Evangelho em casa - Introdução

Praticas cultos diversos em casa, de maneira imperceptível.

O culto da limpeza.

O culto do pão.

O culto do carinho.

O culto da segurança.

O culto do bem-estar.

A higiene externa, entretanto, pode não incluir a pureza dos pensamentos.

Estômago farto nem sempre é conforto do espírito.

Carinho, em muitas circunstâncias, exprime apego sem ser amor.

Segurança financeira não é fortaleza intrínseca.

Evangelho em casa - primeira reunião

Meimei

Encorajada pelo esposo, Dona Zilda, naquele belo domingo de abril, colocou sobre a mesa a melhor toalha de que dispunha.

Alinhou dois livros carinhosamente tratados – um exemplar do Novo Testamento e outro de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Em seguida, trouxe pequeno vaso com água pura.

Soaram seis horas da tarde.

O senhor Veloso, chefe da família, entrou no aposento acompanhado de Lina e Cláudio, filhinhos do casal, quase meninos, e de Marta, jovem servidora que parecia ter mais de vinte anos de idade.

Dona Zilda perguntou pela filha mais velha, Silvia, e por Dona Júlia, a irmã viúva que residia junto deles, na mesma casa.

Evangelho em casa - segunda reunião

Meimei

No domingo imediato, à mesma hora, Dona Zilda preparou a mesma para o culto evangélico; entretanto, havia um problema a considerar.

Chovia muito e Dona Romualda com a filhinha Milota, menina-moça, achava-se em cada, de visita, e, em razão do temporal, adiavam o “até logo”.

Ouvido no assunto Veloso ponderou que o horário não devia ser modificado.

E alegrou, sensato:

-É sempre distinto estender aos amigos um lanche ou um café... Por que não lhe proporcionar a bênção da oração?

Dona Zilda sorriu e, no instante preciso, Dona Romualda e Milota, consultadas, aceitaram alegremente o ensejo que se lhes oferecia.

Evangelho em casa - terceira reunião

Meimei

No primeiro domingo de maio, o grupo mostrava-se a postos, na hora prevista.

Achavam-se presentes não apenas Dona Romualda e Milota, que voltavam aos estudos, mas também Dona Matilde, uma senhora simpática que as seguia.

Explicara Dona Romualda que ela e a filha; extremamente beneficiadas na semana anterior, não hesitavam em trazer Dona Matilde às orações, para que se reconfortasse, porquanto a estimada senhora, além de haver perdido o único filhinho, vitimado por insidiosa moléstia, lutava imensamente no lar, com a presença de sofredora irmã obsidiada.

PRECE INCIAL

Ante a quietude do recinto, Veloso orou com o habitual sentimento:

Evangelho em casa - quarta reunião

Meimei

Naquele domingo, o segundo de maio, considerado Dia das Mães, o aposento mostrava-se adornado de flores.

Quando Dona Zilda trouxe o jarro de água pura, sorriu imensamente feliz, percebendo que os filhos lhe haviam preparado afetuosa surpresa.

No justo momento, Veloso penetrou no recinto, em companhia da sogra, Dona Rosália, senhora simples e amável, que abraçava os netos, Lina e Cláudio, a lhe apertarem as mãos.

Marta compareceu logo após, e, fosse para agradar Dona Rosália ou para homenagear o Dia das Mães, Dona Júlia e Silvia entraram na sala, sendo recebidas com carinho e respeito.

PRECE INICIAL

Vindo o silêncio, Veloso orou, sensibilizado:

Evangelho em casa - quinta reunião

Meimei

No horário habitual do terceiro domingo de maio, Dona Zilda estava a postos na preparação do ambiente.

Sobre a toalha, muito branca, que dava um tom de tranquilidade e alegria ao aposento, achavam-se os livros e o jarro com água pura.

Veloso e os filhinhos, juntamente de Marta, deram entrada no recinto.

O grupo conversava, afetuosamente, mas o relógio lembrou-lhes a obrigação em pauta, badalando as seis da tarde.

PRECE INICIAL

O mentor do conjunto orou, reverentemente:

-Senhor Jesus; deste-nos vida dinâmica, para que seja naturalmente vivida.

O evangelho no lar - como fazer


Escolha, na semana, um dia e horário em que a família possa se reunir durante mais ou menos trinta minutos.
Crianças também podem fazer parte da reunião. 

