O poder do amor
Neste
capítulo, Calderaro recebe a visita da irmã Cipriana que veio ajudar os dois
irmãos infelizes, obsediado e obsessor. André se admira pelo fato deles
próprios não poderem ajudar, não bastava esclarecê-los? Calderaro explica que
no caso em questão não é suficiente ter o conhecimento da verdade, é preciso
ser portador do amor fraternal. Ou seja, amar a todos como irmãos e ser capaz,
se for o caso, de se sacrificar por eles. O melhor exemplo de portador do
divino amor fraternal é Jesus. Nunca nos deixou de amar, mesmo nós o tendo
pregado na cruz.
"Estendeu as mãos para os dois desventurados, atingindo-os com o seu amoroso magnetismo, e notei, assombrado, que o poder daquela mulher sublimada lhes modificava o campo vibratório. Sentiram-se ambos desfalecer, oprimidos por uma força que os compelia à quietação. Entreolharam-se com indizível espanto, experimentando o respeito e o temor, presas de comoção irreprimível e desconhecida... Seus olhos espelhavam, no silêncio, angustiosa perquirição, quando a mensageira, avizinhando-se, os tocou de leve na região visual; reparei, de minha parte, que ambos registraram abalo mais forte e indisfarçável."
Lembro-me
de uma parábola contada em “Jesus no Lar” em que o Mestre fala que para subir
aos céus, o anjo precisa de duas asas: o conhecimento e o amor. O primeiro é
mais fácil, pois basta esforço e dedicação. O segundo é mais difícil, pois é
necessário aprender a se doar por completo aos outros. Cipriana é um anjo que
já tem a asa do amor, enquanto André e Calderaro ainda a almeja.
Fonte: Diário de um médium iniciante
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