O pressentimento é definido por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns como sendo uma intuição vaga das coisas futuras. Algumas pessoas, diz ele, têm essa faculdade mais ou menos desenvolvida. O fato deve-se, às vezes, a uma espécie de dupla vista que permite ao indivíduo entrever as consequências e a filiação dos acontecimentos, mas, em muitos casos, é o resultado de comunicações ocultas provenientes dos Espíritos. É então que se pode dar aos que disso são dotados o nome de médiuns de pressentimentos, que constituem uma variedade dos médiuns inspirados. Neste caso, isto é, no pressentimento como consequência de uma comunicação oculta, quem geralmente se comunica é um Espírito amigo e bondoso, alguém que traz um conselho íntimo ou uma advertência carinhosa a uma pessoa estimada.
O pressentimento pode manifestar-se também
através de uma vaga lembrança que o Espírito tem das provas ou dos
acontecimentos a que deverá submeter-se. Pressentir a hora da desencarnação,
por exemplo, tem sido uma ocorrência até certo ponto comum em certos
indivíduos. E se alguns pressentem sua desencarnação porque foram avisados por
parentes ou amigos desencarnados, outros têm disso uma firme convicção sem que
saibam explicar o motivo.
Fonte:
Jornal O Imortal, ano 53, nº 632.
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