A infância é uma fase de adaptação necessária ao Espírito que retorna à existência corpórea. Existente nos diferentes mundos, ela é, porém, menos obtusa nos planetas mais adiantados.
Recém-saído do mundo espiritual, onde gozava
de maior liberdade e dispunha de maiores recursos, o Espírito se vê, durante
essa fase, em dificuldades para exprimir plenamente seus pensamentos e
manifestar suas sensações.
Nesse período da vida, em que o Espírito se
vê limitado em sua liberdade, a infância é uma demonstração da misericórdia de
Deus, que lhe propicia uma dupla vantagem:
1ª. O Espírito ganha o tempo indispensável a
fim de se preparar para as futuras e difíceis tarefas da nova existência
corpórea.
2ª. Pela fase que atravessa, revestido da
simplicidade e da inocência comuns a todas as crianças, desperta nos pais e no
núcleo a que pertence muita simpatia, interesse e boa vontade, o que facilitará
o desempenho de suas tarefas no mundo.
Sabemos que, ao desenvolver-se, a criança apresentará, nos anos que se seguirem, as tendências e defeitos morais inerentes ao seu real adiantamento espiritual, mas este poderá, sem nenhuma dúvida, ser sensivelmente modificado pela influência recebida, desde o berço, dos pais e das pessoas incumbidas de educá-la.
Reencarnando sob a forma inicial de uma
criança, o Espírito é mais acessível, durante esse período, às impressões que
recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir
as pessoas investidas dessa tarefa, cuja importância é enfatizada por Emmanuel
no cap. CLI de seu livro “Caminho, Verdade e Vida” nos seguintes termos: “A juventude pode ser comparada a esperançosa
saída de um barco para viagem importante. A infância foi a preparação, a
velhice será a chegada ao porto”. “Todas as fases requisitam as lições dos
marinheiros experientes, aprendendo-se a organizar e a terminar a viagem com
êxito desejável.”
Fonte:
Revista O Consolador, 5/10/2007
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