1. Nos fenômenos espíritas agimos sobre inteligências que dispõem do livre-arbítrio e não se submetem à nossa vontade. Eis por que a ciência vulgar é incompetente para os julgar. (P. 2)
2. Um bom médium é o que simpatiza com os
bons Espíritos e não recebe senão boas comunicações. (P. 3)
3. O Espiritismo é o mais poderoso auxiliar
das ideias religiosas: ele dá religião aos que não a possuem; fortifica-a nos
que a têm vacilante; consola pela certeza do futuro, faz suportar com paciência
e resignação as tribulações desta vida e desvia o pensamento do suicídio. (P.
5)
4. O perispírito, cuja natureza é
essencialmente flexível, se presta a todas as modificações que lhe queira dar o
Espírito. Em seu estado normal, o invólucro etéreo tem uma forma humana. (P. 8)
5. A visão do Espírito pelo médium se realiza
por uma espécie de radiação fluídica, que parte do Espírito e se dirige ao médium.
(P. 10)
6. Kardec refere o caso "O duende de
Bayonne", em que um Espírito com a fisionomia de menino de 10 a 12 anos
aparecia para sua irmãzinha. (P. 17)
7. O Espírito de Diógenes se comunica e diz
que depois de sua existência em Atenas só reencarnou em outros mundos. (P. 21)
8. Os Espíritos de São Luís e de Santo Agostinho dizem que os Espíritos podem influenciar-nos mesmo estando a milhões de quilômetros de nós, e que cada anjo da guarda tem o seu protegido, sobre o qual vela como um pai sobre o filho. (PP. 22 e 23)
9. Os Espíritos bons, mas ignorantes – diz
Kardec –, confessam sua insuficiência a respeito daquilo que não sabem; os maus
dizem que sabem tudo. Lá e cá, a bazófia é sempre sinal de mediocridade. (PP.
28 e 29)
10. O dom da mediunidade depende de causas
ainda imperfeitamente conhecidas, nas quais parece que o físico tem uma grande
parte. (Hoje não há nenhuma dúvida de que a mediunidade está radicada no
organismo.) (P. 31)
11. O pensamento é o laço que nos une aos
Espíritos; é pelo pensamento que atraímos os que simpatizam com nossas ideias e
inclinações. (P. 32)
12. Os Espíritos superiores não escolhem,
para transmitir instruções sérias, um médium que tem familiaridade com
Espíritos levianos, a menos que não encontrem outro médium e haja necessidade
disso. (P. 33)
13. As boas intenções e a própria moralidade
dos médiuns nem sempre bastam para evitar a intromissão dos Espíritos levianos,
mentirosos ou pseudossábios nas comunicações. Se não quisermos ser vítima
deles, é preciso julgá-los por sua linguagem, passando pelo crivo da lógica e
do bom senso tudo quanto eles dizem. (PP. 34 e 35)
14. De todas as disposições morais, a que
maior entrada oferece aos Espíritos imperfeitos é o orgulho, que muitas vezes
se desenvolve no médium à medida que cresce a sua faculdade, pois esta lhe dá
importância. (P. 36)
15. As demais imperfeições morais são outras
tantas portas abertas aos Espíritos imperfeitos, ou, pelo menos, causas de
fraqueza. Para repelir tais Espíritos, não basta dizer-lhes que saiam; é
preciso fechar-lhes a porta e os ouvidos, provando-lhes que somos mais fortes –
o que seremos pelo amor do bem, pela caridade, pela doçura, pela modéstia, pelo
desinteresse. (P. 37)
16. Seria injusto atribuir todas as comunicações
más à conta do médium, pois o meio é muito importante. É regra geral que as
melhores comunicações ocorrem num círculo concentrado e homogêneo. (P. 38)
17. Os agêneres não revelam a sua natureza e,
aos nossos olhos, não passam de um homem comum; sua aparição corpórea pode ter,
pois, longa duração, conforme a necessidade do Espírito. (P. 41)
18. Não se devem confundir os fatos da
bicorporeidade com os agêneres. Estes não possuem corpo vivo na Terra; apenas
