95. Um assinante suscita a questão das metades eternas e pede a Kardec analise o assunto. Abelardo e Heloísa, evocados, explicam que a ideia é errônea, mas confirmam o fato de que as almas afins se buscam, devido à simpatia e à semelhança de gostos e ideais. (P. 140)
96. São Luís afirma que a expressão metades
eternas é inexata e que não existe uma união particular e fatal de duas almas.
(P. 141)
97. Kardec conclui o assunto dizendo ser
necessário rejeitar a ideia de que dois Espíritos, criados um para o outro, um
dia deverão unir-se na eternidade. (As respostas de São Luís e o comentário de
Kardec deram origem às perguntas 298 a 303 de O Livro dos Espíritos.) (P. 142)
98. A Revue publica duas entrevistas com o
Espírito de Mozart, enviadas por um de seus assinantes. (P. 142)
99. Mozart informa estar habitando Júpiter,
onde não existe o ódio e a melodia existe em toda parte: nas águas, nas folhas,
no vento, nas flores – tudo produz sons melodiosos. (PP. 144 e 145)
100. Nenhuma música, diz ele, pode dar uma
ideia da que existe ali. "Não temos instrumentos: são as plantas e os
pássaros os coristas. O pensamento compõe e os ouvintes gozam sem audição
material, sem o concurso da palavra -- e isto a uma distância
incomensurável." (P. 145)
101. Confirmando a necessidade da reencarnação para evoluir, Mozart diz que a crença em Deus e a dedicação ao trabalho trar-nos-ão a calma. (P. 146)
102. Um assinante de Haia (Holanda) enviou
interessante relato sobre a manifestação do Sr. M., que deserdou os parentes
próximos em favor da família da mulher, falecida pouco antes dele. (P. 147)
103. Com ajuda de espíritas radicados em
Lião, foi desmascarado um impostor que dizia ser o Sr. Home. Para confundir o
público, o Sr. Lambert Laroche intitulava-se grande médium americano de nome
Hume. (PP. 150 e 151)
104. A Revue noticia a fundação no dia 1º de
abril de 1858 da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. (P. 153)
105. São Luís fala sobre os fluidos e explica
como é que os Espíritos fazem os objetos materiais mover-se, dando-lhes uma
vida factícia: quando a mesa se ergue não é o Espírito que a levanta; é a mesa
animada que obedece ao Espírito inteligente. (PP. 155 a 157)
106. Kardec percebe seu equívoco anterior e
conclui que quando um objeto é posto em movimento, arrebatado ou lançado no ar,
não será o Espírito que o pega, empurra ou levanta: ele o satura com o seu
fluido, pela combinação com o do médium, e, assim momentaneamente vivificado, o
objeto age como se fosse um ser vivo. (P. 158)
107. A Revue prossegue relatando os fenômenos
de raps publicados pelo "Jornal de Bergzabern" em que a médium era a
jovem Filipina Sanger. (P. 159)
108. Perto do Natal os golpes e as
arranhaduras tornaram-se mais violentos e duravam mais tempo. Ouviam-se no alto
pancadas muito fortes, que faziam abalar a casa, sacudir as janelas e dar a
impressão às pessoas presentes de que o solo tremia sob seus pés. (P. 165)
109. São Luís escreve sobre a preguiça,
asseverando que a força não foi dada ao homem, nem a inteligência ao seu
espírito, para que consuma seus dias na ociosidade, mas para ser útil aos seus
semelhantes. (P. 170)
110. Kardec conversa com o Espírito do Sr.
Morisson, o milionário inglês que nos dois últimos anos de vida imaginava-se
reduzido à extrema pobreza. São Luís diz que ele sofria muito pelo bem que não
fez. (P. 171)
111. A respeito desse caso, São Luís afirma
que em parte alguma se têm encargos apenas para consigo mesmo. O homem responde
pelos que o cercam e não só pelas almas que lhe foram confiadas. (P. 172)
112. Kardec evoca o Espírito de um suicida,
seis dias após a sua morte no estabelecimento da Samaritana. O homem contava
cerca de 50 anos. (P. 173)
113. O suicida não tinha ciência de sua
morte, embora sentisse sufocar-se no caixão. São Luís explica que o Espírito do
suicida fica ligado ao corpo até o termo de sua vida. (PP. 173 e 174)
114. A dúvida da morte é muito comum nos
recém-falecidos, diz Kardec; principalmente naqueles que em vida não elevaram a
alma acima da matéria. É um fenômeno bizarro, mas explicável naturalmente. (P.