O evangelho no lar - para que serve


1. Estudar o Evangelho de Jesus possibilita compreender os ensinamentos cristãos, cuja prática nos conduz ao aprimoramento moral.

O evangelho no lar - o que é

O Evangelho no Lar é antes de tudo uma reunião de Espíritos reencarnados (e desencarnados) no mesmo ambiente, buscando através da prece, da elevação de pensamentos e do diálogo fraterno, o amparo e o auxílio do Mais Alto para seus problemas e necessidades. 

É oportunidade sagrada de reflexão íntima, percepção e contato fraterno familiar, busca de equilíbrio e a conexão com as energias superiores, maneira de partilhar da Fraternidade Universal tão desejada pelo Mestre Jesus e os Espíritos iluminados.

“A proteção da Esfera Superior é inegável para todos nós que ainda nos movimentamos na sombra. Ai de nós, todavia, se não procurarmos as bênçãos da luz…” – André Luiz 

Poetas redivivos

Autor espiritual:
Espíritos Diversos
Ano: 1969
Prefácio:

Antessala

Eles, os poetas, voltam do País da Luz, cantando outra vez.

Muitos deles, nos escuros labirintos de ontem, mergulhavam o tesouro da inspiração nas correntes espessas do pessimismo e da angústia; hoje, porém, redivivos no Mundo Maior, acendem a flama do próprio estro, clareando-nos o caminho.

Bastas vezes, agora, se referem à dor, mas unicamente para nomeá-la por trilha ascendente no rumo da perfeita alegria. Falam de saudade e sonho, provação  lágrima, mostrando-lhes a função de cinzéis no burilamento do espírito.

Alma e coração

Autor espiritual:
Emmanuel
Ano: 1969
Prefácio:

Nesta hora, em que tantos povos têm a sua paz conturbada e inúmeros lares se debatem, desajustam e dissolvem para agravar as aflições da humanidade, o mundo está mais do que nunca necessitado e ansioso por um lenitivo, uma luz que brote da alma e do coração, e não mais do cérebro frio e nebuloso. Daí a oportunidade deste livro, cujo título condiz muito com o seu contexto, tão ameno e acolhedor que se nos afigura um prado florido e risonho, aberto ao cansado viajor que ali busque passar horas de descanso e reflexões.

Acode ainda a circunstância de haverem suas linhas fluidas da pena de alguém que, tendo feito do sadio Espiritualismo o seu sacerdócio mais sagrado, tem dedicado toda a sua vida a aliviar as agruras morais e físicas de seus semelhantes, tanto por seus atos como por suas palavras. Isto porque ele não é um simples teórico, mas um praticante vivo e sempre ativo do bem.

Estantes da vida

Autor espiritual:
Irmão X
Ano: 1969
Prefácio:

Preito de amor

Senhor Jesus!

Em teu louvor, apóstolos de tua causa homenageiam-te, em toda parte. E vemos, por toda a parte, os que te ofertam :

a riqueza do exemplo;

a oficina do lar; o brilho da cultura;

o ouro da palavra;

a luz da fé viva;

Passos da vida

Autor espiritual:
Espíritos Diversos
Ano: 1969
Prefácio:

Efetivamente, a vida na Terra assemelha-se à longa série de veículos, avançando pelas estradas do tempo.

Por fora, nas estâncias do mundo externo, as paisagens se caracterizam por toques sempre novos de progresso e beleza.

Máquinas vencendo distâncias, invenções criando facilidades técnicas incentivando a produção.

Cada cidade parece um comboio resfolegante, destilando calor, atividade, avanço. movimento e cada lar são um vagão constrangido a obedecer aos impulsos da frente. Por dentro, porém, na intimidade doméstica, as lutas morais são quase as mesmas de século passados.

O livro dos espíritos. Questão 360

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL

União da alma e do corpo. Aborto

360. Será racional ter-se para com um feto as mesmas atenções que se dispensam ao corpo de uma criança que viveu algum tempo?

“Vede em tudo isso a vontade e a obra de Deus. Não trateis, pois, desatenciosamente, coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, algumas vezes incompletas por vontade do Criador? Tudo ocorre segundo os seus desígnios e ninguém é chamado para ser juiz.”

