Na revista
"Seleções", edição de agosto de 2001, página 43, e nos apressamos em
conhecer o conteúdo da matéria elaborada por Lydia Strcl. E confirmamos o que já havíamos lido em outras fontes: Hoje, os
médicos, apoiados em pesquisas que vêm sendo feitas em vários hospitais do
mundo estão descobrindo que a fé realmente cura, ou pelo menos ajuda em muito
os tratamentos médicos. Essa matéria ajudará muita gente que ainda vê a oração
como simples ato místico, sem fundamento científico. Ei-la:
Um grupo de alunos de medicina vestidos de branco cerca um leito no Hospital Universitário de Georgetown. O paciente deitado na cama, Tom Long, fora esfaqueado no coração, estomago e, baço durante uma briga doméstica. Depois de sete cirurgias, foi liberado do hospital, com uma grande ferida no abdômen coberta por um enxerto cutâneo. Decorrido um ano, a lesão ainda não tinha cicatrizado. Assim, em dezembro de 1999, ele voltou ao hospital para se submeter à operação que por fim lhe fechou o abdômen.
Long relata, como já fez
diversas vezes, a sensação de ser uma das poucas pessoas a sobreviver a uma
facada no coração. Rhegar Foley, aluna do primeiro ano responsável pela
entrevista, pergunta com nervosismo:
- Onde encontrou forças?
- É uma boa pergunta - diz
Long, de repente vendo Rhegar como uma pessoa, e não mais apenas uma
profissional de saúde.
Ele conta que deve a vida a
algo mais do que os excelentes cuidados médicos que recebeu. Deve-se a Deus.
Faz-se silêncio. Os alunos
cuja atenção havia se dispersado durante o relato histórico médico do paciente
ficam alerta. Começam a surgir perguntas.
- A religião e a medicina
têm uma relação inseparável - afirma Rhegar. - Vemos isso todos os dias. Mas
não é apenas a religião organizada que dá força a alguns pacientes. - Todo
mundo tem espiritualidade - diz ela. É isso, basicamente, que dá sentido à
vida.
A ligação entre o corpo e
espírito pode ser milenar, mas, conforme a cura foi se tornando uma ciência, os
clínicos ocidentais se afastaram da espiritualidade e da fé religiosa. Agora,
as necessidades dos pacientes, combinadas às pesquisas científicas que
relacionam fé e boa saúde vêm pouco a pouco convertendo uma comunidade médica
cética. Publicações científicas e livros abordam o assunto. Um número cada vez
maior de médicos frequenta conferências sobre fé e cura.
"Acho tudo isso parte
de um retorno generalizado à espiritualidade", diz Carol P. Hausmann,
psicóloga clínica que há seis anos fundou a Rede de Cura Judaica de Washington.
A organização mantém grupos de apoio espiritual para pessoas enfermas. "A
geração que agora está na meia-idade vê os pais envelhecidos, vê a si mesma
envelhecer e busca profundidade e significado."
A ciência por trás da
religião
Uma série de estudos
recentes vem corroendo a parede entre igrejas e laboratórios. Essas pesquisas
demonstraram, por exemplo, que aqueles que frequentam serviços religiosos mais
de uma vez por semana vivem, em média, sete anos mais do que os que não o
fazem. Um estudo realizado em 1998 pelos médicos Harold Koenig e David Larson,
do Centro Médico da Duke University, mostrou que as pessoas que frequentam a
igreja todas as semanas tinham menos probabilidade de serem internadas e, se
fossem, não passavam tanto tempo no hospital quanto aquelas que iam à igreja
com menos frequência.
Essas correlações podem ser
explicadas em parte pelo fato de aqueles que frequentam a igreja terem uma
probabilidade menor de fumar, beber ou envolver-se em comportamento sexual de
risco, e mais chances de contar com uma rede de apoio social. No livro The
faith factor: proof of the healing power of prayer (O fator fé:do poder de cura
da oração) o clínico Dale Matthews destaca que a religião organizada oferece
uma comunidade que faz e precisa que façam por ela - assar biscoitos, visitar
pessoas, ajudar. E as pesquisas demonstram que pessoas isoladas vivem pior do
ponto de vista psicológico e físico.
