Ante o serviço
André Luiz nos fala dos
preparativos antes de uma reunião mediúnica de desobsessão. Do relato é
possível fazer alguns comentários:
- Presença dos
irmãos encarnados em tratamento - na época dos fatos narrados no livro, este
era um procedimento comum: as pessoas obsediadas eram trazidas para a
reunião mediúnica para serem atendidas. Hoje já não se costuma fazer isto.
Quando alguém precisa de assistência espiritual, os trabalhadores fazem o
atendimento do obsediado durante o seu sono e levam o obsessor para a
reunião mediúnica sem necessitar da presença física do primeiro. Deve-se
entender que o grupo mediúnico precisa de harmonia para trabalhar e que
pessoas estranhas ao trabalho (não entendem o que está acontecendo) podem
dificultar e, até mesmo impedir, os procedimentos necessários para o
atendimento fraterno. Para evitar grandes danos, a Espiritualidade costuma
isolar magneticamente os visitantes. Por isso, esta situação deve ser evitada
para que os trabalhadores do bem possam se preocupar apenas com os médiuns
e os irmãos desencarnados.
"Dois enfermos, uma
senhora jovem e um cavalheiro idoso, custodiados por dois familiares,
transpuseram o umbral, localizando-se num dos ângulos da sala, fora do círculo
magnético."
- Companhias
espirituais - ninguém está sozinho. E quando visitamos algum lugar, podemos ser
seguidos por irmãos que precisam de nossa ajuda. Lembro-me que uma vez, eu
estava indo para uma aula de manhã bem cedo no centro da cidade quando
senti a aproximação de um irmão doente. Ele me acompanhou durante todo o
dia, me provocando mal estar. De noite, eu tinha trabalho de passe na casa
que eu frequento. Quando atravessei a porta, senti que ele era afastado de
mim. Acredito que ele foi encaminhado para o atendimento fraterno, pois
não era dia de reunião mediúnica e a presença dele iria atrapalhar os
trabalhos que eu ia participar.
"São almas em turvação mental, que acompanham parentes, amigos ou desafetos às reuniões públicas da instituição, e que se desligam deles quando os encarnados se deixam renovar pelas ideias salvadoras, expressas na palavra dos que veiculam o ensinamento doutrinário. Modificado o centro mental daqueles que habitualmente vampirizam, essas entidades veem-se como que despejadas de casa, porquanto, alterada a elaboração do pensamento naqueles a quem se afeiçoam, experimentam súbitas reviravoltas nas posições em que falsamente se equilibram. Algumas delas, rebeladas, fogem dos templos de oração como este, detestando-lhes temporariamente os serviços e armando novas perseguições às suas vítimas, que procuram até o reencontro; contudo, outras, de algum modo tocadas pelas lições ouvidas, demoram-se no local das predicações, em ansiosa expectativa, famintas de maior esclarecimento."
- A força da
palavra - mais uma vez somos lembrados que Jesus não criou uma religião. O
bem é uma força que existe nas pessoas que amam. Por isso, no meio
espírita existem hoje carinho e admiração pelo Papa Francisco. Acreditamos
que ele é uma luz e uma esperança para os nossos irmãos católicos. Que ele
consiga conduzir bem o seu rebanho até o Pastor Maior.
"A palavra desempenha
significativo papel nas construções do espírito. Sermões e conferências de
sacerdotes e doutrinadores, em variados setores da fé, sempre que inspirados no
Infinito Bem, guardam o objetivo da elevação moral."
- Doenças na
Espiritualidade - como já discutido diversas vezes, o nosso perispírito é um
reflexo da nossa mente. Para curar o corpo (espiritual e físico) é preciso
primeiro curar a mente.
"Nossos irmãos sofredores
trazem consigo, individualmente, o estigma dos erros deliberados a que se
entregaram. A doença, como resultante de desequilíbrio moral, sobrevive no
perispírito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, quando esses
pensamentos persistem depois da morte do corpo físico."
Fonte: Diário de uma médium iniciante
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