36. Paulo se despede dos Efésios com palavras comoventes e eles choram - Desejoso de passar o Pentecostes em Jerusalém, Paulo, em seu retorno à Judeia, havia pedido aos presbíteros de Éfeso que se reunissem, porque desejava falar-lhes ao passar ao largo da cidade. Quando eles se apresentaram, o Apóstolo dos gentios falou-lhes sobre o seu trabalho, lembrando que ele nunca deixara de insistir com judeus e gregos para que se convertessem a Deus e cressem em Nosso Senhor Jesus.
Seu pressentimento, no entanto, era que o aguardavam
muitos sofrimentos em Jerusalém e, possivelmente, eles jamais o vissem outra
vez. Pelo menos é isso que o Espírito Santo lhe transmitira. Afirmando que a
vida para ele não tinha valor, Paulo lhes disse: “O importante é completar
minha carreira e cumprir a missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho da
Boa Nova da graça de Deus. Já sei, portanto, que vós todos, entre os quais
andei anunciando o Reino, não tornareis a me ver. Por isso vos declaro no dia
de hoje que não serei responsável pela perdição de quem quer que seja, porque
nunca deixei de vos anunciar toda a vontade de Deus. Tende cuidado convosco e
com todo o rebanho que o Espírito Santo vos deu para guardar, sendo assim
pastores da Igreja de Deus que ele adquiriu com o sangue de seu Filho”. Na sequência, ele advertiu: “Sei que, depois
da minha partida, se introduzirão no meio de vós lobos ferozes, que não
pouparão o rebanho. Do vosso próprio meio surgirão homens que ensinarão
doutrinas perversas, para arrastar discípulos atrás de si. Por isso vigiai,
lembrando-vos de que durante três anos, dia e noite, não deixei de exortar
entre lágrimas a cada um de vós”. Concluindo, Paulo asseverou:
“Não cobicei nem prata, nem ouro, nem roupa de quem quer que fosse. Vós mesmos sabeis como estas minhas mãos trabalharam para atender às minhas necessidades e às de meus companheiros. Sempre vos mostrei que, trabalhando assim, devemos amparar os fracos, recordando as palavras do Senhor Jesus, que disse pessoalmente: “Há mais felicidade em dar do que em receber”. Dito isto, ele ajoelhou-se com todos e rezou. E todos choravam muito, abraçando e beijando o amigo e acompanhando-o depois até o navio. (Atos, 20:13 a 20:38.)
37. O profeta Ágabo diz o que espera Paulo em Jerusalém -
No retorno a Jerusalém, Paulo, Lucas e seus companheiros desceram no porto de
Tiro, onde ficaram sete dias com seus discípulos. Ali, movidos pelo Espírito
Santo, eles disseram a Paulo que não subisse a Jerusalém, mas Paulo decidiu
seguir viagem, hospedando-se, no caminho, em Cesareia, em casa do evangelista Filipe,
um dos sete, o qual tinha quatro filhas virgens, que possuíam o dom da profecia.
Eles estavam ali alguns dias quando chegou da Judeia um profeta de nome Ágabo,
que profetizou o que aconteceria a Paulo na capital dos judeus.
Ouvindo o aviso de Ágabo, Lucas e os outros insistiram
com Paulo para que não subisse a Jerusalém. Paulo lhes respondeu: “Por que
chorais e partis assim o meu coração? Estou pronto não só para ser algemado,
mas até mesmo para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus”. Como ele
insistisse na viagem, os companheiros pararam de pedir, dizendo apenas: “Seja
feita a vontade do Senhor”. (Atos, 21:1 a 21:14.)
38. Em Jerusalém, Paulo relata a Tiago tudo o que
sucedera em suas viagens - Passados aqueles dias e feitos os preparativos para
a viagem, subiram todos a Jerusalém, viajando com eles alguns discípulos de
Cesareia, que os levaram à casa de Menason, natural de Chipre, discípulo desde
os primeiros tempos, que os iria hospedar. Na chegada a Jerusalém, os irmãos os
acolheram com alegria.
No dia seguinte, Paulo visitou Tiago e contou-lhe, minuciosamente,
na presença dos presbíteros então reunidos, tudo quanto Deus tinha feito entre
os pagãos através do seu serviço. (Atos, 21:15 a 21:19.)
Fonte:
Revista o consolador, por Astolfo O. de Oliveira Filho
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