Alguns pesquisadores, porém,
como o psiquiatra Martin W. Jones, cuja disciplina na Faculdade de Medicina da
Universidade de Howard estuda a correlação entre a fé e cura, alegam que uma
explicação completa sobre o efeito positivo da espiritualidade na saúde não é
essencial.
"Não entendemos o
mecanismo de muitas drogas. Sabemos apenas, pela observação de causa e efeito,
que funcionam", diz o Dr. Jones. "Da mesma forma,
conseguimos ver os efeitos da consciência espiritual de uma pessoa sobre a
evolução de seu estado; portanto, por que não usá-la? É como o placebo",
acrescenta. " Por que funcionou? Fé. É uma força muito poderosa.
Assim como a culpa. Richard
P. Sloan, professor do Colégio e Cirurgiões da Columbia, opõe-se a que os
médicos se "misturem" com as crenças religiosas dos pacientes. Para
ele, se a medicina assumir a posição de que a devoção é saudável, o fato de
alguém adoecer ou não se recuperar poderia ser considerado produto da falta de
religiosidade.
Na verdade, mesmo os médicos
que incluem a espiritualidade em sua maleta aceitam a importância de usar a fé
apenas como um complemento à assistência médica e somente se o paciente estiver
aberto a falar sobre suas crenças.
Salto da fé
Em 1996, Joe Semmes, então
médico da Emergência do Hospital de Arlington, na Virgínia, recebeu o
diagnóstico de câncer do pâncreas, com uma taxa de sobrevida em cinco anos de
50%. Semmes, pai de quatro filhos, embora de família católica,
não se confessa desde a adolescência. Ele admite que não tinha muita paciência
para conceitos como equilíbrio e energia. Entretanto, quando a mulher, Elonide,
uma pragmática empresária, pediu às pessoas que rezassem por ele, nem discutiu.
Recentemente Semmes lera sobre o uso da meditação ou da oração contemplativa
para acalmar a mente. "Apesar das controvérsias sobre o assunto, existem
evidencias na literatura de que o estresse prejudica o sistema imunológico.
Achei que tudo que pudesse fazer para ajudar meu sistema imunológico era
válido."
Na véspera da cirurgia
exploradora do marido, Elonide pediu um ritual de cura em sua igreja. "As
pessoas colocaram as mãos sobre mim e cantaram hinos", conta ele.
"Foi incrível o poder daquela comunidade."
O tumor de Semmes, que
envolvia vasos sanguíneos vitais, não pode ser retirado por cirurgia. Mas a
radioterapia e 36 semanas de quimioterapia ajudaram reduzi-lo, o Semmes pediu
aos cirurgiões que tentassem removê-lo. Em janeiro de 1998, uma cirurgia de 11
horas extirpou o tumor.
Hoje, cinco anos após o
diagnóstico inicial, Joe Semmes não apresenta evidência de doença ativa e diz
que tem "boa energia", embora a cirurgia tenha retirado a maior parte
de seu pâncreas.
"Não quero que pensem
que melhorei por causa das orações", diz Semmes. "Foram a radiação e
a cirurgia. Mas fiquei mais otimista. A cura é um movimento em direção à
plenitude - ter consciência de onde você se encontra, estar conectado aos
outros e amar. O crescimento espiritual no momento do colapso físico é incrível.
Um despertar."
Prescrição: rezar?
No início de sua carreira,
na década de 60, o Dr. Matthews começou a perceber que seus pacientes queriam
dele algo mais do que o diagnóstico físico e o tratamento: alguns, cientes da
intensa fé do médico, queriam que ele rezasse com eles.
"Eu não tinha um
modelo. A inclusão da espiritualidade em minha relação com os pacientes evoluiu
enquanto eu ouvia, prestava atenção e descobria que as pessoas contavam com sua
fé."
