Emmanuel nos leciona que “fé representa visão [e] visão é conhecimento e capacidade de auxiliar”.
Nossa fé, portanto, comporta-se de duas
maneiras: dentro de uma introspecção entre quatro paredes, onde nos conectamos
com nossa Divindade e Lhe votamos louvores, súplicas e agradecimentos; e aquela
em que agimos perante nossas próprias necessidades e as dos que nos rodeiam.
Ambas possuem seu devido valor e a sua hora!
Podemos dizer também que a segunda afirma a primeira.
O Benfeitor, entretanto, nos dará a entender
que precisamos enxergar os fatos que nos rodeiam, compreendê-los e reunirmos em
nós a capacidade do auxílio; e isso é a fé como visão. De forma nenhuma
Emmanuel desconsiderará a introspecção, mas dá-nos o entendimento – ou ratifica
– que nossa fé sem a obra do auxílio poderá ser vã.
Pitágoras afirmaria que “filosofia é a crítica do conhecimento.” Não desejaremos – nem poderemos – estar filosofando perante as necessidades dos que nos cercam, mas, para exercitarmos nossa fé, também o conhecimento nos dará maior capacidade de auxílio.
Convém lembrar-nos que nem Jesus, nem os
apóstolos e nem seus discípulos mais abnegados se comportaram de forma
estática: lutaram, serviram e sofreram pela causa do Mestre; percorriam, numa
época de locomoção rudimentar, longas distâncias; para termos uma ideia, mais
de 150 km separam Cafarnaum de Jerusalém. Percorrendo tais distâncias, eles
interagiam com doentes do corpo e do Espírito, exercendo sua fé travestida de
misericórdia. Esses homens confraternizavam entre si e se reuniam em orações. É
possível que na Casa de Pedro, às margens do lago de Genezaré, haja se
realizado o primeiro Evangelho no Lar.
Se eles nos deram tal roteiro, será natural
que nossa fé se evidencie na prática das ajudas efetivas.
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