A população terrestre alcança a passos largos o expressivo número de sete bilhões de seres reencarnados simultaneamente, disputando a oportunidade da evolução...
Embora as grandes aquisições
do conhecimento tecnológico e dos avanços da ciência na sua multiplicidade de
áreas, nestes dias conturbados os valores transcendentes não têm recebido a
necessária consideração dos estudiosos que se dedicam à análise e à promoção
dos recursos humanos, vivendo mais preocupados com as técnicas do que com o
comportamento moral, que é de suma importância. Por isso, a herança que se
transfere para as gerações novas que ora habitam o planeta diz mais respeito à
ganância, ao prazer dos sentidos físicos, à conquista de espaço de qualquer
maneira, dando lugar à violência e à desordem...
Têm ocupado lugar o materialismo e o utilitarismo, contexto em que muitos se comprazem distantes da solidariedade, da compaixão e do espírito fraternal, ante a dificuldade da real vivência do amor, conforme ensinado e vivido por Jesus.
Os indivíduos parecem anestesiados em relação aos tesouros da alma, com as exceções compreensíveis.
Felizmente, o fim do mundo
de que falam as profecias refere-se àquele de natureza moral, com a ocorrência
natural de sucessos trágicos que arrebatarão comunidades, facultando a
renovação, que a ausência do amor não consegue lograr como seria de desejar...
Esses fenômenos não se
encontram programados para tal ou qual período, num fatalismo aterrador como
muitos que ignoram a extensão do amor de Nosso Pai divulgam, mas para um largo
período de transformações, adaptações, acontecimentos favoráveis à vigência da
ordem e da solidariedade entre todos os seres.
É compreensível, portanto,
que a ocorrência mais grave esteja, de certo modo, a depender do livre-arbítrio
das próprias criaturas humanas, cuja conduta poderá apressar ou retardar a sua
constituição, suavizando-a ou agravando-a...
Se as mentes, ao invés do
egoísmo, da insensatez e da perversidade, emitissem ondas de bondade e de
compaixão, de amor e de misericórdia, certamente o panorama na Terra seria
outro.
Compreendendo-se a
transitoriedade da experiência física, no futuro a psicosfera do planeta será
muito diferente porque as emissões do pensamento alterarão as faixas
vibratórias atuais que contribuirão para a harmonia de todos e para o
aproveitamento do tempo disponível.
O amor de Nosso Pai e a
ternura de Jesus para com o seu rebanho diminuirão a gravidade dos
acontecimentos, mediante também a compaixão e a misericórdia, embora a
severidade da lei do progresso.
Todos nos encontramos,
desencarnados e encarnados, comprometidos com o programa da transição planetária
para melhor. Por essa razão, todos devemos empenhar-nos no trabalho de
transformação moral interior, envolvendo-nos em luz, de modo que nenhuma treva
possa causar-nos transtorno ou levar-nos a dificultar a marcha da evolução.
Certamente, os espíritos
fixados nas paixões degradantes sintonizarão com ondas vibratórias próprias a
mundos inferiores, para eles transferindo-se por sintonia, onde se tornarão
trabalhadores positivos pelos recursos que já possuem em relação a essas
regiões atrasadas nas quais aprenderão as lições da humildade e do bem
proceder. Tudo se encadeia nas leis divinas, nunca faltando recursos superiores
para o desenvolvimento moral do espírito.
Nesse imenso processo de
transformação molecular até a conquista da angelitude, há vários meios
propiciatórios para o crescimento intelecto-moral, sem as graves injunções
desagradáveis. Todos esses meios, entretanto, têm como base o amor e o
trabalho.
Assim, a divulgação do
Espiritismo é de fundamental importância por demonstrar a todos a imortalidade,
a justiça divina, a mediunidade, os mecanismos de valorização da experiência na
reencarnação e o imenso significado de cada momento existencial. Desse modo,
convidemos a todos o aprendizado pelo amor, à reflexão e ao labor da caridade
fraternal com que se enriquecerão, preparando-se para a libertação inevitável
pela desencarnação, quando ocorrer.
Louvar e agradecer ao Senhor
do Universo pela glória da vida que nos é concedida e suplicar-Lhe auxílio para
sermos fiéis aos postulados do pensamento de Jesus, nosso Mestre e Guia,
constituem deveres nossos em todos os momentos.
Entretanto, todos os
trabalhadores do bem devem atentar para o fato de que experimentarão o aguilhão
da dificuldade, sofrerão o apodo e a incompreensão desenfreada que têm sido
preservados pela invigilância dos que nada contribuem.
Todos serão chamados ao
sacrifício, de alguma forma, a fim de demonstrarem a excelência dos conteúdos
evangélicos, considerando-se, por um lado, as injunções pessoais que exigem
reparação e, por outro, a fidelidade que pede confirmação pelo exemplo.
Que se não estranhem as
dificuldades que se apresentam inesperadamente, causando, não poucas vezes,
surpresa e angústia. Por isso, o refúgio da ração apresenta-se o lugar seguro
para reabastecer as forças e seguir com alegria.
As entidades que se
comprazem na volúpia da vampirização das energias dos encarnados distraídos e
insensatos, voltam-se contra os emissários de Jesus onde se encontrem, gerando
conflitos em sua volta e agredindo-os com ferocidade. O trabalhador do Mestre,
por sua vez, deve voltar-se para a alegria do serviço, agradecendo aos Céus a
oportunidade autoiluminativa, sem que nisso ocorra qualquer expressão de
masoquismo. Aliás, constitui-nos uma honra qualquer sofrimento por amor ao
ideal da verdade, à construção do mundo novo.
Que o discernimento superior
possa assinalar-nos a todos, e que os mais valiosos recursos que se possuam
sejam colocados à disposição do Senhor da Vinha que segue à frente.
Bezerra de Menezes, no livro "Amanhecer de uma
nova era"
de Manoel Philomeno de Miranda
Psicografado por Divaldo Franco.
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