Filho de médico de uma
cidade pequena e neto de missionário, o Dr. Matthews é clínico geral em
Washington. Usa estetoscópio, solicita radiografias e prescreve Prozac, quando
necessário. No entanto, ao colher a história clínica dos pacientes, constuma se
informar sobre seu grau de crença religiosa.
"É como se ele
oferecesse um apoio mais profundo", diz um dos pacientes do Dr. Matthews,
um consultor em biotecnologia com uma doença autoimune crônica. Aos 47 anos, já
passou por cirurgia de substituição de uma válvula aórtica, recebeu um
diagnóstico de doença de Crohn intestinal e vive com artrite nas articulações.
Conformar-se com uma doença
degenerativa e potencialmente fatal não é fácil. Ele diz que sobreviveu aos
últimos seis anos tornando-se cada vez mais espiritualizado. O Dr. Matthews às
vezes inclui nas receitas trechos das escrituras e recomenda locais que dão
apoio espiritual.
"Isso tem certa
magia", diz o paciente, cujo quadro se estabilizou. Apesar de recentes
contratempos, ele afirma: "Minha fé serve como ponto de equilíbrio. Assim,
não sinto a doença como um fardo."
Doutor, cura-te a ti mesmo
A medicina tradicional
talvez esteja abraçando a espiritualidade porque pode se beneficiar da crença.
"Estamos em uma época crítica.", diz a Dra. Christina Puchalaki,
professora-assistente de medicina da Universidade George Washington. "Os
médicos têm por dever colocar o bem do paciente acima do próprio bem. É uma
vocação muito espiritual. Mas, com a transformação da medicina em negócio,
corremos o risco de perder o sentido de propósito e significado."
Médicos e pacientes, porém,
continuam a expressar o desejo de manter a fé. Em 1996, a Associação de
Faculdades Médicas Americanas começou a entrevistar advogados de pacientes,
médicos, executivos de companhias de seguro, estudantes de medicina e membros
da comunidade para o seu relatório sobre objetivos das escolas médicas. Como
temas significativos, surgiram questões culturais, espirituais e relacionadas
ao fim da vida. As faculdades americanas estão respondendo à demanda: em 1992,
apenas umas poucas incluíam a espiritualidade em suas disciplinas: hoje, cerca
de 50 das 125 escolas médicas dos Estados Unidos têm disciplinas dedicadas ao
assunto.
Na Universidade de
Georgetown, entre cursos de bioquímica, os alunos do primeiro ano de medicina
cursam uma disciplina denominada Tradições Religiosas na Assistência à Saúde.
Ela aborda a correlação entre espiritualidade e saúde, e ensina sobre as
principais religiões do mundo, de uma perspectiva médica.
Equipes de médicos e teólogos
apresentam as visões das diversas fés: judaica, budista, islâmica, hindu,
católica romana e protestante. Os alunos tomam conhecimento de que algumas
religiões influem em decisões sobre eutanásia, transfusão de sangue, uso de
medicamentos e tecnologias. Aprendem a avaliar as crenças do paciente de
maneira objetiva e não ameaçadora. E ainda, a utilizar a ajuda religiosa, como
por exemplo, o capelão do hospital, se as necessidades do paciente assim o
exigirem.
"Os alunos estão
ditando o rumo dessas mudanças", diz M. Brownell Aderson, da Associação de
Faculdades Médicas Americanas. "Quem faz uma faculdade de medicina quer
cuidar das pessoas. Percebe que a tecnologia é ótima, mas também quer ser capaz
de se comunicar com os pacientes para poder trata-los. Quer fazer isso com
alma."
Tratamento integral
Ao começar a perder a voz,
Diane Rehm, apresentadora de um programa na rádio, fez exames e tratamentos,
tentou remédios, consultou especialistas. Entretanto, em 1998, depois de sete
nos de decepções, sua voz ficou tão trêmula que Diane foi forçada a parar de
trabalhar.
