Justiça divina

A reencarnação e a compreensão da justiça divina, que facultam ao Espírito vencer arestas aparando defeitos, adquirindo virtudes nas experiências que vivencia e crescendo em amor e sabedoria, dão àquele que tem esse conhecimento uma sensação de paz frente aos embates da vida e a certeza do jugo suave e do fardo leve, se embasado na vivência cristã genuína.

Referente a esse fato, pudemos observar isso numa senhora muito simples, assistida por nossa Casa espírita. Há alguns dias ela nos pediu para conversar em particular e contou-nos um problema familiar, que ela compreende com serenidade por receber a orientação espírita. Uma netinha sua de um ano e meio não anda, não sustenta o corpo e não tem o desenvolvi mento normal para a idade. Faz fisioterapia e já passou por vários médicos, sem resultados. O pai da menina, revoltado, se entrega à violência, blasfemando, reclamando, gritando. A pequena criança tem se assustado muitas vezes e entrado no choro sem motivo aparente. A avó compreende que ela está sendo assediada por cobradores do passado ou por Espíritos que estão acompanhando o pai na sua rebeldia, dado o seu inconformismo.

Situações de sofrimento, dores acerbas ainda grassam intensamente na Terra. Não haveria justiça se houvesse apenas uma única existência. A reencarnação adquire uma lógica irretorquível quando se analisa a desigualdade que há em toda a parte, tanto moral quanto econômica, quanto na saúde dos indivíduos. Somente crescendo no conhecimento e no amor e chegando à plenitude do amor é que, de fato, haveremos de ver a felicidade imperar na Terra, mas é possível não ser infeliz quando se compreende o porquê da dor.

Essa senhora que nos contou seu caso é uma entre milhares de outros que passam por sofrimentos inenarráveis, mas ela sorri, tem esperança, tem a noção da Justiça Divina, encara a dor de sua neta como uma bendita oportunidade de crescimento, e se prontifica a ajudá-la no que for possível, a amar sempre.

Bendito o momento em que a luz do Espiritismo se derramou sobre a Terra, a partir do sublime comando do Cristo, que designou o insigne professor Allan Kardec para codificá-lo e dar-lhe direção!

O Espiritismo é luz bendita!

Que o espírita aproveite muito a presença dessa luz em sua vida e deixe-a brilhar em sua conduta e em seus olhos, vivenciando o que aprende, pois oportunidade como essa que desfruta agora não sabemos quando voltará!

Aproveitemos o máximo para que essa justiça venha sempre a nos encontrar pacificados pela conduta reta e o caráter nobre.

Fonte:

Jornal O Imortal, fevereiro de 2006.

Por Jane Martins Vilela. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário