Existe diferença de conteúdo entre os vocábulos ressurreição e reencarnação?
A reencarnação ou palingenesia fazia parte
dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Somente os saduceus
(partidários de uma seita judia forma da por volta do ano 248 a.C., cujo
fundador foi Sadoc) não acreditavam nisso, visto que pensavam que tudo para o
homem se findava com a morte do corpo.
Os judeus entendiam que um homem que vivera
podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato podia dar-se.
Designavam com o nome ressurreição o que o Espiritismo chama reencarnação, que
significa a volta de um Espírito à existência corpórea, mas em outro corpo,
formado especialmente para ele e que nada tem de comum com o antigo.
A palavra ressurreição podia assim aplicar-se
a Lázaro ou à filha de Jairo, que sofreram uma morte aparente e voltaram a
viver, mas não a Elias nem aos outros profetas, que os judeus admitiam que
poderiam retornar ao cenário terreno. O vocábulo mais apropriado para designar
esse retorno é, porém, a reencarnação, palavra que pode ser assim desdobrada,
para melhor entendimento: “ação de reencarnar” ou “de encarnar de novo”.
Quando Jesus disse a Nicodemos: “Em verdade, em verdade, te digo: Ninguém pode ver o rei no de Deus se não nascer de novo”, ficou surpreso com a estranheza do senador dos judeus que não entendia como isso podia dar-se. E, admirado, observou: “Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas? Digo te em verdade que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. Mas, se não credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos falo das coisas do céu?”
Fonte:
Jornal O Imortal, ano 53, nº 623.
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