Assim, quando um amigo a
convidou a se submeter a um ritual de cura, Diane, que já se fiava em orações
para obter forças em épocas melhores, concordou. Numa capela, o amigo, um
bispo, celebrou com um colega um ritual de cura secular, colocando as mãos na
cabeça de Diane e murmurando orações por sua voz. Quando terminou, a voz não
mudara. Mas a radialista se sentia melhor.
"Se posso dizer que fui
atingida por um raio de energia", indaga Diane. "Não, apenas me senti
em paz. E tive a sensação de que e que diziam e faziam me ajudaria."
Diane começou a receber o
ritual de cura semanalmente em sua igreja. Não desistiu, porém, de procurar
auxílio médico. Dois meses depois, Paul Flint e Stephen Reich, médicos do Johns
Hopkins, diagnosticaram uma distonia espamódica, que afetava os músculos que
produzem som. Recomendaram injeções periódicas para uma paralisação temporária
da musculatura vocal hiperativa. Diane também se submeteu à acupuntura. Até o
momento, o tratamento está indo bem e ela voltou a trabalhar.
"A cura pode vir na
forma de aceitação, num relacionamento diferente consigo mesmo e com os outros,
mantendo uma sensação de paz diante da aflição", reflete Diane. Ela
enfatiza, como muitos outros, que a fé é um complemento ao tratamento médico.
"A doença tem um base
física", diz Jones, da Universidade de Howard, ele mesmo um sobrevivente
do câncer, "mas há uma hierarquia: o nível físico, o emocional, o
intelectual e a espiritual." Jones antevê uma sutil mudança na prática
médica, do tratamento da doença para o tratamento do indivíduo como um todo.
"No que se refere às
doenças, a ciência tem sido incrível", diz a Dra. Christina, que também é
diretora de ensino do Instituto Americano de Pesquisa em Assistência à Saúde.
"Aumentamos a expectativa de vida em quase dois terços no século XX,
sobretudo graças à ciência", acrescenta ela. "Mas atribuímos esse
progresso a um só aspecto. E a ciência não é o quadro inteiro. Há um elo de
confiança que pode não se formar quando nos concentramos apenas no lado físico
do paciente."
Em outras palavras, não se
trata da cura pela fé, mas da fé na cura.
Ação da prece, segundo o
Espiritismo
"A prece (item 9 do
capítulo 27 do "Evangelho Segundo o Espiritismo") é uma evocação. Através
dela, entra-se em contado, por pensamento, com o ser ao qual se dirige. Ela
pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. Pode-se
orar por si mesmo ou por outro, pelos vivos ou pelos mortos. As preces
dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução de suas
vontades; as que são dirigidas aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando
se ora a outros seres que não a Deus, aqueles funcionam apenas como
intermediários, intercessores, pois nada pode ser feito sem a vontade de Deus.
O Espiritismo torna
compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento -
vindo o ser rogado ao nosso apelo, ou indo nosso pensamento até ele. Para se
ter ideia de que se passa em tal circunstância, é preciso imaginar todos os
seres, encarnados e desencarnados, mergulhados no fluido universal que ocupa o
espaço, assim como, aqui, estamos mergulhados na atmosfera. Esse fluido recebe
um impulso da vontade - é o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do
som. Com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, enquanto as
do fluido universal estendem-se infinitamente. Portanto, quando o pensamento é
dirigido a um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado e desencarnado,
ou de desencarnado a encarnado, uma corrente fluídica estabelece-se de um a
outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som.
A energia da corrente está
em razão da energia do pensamento e da vontade. Assim, a prece é ouvida pelos
Espíritos, em qualquer lugar que se encontrem; assim, os Espíritos comunicam-se
entre si, transmitem-nos suas inspirações, e assim se estabelecem relações à
distância entre encarnados e desencarnados.
