124. A Revue transcreve da Patrie de 5-6-1859 um relato concernente ao rei Bernadotte que, tocado pelas palavras de uma aparição, se submeteu ao Conselho de Estado numa questão relativa à Noruega. A aparição lhe anunciara a morte de seu filho Oscar, caso ele combatesse contra a Noruega. (P. 215)
125. Anunciado no número de julho de 1859 o
lançamento do livro "Que é o Espiritismo?", de Kardec, que o
codificador entende possa servir como uma primeira iniciação ao estudo da
doutrina espírita. (P. 217)
126. A teoria das aparições se explica por
uma comparação familiar, qual a do vapor que, sendo rarefeito, é completamente
invisível. No primeiro grau de condensação, torna-se nebuloso; condensado mais,
passa ao estado líquido e depois ao sólido. (PP. 220 e 353)
127. Algo de semelhante se opera, pela
vontade do Espírito, na substância do perispírito; mas não se infira disso que
há nele uma condensação: opera-se na sua contextura uma modificação molecular.
(PP. 220 e 221)
128. Os objetos usados pelos Espíritos, como
as vestimentas, joias, tabaqueira etc., são transformações da matéria
eterizada. (P. 224)
129. Os Espíritos podem fazer uma substância salutar e própria para curar, bem como substâncias alimentares capazes de saciar a fome. (P. 225)
130. A produção de objetos nem sempre resulta
de um ato de vontade do Espírito; frequentemente ele exerce esse poder malgrado
seu, ou outro o exerce por ele, quando as circunstâncias o exigem. (P.
226)
131. Podendo tirar do elemento universal os
materiais para fazer tais coisas, o Espírito pode tirar dali o material para
escrever. (P. 227)
132. A pneumatografia é a escrita produzida
diretamente pelo Espírito, sem qualquer intermediário, e é inegavelmente um dos
mais extraordinários fenômenos do Espiritismo. (P. 228)
133. Em todos os tempos houve tais fenômenos;
e é por eles que podemos entender o surgimento das três palavras durante o
festim do rei Baltasar, em Babilônia. O fato é narrado no Livro de Daniel. Em
dado momento, eis que surgiram dedos de mão humana a escrever, defronte do
candelabro, no revestimento da parede do palácio real, três palavras: MENÊ,
TEQUEL e PERÊS. Eis, segundo Daniel, o significado dessas palavras: MENÊ - Deus
contou os anos de teu reinado e nele põe um fim. TEQUEL - foste pesado na
balança e considerado leve demais. PERÊS - teu reino vai ser dividido e
entregue aos medos e persas (Daniel 5:25-28). (P. 229)
134. Nos últimos tempos quem primeiro deu a
conhecer esse fenômeno foi o Barão de Guldenstubbe, que publicou uma obra
contendo grande número de fac-símiles das escritas por ele obtidas. (P.
230)
135. Um correspondente de Bordéus narra um
curioso fato que se passou com uma jovem senhora de nome Mally, que desde tenra
idade tinha visões. Em 1856, a terceira filha da Senhora Mally, de 4 anos de
idade, caiu doente e, durante oito dias, mergulhada num estado de sonolência,
foi sustentada por um alimento invisível que seu benfeitor espiritual lhe dava.
Curada, a menina contou ter tido visões maravilhosas. (PP. 234 e 235)
136. Um dia, passeando com sua filha mais
velha, Mally percebeu que a criança se entretinha com um ser invisível que
parecia pedir-lhe bombons. Tratava-se de um menino desencarnado que queria
bombons, explicou a garota. (P. 236)
137. Evocado, o guia da Senhora Mally
explicou que a menina fora alimentada por uma espécie de maná, uma substância
formada pelos Espíritos, que encerra o princípio contido no maná comum e a
doçura do confeito. (P. 240)
138. O Espírito de Voltaire diz que, estando
agora no mundo espiritual, tenta aprender a praticar o bem. Quando se teve uma
existência como a sua, há muitos preconceitos a combater, muitos pensamentos a
repelir, ou mudar completamente, antes de alcançar a verdade. (P. 245)
139. Ele reconhece ter atacado muitas coisas
puras e santas, que sua mão deveria ter respeitado, como o próprio Cristo,
"modelo de virtudes sobre-humanas". Sobre Jesus, Voltaire disse ainda
que "ele estará sempre acima de nós". "Ainda estávamos
mergulhados no vício da corrupção, e ele já estava sentado à direita de
Deus", acrescentou Voltaire. (P. 245)
140. Contestando ideias atribuídas ao
Espírito de Cristóvão Colombo, Kardec lembra que o homem não é fatalmente
impelido a fazer tal ou qual coisa. Pode acontecer que, como homem, se comporte
mais ou menos cegamente; mas, como Espírito, tem sempre a consciência do que
faz e fica sempre senhor de suas ações. (P. 247)
