Segundo a Doutrina Espírita, todo acontecimento ocorre com a permissão Divina e portanto tem sua razão de ser e deve ser encarado como aprendizado a oportunidade de evolução.
Em “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec, na Parte Segunda, Capítulo VII intitulado: “Da volta do Espírito à vida corporal”, encontramos esta explicação em detalhes que agora passamos a resumi-la.
Reconhecemos que a dor da perda de um filho que desencarnou
antes do seu nascimento é muito intensa e necessita de tempo e resiliência para
que seja superada.
Na maioria dos casos o
Espírito precisava passar por esta prova a fim de complementar no corpo físico
um período que desperdiçou em uma vida anterior,
Essas mortes prematuras, na
visão espírita, podem representar também que o Espírito que iria reencarnar
desistiu ou recuou diante de sua prova anteriormente escolhida.
Além disso, o fato pode
significar ainda uma prova aos pais e para o Espírito designado a tomar lugar
entre os vivos. Pode se dar o caso ainda que nenhum Espírito estivesse presente
no desenvolvimento do feto e consequentemente necessitasse reencarnar naquele
momento, sendo prova exclusiva para os pais do nascituro
Saiba que tanto o ser que
deixou de reencarnar quanto sua família recebem apoio dos amigos espirituais
para manter a força e seguir em frente.
Aborto
espontâneo e perda gestacional no Espiritismo: pais de anjo
Ao tomar ciência de uma
gestação, muitos planos se iniciam, e a rotina dos pais se transforma para
receber este novo ser que está sendo gerado.
No entanto, quando ocorre um
aborto espontâneo ou uma perda gestacional, é como se todas as expectativas de
alegria se transformassem em dor.
Nesse momento, é comum que
os pais tentem encontrar o que fizeram de errado e se culpem pela perda do
bebê.
Contudo, a Doutrina Espírita
esclarece que não há um culpado pelo desencarne deste Espírito.
Trata-se de um acontecimento
necessário para o progresso de todos os envolvidos, e manter a calma e a
resiliência é a melhor maneira de garantir a felicidade futura.
Normalmente, o mesmo
Espírito terá uma nova oportunidade de concretizar sua encarnação e é o que
ocorre, para a felicidade dos pais e do ente querido que retorna.
Reconhecendo que a morte não
existe, a tranquilidade surge naturalmente.
A
dor de perder um filho ainda no ventre
A dor de perder um filho que
ainda não nasceu pode ser arrebatadora.
Toda a expectativa criada
acerca da nova vida a caminho dá espaço a uma sensação de vazio.
Restringindo os pensamentos
apenas ao mundo material, é compreensível que a situação se assemelhe a um
“castigo” ou “injustiça divina”.
No entanto, é fundamental
observar a situação em um ângulo mais abrangente que é aquele de cunho
espiritual.
Somos seres espirituais em
uma experiência carnal, portanto, designados a viver situações determinantes ao
nosso crescimento.
A perda precoce de um filho
é um desses acontecimentos e deve ser encarado como uma oportunidade de
progresso.
De maneira ampla, este
desencarne representou o crescimento mútuo e, posteriormente, estes seres
receberão a oportunidade de unir-se novamente.
Quando
o feto passa a ter espírito?
O Espírito se liga ao corpo por intermédio dos laços
perispirituais no momento da fecundação
mas a união só é completa por ocasião do nascimento.
Ou seja, antes mesmo de se
tornar um feto, a nova vida que está se desenvolvendo para a reencarnação já se
encontra em união com seu espírito.
Por isso, interromper uma
gestação através do aborto é um crime perante as Leis Divinas e tão negativo
que pode gerar tristes consequências para o bebê e seus pais.
Onde
fica o espírito do bebê na gravidez?
A pergunta 344 do Livro dos
Espíritos expressa este questionamento feito por Allan Kardec.
(Pergunta 344) “Em que
momento a alma se une ao corpo?”
Resposta: “A união começa na
concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção,
o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço
fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê
a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ele se conta no número
dos vivos e dos servos de Deus.”