Essa explicação é sobretudo
para os que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por
objetivo materializar a prece, mas tornar-lhe o efeito inteligível, mostrando
que ela pode ter ação direta e efetiva. Não se torna, segundo essa explicação,
menos subordinada à vontade de Deus, juiz supremo de todas as coisas, e o único
que pode tornar eficaz a ação de qualquer prece.
Através da prece, o homem
atrai o concurso dos bons Espíritos, que vêm apoiá-lo em suas boas resoluções,
e inspirar-lhe bons pensamentos. Adquire, assim, a força moral necessária para
vencer as dificuldades e reentrar no caminho reto, se dele se afastou; e também
assim pode desviar de si os males que atrairia por sua própria falta. Um homem,
por exemplo, vê sua saúde arruinada pelos excessos que cometeu, e arrasta, até
o fim de seus dias, uma vida de sofrimento. Tem o direito de queixar-se se não
obtêm a cura? Não, pois poderia ter encontrado na prece a força de resistir às
tentações.
Dividindo em duas partes os
males da vida, um dos males que homem não pode evitar, outra das tribulações
das quais ele mesmo é a primeira causa, devido a sua incúria e a seus excessos,
ver-se-á que essa última parte ultrapassa em grande numero a primeira.
Portanto, fica bem evidente que o homem é autor da maior parte de suas
aflições, e que se pouparia delas se agisse sempre com sabedoria e prudência.
É certo, também, que essas
misérias são resultados de nossas infrações às leis de Deus, o que se
observássemos pontualmente essas leis, seriamos perfeitamente felizes. Se não
ultrapassássemos o limite do necessário na satisfação de nossas necessidades,
não teríamos as doenças que são a conseqüência dos excessos, e as vicissitudes
que acarretam essas doenças. Se puséssemos limites à nossa ambição, não
temeríamos a ruína. Se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não
teríamos a queda. Se fossemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho
humilhado. Se praticássemos a lei de caridade, não seriamos maledicentes, nem
invejosos, nem ciumentos e evitaríamos querelas e dissensões. Se não fizéssemos
mal a ninguém, não teríamos vinganças, etc.
Admitamos que o homem não
possa nada em relação aos males, e que toda prece seja inútil para evitá-los;
já não seria bastante libertar-se de todos os males que procedem do próprio
comportamento? Ora, nesse ponto concebe-se facilmente a ação da prece, pois ela
tem como efeito atrair a inspiração salutares dos bons Espíritos, de
pedir-lhes a força para resistir aos maus pensamentos, cuja execução nos pode ser
funesta. Nesse caso, não é o mal que eles afastam, é a nós mesmos que afastam
do pensamento que pode causar o mal: em nada impedem os decretos de Deus, e
não suspendem o curso das leis da natureza, mas é a nós mesmos que impedem de
infringirmos essas leis, orientando nosso livre-arbítrio. Mas o fazem sem nosso
conhecimento, de uma forma oculta, para não sujeitar nossa vontade. O homem
encontra-se, pois, na posição daquele que solicita bons conselhos e os põe em
prática, mas que sempre é livre para segui-los ou não. Deus quer que seja
assim, para que homem tenha responsabilidade por seus atos, e para permitir-lhe
o mérito da escolha entre o bem e o mal. É assim que o homem sempre pode estar
certo de obter, se pedir com fervor, e sobretudo nesse aspecto pode aplicar-se
estas palavras: "Pedi e obtereis".
A eficácia da prece, mesmo
reduzida a essa proporção, não teria um resultado imenso? Estava reservado ao
Espiritismo a tarefa de provar-nos a ação da prece, pela revelação das
relações que existem entre o mundo corporal e o mundo espiritual. Mas seus
efeitos não se limitam a isso.
A prece é recomendada para
todos os Espíritos. Renunciar à prece é ignorar a bondade de Deus; é rejeitar
sua assistência para si mesmo, e, para os outros, o bem que se lhes pode fazer...
Floriano Legado do Amaral
Correio Fraterno do ABC Nº 368 de Setembro de 2001
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