MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VII – DA VOLTA À VIDA CORPORAL
Simpatia e antipatia terrenas
388. Os encontros, que
costumam dar-se, de algumas pessoas e que comumente se atribuem ao acaso, não
serão efeito de uma certa relação de simpatia?
“Entre
os seres pensantes há ligação que ainda não conheceis. O magnetismo é o piloto
desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor.”
Magnetismo, piloto da
simpatia
Nos encontros que se dão com as pessoas, e dentre as quais se manifesta uma profunda simpatia, são Espíritos afins que carregam os mesmos ideais, na qualidade de vibrações análogas. A força que move tudo é o magnetismo, força piloto que forma o ambiente para esses encontros saudáveis, que podem ser, também, e quase sempre são, ligações de vidas passadas.
Quando se é atraído por
outra pessoa, convém analisar qual o tipo de atração que os envolve, para que
se possa aproveitar essas bênçãos da recordação, colocando-as a serviço da
fraternidade pulsante no universo. Ainda há muito que conhecermos sobre a
conduta das criaturas e as forças sublimadas que as ajudam a viver. Para saber
o valor dos pensamentos, dos sentimentos elevados que se pode desprender do
Espírito, basta analisar os poderes de Jesus e os Seus feitos, certificando-se
aonde pode chegar. Todos somos filhos de Deus, com os mesmos direitos.
Não há ligações por acaso;
existe uma energia divina que nos prende por simpatia, semelhança de vibrações
que um transmite ao outro, qualidades imprimidas pelo amor ou pelo ódio nas
fibras mais intimas de quem recebe ou doa. A intimidade do magnetismo é tocada
por uma força gerada em cada ser. A humanidade já está de posse de muita
ciência, esperando que seja dado o toque do amor, para que se completem certas
descobertas. Esperemos o porvir. Em mundos adiantados, o magnetismo espiritual
é o piloto de todos os movimentos para o bem, de todas as comunidades já limpas
das paixões inferiores. Esse magnetismo espiritual, agente das belezas
imortais, é consequência de mutações do éter cósmico, sob a influência de mãos
angelicais. Essa energia é abundante em toda a criação; depende de quem as
atrai para o serviço da fraternidade pura.
Ao encontrarmos alguém por
quem nutrimos simpatia, não deixemos que passe a oportunidade, pois não há nada
por acaso. Aproveitemos a oportunidade e canalizemos essa amizade na construção
da nossa própria vida. Além desse magnetismo superior ajudar em certas
recordações na sutileza da vida, pode ser usado, quando educado no Evangelho,
para as conversações com nosso próximo, para tratamento dos enfermos, para
fluidificação da água, bem como para emitir pensamentos de cura onde quer que
seja.
Essas bênçãos de Deus não
podem ser usadas no sentido de alimentar as inferioridades dos impulsos
negativos, pois a resposta virá no mesmo teor da emissão. Quando conversarmos
com alguém que esteja necessitando de amparo moral e que essa pessoa estiver se
alimentando de forças inferiores, visualizemos em torno de nós uma onda
magnética, onde a luz tenha o cunho da superioridade e a transmitamos,
juntamente com o verbo, na plenitude da paz e do amor, e seremos abençoados por
Espíritos dos mesmos sentimentos.
Jesus era hábil nessa
ciência, operando fenômenos de todas modalidades. Usemos desse magnetismo
divino, para desfazer a antipatia que alguém tenha de nós. Não paguemos o ódio
com o ódio, mas, sim, desfaçamo-lo com o amor. O bem é sempre uma qualidade
divina nas mãos humanas.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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