LIVRO
PRIMEIRO - AS CAUSAS PRIMEIRAS
CAPÍTULO
I - DEUS
DEUS E O INFINITO
2. Que se deve entender por
infinito?
O que não tem começo nem
fim: o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.
Comentários do Espírito Miramez
A
Grandeza do Infinito
O
infinito, como que desconhecido para todos nós, é a casa de Deus, cujas
divisões escapam aos nossos sentidos, mesmo os mais apurados. O Pai Celestial
está, por assim dizer, no centro de todas as coisas que existem e, ainda mais,
se encontra onde achamos a permanência do nada.
Se
acreditamos somente naquilo que vemos e que tocamos, somos os mais infortunados
dos seres, pois, desta forma agem também os animais. A razão nos diz, e a
ciência confirma pelas inúmeras experiências dos próprios homens, que o
desconhecido tem maior realidade. O que as almas encarnadas não veem e não
podem tocar definem a existência de força energética, senão inteligência
exuberante, capaz de nos mostrar a verdadeira grandeza do infinito em todas as
direções do macro e do microcosmo.
Se
sentimos dificuldade para definir o que é a vida, certamente não sabemos
explicar o que é o infinito, que está configurado na ordem dos mistérios de
Deus. Compete a nós outros darmos as mãos em todas as faixas da existência e
alistarmo-nos na escola do Senhor sem perda de tempo, sem desprezar o espaço a
nós oferecido, por misericórdia do Criador.
Estamos
situados em baixa escala, no pentagrama evolutivo. Falta-nos a capacidade de
discernir certas leis que regem o universo, como as leis menores que nos
sustentam todos em plena harmonia, como micro vidas nos céus da Divindade.
Devemos estudar constantemente, cada vez mais, no grande livro da natureza,
cujas páginas somente encontraremos abertas, pela visão do amor. Nada errado
existe na lavoura universal, o erro está em quem o encontra. Basta pensarmos
que o perfeito nada faz sem o timbre da sua perfeição, para crermos que tudo se
encontra onde deve estar e onde a vontade do Senhor desejar.
Vivemos
em um mundo de duras provas, de reajustes em busca da harmonia. O Cristo é a
porta dessa felicidade, nos ensinando a conquistar este estado d'alma com as
nossas próprias forças, porque Deus sempre faz primeiro a Sua parte em nosso
favor, em favor de todos os Seus filhos. Ninguém é órfão da bondade Suprema.
O
infinito é infinito para nós; para Deus é o seu lar, onde vibra o amor e onde o
perfume exalante é a alegria na sua pureza singular. É de ordem comum nos
planos superiores, que devemos começar pelas lições mais elementares, que nos
despertam o coração, primeiramente, para a luz do entendimento.
Querer
buscar entender o profundamente desconhecido, sem se iniciar nos rudimentos da
educação espiritual, é perder tempo e andar nas perigosas e escuras estradas da
ignorância. Se queremos conhecer alguma coisa, no que se refere ao infinito,
principiemos na autoeducação dos costumes, observando quem já fez este
trabalho, e copiemos suas lutas, que os céus da nossa mente abrir-se-ão e as
claridades da sabedoria universal nos banharão com o esplendor da
conscientização da verdade.
Quem
deixa para depois o conhecimento de si mesmo e tenta a sabedoria exterior,
desconhece a verdadeira porta da felicidade. Cada Espírito é um mundo, um
universo em miniatura, onde mora Deus e vibram todas as Suas leis, em ação
compatível com o tamanho da individualidade. Assim, para entender o infinito da
Criação, necessário se faz começar a entender o infinito da alma.
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