Questão 29 - O Livro dos Espíritos


LIVRO PRIMEIRO - AS CAUSAS PRIMEIRAS
CAPÍTULO II - ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO

PROPRIEDADES DA MATÉRIA

29. A ponderabilidade é um atributo essencial da matéria?
Da matéria como a entendeis, sim; não, porém, da matéria considerada como fluido universal. A matéria etérea e sutil que constitui esse fluido vos é imponderável. Nem por isso, entretanto, deixa de ser o princípio da vossa matéria pesada.

Comentário de Allan Kardec
A gravidade é uma propriedade relativa. Fora das esferas de atração dos mundos, não há peso, do mesmo modo que não há alto nem baixo.

Comentário do Espírito Miramez
PROPRIEDADE DA MATÉRIA
Voltamos ao assunto da matéria, por ser ele um segredo engenhoso da natureza. Os descortínios humanos se perdem no infinito da matéria, buscando nela os seus arcanos reveladores. No entanto, esse empenho depende do estado evolutivo das criaturas, do uso que poderão fazer dessas coisas ocultas, altamente benfeitoras nas mãos dos Espíritos evoluídos, tornando-se em forças maléficas em mãos inescrupulosas.

Ainda existem muitos que procuram descobrir mais coisas sobre a matéria, muitas vezes através dos canais mediúnicos, não sabendo eles que os Espíritos, mesmo os mais evoluídos, não podem quebrar a sequencia estabelecida pelo Chefe Supremo de todos nós, que regula as revelações em todos os campos do saber.
A humanidade, no momento, não está precisando de mais ciência para viver melhor e, sim, de educação dos próprios sentimentos. É necessário que vigore, de agora para frente, o conhecimento sobre o amor e a aplicação prática desta virtude incomparável, que se divide ao infinito para ajudar com eficiência. Se Deus deixasse o homem, na escala de evolução em que se encontra, descobrir o que ele deseja sobre as propriedades mais profundas das formas, deixaria em perigo a sua própria moradia, pois apenas com o que já teve oportunidade de descobrir, poderá fazê-lo passar por vexames em futuro próximo. A força maior que a humanidade alimenta é o ódio, a ganância, a inveja, o orgulho e, acima de tudo, o egoísmo. As transações comerciais estão na frente de todos os sentimentos altruísticos e o Cristo foi esquecido na Sua mais profunda esquemática de nivelar os homens, como sendo irmãos, filhos de um mesmo Pai, de empenhar com Seus discípulos para pregar o Evangelho a todas as nações, a todas as criaturas.

Como descobrir mais segredos da natureza, se ainda estamos usando o avião, uma bênção dos transportes, para matar e dominar os povos, destruindo nações e relegando muita gente à miséria? Como dominar com mais propriedade as micro-ondas e a luz, na sofisticada expressão da eletrônica, se estamos usando o rádio e a televisão para a discórdia e para o crime? Por esses dois exemplos podemos deduzir que já constitui muita bondade de Deus, o que já foi descoberto. O século em que vamos todos entrar, o início do terceiro milênio, é o século do amor, onde todos irão se interessar pela educação dos sentimentos, porque somente o amor sabe dirigir a ciência, para que, unidos, rasguem o véu. Aí poderemos compreender, conquistar e viver a felicidade.

O fluido universal toma formas variadas, de conformidade com as circunstâncias e com o ambiente, onde Deus acha conveniente a sua transmutação. A matéria é filha dos fluidos imponderáveis, porém, não se move por si mesma. Inteligências altamente evoluídas asseguram este trabalho divino, na divina expressão do Criador. Nada vive sem Deus. Todos nós obedecemos a sua coordenação. Não existe liberdade total diante do Criador. Ele foi, é e será sempre o nosso motivo de viver.

O homem já domina a gravidade, mas, não pode ainda descobrir meios para o isolamento da mesma, segredo que já é de completo domínio dos Espíritos superiores, cujos fenômenos são produzidos pelos santos de todos os tempos, com maior relevância em Jesus Cristo. Ela é relativa, porque fora da sua ação os corpos não têm peso. Segmentos da ciência têm trabalhado com afinco para tomar os homens e objetos invisíveis aos olhos dos próprios homens. Não conseguiram, por lhes faltar amor no coração, por não saberem usar esses meios para o bem da humanidade.

Enquanto as criaturas do saber terreno não se empenharem em conhecer a si mesmos, na razão direta da verdade, nada farão por sua própria saúde, por tomarem caminhos obscuros, antinaturais. Se não descobrirem a ação malfeitora do ódio, do orgulho e do egoísmo, como podem avançar desordenadamente nos segredos da natureza exterior para destruição das suas próprias possibilidades de evoluir? A ciência precisa se modificar, porque agora é a vez do amor, no preparo da vida, para que essa vida seja luz nos caminhos dos homens e bênçãos para os Espíritos de Deus.

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