamente em todos os sentidos. Durante um período da sua
existência, ele se adianta em ciência; durante outro, em moralidade.”
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
Faculdades morais e intelectuais
366. Que se deve pensar da
opinião dos que pretendem que as diferentes faculdades intelectuais e morais do
homem resultam da encarnação, nele, de outros tantos Espíritos, diferentes
entre si, cada um com uma aptidão especial?
“Refletindo,
conhecereis que é absurda. O Espírito tem que ter todas as aptidões. Para
progredir, precisa de uma vontade única. Se o homem fosse um amálgama de
Espíritos, essa vontade não existiria e ele careceria de individualidade, pois
que, por sua morte, todos aqueles Espíritos formariam um bando de pássaros
escapados da gaiola. Queixa-se, amiúde, o homem de não compreender certas
coisas e, no entanto, curioso é verse como multiplica as dificuldades, quando
tem ao seu alcance explicações muito simples e naturais. Ainda neste caso tomam
o efeito pela causa. Fazem, com relação à criatura humana, o que, com relação a
Deus, faziam os pagãos, que acreditavam em tantos deuses quantos eram os fenômenos
no Universo, se bem que as pessoas sensatas, com eles coexistentes, apenas viam
em tais fenômenos efeitos provindos de uma causa única - Deus.”