174)
115. Após transcrever parte das confissões de
Luís XI, ditadas por ele mesmo à srta. Ermance Dufaux, Kardec diz que esse
trabalho prova que as comunicações espíritas podem esclarecer-nos sobre a
História, desde que nos saibamos colocar em condições favoráveis. (P. 178)
116. A Revue transcreve trecho da
"História da França", de Henri Martin, célebre historiador francês,
que descreve com respeito os fatos espíritas e as faculdades extraordinárias de
Joana d'Arc. (PP. 179 a 181)
117. Em todos os tempos, diz Kardec, o gênio
da discórdia agitou o seu facho sobre a Humanidade: é que os Espíritos
inferiores, invejosos da felicidade dos homens, encontram entre estes acesso
muito fácil. (P. 182)
118. Kardec foi ao banquete anual dos
magnetizadores e diz professar a ciência magnética há 35 anos, desde, pois, os
18 anos de idade. (P. 183)
119.
São Luís escreve sobre a inveja e diz que as obras de caridade e de
submissão são as únicas que nos darão entrada no seio de Deus. A inveja é uma
das mais feias e mais tristes misérias deste globo. A caridade e a constante
emissão da fé farão desaparecer todos esses males. (P. 186)
120. Os jornais franceses noticiaram o
curioso fenômeno da imagem do falecido Sr. Badet, com seu boné de algodão,
fotografada no vidro da janela, à qual costumava ficar no período de sua
enfermidade. (P. 186)
121. Evocado, o Sr. Badet confirmou o fato,
mas não conseguiu explicá-lo com clareza. Ele, contudo, confirmou que o
Espírito não tem olhos, mas o perispírito os tem. (P. 188)
122. Kardec tece considerações sobre a
fotografia espontânea e adverte que devem desiludir-se os que pensam que os
Espíritos lhes abririam minas de ouro, pois sua missão é mais séria. (P.
192)
Questões
propostas
A.
Existem metades eternas?
Um assinante suscitou esta questão. Abelardo
e Heloísa, evocados, explicaram que a ideia é errônea, mas confirmaram o fato
de que as almas afins se buscam, devido à simpatia e à semelhança de gostos e
ideais. (Revue Spirite de 1858, pp. 140 e 141.)
B.
Quando foi fundada a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas?
Em 1º de abril de 1858, conforme notícia
veiculada pela própria Revue. (Revue Spirite de 1858, p. 153.)
C.
Como é que os Espíritos fazem os objetos materiais mover-se?
Segundo São Luís, os Espíritos fazem os
objetos materiais mover-se dando-lhes uma vida factícia: quando a mesa se ergue
não é o Espírito que a levanta; é a mesa animada que obedece ao Espírito
inteligente. Kardec pensava de modo diferente, mas mudou de opinião com a
explicação dada por São Luís. Assim, diz ele, quando um objeto é posto em
movimento, arrebatado ou lançado no ar, não é o Espírito que o pega, empurra ou
levanta: ele o satura com o seu fluido, pela combinação com o fluido do médium,
e, desse modo, momentaneamente vivificado, o objeto age como se fosse um ser
vivo. (Revue Spirite de 1858, pp. 155 a 158.)
D.
A dúvida a respeito da própria morte é comum aos recém-falecidos?
Sim. A dúvida da morte é muito comum nos
indivíduos recentemente falecidos, principalmente quando em vida não elevaram a
alma acima da matéria. (Revue Spirite de 1858, p. 174.)

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