MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
Influência do organismo
369. O livre exercício das
faculdades da alma está subordinado ao desenvolvimento dos órgãos?
“Os
órgãos são os instrumentos da manifestação das faculdades da alma, manifestação
que se acha subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos órgãos,
como a excelência de um trabalho o está à da ferramenta própria à sua
execução.”
O livre exercício
O livre exercício das
faculdades da alma depende, de certo modo, da evolução dos órgãos, pois eles
são o instrumento desse exercício.
Todos nós, encarnados e desencarnados, temos uma consciência instintiva, de modo a comandar todos os corpos, em se falando dos seus departamentos de vida, porém, é a mente central a senhora de todo o complexo, que pode dar ordens para serem executadas no adestramento de todos os órgãos. Isso é divino e pode ser comprovado: basta dar ordens aos nossos órgãos e eles obedecerão. Nesse exercício eles ganham mais amplitude de evolução nos seus comportamentos, de sorte a oferecer ao Espírito melhores funções, para que este manifeste com mais facilidade as suas faculdades.
A própria faculdade se apoia
no físico. Certamente que é valor do Espírito, mas, corre pelos canais
fisiológicos, obedecendo a certas leis. É o relacionamento entre os dois
mundos. Tudo o que existe se comunica com seu semelhante, dentro do padrão a
que pertence. Nada existe isolado. As linhas de entendimentos são diversas, na
diversidade da inteligência.
Quando o Espírito da Verdade
respondeu a Allan Kardec que o Espírito intelectualiza a matéria, foi no sentido
de que a matéria tem suas possibilidades, bastando que seja movida pela
inteligência espiritual. Essa é uma verdade que se encontrava escondida nas
obras do tempo e que o espiritismo veio trazer à luz, colocá-la em cima do
velador. A alma, para se manifestar no mundo físico, certamente que precisa de
instrumentos compatíveis com tal empreendimento, e o instrumento, ou
instrumentos, são os órgãos que, quando estão em plena harmonia, proporcionam
um desempenho sem embaraços.
O Codificador do Espiritismo
somente pôde fazer seu trabalho magistral encontrando médiuns com grandes
recursos mediúnicos, para corresponderem às necessidades da época, e seus
órgãos estavam livres como instrumento para os Espíritos falarem aos homens,
compondo-se, assim, os livros da codificação. A continuação da Doutrina carece
de outros medianeiros, para que surjam novas revelações acerca da vida, para
que os homens vejam o Cristo onde Ele sempre está, como dirigente do planeta e
como Caminho, Verdade e Vida. Haveremos de passar por Ele para sentirmos a luz
de Deus em nossos corações.
É necessário um corpo bem
adestrado, acostumado com vibrações elevadas, para servir de instrumento aos
benfeitores espirituais, bem como para a manifestação dos próprios e,
consequentemente dos valores conquistados. Se há embaraço do corpo para o
Espírito manifestar seus dons, ao mesmo tempo isso é oportunidade para
trabalhar pela evolução do mesmo. Lembremos da fala de Paulo, o apostolo: “Em
tudo dai graças”.
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