34. Kardec comenta a vinda do Sr. Home a Paris em 1855 e diz que o médium não cobra por suas manifestações, nem pede nada a ninguém.
35. Por que o Sr. Home veio à França? Para
imprimir nesse país, ainda em dúvida, um grande impulso às manifestações
espíritas.
36. Daniel Dunglas Home, nascido em
15-3-1833, perto de Edimburgo, descende da antiga e nobre família dos Dunglas
da Escócia. De estatura mediana, louro e fisionomia melancólica, é de
compleição muito delicada, de costumes simples e meigos, de caráter afável e
benevolente.
37. A faculdade mediúnica se lhe revelou
desde a mais tenra idade. Aos seis meses seu berço se balançava sozinho e,
quando não podia alcançar os brinquedos, estes vinham pôr-se ao seu alcance. As
primeiras visões ocorreram aos 3 anos. Sua reputação como médium só se criou em
1855.
38. Kardec elogia a dignidade de linguagem
adotada pelo Sr. Paul Auguez na refutação feita às agressões do Sr. Viennet ao
Espiritismo.
39. Kardec informa que grande cópia de fatos e notícias lhe foram enviados pelos leitores da Revue em resposta a seu apelo de janeiro.
40. Chegamos por um simples raciocínio a
concluir pela pluralidade dos mundos habitados. E tal raciocínio acha-se
confirmado pela revelação dos Espíritos, que ensinam que tudo é povoado no
Universo.
41. Vimos que todas as probabilidades são
para a pluralidade dos mundos, embora nem todos estejam no mesmo grau de
perfeição.
42. Dizendo que Marte é menos adiantado do
que a Terra, Kardec assevera que Júpiter é, em nosso sistema, o mais adiantado
de todos.
43. Kardec refere-se a mais um trabalho da
Srta. Ermance Dufaux: a História de Luís XI. A médium contava então apenas 14
anos.
44. São Luís analisa um acidente com um barco
que virou em Dunquerque matando 4 pessoas e diz que as provas físicas, uma vez
escolhidas pelo Espírito, vão compor para ele uma espécie de destino.
45. “O acidente está marcado no destino do
homem; tu mesmo escolheste a tua prova”, ensina São Luís.
46. Antes de encarnar-se, o Espírito tem
conhecimento de todas as fases de sua existência; quando estas têm um caráter
saliente, conserva uma espécie de impressão em seu foro íntimo e tal impressão,
despertando ao aproximar-se o instante, torna-se pressentimento.
47. Quando um Espírito nos diz que foi
Sócrates ou Platão, somos obrigados a crer, porque não traz ele carteira de
identidade; mas quando for um parente, um amigo, mil circunstâncias permitem
identificá-lo.
48. Kardec conversa com o criminoso Lemaire,
29 dias depois de sua execução, em Aisne, Norte da França.
49. Lemaire diz haver encontrado suas
vítimas, cujo olhar o perseguia, e em vão procurava fugir-lhes.
50. Por que enveredou pelo caminho do crime?
Lemaire diz que se julgava forte e escolheu uma rude prova, mas cedeu às
tentações do mal.
51. Evocado, o Espírito de uma rainha de Aúde
(antigo reino da Índia) revela todo o seu atraso moral e sua soberba.
52. Para ela, a religião cristã é absurda e
Jesus, o filho do carpinteiro, indigno de ocupar seu pensamento.
53. Dr. Xavier, que lera O Livro dos
Espíritos antes de falecer, é evocado por Kardec e nos deixa muitos ensinamentos.
54. Dr. Xavier diz que a doutrina espírita é
grande, mas certos discípulos a prejudicam – os que atacam coisas reais: as
religiões.
55. É notável a semelhança entre o que Dr.
Xavier diz do aborto e as perguntas 358 e 359 d' O Livro dos Espíritos.
56. Falando das manifestações físicas, Kardec
diz que essa faculdade não é muito rara: em cem pessoas, pelo menos cinquenta
possuem essa aptidão, em maior ou menor grau. O Sr. Home é uma delas.
57. Sob a influência do Sr. Home, fazem-se
ouvir os ruídos mais retumbantes e todo o mobiliário de uma sala pode ser
revirado e os móveis amontoados uns sobre os outros.
58. Geralmente o Sr. Home inicia suas sessões
pelos fatos conhecidos: pancadas, movimento e suspensão da mesa.
59. Como se dá com a mesa, o Sr. Home já foi
elevado até o teto e desceu do mesmo modo. De todas as manifestações produzidas
por ele, a mais extraordinária é, porém, a das aparições.
60. Kardec confirma, com prazer, a notícia dada
por alguns jornais, de um legado de 6.000 francos de renda, feita ao Sr. Home
por uma senhora inglesa, por ele convertida à doutrina espírita. Por todos os
títulos o Sr. Home merecia esta prova de consideração, diz Kardec.
61. Baseando-se ambos na existência e na
manifestação da alma, o magnetismo e o Espiritismo podem e devem prestar-se
mútuo apoio, porque eles se completam e se explicam mutuamente.
62. Seus adeptos, porém, discordam nalguns
pontos: certos magnetistas não admitem a manifestação dos Espíritos e pensam
que podem tudo explicar só pela ação do fluido magnético.
63. Os adeptos do Espiritismo, ao contrário,
são todos concordes com o magnetismo e todos admitem sua ação.
64. O magnetismo preparou o caminho do
Espiritismo, e os rápidos progressos desta última doutrina são
incontestavelmente devidos à vulgarização das ideias sobre a primeira.
65. Kardec admite, com o Sr. Georges, que a
Humanidade entrara no período psicológico, mas não concorda que o período
científico tenha dito a última palavra; ao contrário, virão ainda muitos outros
prodígios.
Questões
propostas
A.
Os acidentes fazem parte do destino do homem?
São Luís diz que sim, explicando que as
provas físicas, uma vez escolhidas pelo Espírito, vão compor para ele uma
espécie de destino. (Revue Spirite, pp. 75 a 77.)
B.
Como explicar os pressentimentos?
Segundo os ensinos espíritas, antes de
encarnar-se o Espírito tem conhecimento de todas as fases de sua existência;
quando estas têm um caráter saliente, conserva uma espécie de impressão em seu
foro íntimo e tal impressão, despertando ao aproximar-se o instante, torna-se
pressentimento. Eis aí uma das causas desse fato. (Revue Spirite, pág. 78.)
C.
A mediunidade de efeitos físicos é rara em nosso mundo?
Não. Kardec diz que essa faculdade não é
rara: em cem pessoas, pelo menos cinquenta possuem essa aptidão, em maior ou
menor grau. (Revue Spirite, pág. 92.)
D.
Que relação existe entre o magnetismo e o Espiritismo?
Baseando-se ambos na existência e na
manifestação da alma, o magnetismo e o Espiritismo podem e devem prestar-se
mútuo apoio, porque eles se completam e se explicam mutuamente. O magnetismo,
segundo Kardec, preparou o caminho do Espiritismo, e os rápidos progressos
desta última doutrina são incontestavelmente devidos à vulgarização das ideias
sobre a primeira. (Revue Spirite, pp. 95 e 96.)
Fonte:
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