Leitor amigo
Nada te escrevemos, aqui, no
intuito de apresentar ou recomendar André Luiz, o amigo que se fez credor de
nossa simpatia e reconhecimento pelas páginas consoladoras e construtivas que
vem formulando do Mundo Espiritual para o Mundo Físico.
Entretanto, é razoável se te
diga que neste volume, em matéria de vida "post-mortem", ele expõe
notícias diferentes daquelas que ele próprio colheu em "Nosso Lar",
estância a que aportou depois da desencarnação.
Conquanto as personagens da história aqui relacionadas – todas elas figuras autênticas cujos nomes foram naturalmente modificados para não ferir corações amigos na Terra – tenham tido, como já dissemos, experiências muito diversas daqueles que caracterizam as trilhas do próprio André Luiz, em seus primeiros tempos na Espiritualidade, é justo considerar que os graus de conhecimento e responsabilidade variam ao infinito.
Assim é que os planos de
vivência para os habitantes do Além se personalizam de múltiplos modos, e a
vida para cada um se específica invariavelmente, segundo a condição mental em
que se coloque.
Compreensível que assim
seja.
Quando maior a cultura de um
Espírito encarnado, mais dolorosos se lhe mostrarão os resultados da perda de
tempo. Quanto mais rebelde a criatura perante a Verdade, mais aflitivas se lhe
revelarão as consequências da própria teimosia.
Além disso, temos a observar
que a sociedade, para lá da morte, carrega consigo os reflexos dos hábitos a
que se afeiçoava no mundo.
Os desencarnados de uma
cidade asiática não encontram, de imediato, os costumes e edificações de uma
cidade ocidental e vice-versa.
Nenhuma construção digna se
efetua sem a cooperação do serviço e do tempo, de vez que a precipitação ou a
violência não constam dos Planos Divinos que supervisionam o Universo.
Para não nos alongarmos em
apontamentos dispensáveis, reafirmamos tão-somente que, ainda aqui,
encontraremos, depois da grande renovação, o retrato espiritual de nós mesmos
com as situações que forjamos, a premiar-nos pelo bem que produzam ou a
exigir-nos corrigida pelo mal que estabeleçam.
Leiamos, assim, o novo livro
de André Luiz, na certeza de que surpreenderemos em suas páginas muitos pedaços
de nossa própria história, no tempo e no espaço, a solicitar-nos meditação e
autoexame, aprendendo que a vida continua plena de esperança e trabalho,
progresso e realização, em todos os distritos da Vida Cósmica, ajustada às leis
de Deus.
HOMENAGEM
Reverenciamos o Primeiro
Centenário de “A Gênese” , de Allan Kardec.
ANDRÉ LUIZ
Emmanuel
(Uberaba, 18 de abril de 1968)
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