Obreiros da vida eterna - cap. 10

Capítulo 10 – Fogo purificador

Neste capítulo André Luiz narra o trabalho feito para mudar a Casa Transitória de Fabiano de lugar, pois o fogo purificador ia passar na região. A medida definida pela Espiritualidade Superior era necessária para que a vida no local continuasse possível.

"O trabalho dos desintegradores etéricos, invisíveis para nós, tal a densidade ambiente, evita o aparecimento das tempestades magnéticas que surgem, sempre, quando os resíduos inferiores de matéria mental se amontoam excessivamente no plano."


Para mover a Casa Transitória foram usados dois tipos de energia.

"... a Casa Transitória, para movimentar-se com êxito, não necessitava apenas de forças elétricas, baseadas em simples fenômenos da matéria diferenciada, mas, também, de nossas emissões magnético-mentais, que atuariam como reforço no impulso inicial de subida."

Pela descrição de André, o cenário era aterrador.

"Dilatavam-se fogueiras enormes em direções diversas e raios fulgurantes eram metodicamente despejados do céu."

Muitos infelizes procuram a Casa Transitória pedindo abrigo, mas só são aceitos os que apresentam sinais legítimos de transformação moral para o bem.

"Os sofredores, já modificados para o bem, apresentarão círculos luminosos característicos em torno de si mesmos, logo que, estejam onde estiverem, concentrem suas forças mentais no esforço pela própria retificação. Os outros, os impenitentes e mentirosos sistemáticos, ainda que pronunciem comovedoras palavras, permanecerão confinados nas nuvens de treva que lhes cercam a mente endurecida no crime."

Após quatro horas de trabalhos, a Casa finalmente se movimenta. Inicialmente o movimento é vertical. Quando consegue alcançar uma região clara e brilhante, o voo passa a ser horizontal. Quando chega a nova localização, a Casa desce até alcançar novamente a região de substância densa.

André não comenta o que aconteceu com os Espíritos que ficaram na região onde o fogo purificador ia passar. Mas basta lembrar o versículo 42 do Capítulo 13 de Mateus onde Jesus diz: "e lançá-los-ão na fornalha de fogo: ali haverá pranto e ranger de dentes". Não estamos naturalmente falando de penas eternas. O sofrimento que devem ter sentido os irmãos foi temporário e poderia ajudá-los a entender a situação em que se encontravam.


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