Respeito

A palavra respeito fala muito profundamente na alma daquele que deseja compreender os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O livro dos espíritos. Questão 361

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL

Faculdades morais e intelectuais

361. Qual a origem das qualidades morais, boas ou más, do homem?

“São as do Espírito nele encarnado. Quanto mais puro é esse Espírito, tanto mais propenso ao bem é o homem.”

a) - Seguir-se-á daí que o homem de bem é a encarnação de um bom Espírito e o homem vicioso a de um Espírito mau?

“Sim, mas, dize antes que o homem vicioso é a encarnação de um Espírito imperfeito, pois, do contrário, poderias fazer crer na existência de Espíritos sempre maus, a que chamais demônios.”

O livro dos espíritos. Questão 362

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL

Faculdades morais e intelectuais

362. Qual o caráter dos indivíduos em que encarnam Espíritos desassisados e levianos?

“São indivíduos estúrdios, maliciosos e, não raro, criaturas malfazejas.”

Espíritos levianos

As classes dos Espíritos são em grande variedade e podemos observá-las pelo comportamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados.

O livro dos espíritos. Questão 363

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL

Faculdades morais e intelectuais

363. Têm os Espíritos paixões de que não partilhe a Humanidade?

“Não, que, de outro modo, vo-las teriam comunicado.”

Paixões diferentes

As paixões que têm os Espíritos que moram na Terra e que viajam com ela na sua órbita, como sendo o seu mundo espiritual, não são diferentes das dos homens; elas são as mesmas, porque eles se sucedem pelos processos das reencarnações. Os Espíritos são os mesmos homens, e os homens são os mesmos Espíritos, que se entregam às mutações como força da lei do progresso espiritual.

O livro dos espíritos. Questão 364

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL

Faculdades morais e intelectuais

364. O mesmo Espírito dá ao homem as qualidades morais e as da inteligência?

“Certamente e isso em virtude do grau de adiantamento a que se haja elevado. O homem não tem em si dois Espíritos.”

O mesmo espírito

Certamente que tem o homem muita coisa a conhecer em relação à sua própria vida espiritual e física, no entanto, não se deve com isso aceitar tudo que não deve ser aceito. É justo que acompanhemos o Evangelho, que nos diz: - “em tudo dai graças”, porque mesmo o erro em nossos caminhos nos mostra o certo. Ele tem um trabalho a fazer em nosso beneficio.

O livro dos espíritos. Questão 365

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL

Faculdades morais e intelectuais

365. Por que é que alguns homens muito inteligentes, o que indica acharem-se encarnados neles Espíritos superiores, são ao mesmo tempo profundamente viciosos?

“É que não são ainda bastante puros os Espíritos encarnados nesses homens, que, então, e por isso, cedem à influência de outros Espíritos mais imperfeitos. O Espírito progride em insensível marcha ascendente, mas o progresso não se efetua simultaneamente em todos os sentidos. Durante um período da sua existência, ele se adianta em ciência; durante outro, em moralidade.”

O livro dos espíritos. Questão 366

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL

Faculdades morais e intelectuais

366. Que se deve pensar da opinião dos que pretendem que as diferentes faculdades intelectuais e morais do homem resultam da encarnação, nele, de outros tantos Espíritos, diferentes entre si, cada um com uma aptidão especial?

“Refletindo, conhecereis que é absurda. O Espírito tem que ter todas as aptidões. Para progredir, precisa de uma vontade única. Se o homem fosse um amálgama de Espíritos, essa vontade não existiria e ele careceria de individualidade, pois que, por sua morte, todos aqueles Espíritos formariam um bando de pássaros escapados da gaiola. Queixa-se, amiúde, o homem de não compreender certas coisas e, no entanto, curioso é verse como multiplica as dificuldades, quando tem ao seu alcance explicações muito simples e naturais. Ainda neste caso tomam o efeito pela causa. Fazem, com relação à criatura humana, o que, com relação a Deus, faziam os pagãos, que acreditavam em tantos deuses quantos eram os fenômenos no Universo, se bem que as pessoas sensatas, com eles coexistentes, apenas viam em tais fenômenos efeitos provindos de uma causa única - Deus.”

O livro dos espíritos. Questão 367

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL

Influência do organismo

367. Unindo-se ao corpo, o Espírito se identifica com a matéria?

“A matéria é apenas o envoltório do Espírito, como o vestuário o é do corpo. Unindo-se a este, o Espírito conserva os atributos da natureza espiritual.”

Unindo-se ao corpo

A matéria é apenas um vestuário da alma, certamente mais requintada que qualquer espécie de roupa física para o corpo. A matéria em conjunto, formando um corpo, é dotada de vida, pela força divina que transita na intimidade, como elo em perfeita sintonia com os variados corpos que o Espírito usa, de acordo com sua evolução espiritual.

O livro dos espíritos. Questão 368

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL

Influência do organismo

368. Após sua união com o corpo, exerce o Espírito, com liberdade plena, suas faculdades?

“O exercício das faculdades depende dos órgãos que lhes servem de instrumento. A grosseria da matéria as enfraquece.”

a) - Assim, o invólucro material é obstáculo à livre manifestação das faculdades do Espírito, como um vidro opaco o é à livre irradiação da luz?

“É, como vidro muito opaco.”

O livro dos espíritos. Questão 369

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL

Influência do organismo

369. O livre exercício das faculdades da alma está subordinado ao desenvolvimento dos órgãos?

“Os órgãos são os instrumentos da manifestação das faculdades da alma, manifestação que se acha subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos órgãos, como a excelência de um trabalho o está à da ferramenta própria à sua execução.”

O livre exercício

O livre exercício das faculdades da alma depende, de certo modo, da evolução dos órgãos, pois eles são o instrumento desse exercício.

Mediunidade: conceito e tipos

Que é ser médium


1. Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos.

Comunicabilidade dos espíritos

O fenômeno mediúnico e a lei mosaica


1. A comunicabilidade dos Espíritos com os encarnados é um fato antiquíssimo, com a única diferença de que no passado ela era conhecida somente pelos chamados iniciados e na atualidade, com o Espiritismo, tornou-se um fenômeno generalizado.

Emanuel Swedenborg

Filho de Sarah Behm Swedberg e Jesper Swedberg, um pastor Luterano e capelão real que foi, em 1703, Bispo de Skara. Formou-se em Engenharia de Minas e serviu ao seu país durante muitos anos como Assessor Real para assuntos de mineração. Após a morte do pai, sua família foi elevada à nobreza pela Rainha Ulrica, pelos méritos do Bispo Swedberg. O sobrenome familiar foi então mudado para Swedenborg e, assim, Emanuel, como filho mais velho, passou a ter lugar no Parlamento sueco, onde teve destacado papel durante muitos anos.

Foi catedrático de Matemática na Universidade de Uppsala, ao mesmo tempo em que pesquisava a fundo áreas tão distintas quanto anatomia e geologia, astronomia e hidráulica. Quando dominava o assunto, publicava obras sobre suas conclusões, obtendo o respeito de outros especialistas e autores das diversas áreas. Vários conceitos emitidos por Swedenborg, nesses estudos, são considerados como pioneiros. Em razão dessas realizações, Swedenborg passou a ser considerado um dos heróis nacionais na Suécia, razão por que seu retrato se encontra no hall da Academia de Ciências daquele país [carece de fontes] e seu corpo foi transladado para a Catedral de Uppsala, onde estão enterrados vários reis suecos.

Mediunidade na bíblia sagrada


A mediunidade ainda não encontra aceitação em outras religiões dogmáticas que afirmam ser perniciosa a comunicação entre vivos e mortos. No entanto, a Bíblia Sagrada, o livro que orienta a quase totalidade dessas crenças, está recheada de fenômenos mediúnicos incontestáveis, conforme relacionamos abaixo:

NO VELHO TESTAMENTO

Livro do Gêneses

Origem e natureza dos espíritos

Princípio vital


1. Existe na matéria orgânica um princípio especial, que ainda é incompreensível e não podemos por ora definir: o princípio vital. Ativo no ser vivente, esse princípio se acha inexistente no ser morto. A química, que decompõe e recompõe corpos inorgânicos, jamais chegou a reconstituir sequer uma folha de árvore, o que mostra que existe algo nos corpos orgânicos que os corpos inorgânicos não possuem.

A providência divina

A ação providencial de Deus

1. Providência é, neste mundo, tudo o que se faz dispondo as coisas de modo que se realizem objetivos de ordem e harmonia, buscando o bem e a felicidade das pessoas.

2. Deus, em relação às suas criaturas, é a própria Providência na sua mais alta expressão, infinitamente acima de todas as possibilidades humanas. A Providência Divina manifesta-se em todas as coisas e se exerce através de leis admiráveis e sábias.

3. A Providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mínimas. É nisso que consiste a ação providencial.

4. Para o incrédulo é difícil conceber a ação providencial de Deus nos menores atos e menores pensamentos de cada indivíduo. O incrédulo admite a ação de Deus sobre as leis gerais do Universo, a que todas as criaturas se acham submetidas, mas não admite sua intervenção direta nos pormenores mais ínfimos. É que ele não sabe que, para estender a sua solicitude a todas as criaturas, Deus não precisa lançar o olhar do alto da imensidade. Nossas preces, para que Ele as ouça, não necessitam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, porque nossos pensamentos repercutem nele.

Atributos da divindade

A natureza íntima de Deus

1. O homem ainda não pode compreender a natureza íntima de Deus, porque para isso lhe falta um sentido. Na infância da Humanidade, o homem o confunde, frequentemente, com a criatura, cujas imperfeições lhe atribui. Mas, à medida que o senso moral se desenvolve, seu pensamento penetra melhor o fundo das coisas e dele faz uma ideia mais justa, embora sempre incompleta.

2. Sem o conhecimento dos atributos de Deus, seria impossível compreender a obra da criação. Este é o ponto de partida de todas as crenças religiosas e foi justamente por não se terem referido a isso que as religiões, em sua maioria, erraram em seus dogmas.

O politeísmo

3. Os que não atribuíram a Deus a onipotência imaginaram muitos deuses. Os que não lhe atribuíram a soberana bondade fizeram dele um Deus ciumento, colérico, parcial e vingativo. A ignorância do princípio de que são infinitas as perfeições de Deus foi que gerou o politeísmo.

O tríplice aspecto do Espiritismo


No preâmbulo do livro “O que é o Espiritismo”, Allan Kardec definiu o Espiritismo como sendo:

“uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal” (Kardec)

Os precursores da revelação espírita

Antiguidade dos fenômenos espíritas

Os fenômenos cujos estudos resultaram na estruturação da Doutrina Espírita não eclodiram numa data determinada. As interferências das forças exteriores inteligentes têm ocorrido desde tempos imemoriais, como registram os livros de História.

Na Bíblia vemos o rei Saul conversando com o Espírito de Samuel, que o monarca havia evocado, e Jesus, às vésperas de sua prisão e morte, recepcionando as visitas dos Espíritos de Elias e Moisés materializados.

Segundo Louis Jacolliot, em épocas bastante recuadas no tempo os padres iniciados nos mosteiros preparavam os faquires para evocação dos mortos, com a obtenção dos mais notáveis fenômenos. E o missionário Huc refere-se a grande número de experiências de comunicações com os mortos registradas na China.

Os conselhos de Paulo e João evangelista

O apóstolo Paulo de Tarso, em suas epístolas, reconheceu a prática dessas manifestações entre os cristãos primitivos, como podemos ver nos textos seguintes:

Um minuto com Chico Xavier

Em setembro de 1976, Chico Xavier recebeu a visita do médium Luiz Antônio Gasparetto, então com 26 anos e recém-formado em Psicologia. O jovem deixava os espectadores boquiabertos. Depois de pintar vários artistas, a pintura mais demorada chegou ao fim com uma assinatura ilustre: Van Gogh. intitulada Flores, e repleta de cores berrantes, demorou cinco minutos para aparecer diante dos olhos marejados de Chico Xavier:

– Sempre que vejo certas flores espirituais, o miosótis, por exemplo, sinto as vibrações que emitem e não posso conter as lágrimas.

Para encerrar, Gasparetto decidiu usar os pés. Após espalhar tinta em seus dedos, ele colocou na tela a figura de uma mulher. Senhora era o título. Picasso, a assinatura.

Se tivermos fé

Todos nós encontramos, de quando em vez, na jornada evolutiva, calamidades e contratempos que nos afetam a vida.

Conflitos do sentimento recrudesceram, agravando-nos aflições…

Enfermidades surgiram, suscitando obstáculos…

Desarmonias repontaram na equipe doméstica…

Empreendimentos promissores entraram em fracasso…

Prejuízos nos golpearam, de chofre…

Desapareceram amigos…

O pão e o vinho na santa ceia

As passagens a respeito do assunto estão registradas nos Evangelhos de Mateus (26:26 a 29), Marcos (14:22 a 25) e Lucas (22:14 a 30).

Assim descreve o Evangelho de Mateus:

26 Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. 27 A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; 28 porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. 29 E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai.