Conteúdo
doutrinário
Esta obra prima pela singeleza: tem início com a
prece sincera de uma jovem, solicitando proteção da mãe (desencarnada), a qual
não tinha condições de atendê-la… Aí, então, somos logo esclarecidos quanto à
“prece refratada” (aquela que tem o impulso luminoso desviado do endereço
original, indo, ou melhor, subindo a Planos Espirituais superiores, de onde o
atendimento é prontamente deflagrado). Dessa forma, apenas uma prece
desencadeia todo o texto deste livro.
A trilha narrativa é toda ela embasada na família,
no que ela representa de dramas cotidianos, de conflitos multiplicados, de
processos obsessivos instalados, tudo isso no lar — mas, sobretudo, fala da bondade
de Deus, propiciando permanentes oportunidades de reconstrução, através
reajustes, quase sempre dolorosos, mas de benéficos resultados morais.
O reajuste familiar — talvez o mais fundamental dos
objetivos divinos da reunião consanguínea de seres (a família) sob um mesmo
teto (o lar) — desemboca, invariável e vitoriosamente na harmonia, na paz e no
amor!
O aguilhão da culpa é aqui descrito com cores
fortes, num alerta de fantástico valor pedagógico.
Há, ainda, até onde sabemos, ao menos um ensino
espírita inédito: o referente aos chacras.
Reverberando lições do Mestre Jesus encontramos
momentos de sublime leitura, quando personagens em demorado litígio se
predispõem agora (“enquanto estão a caminho”…) ao perdão, em lances dramáticos
de reconciliação.
A ação protetora do Plano Espiritual, jamais negada
aos encarnados e aos desencarnados é expressão maior nesta obra, a espelhar o
Amor do Criador para com todas as Suas criaturas.
Capítulo
1 – Em torno da prece
O potencial de atendimento da prece tem infinitos degraus, sendo diretamente proporcional ao degrau evolutivo daquele que a faz. Se alguém nutre desejo de perpetrar uma falta não estará em prece e sim em “invocação”. Para o bem ou para o mal nossas aspirações sintonizam, respectivamente, mentes elevadas ou mentes estagnadas na ignorância — a escolha é nossa, tanto quanto o alcance das consequências, felizes ou infelizes.
Capítulo
2 – No cenário terrestre
Deparamo-nos aqui com uma prece refratada
(comovedora) e aprendemos sobre a relatividade do livre-arbítrio, ou
“fatalidade relativa”. O capítulo mostra ainda a infeliz teia que prende vários
personagens (encarnados e desencarnados), sendo auxiliados graças ao apelo
feito ao Plano Espiritual por uma jovem bondosa, cuja encarnação houvera sido
organizada em Nosso Lar.
Capítulo
3 – Obsessão
Num caso de grave obsessão (entre dois Espíritos —
desencarnado, o obsessor, e encarnado, o obsidiado) é-nos esclarecido que uma
separação brusca entre ambos, pode ocasionar graves consequências para a
obsidiado, talvez a morte do corpo.
Capítulo
4 – Senda de provas
Intenções podem ser atenuantes ou agravantes para
todo aquele que formula ideias e nelas se fixa. Desejos são forças mentais
coagulantes, ensejando ações venturosas ou de dolorosas resultantes.
Capítulo
5 – Valiosos apontamentos
O mar é fonte inesgotável de fluidos reconfortantes
para enfermos encarnados e principalmente desencarnados. A enfermidade longa é
aqui mostrada como sendo bênção mal aquilatada pela maioria dos doentes que por
ela passam ou que, em consequência, venham a desencarnar.
Capítulo
6 – Num lar cristão
Mulher abandonada pelo marido educa seus filhos
dentro da moral cristã. Vemos preciosa reunião familiar de preces e estudos
referentes aos ensinos de Jesus — principalmente a excelência de benesses
desencadeadas pelo perdão das ofensas.
Capítulo
7 – Consciência em desequilíbrio
O capítulo leciona-nos sobre o problema da culpa: um
criminoso (no caso, um Espírito desencarnado) fixou na mente o crime que
cometeu (assassinato) e as últimas expressões da vítima; vive perturbado há
décadas, embora a própria vítima já tenha até reencarnado. Essa imagem se
revitaliza cada dia em sua memória.
Capítulo
8 – Deliciosa excursão
Mães (Espíritos encarnados, no desdobramento do
sono) são levadas por Espíritos benfeitores ao Plano Espiritual para visitar
filhos seus, desencarnados em pouca idade. O deslocamento, por volitação,
justifica o título do capítulo. O esquecimento do passado tem aqui vigorosa
defesa, por constituir bênção divina, nem sempre assim considerada.
Capítulo
9 – No lar da bênção
É importante colônia educativa de Espíritos
desencarnados, ainda crianças. Vemos o caso de um ex-suicida que na reencarnação
seguinte morre afogado no mar. Na Espiritualidade, seu perispírito apresenta
profunda chaga na garganta, que o atormenta sem cessar.
Capítulo
10 – Preciosa conversação
São citados valiosos ensinamentos referentes aos
Espíritos desencarnados quando ainda crianças. Geralmente, tais Espíritos, em
vidas passadas, eram muito inteligentes, dominadores e egoístas. Após períodos
mais ou menos longos de purgação, recebem a bênção de nova reencarnação,
retornando necessitados de silêncio e solidão que lhes proporcione
desvencilharem dos envoltórios inferiores em que se enredaram. É citado o
infeliz e largamente praticado ato do “infanticídio inconsciente e indireto” de
terríveis consequências para as mulheres que se comportam “mais fêmeas que
mães”, na forte expressão do capítulo.
Fonte:
Grupo Espírita Amor Fraterno
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