Quando o Espírito está apto para as primeiras
encarnações na espécie humana, passa a gozar de algo que não existe nos reinos
inferiores da Natureza: o livre-arbítrio, a liberdade de definir seu próprio
caminho, de escolher sua forma de agir.
O Espiritismo nos ensina que o livre-arbítrio
se desenvolve à medida que adquirimos a consciência de nós mesmos. Se não
pudéssemos escolher, não haveria liberdade. A causa que nos pode levar a seguir
esse ou aquele caminho situa-se, em face dessa escolha, nas influências a que
cedemos ou não, no exercício do livre arbítrio que o Pai nos concedeu.
Recebemos, desde as primeiras existências,
influências boas e más, ocultas ou ostensivas, fugazes ou duradouras. As
chamadas tentações são tratadas tanto no Antigo como em o Novo Testamento, o
que pode ser visto no Eclesiástico, na epístola de Tiago e nos ensinamentos de
Jesus.
Essas influências nos acompanharão em toda a nossa trajetória como Espírito, até que tenhamos conseguido tanto império sobre nós mesmos que os maus desistam de nos perturbarem. Só a partir desse momento é que elas, então, cessarão.
Foi isso que deu origem à grande figura da
queda do homem e do pecado original. Enquanto uns cederam, outros resistiram à
tentação, como está muito bem explicado na questão 122 e nos seus
desdobramentos de “O Livro dos Espíritos”, a principal obra de Allan Kardec.
Fonte:
Jornal O Imortal, ano 53, nº 630.
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