CAPÍTULO XXVII
PEDI E OBTEREIS
1. Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas,
que, afetadamente, oram de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem
vistos pelos homens. Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua
recompensa. Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a
porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em
secreto, vos dará a recompensa. Não cuideis de pedir muito nas vossas preces,
como fazem os pagãos, os quais imaginam que pela multiplicidade das palavras é
que serão atendidos. Não vós torneis semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe
do que é que tendes necessidade, antes que lho peçais. (S. Mateus, 6:5 a 8.)
2. Quando vos aprestardes para orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém,
perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos perdoe os
vossos pecados. Se não perdoardes, vosso Pai, que está nos céus, também não vos
perdoará os pecados. (S. Marcos, 11:25 e 26.)
3. Também disse esta parábola a alguns que punham a sua confiança em si mesmos,
como sendo justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo
para orar; um era fariseu, publicano o outro. O fariseu, conservando-se de pé,
orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, rendo-vos graças por não ser como os
outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo como esse
publicano. Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo. O
publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava, sequer, erguer os
olhos ao céu; mas, batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que
sou um pecador. Declaro-vos que este voltou para a sua casa, justificado, e o
outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se
humilha será elevado. (S. Lucas, 18:9 a 14.)
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