O caos é generalizado em nosso planeta, sendo demonstrado pelas guerras, a fome, as diferenças extremas sociais etc. etc. etc….
Karl Jung, pai
da Psicologia Analítica, fala-nos do inconsciente coletivo, um
inconsciente pertencente à humanidade, dando a imagem de que envolve o orbe
terrestre. A Física Quântica diz-nos que cada pensamento gera uma energia que
se mantém na Terra influenciando as outras pessoas. O Espiritismo, antes de
Karl Jung e da existência da Física Quântica, mostrou-nos que os pensamentos e
as ações são movimentos de criação energética que mantêm a construção de um
“hálito” mental em torno de nosso planeta, formando uma cúpula energética
característica dos seus habitantes, criando as condições necessárias à
permanência dos Espíritos em um plano vibracional inferior, dificultando o
crescimento moral de quem o habita e servindo de íman a quem desencarna sem se
libertar das paixões terrenas.
Nós podemos
verificar a realidade disto em menor grau, em certas ocasiões, tais como:
- Quando
chegamos a ambientes tristes, tais como funerais, automaticamente somos
envolvidos por aquela energia e sentimos a tristeza existente naquele espaço.
- Quando as pessoas se zangam, transmitem umas às outras essa emoção como se fosse uma epidemia transmissível por ar.
- Quando entramos
em hospitais por vezes sentimo-nos mal pelo envolvimento da energia do
sofrimento que ali existe.
- A paz que se
sente em certos locais, tal como Centros Espíritas, em que as pessoas são
envolvidas pelo ambiente energético, se beneficiando deste.
Em cada espaço em
que nós estamos, em cada ambiente que passamos, trazemos conosco a impressão da
atmosfera energética existente nele, florescendo as nossas sensações, dando azo
à transformação das nossas emoções, fazendo-nos parecer bipolares com
constantes alterações do nosso sistema emocional, nervoso e estado mental.
O Mestre da Vida,
Jesus Cristo, aconselha-nos a ser puros de coração. Se a humanidade é a causa
dos problemas, estes se dão pelos nossos defeitos. O problema acontece na ação
que tem como raiz o pensamento da individualização, através do orgulho,
egoísmo, raiva, ira, e todos os outros defeitos que tão bem conhecemos. Todas
estas ações desvirtuam a essência que existe em nós, que nos aproxima de Deus,
criando a sujidade mental que deturpa a pureza do coração.
Poderemos nós,
viver com os princípios da sociedade e manter a pureza em nosso coração?
Todos nós vivemos
sob a influência deste “hálito” mental em torno da Tterra, alimentamo-lo pela
aceitação que nos incentiva a manter uma personalidade idêntica à da restante
sociedade; com toda agressividade que o mundo vive, damos-lhe força pelos atos
egocêntricos que buscam uma autossatisfação, e criamos a utopia de uma
sociedade como um conjunto de tantas individualizações quanto o número de
pessoas que a ela pertencem, cada um a puxar para si mesmo.
Como
individualidade não consigo ver a importância do todo, limito-me a criar as
ilusões da minha importância à frente dos outros. Como os atos do Ego são a
favor dele mesmo, e os atos em direção aos outros são os do amor, tal como a
compaixão e todas as outras virtudes que conhecemos; ao manter a importância da
individualidade, conforme toda a sociedade vive, limitamo-nos aos atos que nos
prendem na moralidade inferior em busca de proveito próprio, não percebendo que
o caminho da felicidade é o contrário.
O divórcio é sermos
rebeldes a este movimento, não permitirmos que sejamos influenciados pelo mar
das energias existentes em nosso planeta, mantendo acesa a luz natural que é
ofuscada pelas alterações negativas das emoções, sendo firmes no princípio do
amor natural que existe em nós, num estado de “letargia” de pensamento, onde se
dá a ligação à pureza de coração.
Muito admiramos
aqueles que passaram na Terra e, não se deixando influenciar pelos estímulos e
apegos terrenos, foram firmes no trabalho, pelo crescimento generalizado, com
doçura em seus corações e harmonia em suas mentes, vivendo em constante
“divórcio’’ da forma de ser humanizada existente em nosso planeta…
Fonte:
O consolador, nº 520, por Bruno Abreu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário