Atos dos apóstolos – parte11

Discurso de Paulo em sua defesa
39. Paulo vai à presença de seus acusadores e é agredido - Ciente de que Paulo era cidadão romano e querendo saber a verdade sobre as acusações que lhe faziam os judeus, o comandante convocou os sacerdotes-chefes e todo o Conselho, levando Paulo à presença deles. Encarando com firmeza o Conselho, Paulo disse: “Irmãos! foi com a melhor das consciências que tenho procedido até hoje diante de Deus!” O sumo sacerdote Ananias mandou que seus ajudantes lhe batessem na boca, ao que Paulo lhe disse: “Deus te baterá, parede caiada! Tu te sentas para julgar com a Lei e contra a Lei mandas bater em mim”. Os presentes lhe chamaram a atenção, dizendo que ele insultara o sumo sacerdote. Paulo lhes respondeu: “Irmãos, eu não sabia que era o sumo sacerdote. Porque está escrito: Não insultarás o chefe do teu povo”. (Atos, 22:29 a 23:5.) 

40. Os judeus tramam a morte de Paulo e ele parte para Cesareia - O tumulto criado com o recurso adotado por Paulo perante o Conselho cresceu muito e o comandante começou a recear que ele fosse linchado. Por isso, ordenou aos soldados que o tirassem dali e o levassem de novo para dentro da fortaleza. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e lhe disse: “Coragem! Assim como deste testemunho de mim em Jerusalém, também serás minha testemunha em Roma”. Quando amanheceu, os judeus reuniram-se e se comprometeram sob juramento a não comer nem beber até matarem Paulo. Eram mais de quarenta os que assim juraram. Com esse intuito, eles pediram então aos sacerdotes-chefes e aos anciãos que convencessem o comandante a trazer Paulo à presença deles, sob pretexto de examinar o seu caso com mais cuidado. Mas um sobrinho de Paulo, informado sobre a emboscada, foi à fortaleza e avisou-o.

De imediato, Paulo chamou um dos oficiais e pediu que levasse o moço ao comandante, porque ele tinha algo sério para comunicar. O moço foi, relatou tudo o que sabia, e o comandante decidiu então conduzir Paulo ao governador Félix, em Cesareia. (Atos, 23:10 a 23:24.) 

41. Em Cesareia, Paulo fica detido no palácio de Herodes - Cláudio Lísias – assim se chamava o comandante – enviou com o preso a seguinte carta ao governador: “Saudações. Este homem foi preso pelos judeus e estava para ser assassinado por eles, quando interferi com minha tropa e o libertei, pois fui informado de que era cidadão romano. Fiz com que comparecesse perante o Conselho Superior, desejoso de verificar a causa das acusações. Descobri que ele era acusado por questões relativas à sua Lei, sem que houvesse realmente acusações contra ele que merecessem morte ou prisão. Mas eu recebi a denúncia de que se armava um atentado contra este homem e tratei de enviá-lo a ti, avisando ao mesmo tempo os acusadores que apresentassem queixa contra ele diante de ti. Adeus”.  Paulo partiu durante a noite e, ao chegar a Cesareia, foi interrogado pelo governador Félix, que lhe perguntou de que província era. Informado de que era da Cilícia, ele o avisou de que iria ouvi-lo quando ali estivessem os seus acusadores. Paulo ficou então detido no palácio de Herodes. (Atos, 23:25 a 23:35.)

Fonte:

Revista o consolador, por Astolfo O. de Oliveira Filho 

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