Refletir sobre Jesus e Kardec ensina muito sobre o Espiritismo.
Para começar, ambos são Espíritos
que vieram à Terra com o objetivo de transmitir valiosos conhecimentos sobre as
Leis de Deus.
E a importância de Jesus
Cristo para Allan Kardec é inquestionável.
Afinal, a Doutrina Espírita
tem como uma de suas bases justamente os ensinamentos e a moral de Cristo.
Vale lembrar que, durante a
codificação, o Espírito de Verdade colocou-se sob a disposição de Kardec para
esclarecer as dúvidas que surgissem.
Jesus e Kardec: qual a visão espírita?
Conforme a humanidade
evolui, Deus encaminha, periodicamente, espíritos com a missão de transmitir
suas revelações de acordo com o nível de compreensão dos seres encarnados.
Há registros de três
principais revelações divinas até os dias atuais.
A primeira delas foi
transmitida por Moisés. A segunda e mais importante foi transmitida por Jesus
Cristo, enquanto a terceira foi codificada por Allan Kardec.
Jesus no Espiritismo
trata-se do modelo mais perfeito de ser humano que Deus nos ofereceu como guia.
E Allan Kardec e Jesus
Cristo se relacionam uma vez que a visão espírita tem como uma de suas bases os
ensinamentos cristãos sob a ótica espiritualista.
Durante a codificação, o
Espírito de Verdade atuou prestando grande auxílio para que a mensagem fosse
compreendida e difundida sem espaços para enganos.
Como Terceira Revelação, a
Doutrina Espírita repete as anteriores e acrescenta os ensinamentos sobre as
leis divinas que elucidam o sentido da vida e dos sofrimentos.
Allan
Kardec, vida pautada nos ensinos de Jesus
Allan Kardec teve sua vida
pautada nos ensinamentos de Jesus.
Ele abdicou de seu tempo,
repouso e credibilidade social para separar, compilar, relacionar e organizar a
mensagens que os espíritos ditaram aos médiuns.
Foi um intenso trabalho que
gerou as obras básicas do Espiritismo –
títulos que oferecem respostas, direcionamentos e alento aos seres encarnados.
Importância
de Jesus Cristo para Allan Kardec
O entendimento sobre Jesus
Cristo na época em que Allan Kardec viveu era muito vago e sem embasamento
científico.
No entanto, à medida que
Kardec foi estudando e aprendendo sobre os ensinamentos do Cristo, percebeu a
veracidade de sua existência e a congruência de seus pensamentos.
A importância de Jesus
Cristo para Allan Kardec é evidenciada neste trecho do livro “A Gênese”, em que
escreveu:
“Sem nada prejulgar quanto à
natureza do Cristo, natureza cujo exame não entra no quadro desta obra,
considerando-o apenas um Espírito superior.
Não podemos deixar de
reconhecê-lo um dos de ordem mais elevada e colocado, por suas virtudes,
muitíssimo acima da humanidade terrestre.
Pelos imensos resultados que
produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas
missões que a Divindade somente a seus mensageiros diretos confia, para
cumprimento de seus desígnios.
Mesmo sem supor que ele
fosse o próprio Deus, mas unicamente um enviado de Deus para transmitir sua
palavra aos homens.
Seria mais do que um
profeta, porquanto seria um Messias divino.
Como homem, tinha a
organização dos seres carnais.
Porém, como Espírito puro,
desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual, do que da vida
corporal, de cujas fraquezas não era passível.
Porque a sua superioridade
com relação aos homens não deriva das qualidades particulares do seu corpo.
Mas das do seu Espírito, que
dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da parte
mais quintessenciada dos fluidos terrestres.
Porque sua alma,
provavelmente, não se achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente
indispensáveis.
Constantemente desprendida,
ela decerto lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional
penetração e superior de muito à que de ordinário possuem os homens comuns.
O mesmo havia de dar-se,
nele, com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispirituais
ou psíquicos.
A qualidade desses fluidos
lhe conferia imensa força magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer
o bem.
Agiria como médium nas curas
que operava? Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador?
Não, porque porquanto o
médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos
desencarnados e o Cristo não precisava de assistência.
Pois era ele quem assistia
os outros.
Então, agia por si mesmo, em
virtude do seu poder pessoal.
Como o podem fazer, em certos
casos, os encarnados, na medida de suas forças.
Que Espírito, aos demais,
ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e recarregá-lo de os transmitir?
Se algum influxo estranho
fosse recebido, esse só de Deus lhe poderia vir.
Porque segundo definição
dada por um Espírito, ele era médium de Deus.”
Podemos notar então com
essas palavras de Kardec seu grande conhecimento e admiração por Cristo.
Também pelas cartas de
Kardec encontrada.
Que é onde ele escreve suas
preces para Cristo, pedindo paciência, consolo e sabedoria.
(…)
Se algum influxo estranho
fosse recebido, esse só de Deus lhe poderia vir.
Porque segundo definição
dada por um Espírito, ele era médium de Deus.”
Missão
de Allan Kardec
Allan Kardec reencarnou com
uma missão muito importante e que exigia muita responsabilidade.
Sua obra deveria se
constituir como a Terceira Revelação, também conhecida como “O Consolador” que
Jesus prometeu.
Portanto, foi o próprio
Espírito de Verdade que o comunicou sobre a tarefa a ser cumprida e a grande
relevância desse trabalho único e fundamental.
LIVROS:
JESUS E KARDEC
Os livros codificados por
Allan Kardec com base nos ensinamentos de Jesus são fundamentais para a
compreensão dos mistérios da vida.
Conheça alguns deles agora.
O
Livro dos Espíritos
Publicado em 1857, O Livro
dos Espíritos fala sobre as causas primárias, as leis morais, o mundo dos
Espíritos e as consolações sob a ótica espírita.
O
Livro dos Médiuns
Lançado em 1861, O Livro dos
Médiuns aborda os fenômenos da mediunidade, o contato entre espíritos
encarnados e desencarnados, bem como traz explicações sobre as obsessões
espirituais.
O
Evangelho Segundo o Espiritismo
Publicado em 1861, O
Evangelho Segundo o Espiritismo explicita o vínculo entre Jesus e o Espiritismo
ao relacionar os ensinamentos evangélicos de acordo com a visão espírita.
O
Céu e o Inferno
Já em 1865 foi lançado O Céu
e o Inferno.
Este livro avalia de maneira
crítica as crenças religiosas e suas incoerências evidentes se comparadas ao
conhecimento contemporâneo.
Além disso, ele também
contém dezenas de conversas dos espíritos que dividiram suas visões
provenientes do além-túmulo.
A
Gênese
A Gênese, publicada em 1868,
é um livro que fala sobre inúmeras questões filosóficas e científicas.
São elas: a criação do
Universo, a elaboração dos mundos e o surgimento do espírito.
Obras
Póstumas
Lançado em 1890, Obras Póstumas reúne um compilado de escritos de Allan Kardec.
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