De acordo com a resposta dos
Benfeitores Espirituais o Espírito permanece junto ao seu corpo em
desenvolvimento dando-lhe as condições vitais para que se desenvolva. Daí a
importância dos pais sempre manifestarem seu carinho e amor pelo filho desde o
início da gravidez.
O
que significa morte prematura para o Espiritismo?
De acordo com a visão
espírita, mortes prematuras podem acontecer em decorrência de aborto
deliberado, complemento de existência anterior interrompida antes do término devido,
débitos anteriores ligados ao suicídio e eutanásia.
Quando o desencarne é
provocado por ação humana, é considerado um grande crime, uma vez que impede o
indivíduo de suportar as provas que seriam instrumento de seu crescimento.
Além disso, as mortes
prematuras podem ocorrer por merecimento do espírito, como forma de protegê-lo
de situações que poderiam acarretar-lhe o desequilíbrio.
Desencarne
na infância na visão espírita
O Livro dos Espíritos
esclarece esta questão da seguinte maneira:
(Pergunta 199) “Por que tão
frequentemente a vida se interrompe na infância?”
Resposta: “A curta duração
da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o
complemento de existência precedente interrompida antes do momento em que
deveria terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação
para os pais.”
O
que acontece quando crianças morrem de acordo com o Espiritismo?
Ainda na questão 199 do
Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona o que acontece com o Espírito de
uma criança após sua morte.
A resposta é simples:
“Recomeça outra existência”.
Ou seja, o desencarne tão
cedo diz respeito à necessidade evolutiva deste ser e, tão logo acontece, é
dada a ele a oportunidade de retornar para continuar seu progresso.
O
que acontece com os bebês após a morte?
Após a morte, o perispírito
do bebê se desliga de seu corpo físico.
Ele é direcionado a um
ambiente de recuperação e amparo espiritual, inclusive em Colônia Espiritual
especializada para este tipo de acolhimento.
Neste momento, pode haver
esquecimento das pessoas ao seu redor e de si mesmo.
Ao longo dos dias, este
Espírito se recorda de sua situação e se prepara para uma nova encarnação.
Este reencarne pode se dar
no mesmo seio familiar.
Assim, o ser retorna com
condições mais adequadas para seguir com seu progresso espiritual em união ao
seus pais.
Por
que algumas pessoas morrem cedo?
Embora a jornada evolutiva
do corpo físico passe pela infância, juventude e velhice, nem todos os
Espíritos passam por todas essas etapas e acabam desencarnando “cedo” sob a
ótica do mundo material.
No entanto, todo desencarne
tem sua razão de ser, caso ele não tenha sido imposto pelo autoextermínio, por
exemplo.
Assim, algumas pessoas
morrem antes de chegar à velhice, pois sua missão atual terminou na Terra e
elas precisam seguir sua jornada no
plano espiritual. Em breve retornarão aos sítios terrestres.
Gravidez
após perda de bebê na visão espírita
Uma nova gravidez após a
perda de um bebê pode representar grande tensão na vida dos pais.
Contudo, na visão espírita,
a nova gestação não necessariamente terá o mesmo fim que a outra, uma vez que
ambos passaram pela provação com fé e resiliência.
Assim, com uma mentalidade
mais preparada e com a vibração direcionada ao desenvolvimento saudável do
bebê, grandes são as chances de que tudo dê certo.
Muitas vezes, pode se tratar
do mesmo Espírito que retorna, no momento certo, para dividir com seus pais a
alegria da oportunidade de uma nova reencarnação.
Por isso, não há razão para
temer e sim para seguir firme em direção ao progresso mútuo.
Como
os filhos escolhem os pais, segundo espiritismo
Durante o planejamento
reencarnatório, os filhos escolhem como pais os espíritos que tiveram com ele
alguma ligação pregressa.
Essa união pode acontecer
para que o filho ajude o pai, a mãe ou ambos.
Pode ocorrer ainda para que
os pais auxiliem no reequilíbrio do filho.
Também há a possibilidade de
ser uma união para a depuração de alguma desavença entre os envolvidos.
Portanto, não se trata de
uma escolha deliberada.
Ao contrário, tem o objetivo
de amenizar marcas do passado e garantir o aprimoramento moral futuro.
Fonte: Conteúdo Espírita
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