182. São Luís diz que a sensação mórbida dos cocheiros foi provocada por Espíritos malévolos, os mesmos que os induziram a beber o rum alheio. Kardec admite também que possa ter havido, no caso, uma espécie de magnetização do líquido, por ação do pensamento do médico. (PP. 291 e 292)
183. Nem sempre aquilo que dizemos vem de
nós; frequentemente, nossos atos são consequência de pensamentos que nos são
sugeridos. (P. 293)
184. A doutrina espírita admite, porém, no
homem, o livre-arbítrio em toda a sua plenitude. Assim, segundo a doutrina
espírita, não há arrastamento irresistível: o homem pode sempre fechar os
ouvidos à voz oculta que o solicita para o mal. (P. 293)
185. As faltas que cometemos têm, pois, a
primeira fonte na imperfeição de nosso Espírito. Quanto mais ele se depurar,
mais diminuirão os lados fracos e menos presa oferecerá aos maus Espíritos. (P.
294)
186. Kardec relata o assassinato de cinco
crianças, cometido por outra de doze anos, que colocou as primeiras dentro de
um baú, e admite como provável que o criminoso seja desses Espíritos que
pertençam a planetas inferiores ao nosso. (PP. 295 e 296)
187. Aos olhos de Deus, diz um Espírito, o arrependimento é sagrado, porque é o homem que a si mesmo se julga. (P. 297)
188. Um velho castelo nos Pireneus foi
vendido e, depois, o comprador percebeu que se tratava de uma casa assombrada.
Pretendendo a rescisão do negócio, a questão foi ao tribunal. Kardec analisa o
fato e afirma que, em tal questão, é preciso primeiro saber se as manifestações
no castelo ocorriam antes ou depois da venda do imóvel. (PP. 297 a 300)
189. Os jornais americanos noticiaram o caso
da aparição da Sra. Park, que apareceu, pouco depois de seu falecimento, à sua
irmã Miss Harris, como lhe prometera momentos antes de seu passamento. (PP. 302
e 303)
190. Kardec fala sobre as polêmicas espíritas
e diz que há um gênero de polêmica do qual sempre se afastará: a que pode
degenerar em personalismo. (P. 305)
191. Há, contudo, uma polêmica a que jamais
recuaria: a discussão séria dos princípios espíritas. (P. 305)
192. Falando sobre reencarnação, Kardec diz
que existe entre a metempsicose dos antigos e a moderna doutrina da
reencarnação esta grande diferença: os Espíritos repelem de modo absoluto a
transmigração dos homens nos animais e vice-versa. (P. 307)
193. Diz Kardec que a reencarnação não foi
ensinada somente a ele, mas foi ventilada em muitos lugares, na França e no
estrangeiro: Alemanha, Holanda, Rússia etc., e isto mesmo antes d' O Livro dos
Espíritos. (P. 308)
194. Desde que se entregou ao Espiritismo,
informa Kardec ter tido comunicações de mais de 50 médiuns e que, em nenhum
caso, os Espíritos se desmentiram nesse ponto. (P. 308)
195. Admitindo-se, porém, que a alma nasce
com o corpo, como explicar as aptidões diversas que as crianças apresentam, as
ideias inatas, os instintos precoces de vícios e virtudes, os selvagens? (P.
311)
196. Com a reencarnação, tudo isso é
explicado com clareza. Os homens trazem, ao nascer, a intuição do que
aprenderam antes, seus defeitos e suas qualidades. (P. 312)
197. Examinando o tema sob a ótica do futuro
do homem, as mesmas dificuldades se apresentam aos que não admitem a
reencarnação: qual será a sorte do selvagem e das crianças mortas em tenra
idade? (PP. 312 e 313)
198. Kardec promete demonstrar mais tarde que
a religião se acha menos afastada da reencarnação do que se pensa, e assevera
que o ensino dos Espíritos é eminentemente cristão, porque se apoia na
imortalidade da alma, nas penas e recompensas futuras, no livre-arbítrio e na
moral cristã. (P. 313)
199. São Luís escreve sobre o suicídio e diz
que o homem, quando se suicida, está superexcitado, com a cabeça transtornada,
e realiza esse ato sem coragem nem medo e, assim, sem conhecimento de causa.
(P. 314)
200. Para elevar-se, o homem deve ser
provado. Criado simples e ignorante, é somente na adversidade que o Espírito
adquire um coração elevado e melhor compreende a grandeza de Deus. (P. 315)
201. A Revue apresenta nova comunicação de
Mehemet-Ali, antigo paxá do Egito, que nos traz diversos ensinamentos
interessantes. Um deles é sobre as pirâmides, um misto de sepulcros e templos.
(P. 316)
202. Os egípcios imaginavam que o Espírito
voltava ao corpo que havia animado; daí a ideia de mumificação dos cadáveres.
(P. 317)
203. Evocado a conselho do Sr. Jobard, o
doutor Muhr, desencarnado no Cairo a 4-6-1857, era médico homeopata, ciência
sobre a qual deu o seguinte depoimento como Espírito: "A homeopatia é o
começo da descoberta dos fluidos latentes. Muitas outras descobertas igualmente
preciosas serão feitas e virão formar um todo harmonioso, que conduzirá vosso
globo à perfeição". (PP. 318 e 319)
204. A Revue consigna uma comunicação
espontânea dada pelo Espírito de Madame de Stäel, na qual ela associa o
Espiritismo a uma nova religião. (P. 319)
205. Madame de Stäel é rigorosa com respeito
à sua obra: "Se eu voltasse e pudesse recomeçar, modificaria dois terços e
conservaria apenas um". (P. 321)
206. A Revue transcreve do
"Spiritualist", de Nova Orléans, notícia a respeito do médium Sr.
Rogers, residente em Columbus, que consegue fazer retratos de pessoas mortas
que jamais havia visto. (P. 322)
207. Kardec escreve sobre as faculdades da
Sra. Roger, sonâmbula, que consegue ver à distância pessoas e objetos
desaparecidos. (PP. 326 e 327)
208. Diz o codificador que a clarividência
sonambúlica nem sempre é reflexo de um pensamento estranho: o sonâmbulo pode
ter uma lucidez própria, absolutamente independente. (P. 328)
Questões
propostas
A.
Os arrastamentos que sofremos são irresistíveis?
Não. Claro que nem sempre aquilo que dizemos
vem de nós e, frequentemente, nossos atos são consequência de pensamentos que
nos são sugeridos. Mas a doutrina espírita admite, no homem, o livre-arbítrio
em toda a sua plenitude. Assim, segundo o Espiritismo, não há arrastamentos
irresistíveis: o homem pode sempre fechar os ouvidos à voz oculta que o
solicita para o mal. (Revue Spirite de 1858, pp. 293 e 294.)
B.
Kardec era avesso às polêmicas?
Sim e não. Há um gênero de polêmica do qual
ele disse que sempre se afastaria: a que pode degenerar em personalismo.
Contudo, tornou claro que jamais recuaria a uma polêmica que tivesse por
objetivo a discussão séria dos princípios espíritas.
C.
Há diferença entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação?
Sim. Existe entre a metempsicose dos antigos
e a moderna doutrina da reencarnação esta grande diferença: os Espíritos
repelem de modo absoluto a transmigração dos homens nos animais e vice-versa.
D.
Como surgiu no contexto espírita o ensinamento sobre a reencarnação?
Kardec diz que a reencarnação não foi
ensinada somente a ele, mas foi ventilada em muitos lugares, na França e no
estrangeiro: Alemanha, Holanda, Rússia etc. e isto mesmo antes de O Livro dos
Espíritos. Desde que se entregou ao Espiritismo, o Codificador afirma ter
obtido comunicações de mais de 50 médiuns e que, em nenhum caso, os Espíritos
se desmentiram nesse ponto.
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