seu perispírito faz-se palpável. (P. 43)
19. Kardec admite ter uma aparência de
frieza, mesmo de muita frieza; pelo menos é o que os amigos achavam e por isso
o censuravam. (P. 43)
20. Kardec transcreve a história fantástica
de Hermann, publicada no Journal des Débats, de 26-11-1858, e diz que não passa
de uma lenda sem fundo de verdade, visto que uma alma não pode animar dois
corpos. (P. 48)
21. Reportando-se aos fenômenos de batidas e
movimento de objetos ocorridos na aldeia de Coujet, no departamento de Lot,
Kardec lembra que os Espíritos superiores não se prestam a tais fenômenos: só
os Espíritos de uma ordem muito inferior se dedicam a isso. (P. 49)
22. Em geral não há razão para nos
amedrontarmos com esses fatos; a presença desses Espíritos pode ser importuna,
mas não é perigosa, e é sempre útil procurar saber o que eles querem com tais
fenômenos. (P. 50)
23. Os Espíritos dizem que as crianças são os
seres que Deus envia a novas existências, aos quais dá toda a aparência de
inocência, para que ninguém possa queixar-se de sua grande severidade. Quando
não mais necessitam dessa proteção, o caráter real delas aparece em toda a sua
nudez. (P. 52)
24. Os Espíritos só entram na vida corpórea
para o seu aperfeiçoamento; a fraqueza da infância os torna flexíveis e
acessíveis aos conselhos da experiência; é então que seu caráter pode ser
reformado, pela repressão de suas más inclinações. Tal o dever que Deus confia
aos pais. (P. 53)
25. Dr. Morhéry diz a Kardec que o célebre
professor Gay-Lussac ensinava em seu curso, a respeito dos corpos imponderáveis
e invisíveis, que estas eram expressões inexatas; mais lógico chamá-los
imponderados. (P. 54)
Questões
propostas
A.
A ojeriza que algumas pessoas têm à religião tem o apoio de Kardec?
Não. Segundo Kardec, o Espiritismo é o mais
poderoso auxiliar das ideias religiosas: ele dá religião aos que não a possuem;
fortifica-a nos que a têm vacilante; consola pela certeza do futuro, faz
suportar com paciência e resignação as tribulações desta vida e desvia o
pensamento do suicídio. (Revista Espírita de 1859, p. 5.)
B.
Para influenciar uma pessoa, os Espíritos têm de estar próximos?
Não. Os Espíritos de São Luís e de Santo
Agostinho dizem que os Espíritos podem influenciar-nos mesmo estando a milhões
de quilômetros de nós, e que cada anjo da guarda tem o seu protegido, sobre o
qual vela como um pai sobre o filho. (Obra citada, pp. 22 e 23.)
C.
Que é preciso fazer para não sermos enganados pelos Espíritos levianos ou
mentirosos?
Primeiro é preciso entender que as boas
intenções e a própria moralidade dos médiuns nem sempre bastam para evitar a
intromissão dos Espíritos levianos, mentirosos ou pseudossábios nas
comunicações. Se não quisermos ser vítima deles, é preciso julgá-los por sua
linguagem, passando pelo crivo da lógica e do bom senso tudo quanto eles dizem.
(Obra citada, pp. 34 e 35.)
D.
Quem, segundo o Espiritismo, são as crianças?
As crianças são os seres que Deus envia a
novas existências, aos quais dá toda a aparência de inocência, para que ninguém
possa queixar-se de sua grande severidade. Quando não mais necessitam dessa
proteção, o caráter real delas aparece em toda a sua nudez. A fraqueza da
infância as torna flexíveis e acessíveis aos conselhos da experiência; é então
que seu caráter pode ser reformado, pela repressão de suas más inclinações. Tal
o dever que Deus confia aos pais. (Obra citada, pp. 52 e 53.)
Fonte:
Revista o consolador, ano 11, nº 511, por Astolfo O. Oliveira Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário