Obreiros da vida eterna - cap. 3

Capítulo 3 – O sublime visitante

Este Capítulo apresenta um interessante exercício de concentração do qual André Luiz participou. O grupo ia receber um mentor das altas esferas e montou, através da força do pensamento, um local florido e cheio de luz.

André explica que havia uma pequena câmara feita de uma substância análoga ao vidro puro e transparente, onde até três pessoas poderiam entrar e ficar confortavelmente. O instrutor Cornélio pede então que os presentes se concentrem para criar um ambiente dentro deste gabinete.


"Projetemos nossas forças mentais sobre a tela cristalina. O quadro a formar-se constará de paisagem simbólica, em que águas mansas, personificando a paz, alimentem vigorosa árvore, a representar a vida. Assumirei a responsabilidade da criação do tronco, enquanto os chefes das missões entrelaçarão energias criadoras fixando o lago tranquilo."

Aos colaboradores, como André Luiz, que não tinham ainda grandes recursos espirituais, o instrutor solicitou uma colaboração menor na formação do ambiente.

"Formarão vocês a veste da árvore e a vegetação que contornará as águas serenas, bem como as características do trecho de firmamento que deverá cobrir a pintura mental."

Ao final da experiência, André abre os olhos e verifica como a câmara ficou.

"Jazia o gabinete fundamente transformado. Águas de indefinível beleza e admirável azul-celeste refletiam uma nesga de firmamento, banhando as raízes de venerável árvore, cujo tronco dizia, em silêncio, da própria grandiosidade. Miniaturas prodigiosas de cúmulos e nimbos estacionavam no céu, parecendo pairar muito longe de nós... As bordas do lago, contudo, figuravam-se quase nuas e os galhos do tronco apresentavam-se vestidos escassamente."

O instrutor então solicitou que os ajudantes novamente se concentrassem para completar o trabalho.

"A árvore cobrira-se de folhagem farta e vegetação de singular formosura completava o quadro, que me pareceu digno de primoroso artista da Terra."

André não fornece muitos detalhes sobre o que falou o visitante, mas pelo texto é possível notar que foi uma experiência única. Quando o mentor parte, André pergunta ao instrutor Cornélio se o excelso visitante já alcançou o mais alto grau de desenvolvimento espiritual no Universo.

"De modo algum. Asclépios relaciona-se entre abnegados mentores da humanidade Terrestre, partilha da soberana elevação da coletividade a que pertence, mas, efetivamente, é ainda entidade do nosso Planeta, funcionando, embora, em círculos mais altos de vida. Compete-nos peregrinar muito tempo, no campo evolutivo, para lhe atingirmos as pegadas; no entanto, acreditamos que o nosso visitante sublime suspira por integrar-se no quadro de representantes do nosso orbe, junto às gloriosas comunidades que habitam, por exemplo, Júpiter e Saturno. Os componentes dessas, por sua vez, esperam, ansiosos, o instante de serem convocados às divinas assembleias que regem o nosso sistema solar. Entre essas últimas, estão os que aguardam, cuidadosos e vigilantes, o minuto em que serão chamados a colaborar com os que sustentam a constelação de Hércules, a cuja família pertencemos. Os que orientam nosso grupo de estrelas aspiram, naturalmente, a formar, um dia, na coroa de gênios celestiais que amparam a vida e dirigem-na, no sistema galáctico em que nos movimentamos. E sabe meu amigo que a nossa Via láctea, viveiro e fonte de milhões de mundos, é somente um detalhe da Criação Divina, uma nesga do Universo!"

Deste capítulo, podemos tirar três lições:

1.   O pensamento é força criadora, tanto para o bem como para o mal;

2.   Temos ainda uma trilha bem longa a percorrer até chegarmos ao grau máximo de perfeição;

Nunca estivemos sozinhos nesta caminhada, os anjos enviados por Deus nos assiste.

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