141. O Sr. S... pede que seja evocado o Sr.
M..., desaparecido há um mês, para saber dele se está vivo ou morto. São Luís
diz que tal evocação não pode ser feita, visto que a incerteza a respeito
daquele homem tem um objetivo de prova. (P. 247)
142. A pedido de vários membros e
considerando que muitas pessoas estão ausentes durante a estação, Kardec propõe
seja determinado um período de férias. A Sociedade resolve então suspender as
sessões em agosto. (P. 248)
143. Tratando da intromissão dos Espíritos
enganadores nas comunicações escritas, Kardec assevera que entre as coisas que
podem ser chamadas processos não há nenhuma fórmula e nenhum expediente
material que possa servir de preservativo eficaz contra tais Espíritos. (P.
251)
144. Não dissemos que não haja nenhum meio –
lembra Kardec –, mas unicamente que a maior parte dos meios empregados são
inoperantes. A primeira coisa é não os atrair e evitar tudo quanto lhes possa
dar acesso, e, nesse sentido, as disposições morais têm grande relevância. (PP.
252 e 253)
145. São Luís lembra, ainda, que devemos
pesar e refletir, e submeter ao controle da razão mais severa, todas as
comunicações recebidas. (P. 254)
146. Na sequência, Kardec passa em revista 18
princípios que podem guiar-nos no exame das comunicações espíritas. (PP. 256 a
258)
147. Eis alguns desses princípios: 1) os
Espíritos superiores têm uma linguagem sempre digna, nobre, elevada e dizem
tudo com simplicidade e modéstia; 2) os bons Espíritos só dizem o que sabem; 3)
a linguagem dos Espíritos elevados é sempre idêntica, se não na forma, pelo
menos no conteúdo; 4) os bons Espíritos jamais ordenam ou impõem; mas
aconselham; 5) os bons Espíritos não adulam; 6) eles não se valem de nomes
bizarros e ridículos; 7) os bons Espíritos só prescrevem o bem e só aconselham
coisas perfeitamente razoáveis. (PP. 256 a 258)
Questões
propostas
A. Em que consiste a pneumatografia?
A pneumatografia é a escrita produzida
diretamente pelo Espírito, sem qualquer intermediário, e é inegavelmente um dos
mais extraordinários fenômenos do Espiritismo. Em todos os tempos houve tais
fenômenos e é por eles que podemos entender o surgimento das três palavras
durante o festim do rei Baltasar em Babilônia, narrado no Livro de Daniel, cap.
5. Nos últimos tempos quem primeiro deu a conhecer esse fenômeno foi o Barão de
Guldenstubbe, que publicou uma obra contendo grande número de fac-símiles das escritas
por ele obtidas. (Revue Spirite, pp. 228 a 230.)
B. Que é que Voltaire disse sobre o Cristo?
O Espírito de Voltaire reconheceu haver
atacado muitas coisas puras e santas que sua mão deveria ter respeitado, como o
Cristo, "modelo de virtudes sobre-humanas". Sobre Jesus, Voltaire
disse ainda que "ele estará sempre acima de nós". "Ainda
estávamos mergulhados no vício da corrupção, e ele já estava sentado à direita
de Deus." (Obra citada, p. 245.)
C. A Sociedade Espírita de Paris entrava em
recesso?
Sim. A pedido de vários membros e
considerando que muitas pessoas se ausentavam durante o verão, Kardec propôs
fosse determinado um período de férias. A Sociedade resolveu então suspender as
sessões em agosto. (Obra citada, p. 248.)
D. Que princípios podem guiar-nos no exame
das comunicações espíritas?
Kardec cita na Revue 18 princípios que podem
guiar-nos nesse exame. Eis alguns deles: 1) os Espíritos superiores têm uma
linguagem sempre digna, nobre, elevada e dizem tudo com simplicidade e
modéstia; 2) os bons Espíritos só dizem o que sabem; 3) a linguagem dos
Espíritos elevados é sempre idêntica, senão na forma, pelo menos no conteúdo;
4) os bons Espíritos jamais ordenam ou impõem; aconselham; 5) os bons Espíritos
não adulam; 6) eles não se valem de nomes bizarros e ridículos; 7) os bons
Espíritos só prescrevem o bem e só aconselham coisas perfeitamente razoáveis.
(Obra citada, pp. 256 a 258.)
Fonte:
Revista o consolador, ano 11, nº 516, por Astolfo O. Oliveira Filho.
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