Paulo de Tarso

Reconstituição facial de Paulo -
especialistas do LKA
Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha
Paulo de Tarso ou São Paulo, foi um dos mais influentes escritores, teólogos e pregadores do cristianismo, cujas obras compõem parte significativa do Novo Testamento. A influência que exerceu no pensamento cristão, chamada "paulinismo", foi fundamental por causa do seu papel como preeminente apóstolo do Cristianismo durante a propagação inicial do Evangelho pelo Império Romano. Paulo também exerce uma grande influência na filosofia cristã, tendo Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino usufruido de seu pensamento.

Conhecido também como Saulo, se dedicava à perseguição dos primeiros discípulos de Jesus na região de Jerusalém. De acordo com o relato na Bíblia, durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco, numa missão para que, encontrando fiéis por lá, "os levasse presos a Jerusalém", Saulo teve uma visão de Jesus envolto numa grande luz, ficou cego, mas teve a visão recuperada após três dias por Ananias, que também o batizou. Começou então a pregar o Cristianismo. Juntamente com Simão Pedro e Tiago, o Justo, ele foi um dos mais proeminentes líderes do nascente cristianismo. Era também cidadão romano, o que lhe conferia uma situação legal privilegiada. A questão de sua cidadania romana gera certa curiosidade. Paulo afirma em Atos 22, 28 ser romano "de nascimento". Tal declaração parece indicar que o apóstolo herdou essa posição de seu pai.

Treze epístolas no Novo Testamento são atribuídas a Paulo, mas a sua autoria em sete delas é contestada por estudiosos modernos. A interpretação de Martinho Lutero das obras de Paulo influenciou fortemente sua doutrina de sola fide.

Atos dos apóstolos – parte 1

A conversão de Paulo
1. O livro de Atos dos Apóstolos - Lucas é, sem qualquer dúvida, o autor dos Atos dos Apóstolos, bem como do Evangelho que traz o seu nome. Parece que um dos principais intentos que teve, quando os escreveu, foi opor esta genuína e verdadeira história das ações de Pedro e Paulo aos Atos dos Apóstolos que circulavam, naquele tempo, fingidos e inventados pela malícia de outros, em descrédito da religião cristã.

O livro, escrito em Roma no ano 60 de nossa era, apresenta-nos um quadro diáfano da primitiva Igreja. Seu estilo singelo, restrito aos fatos, iluminado por uma chama interior de fervor apostólico, faz dele uma leitura deliciosa. (As próprias editoras católicas divergem com relação à época de composição deste livro. Segundo Edições Loyola, a data mais provável seria entre os anos 75 e 90.

Não existe dúvida, porém, a respeito de seu verdadeiro autor: Lucas, discípulo de Paulo de Tarso. A referida Editora diz, ainda, que o objetivo de Lucas, ao escrever este livro, foi reanimar os cristãos, evocando o amor fervoroso das primitivas igrejas, para que cressem na ação do Paráclito, numa época em que parecia que esfriava o ardor inicial.)(“A Bíblia Sagrada”, edição de Livros do Brasil S.A., volume I, pág. XXX. Ver também “Bíblia - Mensagem de Deus. Novo Testamento”, de LEB - Edições Loyola, pág. 163.) 

Atos dos apóstolos – parte 2

Apedrejamento de Estêvão
6. Surge no meio dos cristãos o levita Barnabé - Como os seguidores de Jesus viviam em comunidade, não havia necessitados entre eles. Todos os que possuíam terras ou casas vendiam tudo e levavam o dinheiro, e o entregavam aos apóstolos. A distribuição era feita de acordo com as necessidades de cada um. Assim é que José, um levita, nascido em Chipre e apelidado pelos apóstolos de ‘Barnabé’ (que significa ‘filho da consolação’), vendeu o campo que possuía e foi entregar o dinheiro aos apóstolos. (Atos, 4:34 a 4:37.) 

7. Os apóstolos decidem admitir sete auxiliares em seus serviços - Naquela época, o número dos discípulos aumentava e os que falavam grego começaram a se queixar contra os que falavam hebraico, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de auxílios. Por esse motivo, os doze apóstolos convocaram a assembleia de todos os discípulos e disseram:

“Não está certo deixarmos a pregação da palavra de Deus pelo serviço das mesas. Por isso, irmãos, deveis escolher dentre vós sete homens bem conceituados, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa função. Quanto a nós, continuaremos a nos dedicar todo o tempo à oração e ao serviço da Palavra”. A proposta agradou a toda a assembleia e assim se fez.(Atos, 6:1 a 6:5.) 

Atos dos apóstolos – parte 3

10. Muitos prodígios e curas são obtidos pelos discípulos - Os discípulos que tinham sido dispersados iam de lugar em lugar anunciando o Evangelho. Foi assim que Filipe desceu a uma cidade da Samaria, onde anunciou o Cristo e fez muitos prodígios que o povo considerava milagres: Espíritos impuros saíam de muitos possessos, paralíticos voltavam a andar, coxos ficavam curados. (Em nota posta por Edições Loyola em sua edição do Novo Testamento, diz-se que esse Filipe não era um dos doze apóstolos, mas sim um dos sete auxiliares escolhidos pelos discípulos, mencionado logo depois de Estêvão na lista constante do capítulo 6, versículo 5, do livro de Atos.) (Atos, 8:4 a 8:7.) 

11. Simão, o feiticeiro, oferece dinheiro em troca do dom revelado por Pedro e João - Havia em Samaria um feiticeiro profissional, chamado Simão, que, vendo as curas promovidas por Filipe, ficou maravilhado e chegou até a ser batizado. Quando Pedro e João impuseram as mãos sobre alguns samaritanos e estes receberam o Espírito Santo, o feiticeiro ofereceu dinheiro aos apóstolos, dizendo:

“Dai-me esse poder a mim também, para que recebam o Espírito Santo as pessoas sobre quem eu impuser as mãos”.

Atos dos apóstolos – parte 4

Paulo e o cinturião Cornélio
14. Tabita volta a viver, com a ajuda de Pedro - Em Jope havia uma discípula do Senhor chamada Tabita, nome que significa “Gazela”. Além de generosa nas esmolas que dava, Tabita praticava boas ações e era, por isso, estimada em sua cidade. Aconteceu então que ela ficou doente e veio a falecer de modo repentino. Como Lida ficava perto de Jope, os discípulos ouviram dizer que Pedro se encontrava lá e resolveram chamá-lo, dizendo-lhe:

“Não demores em vir até nós”. Pedro, logo que recebeu o chamado, partiu. Chegado à casa de Tabita, ele foi conduzido até o andar superior, onde se encontrava o cadáver.

Muitas viúvas, chorando, aproximaram-se dele, mostrando-lhe os vestidos e outras roupas que Tabita fazia quando estava com elas. Pedro pediu-lhes que se retirassem do recinto e, uma vez só, ajoelhou-se e rezou.

Depois voltou-se para o cadáver, dizendo: “Tabita, levanta-te”. Ela abriu os olhos e, fixando-os em Pedro, sentou-se no leito. Pedro estendeu-lhe a mão e ajudou-a a levantar-se. Depois, chamou aqueles que estavam próximos e a apresentou viva! A notícia correu por toda Jope e muitos acreditaram no Senhor, permanecendo Pedro durante muito tempo em Jope, na casa de um curtidor de couros chamado Simão. (Atos, 9:36 a 9:43.) 

Atos dos apóstolos – parte 5

Paulo e Barnabé
18. Barnabé convida Saulo a trabalhar na Igreja de Antioquia - Aqueles que se dispersaram depois da perseguição iniciada contra os seguidores de Jesus chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, onde anunciavam a palavra só aos judeus. Havia, porém, entre eles alguns discípulos oriundos de Chipre e Cirene que, pregando em Antioquia, se dirigiam também aos fiéis de origem grega, anunciando-lhes a Boa Nova.

O poder do Senhor os ajudava, tanto assim que foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram. Barnabé foi, então, enviado a Antioquia pela Igreja de Jerusalém. Um número considerável de pessoas aderiu ao Senhor e Barnabé dirigiu-se à cidade de Tarso, à procura de Saulo, que foi por ele levado a Antioquia, onde permaneceram trabalhando juntos pelo período de um ano, instruindo a numerosa e crescente multidão de discípulos. Foi em Antioquia que os discípulos de Jesus foram, pela primeira vez, chamados “cristãos”. (Atos, 11:19 a 11:26.) 

19. A fome assola a Judeia e os cristãos de fora enviam sua ajuda - Naqueles dias, alguns profetas desceram também de Jerusalém a Antioquia, e um deles, chamado Ágabo, tomou a palavra e, sob a ação do Espírito, anunciou que em toda a Terra haveria uma grande fome, fato que se verificou no tempo de Cláudio. Os discípulos de Jesus resolveram mandar, então, cada qual de acordo com suas posses, auxílio aos irmãos que moravam na Judeia. E assim o fizeram, mandando tudo aos anciãos por meio de Barnabé e Saulo. (Atos, 11:27 a 11:30.)