“- Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?
- “Os bons Espíritos simpatizam com os homens
de bem ou suscetíveis de progredir; os Espíritos inferiores, com os homens
viciosos ou que podem viciar-se...” (Questão 484, de O Livro dos Espíritos,
Allan Kardec).
Os
Espíritos somos nós mesmos fora do corpo material, então, da mesma forma que
nos afeiçoamos às pessoas que compartilham conosco das mesmas sensações,
desejos e vontades aqui na Terra, os seres desencarnados se ligam àqueles que
mantêm o mesmo padrão de vida, nisso não há novidade alguma.
O bem
sempre teve sintonia com o bem e o mal sempre esteve atraído pelo mal, ninguém
em sã consciência poderá negar tal assertiva. Portanto, cabe a cada criatura
decidir, dentro da liberdade de ação que tem, pelos caminhos que deve trilhar,
pois a semeadura é livre, mas a colheita, invariavelmente, será obrigatória.
Sabendo disso e tendo plena consciência dessa realidade, devemos cuidar devidamente daquilo que fazemos ou deixamos de fazer, uma vez que pela lei de ação e reação, a vida vai nos oferecer exatamente aquilo que a ela ofertamos. Dessa forma, se o dor e o sofrimento estiverem caminhando conosco, será decorrência do nosso comportamento e ações, nos processos de enganos e equívocos que insistimos em manter.
Os
Espíritos são uma força da natureza e a negação dessa insofismável realidade,
nos dias atuais, é defesa insustentável ante a evidência dos fatos. Portanto,
conforme sentenciou Paulo de Tarso, estamos cercados por uma multidão de
testemunhas, isso quer dizer que estamos envolvidos por uma grande quantidade
de Espíritos, que se apresentam ao nosso redor mediante as vibrações que emitimos,
boas ou más.
Assim,
aquele que passa pelos dias socorrendo o próximo, na exemplificação prática do
ensinamento de Jesus: “o filho do homem não veio para ser servido”, vivendo com
dignidade e honradez, poderá ter a certeza de que ao seu lado e mesmo o
ajudando estarão os benfeitores Espirituais, obviamente, pela lei da afinidade.
E quem
utiliza suas horas na indiferença ou na inércia, fechado no reduto frio do
egoísmo, ou mesmo a promover o sofrimento alheio mediante um comportamento em
desalinho com os preceitos evangélicos, certamente estará envolvido pelo
interesse de Espíritos de natureza inferior, atraídos pelos mesmos ideais e
vocações.
No
primeiro caso, a presença dos seres desencarnados, de sentimentos elevados e
sublimes nos permitirá a colheita de reflexos saudáveis vindos das vibrações
ajustadas e em comunhão com os propósitos divinos que sustentam, onde será
possível a obtenção da sensação de paz e da consciência tranqüila nos deveres
cumpridos, no segundo, mediante a convivência com os Espíritos em desequilíbrio
e afeitos ao mal, cujas emanações expressem inferioridade, incontestavelmente
registrará a criatura humana, os efeitos nocivos e deletérios, com sérias
conseqüências a torturar-lhe o caminho.
Obviamente, a escolha será sempre nossa, pois
que possuímos o livre arbítrio, mas nunca podemos olvidar que após a decisão
tomada os reflexos advindos manterão a mesma natureza das ações que são perpetradas
e, pela lei da atração, manteremos do nosso lado os Espíritos que estarão nos
ajudando ou atrapalhando, porque em momento algum permaneceremos sozinhos,
queiramos ou não.
Se na
terra escolhemos nossas amizades, de acordo com os nossos desejos, também
podemos selecionar os amigos espirituais, isso dependerá tão-somente dos nossos
interesses. Reflitamos.
Revista o imortal, número 648, por Waldenir Aparecido Cuin.
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