209. A Revue transcreve um conto de Frédéric Soulié, "Uma Noite Esquecida", psicografado por Caroline Baudin, médium do gênero absolutamente passivo, que não tinha a menor consciência do que escrevia. Primeiro, ela valeu-se da cesta de bico; depois serviu-se da psicografia direta. (P. 329)
210. Kardec diz que a Gazette de Cologne
publicou a história da aparição do General Marceau, que muitas pessoas alegam
ter visto à noite, montado num cavalo, com seu manto branco dos caçadores
franceses. (P. 333)
211. Falando sobre aparições, Kardec lembra
que o Espírito está unido ao corpo por uma substância semimaterial, chamada
perispírito. Os encarnados têm, portanto, dois envoltórios: o corpo destrutível
e o corpo etéreo, vaporoso, indestrutível – o perispírito. (P. 335)
212. O perispírito é invisível, mas pode
tornar-se visível. Uma outra propriedade dele é a penetrabilidade. Nenhuma
matéria lhe oferece obstáculo: ele as atravessa a todas, como a luz atravessa
os corpos transparentes. (P. 336)
213. Kardec diz conhecer uma jovem senhora
que muitas vezes via em sua casa e no seu quarto homens, na verdade Espíritos,
que aí entravam e saíam, embora estivessem fechadas as portas. (P. 337)
214. Kardec fala sobre o Sr. Adrien, destacando que de todas as suas faculdades como médium a mais notável é a vidência. (P. 339)
215. Colocamos o Sr. Adrien – diz o
codificador – entre os mais notáveis médiuns e na primeira fila daqueles que
nos forneceram os mais preciosos elementos para o conhecimento do mundo
espírita. (P. 340)
216. Com o Sr. Adrien, Kardec esteve em
teatros, bailes, hospitais, cemitérios e Igrejas, e assistiu a enterros,
casamentos, batizados e sermões, em toda parte observando os Espíritos que ali
estavam. (P. 340)
217. Kardec relata o caso da morte de um
amigo do Sr. Adrien, vitimado por um ataque de apoplexia. Horas depois da
morte, o vidente viu o Espírito do defunto, com a mesma aparência de antes, a
andar de um lado para outro, sem compreender o que se passava. (P. 341)
218. No dia seguinte, o médium viu o Espírito
vagando ao lado do caixão, mas estava agora envolto numa espécie de túnica. O
Sr. Adrien conversou com ele e viu que ele ignorava a sua morte. (P. 341)
219. A seguir, o médium o viu aproximar-se do
filho que chorava. Curvou-se sobre ele, ficou uns momentos nessa posição,
depois partiu rapidamente. O médium notou, então, que o que ele dizia chegava
ao coração do filho. (P. 342)
220. A Revue trata do tema bicorporeidade e
cita os casos de Santo Afonso de Liguori, canonizado antes do tempo exigido,
por se haver mostrado simultaneamente em dois lugares, e de Santo Antônio de
Pádua, que pregava na Espanha quando foi visto em Pádua. (P. 344)
221. Evocado, Afonso de Liguori confirma o
fato que lhe foi atribuído e explica o seu mecanismo. (P. 344)
222. Kardec faz um estudo sobre as sensações
dos Espíritos, procurando explicar como é a dor sentida pelos Espíritos. (PP.
347 e 348)
223. A conclusão parece clara: os sofrimentos
que o Espírito padece são sempre consequência da maneira por que viveu na
Terra. (P. 351)
224. Um Espírito ensina que o sono liberta
inteiramente a alma do corpo: quando dormimos ficamos momentaneamente no estado
em que, de maneira definitiva, nos encontraremos depois da morte. (P. 353)
225. O sonho – diz ele – é a lembrança
daquilo que o vosso Espírito viu durante o sono; notai, porém, que não sonhais
sempre, porque nem sempre vos lembrais daquilo que vistes ou de tudo quanto
vistes. (P. 354)
226. Kardec escreve sobre a mulher e lhe faz
um elogio inusitado: "A mulher é delineada mais finamente que o homem, o
que indica, naturalmente, uma alma mais delicada. É assim que nos meios
semelhantes, em todos os mundos, a mãe será mais bela que o pai, por ser a que
a criança vê primeiro". (P. 357)
227. "Mulheres! Não temais deslumbrar os
homens pela vossa beleza, por vossas graças, por vossa superioridade – diz
Kardec. – Saibam, porém, os homens que, para se tornarem dignos de vós, devem
ser tão grandes quanto sois belas, tão sábios quanto sois boas, tão instruídos
quanto sois originais e simples." (P. 357)
228. Kardec evoca uma viúva de Malabar, uma
dessas mulheres da Índia, sujeitas ao costume de queimar-se sobre o cadáver do
marido. Evidentemente, ela disse que preferia ter-se casado com outro homem, ao
invés de ser queimada. (P. 361)
229. Evocada, Luísa Charly, chamada Labé,
cognominada "A Bela Cordoeira", explica que, embora tenha sido feliz
na Terra, a felicidade do Céu é coisa muito diferente. Por Céu, ela diz
referir-se a outros mundos. (P. 363)
230. Luísa confirma que Júpiter é um mundo
feliz, mas adverte que ele não é o único favorecido por Deus. Os mundos felizes
são tão numerosos quanto os grãos de areia do oceano. (P. 363)
231. O Sr. Ch. Renard, assinante da Revue,
residente em Rambouillet, conta em carta escrita a Kardec sobre suas
experiências com os fenômenos espíritas, muito antes do advento das mesas
girantes, e fala sobre as experiências da família Fox e dos trabalhos de Davis,
considerados por Conan Doyle os principais precursores do Espiritismo. (P. 366)
232. Fechando o ano de 1858, Kardec diz,
feliz, que doravante a existência da Revue se achava assegurada por um número
de assinantes que aumentava dia a dia, e afirma que o Espiritismo marcha a
passos gigantescos pelo mundo inteiro. (PP. 367 e 368)
233. Refere Kardec que os Espíritos então lhe
disseram: "Este é o primeiro período; em breve passará, para dar lugar a
ideias mais elevadas. Novos fatos revelar-se-ão, marcando um novo período – o
filosófico – e a doutrina crescerá em pouco tempo, como a criança que deixa o
seu berço". (P. 368)
Auestões
propostas
A.
A que propriedades Kardec se refere, na Revue, ao falar sobre o perispírito?
Inicialmente, diz ele que os encarnados têm
dois envoltórios: o corpo destrutível e o corpo etéreo, vaporoso, indestrutível
– o perispírito. O perispírito é invisível, mas pode tornar-se visível. Uma
outra propriedade dele é a penetrabilidade. Nenhuma matéria lhe oferece
obstáculo: ele as atravessa a todas, como a luz atravessa os corpos
transparentes. E, para corroborar esta informação, diz conhecer uma jovem
senhora que muitas vezes via em sua casa e no seu quarto homens, na verdade
Espíritos, que aí entravam e saíam, embora estivessem fechadas as portas.
(Revue Spirite de 1858, pp. 335 a 337.)
B.
Existe relação entre os sofrimentos que o Espírito padece e suas atitudes
quando encarnado?
Sim. Na Revue ele apresenta um estudo sobre
as sensações dos Espíritos, no qual procura explicar como é a dor sentida pelos
Espíritos. Sua conclusão é esta: os sofrimentos que o Espírito padece são
sempre consequência da maneira pela qual viveu na Terra. (Obra citada, pp. 347
a 351.)
C.
Como explicar os sonhos?
Segundo um instrutor espiritual, o sono
liberta inteiramente a alma do corpo. Quando dormimos ficamos momentaneamente
no estado em que, de maneira definitiva, nos encontraremos depois da morte. Os
sonhos seriam a lembrança daquilo que vimos durante o sono. (Obra citada, pp.
353 e 354.)
D.
Que palavras Kardec dedicou, na Revue de 1858, às mulheres?
O Codificador fez às mulheres um elogio
inusitado: "A mulher é delineada mais finamente que o homem, o que indica,
naturalmente, uma alma mais delicada. É assim que nos meios semelhantes, em
todos os mundos, a mãe será mais bela que o pai, por ser a que a criança vê
primeiro". E acrescentou: "Mulheres! Não temais deslumbrar os homens
pela vossa beleza, por vossas graças, por vossa superioridade. Saibam, porém, os
homens que, para se tornarem dignos de vós, devem ser tão grandes quanto sois
belas, tão sábios quanto sois boas, tão instruídos quanto sois originais e
simples."
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